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1. (Cespe – MPU 2018)

O chefe da Seção de Transporte comunica que o veículo caminhonete X, placa YYY, foi abastecido com combustível distinto de sua configuração de fábrica (diesel), quando utilizado em diligência por servidores técnicos do MPU. Relata que o abastecimento equivocado gerou danos ao veículo, cujo conserto, no valor total de cinco mil reais, foi pago com verbas do erário. Acrescenta também que, dada a indisponibilidade de diesel no momento do abastecimento, o servidor condutor do veículo autorizou o frentista do posto de combustível a pôr gasolina no tanque da referida caminhonete. Por fim, menciona que o servidor condutor do veículo não se dispôs a ressarcir voluntariamente aos cofres públicos os valores gastos a título de despesas extraordinárias com o reparo do veículo.

Acerca dos fatos relatados no trecho do parecer hipotético apresentado, julgue o item a seguir, com base na Lei n.º 8.112/1990.

A referida lei prevê pena de suspensão para o servidor que conduzia o veículo, em razão da natureza e gravidade da sua falta bem como dos danos desta provenientes.

Comentário:

Nos termos da Lei 8.112/90, a suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão (art. 130).

Ademais, a suspensão será aplicada em caso de descumprimento das seguintes proibições (segundo o artigo 117 da referida lei):

Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.

Para ajudar na memorização das hipóteses de aplicação da penalidade de suspensão, lembre-se do seguinte mnemônico: CO.R.R.E que lá vem a suspensão!

• COmeter a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias

• Reincidência das faltas punidas com advertência (e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão);

• Recusa a ser submetido a inspeção médica;

• Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.

Muito bem.

O ato praticado pelo servidor no caso hipotético proposto pela questão não se encaixa em nenhuma dessas hipóteses. Portanto, a pena de suspensão não será aplicada nesse caso.

Na verdade, ao permitir que o frentista colocasse gasolina em vez de diesel na caminhonete, o servidor cometeu ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário por agir negligentemente na conservação do patrimônio público (Lei 8.429/92, art. 10, X).

E eu lhe relembro que, segundo a Lei 8.112/90, os atos de improbidade administrativa ensejam a penalidade de demissão, e não suspensão (art. 132, IV).

Gabarito: Errado

2. (Cespe – IPHAN 2018)

A ação disciplinar contra servidor que cometa ato ilícito punível com suspensão prescreverá em dois anos contados da data em que o fato se tornou conhecido; todavia, se tal ato ilícito também configurar crime, então se aplicará o prazo prescricional da lei penal para a ação disciplinar.

Comentário:

O art. 142 da Lei 8.112/1990 estabelece os prazos prescricionais a partir dos quais a Administração não mais poderá aplicar a correspondente penalidade ao servidor. São eles:

• 5 anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

• 2 anos, quanto à suspensão;

• 180 dias, quanto à advertência.

Caso o fato definido como infração disciplinar também for tipificado pela lei penal como crime ou contravenção, os prazos prescricionais aplicáveis são os previstos na legislação penal, e não os da Lei 8.112/1990. Contudo, vale lembrar que, segundo a jurisprudência do STJ, o prazo prescricional previsto na legislação penal somente se aplica quando os fatos também forem apurados na esfera criminal.

Gabarito: Certo

3. (Cespe – EBSERH 2018)

No caso de processo disciplinar, a autoridade julgadora deverá proferir sua decisão a respeito da responsabilidade de servidor no prazo de vinte dias, contados do recebimento do processo.

Comentário:

Nos termos do artigo 167, da Lei 8.112/90, que trata do julgamento do processo disciplinar:

Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

Gabarito: certo

4. (Cespe – EBSERH 2018)

O servidor responde apenas administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições, o qual pode ensejar a aplicação de penalidade disciplinar — até mesmo de demissão — , que deve, sempre, mencionar o fundamento legal e a causa da sanção.

Comentário:

Apenas administrativamente?

NÃO!

O servidor público federal que exercer irregularmente suas atribuições pode ser responsabilizado nas esferas civil, penal e administrativa.

