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E-BOOK - 100 QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS EM PSICOLOGIA

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1 (Pref. de Ulianópolis – 2016) Com relação ao Psicodiagnóstico, é correto afir- mar que:

I. É um processo que envolve quatro etapas;

II. A terceira etapa é a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas;

III. É realizado sempre com o objetivo de obter uma compreensão profunda e completa da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo ele- mentos constitutivos, patológicos e adaptativos.

Estão corretos os itens:

a) I, II, III. b) I, II. c) I, III. d) II, III.

COMENTÁRIO

Questão polêmica, uma vez que existem vários autores relevantes que falam sobre etapas do processo psicodiagnóstico de formas diferentes. Cunha em seu livro “Psico- diagnóstico-V” comenta, de forma mais flexível, que existem de 5 a 7 passos; Ocampo no livro “O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas” afirma que o processo envolve 4 passos e Arzeno em “Psicodiagnóstico clínico” relata que são 7 passos. Ob- servou-se que o autor da questão utilizou como referência bibliográfica Ocam- po (2005).

Para Ocampo et al. (2005), o psicodiagnóstico é um processo que envolve 4 etapas, são elas:

1ª Etapa: ocorre desde o contato inicial até a primeira entrevista com o paciente; 2ª Etapa: é compreendida como a fase de aplicação das técnicas e testes projetivas; 3ª Etapa: fase em que se encerra o processo e se faz a devolução oral ao paciente (e/ ou aos pais);

4ª Etapa: consiste no momento do profissional elaborar o informe escrito (laudo) para a fonte solicitante do psicodiagnóstico.

Para Ocampo e Arzeno (2005), o processo psicodiagnóstico é considerado como uma prática clínica bem delineada por meio de tempo, objetivos, e papéis previamen- te definidos. Atua sempre com a meta de obter uma compreensão vasta e completa

da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo elementos constituti- vos, patológicos e adaptativos (ARAÚJO, 2007).

Voltando aos itens da questão sobre processo psicodiagnóstico, vamos corrigí-los: I. É um processo que envolve quatro etapas; CORRETO, segundo Ocampo et al (2005).

II. A terceira (segunda etapa, de acordo com Ocampo et al, 2005) etapa e a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas;

III. É realizado sempre com o objetivo de obter uma compreensão profunda e com- pleta da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo elementos cons- titutivos, patológicos e adaptativos. CORRETO, segundo Ocampo e Arzeno apud Araújo (2007).

Estão corretos os itens: (A) I, II, III.

(B) I, II. (C) I, III. (D) II, III.

GABARITO: C) I, III.

2 (Pref. de Ulianópolis – 2016) Sobre a Avaliação Psicológica, é correto afirmar que:

a) As técnicas projetivas não são testes psicológicos no sentido estrito podendo ser usadas livremente por profissionais que tenham diploma de psicólogo.

b) Os testes psicométricos são aqueles que medem as características de perso- nalidade que são adequadas para a realização de um dado cargo.

c) O psicólogo, ao elaborar o laudo diagnostico, deve evitar objetividade e clare- za no uso da linguagem.

d) O uso de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprova- dos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) constitui falta ética do psicó- logo que os utiliza.

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COMENTÁRIO

Vamos comentar cada afirmação, a fim de identificarmos a resposta correta da ques- tão sobre avaliação psicológica:

(A) As técnicas projetivas não são testes psicológicos no sentido estrito podendo ser usadas livremente por profissionais que tenham diploma de psicólogo.

Afirmar que técnicas projetivas não são testes psicológicos no sentido estrito (rigo- roso, preciso) está correto, uma vez que as técnicas projetivas são métodos que au- xiliam a expressão inconsciente do cliente, sendo utilizados por vários profissionais como psicólogos e psicopedagogos para compreender melhor o funcionamento men- tal do sujeito e sua personalidade. Uma técnica projetiva pode ser a confecção de um desenho, por exemplo, mas não é considerado um teste psicológico projetivo, pois para ter a característica de teste psicológico é necessário seguir rigorosos critérios como escores, padrão de avaliação, além de parecer favorável do CFP.

