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protoctistas: algas e protozoários

GUIA DE ESTUDO

1. A principal crítica feita ao sistema de classificação em cinco rei-

nos é que ele não reflete o parentesco evolutivo, a principal di- retriz da Sistemática moderna. De acordo com essa diretriz, uma categoria taxonômica deve ser monofilética, isto é, todos os seus representantes devem ter tido em algum ponto do passado um mesmo ancestral, de quem herdaram a característica que com- partilham entre si (apomorfismo) e que os distingue de todos os demais grupos.

2. Não, o reino Protoctista é um grupo claramente polifilético. To-

das as pesquisas recentes apontam que seus principais repre- sentantes, genericamente denominados algas e protozoários, têm ancestralidades distintas. O reino Protoctista é mais uma categoria de conveniência, algo como um “quarto de despejo” em que são colocados os seres eucarióticos que não cabem na definição de planta, de fungo ou de animal.

3. O termo alga designa um agrupamento informal de organis-

mos, isto é, não equivalente a uma categoria taxonômica como reino, filo etc. São chamados de algas os seres eucarióticos fotoautotróficos, com células dotadas de parede celulósica e cloroplastos e que não formam embriões com desenvolvimento dependente do organismo materno. Grande parte das algas é unicelular, mas há também diversas espécies multicelulares, al- gumas das quais atingem grandes tamanhos.

4. Os organismos chamados informalmente de protozoários são

seres eucarióticos, unicelulares e heterotróficos.

5. a) As algas vivem no mar, em água doce e em terra firme, sobre

superfícies úmidas. b) Muitas espécies são unicelulares, enquanto outras são multicelulares, formando filamentos, lâminas ou es- truturas compactas que podem lembrar caules e folhas de plan- tas terrestres. O corpo das algas multicelulares é chamado de talo. c) A maioria das algas é fotossintetizante, com nutrição autotrófica.

6. As clorofíceas podem ser unicelulares ou multicelulares, algu-

mas com talos relativamente complexos. A maioria é aquática, com espécies marinhas ou de água doce. Existem também

clorofíceas terrestres, que vivem em ambientes úmidos como barrancos ou troncos de árvores nas florestas; certas espécies chegam a viver na superfície da neve.

7. As zooclorelas são clorofíceas que vivem no interior das células

de animais, principalmente de cnidários de água doce como a

Hydra. Ao realizar a fotossíntese, as zooclorelas fornecem subs-

tâncias orgânicas nutritivas ao cnidário, que, por sua vez, garan- te às algas o ambiente adequado para viver. Esse tipo de associa- ção é chamada de endossimbiose.

8. Todas as espécies de feofícea são multicelulares e marinhas, apre-

sentando cor que varia do bege-claro ao marrom-amarelado. Algumas espécies acumulam carbonato de cálcio na parede ce- lular, o que lhes confere um aspecto rígido e petrificado.

9. A maioria das rodofíceas é multicelular, com talo geralmente

ramificado e dotado de uma estrutura especializada na fixação ao substrato. As rodofíceas são abundantes nos mares tropicais, mas também ocorrem em água doce e em superfícies úmidas, como troncos de árvores de florestas. Sua cor pode variar desde o vermelho até o roxo-escuro, quase negro. Algumas espécies acumulam carbonato de cálcio na parede celular, sendo deno- minadas algas coralíneas.

10. As diatomáceas são unicelulares e a maioria das espécies vive

em mares de águas frias, mas algumas espécies habitam lagos de água doce. Elas, em geral, flutuam na superfície dos mares e lagos, representando parcela importante do fitoplâncton.

11. Diatomito (ou terras de diatomáceas) é formado por camadas

compactas de carapaças de diatomáceas que se acumularam no fundo do mar ao longo de milhares de anos. O diatomito tem granulosidade finíssima devido ao pequeno tamanho das carapaças vitrificadas que o constituem, sendo por isso utilizado como matéria-prima de polidores e também na confecção de filtros e isolantes.

12. A maioria das crisofíceas é unicelular e vive no mar ou em água

doce. Muitas apresentam as paredes celulares impregnadas de dióxido de silício (sílica).

