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O eu que lembra e o eu que fala em Inventario secreto de La Habana

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 74-85)

.Nas escritas de si, o sujeito é livre para inventar sua vida e pode forjar uma narração transnarcisista voltada para seu trabalho artístico. Assim, a autoficção de artistas reflete sobre as envolturas do eu, sua fugaz coerência, sua incompletude.”

(BOLAÑOS, 2012, p.85)

Na busca por identificar os procedimentos literários que levam Abilio Estévez a construir o seu eu ficcional está a presença de múltiplas vozes, sejam elas capturadas por uma memória histórica ou familiar, literária ou autobiográfica, ficcional ou não ficcional. As memórias, o relato autobiográfico, o diário e a crônica

portanto, se pode levantar a habitual escultura equina (melhor ainda se o cavalo tem levantadas as duas patas dianteiras!). Somente por poeta Havana não considera ninguém.

62 Trad.: Havana, é evidente, sempre manteve os poetas sob suspeita. Não os ama, quase os

deprecia, deixa que morram nas piores condições y então (menos mal) não se preocupa em lembrá- los.

da cidade se misturam de um modo singular, de maneira que ao escrever de sí, Abilio Estévez narra a cidade de Havana e através de suas memórias revive um passado ao passo que imagina uma cidade que pouco a pouco deixa de ser secreta. “Hay en La Habana personas obstinadas, a contracorriente, ajenas a la epidemia nacional del olvido y empeñadas en vivir una ciudad que no existe.”63 (p.196).

A figura do escritor, Abilio Estévez, ao se valer dos mais variados discursos da memória (discursos memorialista, autobiográfico, da crônica, do diário e do inventario) e consequente posta em cena do seu eu ficcional, instaura uma espécie de máscara literária que produz um efeito de mistério em relação à sua verdadeira identidade. De maneira que tanto em Cuba como na Espanha (ou em qualquer outra parte do globo), sejam seus leitores mais assíduos, ou um leitor esporádico, seja este do seu convívio pessoal ou bem totalmente desconhecido, indistintamente, todos são levados a se fazerem a mesma pergunta em diversos momentos de

Inventario secreto de La Habana: será que isso realmente aconteceu?

Segundo Palmero González (2013):

Observa-se que detrás de uma prolixa exposição de dados biográficos, o eu narrativo destas memórias apresenta-se sempre sem nome, construindo uma imagem de duplo sentido: por uma parte, se explicita como sujeito memorioso; por outra, evade-se de marcar uma identidade nominal. (Palmero González, 2013, p.232)

Diversas são as formas dessa evasão nominal. Ao se valer do diário, tanto o pessoal quanto o de viagem por extensão, por apresentarem as mesmas características genéricas, o narrador chama à cena o seu interlocutor. No primeiro, um leitor ávido por descobrir revelações pessoais, no segundo um leitor reconhecido na figura do turista que descobre uma cidade.

63 Trad.: Existe em Havana pessoas obstinadas, a contracorrente, alheias à epidemia nacional do

Em Inventario secreto de La Habana acontece um duplo e simultâneo movimento de aceitação dos fatos narrados como verdade e ficção. Não é intenção do narrador resgatar o passado tal qual vivido, da mesma forma que não é objetivo do autor narrar sua biografia. Mas ele não impede que assumamos o pacto quando se coloca a meio caminho entre os dois discursos:

Se podrá objetar que describo mi experiencia, que hablo desde mi inevitable conocimiento personal. Quizá. Yo no hablo como actor. Me he dedicado a mirar. Siempre he sido un mal actor; nunca me he entregado en cuerpo y alma a mi personaje. Los demás personajes me atraen tanto como el mío, tal vez más. Incluso ese personaje soberbio que está del otro lado de la cuarta pared, el espectador. Así como prefiero leer a vivir, prefiero contemplar antes que representar.64 (p. 319)

Até mesmo o questionamento entre realidade e ficção e a confusão entre personagem e autor são reveladores da poética de Abilio Estévez. O narrador tem consciência dessa dinâmica que ora revela ora esconde traços de sua configuração narrativa, mas transfere para o leitor a decisão de compactuar ou da realidade ou da força imaginativa de sua criação.

Nas palavras de Palmero González (2012),

Especulo que esse sujeito, esquivo e exposto, presente e ausente, múltiplo e único que é Estévez, seja o resultado natural da invenção memorial. Lembremos que no ato de recordar, constrói-se também uma imagem de si e que essa auto-invenção, como explicam Brunner e Weisser (1995), cria separações entre o eu que relata no instante do discurso e os eus esquematizados na memória. Diante da impossibilidade de fazer coincidir todos esses eus, Estévez opta pelo jogo de guardar/esconder um nome e exteriorizar funções: o eu leitor, o flâneur, o vogeur, a testemunha, o guardião das memórias havaneiras. (Palmero González, 2012, p. 19)

64 Trad.: Se poderá objetar que descrevo minha experiência, que falo desde meu inevitável

conhecimento pessoal. Talvez. Não falo como ator. Dediquei-me a observar. Sempre fui um aml ator; nunca me entreguei de corpo e alma a meu personagem. Os demais personagens me atraem tanto quanto o meu, talvez mais. Inclusive este personagem soberbo que está do outro lado da quarta parede, o espectador. Assim como prefiro ler a viver, prefiro contemplar antes que representar.