Para manusear testes psicológicos objetivos e projetivos é necessário ter diploma de psicólogo, inscrição no CRP e recomenda-se que o profissional psicólogo faça um cur- so de capacitação para aprender a manusear, aplicar e avaliar o teste de forma correta e utilizá-lo em um contexto condizente com o que se que pretende avaliar, além de ser usado apenas como uma etapa do processo avaliativo, portanto não deve ser usada livremente. O erro da questão é afirmar que as técnicas projetivas podem ser utilizadas livremente por profissionais que tenham diploma de psicólogo (CFP, 2013).

(B) Os testes psicométricos são aqueles que medem as características de personali- dade que são adequadas para a realização de um dado cargo.

Os testes psicométricos são testes objetivos que utilizam procedimento estatístico e resultados quantitativos para medir características da inteligência e atenção, por exemplo. Os testes projetivos são testes subjetivos que utilizam procedimentos qua- litativos para medir a personalidade. A adequação do teste para a realização de um determinado cargo dependerá dos objetivos que o avaliador psicológico pretende ob- servar e compreender como relevante para a execução da tarefa (Cunha, 2000). (C) O psicólogo, ao elaborar o laudo diagnostico, deve evitar objetividade e clareza no uso da linguagem.

O psicólogo, ao elaborar o laudo diagnóstico, deve utilizar a objetividade e clareza no uso da linguagem, como consta na Resolução do CFP nº 007/2003, que institui o manual de elaboração de documentos escritos produzidos pelo psicólogo, decor- rentes de avaliação psicológica e revoga a resolução do CFP nº 17/2002.

D) O uso de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) constitui falta ética do psicólogo que os utiliza. AFIRMAÇÃO CORRETA

Segundo os Artigos 10º e 16º da Resolução CFP nº 002/2003, será permitida apenas a utilização dos testes psicológicos que tiverem o parecer favorável pelo Conselho Federal de Psicologia e será considerada falta ética a utilização do instrumento que não esteja em condições de uso.

GABARITO: D) O uso de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) constitui falta ética do psicólogo que os utiliza.

3 (CRP 16ª – 2012) A entrevista psicológica na concepção de Bleger (1985):

a) É uma compilação de dados pré-estabelecidos visando obter uma síntese tanto da situação presente quanto da história de um indivíduo.

b) Procura fazer com que o campo seja configurado especialmente pelas variá- veis que dependem do entrevistador.

c) Não é considerada uma técnica de investigação científica.

d) Tem como objetivo o estudo e a utilização do comportamento total do indi- víduo em sua relação com o entrevistador.

e) É o mesmo que anamnese.

COMENTÁRIOS

Para Bleger (p. 6, 1985) a entrevista psicológica “objetiva o estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação estabelecida com o entrevistador, durante o tempo em que essa relação durar”.

Portanto a letra D é a afirmação correta na concepção do autor citado no enunciado da questão.

Vamos comentar o erro das demais afirmações sobre o conceito de entrevista psi- cológica na concepção de Bleger, no livro “Temas de psicologia. Entrevista e grupos” (1985):

a) É uma compilação de dados pré-estabelecidos visando obter uma síntese tanto da situação presente quanto da história de um indivíduo.

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b) Procura fazer com que o campo seja configurado especialmente pelas variáveis que dependem do entrevistador.

A regra fundamental da entrevista é procurar fazer com que o campo seja configura- do especialmente pelas variáveis que dependem do entrevistado (Bleger, 1985). c) Não é considerada uma técnica de investigação científica.

Bleger (1985) afirma que a entrevista psicológica é considerada uma técnica de inves- tigação científica.

d) Tem como objetivo o estudo e a utilização do comportamento total do indiví- duo em sua relação com o entrevistador. AFIRMAÇÃO CORRETA

e) É o mesmo que anamnese.

Para Bleger (1985) a entrevista não possui o mesmo conceito de anamnese. A anam- nese se caracteriza por uma compilação de dados previamente estabelecidos de for- ma que permita ao profissional obter uma visão geral concisa tanto da situação atual como da história de vida do paciente no processo de saúde-doença. Já a entrevista psicológica focaliza na investigação do comportamento total do sujeito durante todo o período em que ocorre a relação com o entrevistador.

GABARITO: D) Tem como objetivo o estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em sua relação com o entrevistador.