De acordo com o artigo 121 da Lei 8.112/90:

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Ressalte-se que não é possível a aplicação de quaisquer penalidades administrativas, sem que haja o prévio processo administrativo. Ademais, o art. 128, parágrafo único, da Lei 8.112/90, dispõe que:

Art. 128, Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Gabarito: Errado

5. (Cespe – ANVISA 2016)

O teto de um imóvel pertencente à União desabou em decorrência de fortes chuvas, as quais levaram o poder público a decretar estado de calamidade na região. Maria, servidora pública responsável por conduzir o processo licitatório para a contratação dos serviços de reparo pertinentes, diante da situação de calamidade pública, decidiu contratar mediante dispensa de licitação. Findo o processo de licitação, foi escolhida a Empresa Y, que apresentou preços superiores ao preço de mercado, mas, reservadamente, prometeu, caso fosse contratada pela União, realizar, com generoso desconto, uma grande reforma no banheiro da residência de Maria. Ao final, em razão da urgência, foi firmado contrato verbal entre a União e a Empresa Y e executados tanto os reparos contratados quanto a reforma prometida.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

A autoridade que tiver ciência da conduta de Maria será obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar.

Comentário:

Que beleza, hein, Maria? Ganhou uma reforma no banheiro!

Agora, se o seu chefe descobrir... se prepare! Porque ele será obrigado promover a apuração dessa irregularidade, nos termos do artigo 143, da Lei 8.112/90:

Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Gabarito: Certo

• Prejuízos causados aoerárioou a terceiros, pordoloouculpa.

Civil

• Prática de imnfrações funcionais definidas em lei comocrimesoucontravenções.

Penal

Infrações funcionais definidas em leis administrativas.

Administrativa

6. (Cespe – ANVISA 2016)

José, servidor público estável de órgão do Poder Executivo federal, durante o período de doze meses, faltou intencionalmente ao serviço por cinquenta dias consecutivos, sem causa justificada. A administração pública, mediante procedimento disciplinar sumário, enquadrou a conduta de José como abandono de cargo.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.

José somente poderia ser demitido por abandono de cargo caso tivesse se ausentado por mais de sessenta dias consecutivos.

Comentário:

Para algumas infrações sujeitas à penalidade de demissão, a lei prevê o desenvolvimento de um rito sumário de apuração e julgamento. São elas:

• Acumulação ilícita de cargos públicos

• Abandono de cargo

• Inassiduidade habitual

A razão da adoção de um procedimento sumário para a apuração dessas três infrações está relacionada à facilidade com que os fatos a serem investigados podem ser comprovados ou afastados.

No caso da questão, a conduta de José foi enquadrada como abandono de cargo.

Para fins da aplicação da pena de demissão, configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos (art. 138).

José, de acordo com o enunciado da questão, “faltou intencionalmente ao serviço por cinquenta dias consecutivos, sem causa justificada.”

Assim, José já poderia ser demitido por abandono de cargo. Portanto, está errado afirmar que “José somente poderia ser demitido por abandono de cargo caso tivesse se ausentado por mais de sessenta dias consecutivos”.

Gabarito: errado

7. (Cespe – PRF 2019)

A responsabilidade administrativa do servidor público independe da sua responsabilidade penal, salvo na hipótese de, na esfera criminal, ocorrer absolvição do réu, fundamentada na negativa do fato criminoso ou da autoria do delito.

Comentário:

Como regra, as esferas administrativas e penal são independentes entre si, o servidor pode ser punido ou absolvido sem que o resultado de uma instância interfira na outra. Porém, como exceção, temos que a esfera penal vincula a esfera administrativa nas seguintes situações:

Exceções ao princípio da independência das instâncias 1) Condenação na esfera penal;

2) Absolvição na esfera penal por negativa do fato ou da autoria.

3) Absolvição na esfera penal pelo ato ter sido praticado em estado de necessidade, legítima defesa, no estrito cumprimento do dever ou no regular exercício de direito.

Gabarito: Anulada

8. (Cespe – Sefaz/RS 2018)

Helena, servidora pública, requereu aposentadoria após ter cumprido os requisitos legais para tal. A aposentadoria foi concedida, mas Helena, por ter tido ciência do interesse da administração pública em seu retorno, resolveu solicitar, depois de meses, o retorno às atividades do cargo que desempenhara.

