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QUADRADOS E SELOS MÁGICOS PLANETÁRIOS DE VÊNUS, DE SATURNO E DE MARTE

No documento Curso de Tarô - Módulo 5 - Magia (páginas 68-72)

UNIVERSOS da MAGIA

QUADRADOS E SELOS MÁGICOS PLANETÁRIOS DE VÊNUS, DE SATURNO E DE MARTE

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20. A MAGIA NEGRA

Também chamada de “enfeitiçamento”. Basicamente é o uso violento de recursos astrais e físicos de um homem encarnado contra um outro homem, igualmente encarnado. As influências mágicas sempre estão ligadas a certas manifestações nos planos astrais físicos ou inferiores. O feitiço pode ter inúmeros objetivos: amor, doença ou morte, prejuízo material, falência, eliminação ou diminuição de atividades lucrativas, etc. É exatamente devido ao fato de que os resultados fazem parte dos subplanos inferiores do universo que o próprio termo é usado no sentido de algo mau, e com razão. Trata-se sempre de uma operação muito grosseira, que exige uma base sólida na matéria. Isso se realiza da seguinte maneira: cria-se uma entidade involutiva (elemental) de acordo com o plano cabalístico. O mundo criativo desse ser pertence inteiramente ao operante. Os planos conseguintes devem penetrar, por suas influências, os mundos mental, astral e físico, respectivamente. Deve haver uma sintonia dos elementos gerados para com as atividades e funções a cada esfera de atuação, para que o operante possa arquitetar e dirigir as influências adequadamente. Os planos inferiores devem ser de características comum a todos os tipos de homens, pois a entidade vai poder interagir temporariamente entre os mundos em comum (os três mundos inferiores cabalísticos) sem comprometer a causa ou o seu criador. O próximo problema para o operante será a realização de uma sugestão determinada, como “doença ética” para aquela parte do mundo criativo, parte artificial e recentemente construída, que corresponde à individualidade livre da vítima (pentagrama ou elemental). O operante sugerirá então a doença “formal” no interior da parte astral em comum, que corresponderá ao conjunto de sensações do sujeito e, por fim, uma doença física relacionada à parte física em comum do sujeito. O padrão geral é esse. É muito difícil possuir completamente todos os três mundos do sujeito da operação. Mas não há necessidade de tomá-los completamente; basta uma pequena parte. Essa parte é, então, contaminada com uma doença colocada para que se espalhe o máximo possível pelos órgãos da vítima, enquanto que os órgãos do operante, que penetraram no organismo comum da entidade artificialmente moldada, são cuidadosamente protegidos. Ninguém contestaria a insatisfação ética, devido a algum acidente, pode algumas vezes destruir a harmonia espiritual de um indivíduo fraco; que formas erroneamente construída à sua volta pode atingir o seu próprio mundo formal, e que o bacilo contagioso inoculado em uma célula de seu corpo pode facilmente contaminar todo o seu organismo. Os elementos deliberadamente infectados devem fazer parte de outros que representam o caráter, construção ou secreções fisiológicos dos órgãos a serem afetados. Para o enfeitiçamento ético de um homem ambicioso é importante inoculá-lo com elementos relacionados ao seu próprio egoísmo. Para um homem que gosta das aparências estéticas, é interessante introduzir um elemento de vergonha e fealdade (feiúra) em sua parte astral. Para os enfeitiçamentos de morte, amor, doença, ódio, vingança, etc., é essencial afetar a sua parte física (orgânica), pegando suas células sanguíneas, em lugar de, digamos, parte de sua epiderme. É importante dar forma às partes não essenciais do mundo físico da vítima assim obtidas, sugerindo uma espécie de realidade no mundo visível. Se o operante pode somente obter um pouco de cabelo, fará uma figura de cera e fixará os cabelos à cabeça dessa figura. Quando houver falta de material para a parte física do elemental, poderá compensar com a confecção da parte astral com uma forma semelhante a vítima e com o batizado com o nome da vítima. Se o operante deseja sugerir o medo a sua vítima, sem saber exatamente o que realmente assusta a pessoa em questão, mas sabendo o que confunde, o operante sintoniza todo o organismo artificial (elemental criado) primeiramente com a confusão e depois adiciona o medo apenas como imagina. Quando o medo for inoculado, o operante tenta subjugar todos os sentimentos de medo em si próprio. Isso funcionará desde que ele próprio não seja suscetível de ficar confuso. Mas se for