4 (CRP 9ª – 2012) Teste destinado a adultos, inicialmente criado para avaliar a inteligência de candidatos a motoristas. Caracteriza-se como uma medida de inteligência não-verbal, construída para ser usada principalmente em pessoas com instrução de nível fundamental:

a) IHS. b) R1. c) WISC III. d) WAIS. e) BTN. COMENTÁRIO

O teste R-1 é caracterizado como um teste não verbal de inteligência cuja apli- cação pode ser realizada de forma individual ou coletiva, em pessoas com idade mí-

nima de 18 anos e com escolaridade a partir do ensino fundamental incom- pleto. Os contextos em que a utilização do teste R-1 é mais indicada são: obtenção, renovação ou mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação, em ambiente clínico e organizacional.

Portanto, observamos que a letra B, R1 é a afirmação correta sobre o teste psicológico descrito no enunciado. Vamos comentar as outras assertivas:

a) IHS.

IHS – Inventário de Habilidades Sociais é um teste indicado para pessoas de 17 a 25 anos (escolaridade de 2º grau). Sua aplicação pode ser individual ou coleti- va, geralmente utilizado para Recrutamento e Seleção (Cunha, 2000).

b) R1. c) WISC III.

WISC-III – Escala de Inteligência Wechsler é direcionada para Crianças e ado- lescentes de 6 a 16 anos. É um instrumento clínico utilizado para avaliar a ca- pacidade intelectual e neuropsicológica. Sua aplicação é individual (Cunha, 2000).

d) WAIS.

WAIS – III – Escala de Inteligência Wechsler é direcionada para adolescentes e adultos de 16 a 89 anos. É um instrumento clínico utilizado para avaliar a capacidade intelectual e neuropsicológica. Sua aplicação é realizada de forma individual; considerada uma avaliação cognitiva (Cunha, 2000).

e) BTN.

Bateria de Testes Neuropsicológicos para crianças de 4 a 15 anos. Sua aplicação é feita de forma individual (Cunha, 2000).

GABATIRO: B) R1.

5 (CRP 1ª – 2012) Entre os testes psicológicos para avaliação da inteligência, temos o WISC III que:

a) É utilizado em sujeitos com 16 anos ou mais.

b) Pode ser aplicado num formato individual ou grupal. c) Não possui uma padronização brasileira.

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COMENTÁRIO

WISC-III – Escala de Inteligência Wechsler para Crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Este teste é considerado um instrumento clínico para avaliar a capacidade intelectual e neuropsicológica das pessoas. Sua aplicação ocorre de forma individual.

Portanto, observamos que a letra D é a afirmação correta sobre o teste psicológico WISC-III. Vamos comentar o erro das outras assertivas:

a) É utilizado em sujeitos com 16 anos ou mais. Aplicação em sujeitos de 6 a 16 anos. b) Pode ser aplicado num formato individual ou grupal. Somente individual

c) Não possui uma padronização brasileira. O WIS-III possui padronização Brasileira. d) É indicado para avaliação clínica e neuropsicológica. ASSERTIVA CORRETA

e) É um teste específico para avaliação da memória. Não apenas a memória, o WIS- C-III avalia a Capacidade intelectual geral: inteligência, memória, raciocínio entre outros.

GABARITO: D) É indicado para avaliação clínica e neuropsicológica.

6 (TRT- 1ª Região – 2011) O psicodiagnóstico clínico acaba com uma entrevista, na qual o profissional explica ao entrevistado as conclusões extraídas e conver- sa sobre elas. Trata-se da Entrevista de:

a) Devolução. b) Solução. c) Comunhão. d) Avaliação. e) Compreensão. COMENTÁRIO

Para os autores Ocampo, Arzeno e Piccolo (2001), a entrevista de devolução faz parte da fase final do processo psicodiagnóstico em que ocorre a comunicação dos resultados obtidos e permite incluir dados e resumir o caso, o que possibilita ao pro- fissional emitir com maior compreensão o diagnóstico e o prognóstico ao paciente. Por ser a fase final de todo um processo, no qual muitas questões foram abordadas, é necessário discriminar os aspectos sadios e não sadios, adaptativos e não adaptativos do indivíduo, tanto quanto de seus pais e familiares.

Portanto, de acordo com o enunciado da questão, trata-se de entrevista de devolu- ção, letra A.