13. Os euglenóides são unicelulares e a maioria vive em água doce,

nadando graças à movimentação de um flagelo. Em ambientes iluminados realizam fotossíntese, produzindo seu próprio alimen- to. Quando colocados no escuro, podem sobreviver ingerindo partículas de alimento por fagocitose, um modo heterotrófico de nutrição. Há espécies de euglenóides sem cloroplastos, cuja nutrição é exclusivamente heterotrófica; os cientistas acreditam que esses organismos provavelmente perderam os cloroplastos no curso da evolução. O modo ambíguo de nutrição, autotrófica e heterotrófica, tem sido um dos motivos de polêmica na classi- ficação dos euglenóides. Em certos sistemas, os euglenóides são classificados como protozoários.

14. Os dinoflagelados são unicelulares e a maioria vive no mar, cons-

tituindo juntamente com as diatomáceas parte importante do fitoplâncton oceânico. Eles apresentam dois flagelos e se deslo- cam em rápidos rodopios, girando sobre si mesmos.

15. Zooxantelas são algas, principalmente dinoflagelados, diatomáceas

e crisofíceas, que vivem dentro de células de protozoários e ani- mais marinhos (cnidários, platelmintos e moluscos) em relação de endossimbiose. As zooxantelas mantêm uma relação de troca de benefícios com as células hospedeiras; graças à sua capacidade de realizar fotossíntese, permitem que animais como os corais, que se alimentam de plâncton, possam viver em locais onde há pouco plâncton disponível.

16. Maré vermelha é um fenômeno causado pela multiplicação exa-

gerada de dinoflagelados perto do litoral, colorindo a água de tons marrom-avermelhados. Nessas situações, as substâncias tóxicas liberadas pelos dinoflagelados causam a morte de pei- xes e de outros animais marinhos, e eventualmente podem in- toxicar pessoas.

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RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DAS ATIVIDADES Reprodu çã o proibida. Art.184 do C ó

digo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

17. As carofíceas são algas multicelulares e vivem em água doce,

crescendo geralmente ancoradas a fundos submersos. O aspec- to de seu talo é complexo, com nós e entrenós, dos quais se projetam filamentos com órgãos reprodutivos, lembrando os musgos terrestres. A parede celular das carofíceas é constituída de celulose, impregnada de carbonato de cálcio, o que lhes con- fere um aspecto áspero e petrificado.

18. Três tipos de reprodução assexuada presente nas algas são: divi-

são binária, fragmentação e zoosporia. A divisão binária ocorre em algas unicelulares e consiste na divisão da célula em duas. A fragmentação, que ocorre em certas algas filamentosas, consis- te na quebra do talo em pedaços que regeneram novos organis- mos. Zoosporia consiste na formação de células flageladas, os zoósporos, que se libertam da alga que os formou e nadam até atingir locais favoráveis, onde se fixam e originam novos talos.

19. No ciclo de vida de muitas algas multicelulares alternam-se gera-

ções de indivíduos haplóides e diplóides, fenômeno denominado alternância de gerações. Talos diplóides (2n) são chamados de esporófitos; algumas de suas células diferenciam-se e passam por meiose, produzindo células haplóides (n), os esporos. Os es- poros libertam-se do talo diplóide que os originou e, ao encon- trar condições adequadas, germinam e produzem talos haplóides (n), os gametófitos. Na maturidade, algumas células do gametófito se diferenciam, multiplicam-se por mitose e origi- nam dezenas de gametas haplóides flagelados. Estes libertam- se dos gametófitos e fundem-se dois a dois, produzindo zigotos diplóides (2n). O desenvolvimento do zigoto dá origem a um talo diplóide (2n), que na maturidade repetirá o ciclo.

20. Os principais grupos de algas presentes no fitoplâncton são

diatomáceas e dinoflagelados. Esses organismos, juntamente com bactérias fotossintetizantes, constituem a base da ca- deia alimentar nos mares e lagos. Além disso, esses seres são responsáveis pela produção da maior parte do gás oxigênio atmosférico.

21. A maioria dos protozoários é aquática, vivendo em água doce,

água salgada, regiões lodosas e terra úmida. Algumas espécies são parasitas, habitando o interior do corpo de animais invertebrados e vertebrados, causando doenças. Há também protozoários que mantêm relações de troca de benefícios (mutualismo) com outros seres vivos (ex.: flagelados e cupins). Algumas espécies alimentam-se de matéria orgânica de cadáve- res ou de restos de outros seres vivos; outras ingerem microrga- nismos vivos, como bactérias, algas e outros protozoários; exis- tem ainda protozoários parasitas que se alimentam de tecidos corporais dos hospedeiros.