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suscetível, o próprio operante será afetado pelo medo. O conhecido “golpe do retorno” é o resultado de uma tentativa de infectar outra pessoa com uma doença à qual o perante é mais sensível que o sujeito. Naturalmente, em tal caso tudo volta para o operante. Um indivíduo covarde que se preocupa com seu bem estar físico e status social receberá um golpe contrário se tentar enfeitiçar alguém com o objetivo de provocar-lhe um prejuízo material. Uma pessoa fraca afetivamente, tentando enfeitiçar alguém por amor, ficará ela própria, estúpida e desesperadamente apaixonada. Pode-se obter uma auto-proteção no enfeitiçamento pela introdução de um terceiro sujeito que é colocado no pano de fundo da parte mental da operação, e pela escolha habilidosa de suas propriedades astrais e físicas. De acordo com isso, o terceiro elemento do sujeito da operação deve ser mais sensitivo que o operante para a aceitação do feitiço. Se um indivíduo está enfeitiçando para a tristeza e o desenvolvimento progressivo desse sentimento, seria sensato substituir-se por um cão, que eventualmente seria torturado pela tristeza, no caso de um golpe contrário (choque de retorno); mas seria completamente errado tentar proteger-se pela transferência da má influência a um corpo que viva em nosso quintal. O nível da feitiçaria é justamente essa: a de coletar sangue, dentes, unhas, suor, esperma, cabelos, roupas, etc., da vítima e introduzir esses elementos na base física de toda a operação, freqüentemente misturando secreções do corpo da vítima com as próprias secreções do operante. Em alguns casos, os feiticeiros se satisfazem com uma boneca, fotografia ou outra imagem “formal”, introduzindo nesses itens, partes reais do corpo do sujeito. Em outros casos, preferem um organismo vivo (como um sapo) para torná-lo semelhante à vítima dando-lhe o nome desta através de um “batismo” de magia negra. Ao usar uma influência exclusivamente energética, como no caso de tentar fazer alguém cair na rua, o feiticeiro segue sua vítima tentando imitar seus passos e infeccionado-o com a idéia de tropeçar, mas impedindo-se no último momento de sofrer uma queda como a que provocou em seu inimigo. Tudo é tão simples quanto parece ser misterioso. A chave disso está justamente na atividade de um indivíduo ao atacar a passividade de uma outra pessoa. Naturalmente, o conhecimento e experiência é tão importante quanto a intensidade da força de vontade em todos os atos mágicos.

A Tradição Hermética recomenda uma defesa universal contra o enfeitiçamento: “não dormir”, no sentido de não permanecer passivo ou distraído. A razão para isso é que não há flecha astral que consiga espetar um homem ativo e perceptivo em todos os planos, exatamente da mesma forma que uma flecha comum não consegue perfurar uma roda em alta rotação. Não dormir no plano mental significa orar por todos e principalmente pelos inimigos, desejando que seus adversários não satisfaçam-se com quaisquer planos de vingança contra outrem. Não dormir no plano astral significa nutrir-se com boas formas definidas na própria consciência, escolhidas e geradas por si mesmo, com o objetivo de não permitir que algo se prenda vindo de fora. Pensamentos positivos geram sentimentos positivos, como amor, compaixão, amizade, união, afeto, lealdade, afastando-se das paixões avassaladoras e ilusões nos relacionamentos. No plano físico, não dormir significa exercitar seu corpo físico de maneira com que ative e aumente sua força, saúde e vitalidade, criando uma grande resistência contra o enfeitiçamento. No caso de um determinado feitiço já ter atingido uma vítima e esta, já estiver sofrendo as conseqüências deste ataque infame e traiçoeiro, existe sim, uma salvação. Na maioria esmagadora dos casos o ataque culmina no plano físico, onde o mago negro tem como objetivo prejudicar a pessoa. Sendo assim, a utilização da espada mágica como agente neutralizador e eliminador das larvas astrais incrustadas no campo áurico, podem resolver grande parte do problema. Executa-se diversos golpes em um processo de tratamento nos plexos (chakras), até a vítima sentir uma melhora. Algumas vezes, será necessária a utilização de tridente (arma mágica específica para remoção de larvas astrais). Às vezes, é necessário fazer um

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tratamento de irradiação nos plexos para restaurar as funções bioenergéticas da pessoa. A utilização de ervas para chás, banhos e defumadores, também podem ser utilizados para a remoção e o afastamento dessas larvas, bem como a reativação e harmonização das funções orgânicas prejudicadas. Para a parte mental da vítima, alguns rituais de exorcismo, desobsessão e de concentração, podem também, fazer-se necessário. Claro que tudo isso implica em um tratamento com uma certa regularidade, tempo e seqüência adequada, juntamente com o propósito de eliminar o mal da parte ou das várias partes afetadas da vítima.

A vampirização é uma forma de magia negra que ocorre com grande freqüência de dia ou de noite. É comum, quando pessoas mais novas e saudáveis se misturam com pessoas mais velhas e decadentes, principalmente quando estas moram ou dormem na mesma casa ou quarto, e através da projeção do corpo astral da pessoa velha (que, naturalmente, pode estar inconsciente), esta extrai a vitalidade da pessoa mais nova ou mais próxima, com o propósito de alongar sua vida. Dentro do ponto de vista da tradição tal procedimento é impróprio e proibido. Mesmo assim, nos tempos antigos, o rei Davi que, no entanto, foi considerado uma pessoa santificada e inspirada, praticava o vampirismo na sua velhice, ordenando que muitos adolescentes de ambos os sexos ficassem ao seu lado. Esses jovens eram até mesmo chamados de rejuvenescedores do velho rei. Portanto, é desaconselhável que gente mais jovem durma muito perto de pessoas velhas e doentes, para não correrem o risco de perder sua energia vital (prana) para os vampiros inconscientes de sua família. Da mesma maneira, não se deveria permitir que sua comida fosse preparada por gente velha e doente, não importando se a doença não é absolutamente contagiosa do ponto de vista físico, como o reumatismo, os problemas cardíacos, etc. Onde há doença há desequilíbrio astral que tenta vampirizar tudo o que está ao seu alcance. Tudo isso não afeta um mago treinado e experiente, que conhece a “armadura ódica” e outros meios de isolamento (por meio da concentração). Se não for possível uma reorganização completa dos locais de dormir, por causa de condições adversas, então a simples colocação de uma grande bacia de água fresca ao lado da cama, como defesa contra vampirismo impedirá em certa medida o velho astrossoma que está vagando de roubar a energia do jovem adormecido. Mas, imediatamente após o despertar, a bacia deve ser removida, a água esvaziada e o recipiente lavado de maneira que nada da água da noite, agora impura, permaneça em contato com seres humanos.

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2ª Parte: A ALQUIMIA

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