Em já citada entrevista com Abilio Estévez, sintetizada por Asunción Horno Delgado (2006) lemos:

AHD: ¿Cómo asumes la contradicción? ¿Cómo vives diariamente en medio a todas esas contradicciones?

AE: Si ellas están en mí, yo soy eso, soy esa cosa rara. Como te decía, uno no está para resolver el misterio sino para crearlo. Creo que la literatura es eso: es mitificarlo todo, es destruir un mito para volverlo a hacer. Creo que yo soy ese misterio que ni yo mismo entiendo a veces, con contradicciones y las anoto en el libro que estoy escribiendo. Pues bueno, ahí se queda. (DELGADO, 2006, p.155)

O mais próximo que conhecemos da identidade do autor é que o pai se chamava Abilio e uma referida autoria de sua premiada peça teatral “La verdadera culpa de Juan Clemente Zenea”. Ambas, entretanto, referências feitas ao narrador e não ao autor. Já no colofão da obra, Abilio Estévez tece agradecimentos às pessoas, obras e escritores que o ajudaram na escrita do livro, dado paratextual que nos dá indícios também de uma presença autobiográfica, referida desta vez ao próprio autor.

Benjamin (APUD Arfuch, 2013, p.55) em El origen del drama barroco alemán, evidencia o “rodeio” como estilo indireto ou alegórico, um método segundo o qual se reconhece uma fragmentação temporal e onde não há a intenção de se referir aos fatos tal qual ocorrem: “un reconocimiento explícito de la dimensión simbólica, de la imposibilidad de restitución de escenas y momentos; el asumir que sólo tenemos “relatos de relatos” y la forma que logre imponerse sobre la narración es esencial.65

(ARFUCH, 2013, p.55).

O rodeio na obra de Abilio Estévez representa a distância que o autor estabelece com a própria biografia. O que deixa assomar à narrativa, o que negocia e traduz, o que foge ao seu controle no momento de leitura, seja por meio da ficção,

65 Trad.: Um reconhecimento explícito da dimensão simbólica, da impossibilidade de restituição de

cenas e momentos; o assumir que só temos ‘relatos de relatos’ e a forma que consiga se impor sobre a narração é essencial.

seja através da biografia de outros personagens, ou mesmo o que deposita no lócus de sua imaginação. Este é o efeito que se processa no multifacetado espaço biográfico contemporâneo, “donde conviven los géneros canónicos – revitalizados- con un sinfín de otras formas, en un proceso creciente de hibridación. [...] (que) asumen el desafio de encontrar nuevas maneras de abordar un yo -un nosotros – cada vez más elusivo.” (ARFUCH, 2013, p.55). Um eu, portanto, reflexo do seu emponderamento narrativo, resultante do deslocamento vivenciado.

CONCLUSÕES

Chegando a este ponto do trabalho, teço algumas considerações finais: A intensa mobilidade cultural e o transito fluido de imagens, signos, valores que caracterizam o mundo transnacional de hoje geram também poéticas muito singulares da escrita. Nesse cenário de fluidez inaugurado pela contemporaneidade, a memória surge como tema central do nosso tempo, achando expressão literária em formas discursivas que privilegiam o memorialístico, com ênfase na autoreferencialidade e apego à ruptura de fronteiras entre realidade e ficção. Isso explica a singular eclosão de autobiografias, das autoficções, dos textos memorialistas e dos diários de escritor, entre outras modalidades discursivas da memória.

Nessa encruzilhada situo o estudo de Inventario secreto de La Habana, de Abilio Estevez, escritor que produz sua obra atual em condições de deslocamento cultural e em cujos textos a memória é tema e importante recurso literário. Na obra, o narrador percorre uma Cuba secreta, condicionado principalmente pelo deslocamento geográfico e temporal que vivencia, através de uma escritura modalizada pela memória. Esta memória muitas vezes se confunde com a memória resgatada e revivida pelos personagens de Inventario secreto de La Habana e a memória do próprio autor.

Ao delimitar espaços físicos, como no contexto aqui apresentado de Havana- Barcelona e ao estabelecer o diálogo entre diferentes temporalidades da vida do narrador, a reconstrução memorial do autor tende a inventariar o que restou do vivido. Além do mais, nesse processo de resgate/ invenção do passado, ao longo

das 343 páginas da obra, assoma-se a narrativa uma amálgama de vozes, onde a presença autobiográfica é uma a mais. Neste sentido percebemos que a memória, atrelada a uma presença autobiográfica, se constitui como um passado presente, uma vez que é motivada pelas experiências do vivido, mas com ancoragem no presente da narração.

A trama social e afetiva de seus personagens, subjugada aos espaços da cidade é reveladora de subjetividades, tanto num nível ficcional, quanto no âmbito da formação de identidades pessoais e nacionais, num jogo de construção e desconstrução de imaginários.

Da mesma forma, o universo criativo de Abilio Estévez é marcado pela textualização da experiência deslocada, configurativa da própria experiência do autor, sensível a lógicas outras de habitar o mundo. Espacialidades descontínuas no tempo e no espaço que possibilitam um olhar sensível para o trajeto, o percurso, a mobilidade, o deslocamento, a viagem, o movimento ou a flutuação.

Num contexto mais amplo e como conclusão mais geral, é possível afirmar que o trabalho de Abilio Estevez com a memória, a autoreferencialidade e a hibridação de discursos em Inventario secreto de La Habana se articula coerentemente a uma caraterização de uma poética do deslocamento.

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