22. A eliminação do excesso de água nesses protozoários está a car-

go dos vacúolos contráteis, bolsas citoplasmáticas que acumu- lam água, eliminando-a de tempos em tempos. Assim, pode-se dizer que os vacúolos contráteis são responsáveis pela regulação da osmose nos protozoários, ou seja, por sua osmorregulação.

23. O filo Rhizopoda, também chamado Sarcodina, compreende os

protozoários que se locomovem por meio de expansões citoplasmáticas denominadas pseudópodes, também utilizados para capturar alimento. Há espécies de rizópodes vivendo livre- mente em água doce ou no mar, sobre os fundos e a vegetação submersa. Algumas amebas podem viver no corpo humano sem causar prejuízo, em uma relação que os biólogos chamam de comensalismo. Exemplos de amebas comensais humanas são

Entamoeba gengivalis, que vive na boca, e Entamoeba coli, que

vive no intestino. Por outro lado, a Entamoeba histolytica é pa- rasita, e ao se instalar no intestino humano provoca a doença conhecida como amebíase ou disenteria amebiana.

24. Os radiolários e os heliozoários, que integram o filo Actinopoda,

apresentam pseudópodes afilados, os axópodes, sustentados por um eixo central e que se projetam como raios em torno da célu-

la. Os radiolários apresentam uma cápsula interna central, esfé- rica e perfurada, constituída de quitina e ligada a um esqueleto formado por espículas de sílica (SiO2) ou de sulfato de estrôncio (SrSO4); eles vivem exclusivamente no mar, constituindo um im- portante componente do plâncton. Os heliozoários podem ou não ser dotados de estruturas esqueléticas, mas nunca apresen- tam cápsula esférica central, como os radiolários. A maioria dos heliozoários é de água doce; algumas espécies habitam o fundo de lagos de água doce ou vivem sobre a vegetação submersa.

25. O filo Foraminifera (do latim foramen, buraco, furo) reúne

protozoários dotados de uma carapaça externa, constituída de car- bonato de cálcio (CaCO3), quitina ou mesmo de fragmentos calcários ou silicosos selecionados da areia pelo foraminífero. A carapaça apresenta numerosas perfurações, através das quais se projetam finos e delicados pseudópodes, usados na captura de alimento. A maioria dos foraminíferos vive no mar. Muitas espécies de foraminíferos flutuam, constituindo parte importante do plâncton. Outras espécies vivem sobre algas, animais ou no fundo do mar.

26. O filo Apicomplexa engloba exclusivamente protozoários para-

sitas, sem estruturas locomotoras e dotados, em algum estágio do ciclo de vida, de uma estrutura celular proeminente, o com- plexo apical (daí o nome do grupo). Estudos têm mostrado que o complexo apical desempenha papel importante na penetra- ção desses protozoários parasitas nas células hospedeiras. O ter- mo Sporozoa, antigamente utilizado para designar o filo, se re- fere ao fato de muitos representantes do grupo possuírem ciclos de vida com estágios em que se formam esporos.

27. O filo Zoomastigophora, também conhecido por Flagellata, com-

preende protozoários que se locomovem por meio de estruturas filamentosas em forma de chicote, os flagelos. Geralmente há um ou dois flagelos, mas algumas espécies podem apresentar dezenas deles. Muitos flagelados podem viver no meio aquático, no mar e em água doce. Alguns têm vida livre, utilizando os flagelos para a natação e capturando alimentos por fagocitose. Outros são sésseis, isto é, vivem fixados a um substrato, e utilizam o movimento flagelar para criar correntezas líquidas que arrastam partículas de alimento para perto de si. Diversas espécies de flagelados são parasitas, cau- sando doenças em animais e na espécie humana.

28. Reunir os protozoários pela presença de flagelo não parece ser

um bom critério para refletir o parentesco evolutivo. Provavel- mente o flagelo surgiu independentemente em diversos grupos de organismos e não constitui um apomorfismo que permita reu- nir os flagelados em um grupo monofilético. Em outras palavras, o flagelo não é uma novidade evolutiva exclusiva de protozoários, ocorrendo também em organismos classificados como algas (euglenóides e dinoflagelados). Por isso, alguns sistemas moder- nos de classificação distribuem os protozoários flagelados em di- ferentes filos e até mesmo em reinos diferentes.