As demais alternativas não são tipos de entrevistas do psicodiagnóstico clínico.

GABARITO: A) Devolução.

7 (TRE-RS – 2010) Avaliação psicológica clínica, em que geralmente o psicólogo tem que responder a quesitos, tendo por objetivo fornecer subsídios para ques- tões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei. Trata-se de:

a) Prevenção. b) Diagnóstico diferencial. c) Diagnóstico multifatorial. d) Prognóstico. e) Perícia forense. COMENTÁRIO

ATENÇÃO! O assunto abordado nesta questão é muito cobrado na maioria dos cer- tames, por isso revise bastante o conteúdo que envolve os objetivos de uma avalia- ção psicológica clínica que está inserido na página 27 do livro “Psicodiagnóstico-V” (2000), da autora Jurema Alcides Cunha, que se diferencia em vários propósitos. Vamos comentar cada objetivo e seu respectivo conceito a fim de identificarmos aquele que condiz com o enunciado:

a) Prevenção.

“Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes” (Cunha, 2000, p. 27).

b) Diagnóstico diferencial.

“São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para di- ferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patolo- gia” (Cunha, 2000, p. 27).

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c) Diagnóstico multifatorial.

Não é um dos objetivos de uma avaliação psicológica clínica, segundo a autora refe- renciada na questão (Cunha, 2000).

d) Prognóstico.

“Determina o curso provável do caso” (Cunha, 2000, p. 27). e) Perícia forense. ASSERTIVA CORRETA

“Contribui na resolução de questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício de funções de cidadão, avaliação de incapacidade ou de comprome- timentos psicopatológicos que possam se associar com infrações de leis etc.; geral- mente o psicólogo deve responder a uma série de quesitos pra instruir em decisões importantíssimas do processo, portanto, isto deve ser feito de forma clara, precisa e objetiva” (Cunha, 2000, p. 27).

Desta forma, observamos que a única alternativa que faz jus ao comando é a letra E.

GABARITO: E) Perícia Forense.

8 (TRF- 4ª Região – 2010) No processo psicodiagnóstico, quando o objetivo é investigar irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para dis- tinguir alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da pa- tologia, o psicólogo estará diante de:

a) Uma avaliação compreensiva. b) Um diagnóstico diferencial. c) Um entendimento dinâmico. d) Uma classificação nosológica. e) Um trabalho preventivo.

COMENTÁRIO

Na mesma linha de raciocínio da questão anterior, vamos comentar cada objetivo do processo psicodiagnóstico, segundo Cunha (2000), e seu respectivo conceito a fim de identificarmos aquele que condiz com o enunciado:

“É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examina- das as funções do ego, compreensiva em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e pre- ver a possível resposta aos mesmos” (Cunha, 2000, p. 27).

b) Um diagnóstico diferencial. ASSERTIVA CORRETA

De acordo com Cunha (2000, p. 27), no diagnóstico diferencial “é investigada irre- gularidades e inconsistências dos resultados dos testes e/ou do quadro sinto- mático para diferenciar categorias nosológicas, níveis de funcionamento, alternati- vas diagnósticas ou natureza da patologia. Para tanto, o psicólogo deve ter um vasto conhecimento em psicopatologia e sobre técnicas sofisticadas de diagnóstico”.

c) Um entendimento dinâmico.

“Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva, por pressupor um ní- vel mais elevado de inferência clínica, dinâmico havendo uma integra- ção de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc” (Cunha, 2000, p. 27).

d) Uma classificação nosológica.

“Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diag- nósticos” (Cunha, 2000, p. 27).

e) Um trabalho preventivo.

Não é um dos objetivos de uma avaliação psicológica clínica, segundo a autora referen- ciada na questão. O que temos é a prevenção que, segundo Cunha (2000, p. 27) “pro- põe identificar problemas precocemente, avaliar riscos, estimar forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, conflitivas, ansiogênicas ou difíceis. Geralmente utilizam-se recursos de triagem para atingir uma maior popu- lação em um menor número de tempo, mas também é de grande utilidade numa avaliação individual, mais aprofundada”.

Após breve revisão do conteúdo, podemos compreender que apenas a letra B está correta.