29. O filo Ciliophora, ou Ciliata, compreende os protozoários que apre-

sentam estruturas locomotoras filamentosas geralmente mais curtas e mais numerosas que os flagelos, os cílios, e mais de um núcleo por célula, um deles maior, o macronúcleo, e um ou mais núcleos menores, os micronúcleos. A maioria dos ciliados tem vida livre. Entre as pouquíssimas espécies parasitas destaca-se

Balantidium coli, que parasita o intestino do porco e pode, even-

tualmente, infectar a espécie humana. Certos ciliados vivem no tubo digestório de animais ruminantes como bois, carneiros, ca- bras, girafas etc., auxiliando a digestão da matéria vegetal e ser- vindo, eles próprios, de alimento para os seus hospedeiros.

30. A maioria dos protozoários de vida livre se reproduz assexua-

damente por divisão binária. A célula cresce até determinado ta- manho e se divide ao meio, originando dois novos indivíduos. Entretanto alguns sarcodíneos e apicomplexos podem se repro- duzir assexuadamente por divisão múltipla. Nesse caso a célula multiplica seu núcleo diversas vezes por mitose antes de se frag- mentar em inúmeras pequenas células.

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RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DAS ATIVIDADES

Reprodu

çã

o proibida.

Art.184 do C

ó

digo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

31. A amebíase ou disenteria amebiana é a parasitose causada pelo

rizópode Entamoeba histolytica (entameba). Adquire-se esse pa- rasita ao se ingerir cistos de entameba presentes na água ou em alimentos contaminados com fezes de pessoas doentes. Apenas uma em cada dez pessoas infestada por E. histolytica apresenta sintomas da doença. Estes são geralmente brandos, como diar- réias e dor de estômago; em casos mais graves, ocorrem diarréias sanguinolentas e a pessoa pode se tornar anêmica.

32. Atualmente há medicamentos eficazes contra amebíase, que

devem ser utilizados após o diagnóstico da parasitose por meio de um exame das fezes do doente. Entre as maneiras de preve- nir a amebíase destaca-se a construção de instalações sanitárias adequadas, tais como privadas, esgotos e fossas sépticas, que impeçam a contaminação da água e de alimentos por fezes que contenham cistos de ameba. A água, caso não seja tratada, deve ser fervida antes de ser usada para beber ou para lavar alimentos consumidos crus. Esses e outros cuidados básicos, as- sociados a uma maior higiene pessoal, previnem não só a amebíase como inúmeras outras doenças infecciosas.

33. Leishmaniose é a denominação genérica da infecção causada

por protozoários flagelados denominados leishmanias. Há dois tipos de leishmaniose: visceral e tegumentar. A leishmaniose visceral (ou calazar) é causada pela Leishmania chagasi, que ataca o baço e o fígado. Os sintomas da doença são febre contínua, perda de apetite, crescimento exagerado do fígado, lesões na pele, anemia, em alguns casos levando à morte. A leishmaniose tegumentar (ou úlcera-de-bauru) é uma doen- ça parasitária de pele e mucosas causada pela Leishmania

brasiliensis. Na pele, a doença se manifesta pela formação de

feridas ulcerosas, com bordas elevadas e fundo granuloso. Nas mucosas (cavidade nasal, faringe ou laringe) a leishmaniose destrói tecidos e, em casos graves, pode perfurar o septo nasal e causar lesões deformantes.

34. A parasitose é transmitida pela picada de mosquitos, conheci-

dos popularmente como mosquitos-palhas. A leishmaniose visceral é transmitida pela espécie Lutzomya longipalpis e a tegumentar por várias espécies do gênero Lutzomya. O trata- mento é feito com a administração prolongada de medicamen- tos à base de antimônio que, devido à toxicidade, não podem ser ingeridos por mulheres grávidas e pessoas com problemas cardíacos. A prevenção consiste em combater os mosquitos trans- missores e em evitar sua picada, pelo uso de cortinados e telas.

35. A doença de Chagas, também chamada tripanossomíase ameri-

cana, é a infecção pelo flagelado Trypanosoma cruzi, o tripa- nossomo. Nos primeiros estágios da doença, os principais sinto- mas são cansaço, febre, aumento do fígado ou do baço e inchaço dos linfonodos. Depois de 2 a 4 meses esses sintomas desapare- cem. Somente 10 a 20 anos após a infestação é que começam a aparecer os sintomas mais graves da doença; os protozoários instalam-se preferencialmente no músculo cardíaco e causam lesões que prejudicam o funcionamento do coração, o que leva à insuficiência cardíaca crônica.