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9 (METRÔ-SP – 2010) Em um processo psicodiagnóstico, o estabelecimento de um prognóstico pode ser um dos objetivos da avaliação psicológica clínica, o que corresponde a determinar:

a) Forças e fraquezas do examinando.

b) A identificação de problemas precocemente. c) O nível de funcionamento da personalidade. d) O curso provável do caso.

e) Uma comparação entre a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral.

COMENTÁRIO

Mais uma questão que envolve os objetivos de uma avaliação psicológica clínica, se- gundo Cunha (2000). Foi nos dado o conceito e é necessário saber o seu significado correto. Vamos identificar qual das assertivas corresponde ao estabelecimento de um prognóstico como mencionado no comando:

a) Forças e fraquezas do examinando.

Corresponde ao objetivo: Descrição (Cunha, 2000). b) A identificação de problemas precocemente. Corresponde ao objetivo: Prevenção (Cunha, 2000). c) O nível de funcionamento da personalidade.

Corresponde ao objetivo: Avaliação compreensiva (Cunha, 2000). d) O curso provável do caso. ASSERTIVA CORRETA

Corresponde ao objetivo mencionado no comando da questão: Prognóstico (Cunha, 2000).

e) Uma comparação entre a amostra do comportamento do examinando com os re- sultados de outros sujeitos da população geral.

Corresponde ao objetivo: Classificação simples (Cunha, 2000).

Destarte, observa-se que apenas a letra D faz referência ao prognóstico, conforme mencionado no enunciado da questão.

10 (TRE-CE – 2012) Os testes de Rorschach e de Apercepção Temática (TAT) são classificados como: a) Visuais. b) Expressivos. c) Específicos. d) Projetivos. e) Gerais. COMENTÁRIO

Podemos afirmar que os testes de Rorschach e de Apercepção Temática (TAT) são classificados como Testes Projetivos, letra D.

Segundo Anzieu (1986) os testes projetivos se fundamentam de acordo com a teoria psicodinâmica e tem como pressuposto principal o conceito de projeção, cujo senti- do remete ao fenômeno de evidenciar a expressão por meio de produções subjetivas livres e pouco direcionadas e definidas, objetivando trazer à tona a expressividade individual da psique do sujeito. Pode-se compreender que existe certa liberdade na aplicação dos testes projetivos, pois não há respostas predeterminadas consideradas como certas, erradas, boas ou más (Cunha, 2000).

Os testes projetivos são métodos qualitativos e possuem como propósito medir as características da personalidade. Alguns exemplos de testes projetivos são:

• Teste de Rorschach;

• Apercepção Temática – TAT; • Pirâmides coloridas de Pfister;

• Desenho da casa, árvore e pessoa (HTP); • Desenho da figura humana (DFH);

• Teste de ZULLIGER (Cunha, 2000).

Comentadas

Questões

1 (MPE/PE – 2012) O ataque de pânico é definido como:

a) Um estado de ansiedade diretamente relacionado a pensamentos ou ima- gens de experiências traumáticas passadas.

b) A reação de alarme imediata ao perigo e pode ser bom para a pressão san- guínea, que juntamente com outros sentidos subjetivos de terror, motiva o indivíduo a escapar ou, se for preciso, atacar.

c) Um estado de humor negativo caracterizado por sintomas corporais de ten- são física e apreensão em relação ao futuro.

d) Uma experiência abrupta de intenso medo ou desconforto agudo, acompa- nhada por sintomas físicos que incluem palpitações, dor no peito, respiração curta e tontura.

e) Uma tentativa de evitar pensamentos (obsessões) intrusivos e repulsivos ou neutralizar esses pensamentos por meio do comportamento ritualístico (compulsões).

COMENTÁRIO

Vamos comentar cada assertiva com base no CID-10 a fim de identificarmos qual delas se refere ao Ataque de Pânico:

a) Um estado de ansiedade diretamente relacionado a pensamentos ou imagens de experiências traumáticas passadas.

Refere-se ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático (F 43.1).

b) A reação de alarme imediata ao perigo e pode ser bom para a pressão sanguínea, que juntamente com outros sentidos subjetivos de terror, motiva o indivíduo a esca- par ou, se for preciso, atacar.

Retirando a parte em tachado que está incorreta, o restante da assertiva se refere a