36. O tripanossomo é transmitido por insetos popularmente chama-

dos de “barbeiros” ou “chupanças”, sendo a espécie transmissora mais comum o Triatoma infestans. Depois de picar uma pessoa, geralmente no rosto (daí o nome “barbeiro”), o inseto defeca; se ele estiver contaminado, os tripanossomos em suas fezes podem penetrar através do ferimento da picada, quando a pessoa coça o local, atingindo a circulação sangüínea, via de acesso aos órgãos do corpo. A doença pode também ser adquirida pelo contato das mucosas (dos olhos, do nariz e da boca) com fezes do inseto con- taminadas pelo parasita. Mulheres infestadas também podem transmitir o parasita aos filhos durante a gravidez ou na amamentação. Transplantes de órgãos e transfusões de sangue de doadores infestados são outras vias pelas quais se pode ad-

quirir a doença de Chagas. Desde a década de 1960, têm sido desenvolvidas drogas terapêuticas capazes de matar e destruir o

Trypanosoma cruzi, principalmente no período inicial da doença.

Entretanto, as lesões do coração e de outros órgãos, como o esôfago e o intestino, são irreversíveis e até o momento não há tratamento eficaz para os estágios avançados da doença de Cha- gas. Assim, a principal maneira de combater essa parasitose é adotar medidas preventivas, que impeçam a entrada dos protozoários no organismo humano. A primeira providência é evitar a picada do barbeiro, o agente transmissor (ou vetor) da doença. Como esses insetos se escondem nas frestas das casas de barro ou de pau-a-pique, construir casas de alvenaria, sem esconderijos para o barbeiro, ajuda a combater a doença de Chagas. Outra medida preventiva importante é a instalação de cortinados de filó sobre as camas e de telas de proteção em portas e janelas.

37. A malária é uma doença causada por protozoários apicomplexos

do gênero Plasmodium (plasmódio). Há quatro espécies de

Plasmodium que causam malária; P. malariae e P. ovale são os

responsáveis por uma forma branda da doença; P. falciparum causa a forma mais grave; P. vivax causa uma forma de malária de gravidade intermediária. Os sintomas da malária são picos de febre alta, entre 39 ºC e 40 ºC, que coincidem com a ruptura das hemácias infestadas, que liberam parasitas e substâncias tóxicas, causando febre e calafrios.

38. Todos os tipos de malária são transmitidos pela picada de fêmeas

de mosquitos do gênero Anopheles (anófeles). Atualmente, há vários medicamentos capazes de eliminar o plasmódio do san- gue. Além do tradicional quinino e seus derivados, novas drogas terapêuticas têm sido usadas com sucesso no tratamento da ma- lária. Drogas antimaláricas devem ser tomadas preventivamente, sob rigorosa orientação médica, por pessoas que visitam regiões com alta incidência da doença. As principais medidas para preve- nir a malária consistem em combater a proliferação do mosquito transmissor e impedir sua picada. O combate ao mosquito pode ser feito pelo aterro de lagoas e poças d’água que servem de criadouro para as larvas, e também pela aplicação de inseticidas sobre as áreas atingidas pela doença. Esta última providência tem a conseqüência indesejável de matar indiscriminadamente outras espécies de inseto, muitas delas úteis. Para impedir a picada do mosquito, pode-se proteger as portas e as janelas das casas com telas, e cobrir as camas com cortinados de filó.

QUESTÕES PARA PENSAR E DISCUTIR

QUESTÕESOBJETIVAS 39. b 40. e 41. c 42. h 43. g 44. a 45. e 46. b 47. d 48. a 49. c 50. b 51. a 52. b 53. d 54. a 55. d 56. b 57. d 58. c 59. a 60. b 61. d QUESTÕESDISCURSIVAS

62. O enredo da história ficcional deverá ser uma criação dos estu-

dantes, considerando os conhecimentos a seguir. O fitoplâncton marinho é constituído por algas unicelulares, com predominân- cia de diatomáceas e dinoflagelados. Os seres do fitoplâncton são os produtores da cadeia alimentar marinha, servindo de ali- mento, direta ou indiretamente, à quase totalidade dos seres desse ecossistema. Além disso, sendo fotossintetizantes, os se- res do fitoplâncton fornecem a maior parte (cerca de 90%) do gás oxigênio presente na atmosfera. Se o fitoplâncton marinho desaparecesse, possivelmente ocorreria extinção da maioria das espécies do ecossistema marinho e de muitas espécies de terra firme, tanto pela falta de matéria orgânica como pelo decrésci-