Nessa situação hipotética, Helena solicitou a) readaptação.

b) reversão.

c) reintegração.

d) recondução.

e) remoção.

Comentário: O retorno à atividade do servidor aposentado, seja por invalidez, quando a junta médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, seja no interesse da administração, é chamado de reversão.

Note que a banca considerou a Lei 8.112/1990 ao formular essa questão, já que a Lei do Rio Grande do Sul que trata do Regime Jurídico Único prevê reversão apenas nos casos de servido aposentado por invalidez, insubsistentes os motivos da aposentadoria, não sendo essa a hipótese cobrada no enunciado.

Vejamos as demais opções apresentadas:

Readaptação: é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

Reintegração: reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Recondução: retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado decorrente de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

Remoção: deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Gabarito: Alternativa “b”.

9. (Cespe – Sefaz/RS 2018)

De acordo com a Lei de Licitações e Contratos, a alienação de bens públicos por meio de leilão deve ter como objeto bens

a) móveis ou imóveis.

b) de uso especial.

c) móveis, apenas.

d) móveis ou semoventes.

e) dominicais.

Comentário: Quando tratamos de bens de uso especial, bens de uso comum do povo e bens dominicais, temos como base de classificação o objetivo a que os bens se destinam. Os bens de uso especial, por exemplo, são todos aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral, como escolas e hospitais públicos. Os bens dominicais, por outro lado, constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real dessas entidades.

Note que essa classificação quanto a destinação dos bens referida acima não é considerada pela Lei de Licitações, então podemos eliminar as alternativas ‘b’ e ‘e’ que trazem essas referências.

Os bens imóveis e móveis são bens considerados em si mesmos e enquanto os bens imóveis, de forma geral, não podem ser removidos sem perder suas características, os bens móveis são aqueles suscetíveis de movimento próprio (semoventes, como os animais) ou de remoção por força alheia sem que isso altere a sua substância ou destinação econômica.

A caracterização acima dos bens considerados em si mesmos tem como base o Código Civil e está sendo apresentada mais a título de curiosidade, já que não é essencial a compreensão desses conceitos para a resolução da questão, não sendo um tópico muito explorado e m Direito Administrativo.

Basta saber que a Lei 8.666/1993 traz o leilão como modalidade de licitação, entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19 da referida Lei, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. Assim, o leilão deve ter como objeto bens móveis ou imóveis.

Gabarito: Alternativa “a”.

10. (Cespe – Analista MPU 2018)

Além de ser uma violação ética, a inassiduidade habitual é uma conduta passível de suspensão por até noventa dias, conforme a Lei nº 8.112/1990.

Comentários:

A inassiduidade habitual é definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses (Lei 8.112/90, art. 139). Conforme o art. 132, III da Lei 8.112/90, a inassiduidade habitual é punida com demissão, e não com suspensão.

Gabarito: Errada

11. (Cespe – Analista MPU 2018)

É cabível penalidade de suspensão ao servidor que reincidir em faltas punidas com advertência.

Comentário:

Segundo o art. 130 da Lei 8.112/90, a “suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias”.

Gabarito: Certa

12. (Cespe – PC/MA 2018)

Pela suposta prática de falta funcional, foi instaurado procedimento administrativo disciplinar contra Luiz, servidor público estadual. Luiz respondeu, relativamente aos mesmos fatos, a ação penal ajuizada pelo MP local.

À luz da disciplina da responsabilização dos servidores públicos, é correto afirmar que, nessa situação hipotética,

a) eventual sentença absolutória criminal fundamentada no fato de a conduta do servidor público não constituir infração penal não impede a aplicação de penalidade em âmbito administrativo, com base na chamada falta residual.

b) em razão da independência entre as instâncias administrativa e penal, eventual sentença absolutória criminal não repercutirá na esfera administrativa.

c) eventual sentença absolutória criminal fundamentada na falta de provas implicará absolvição na esfera administrativa.

d) em razão da possível influência da sentença criminal na instância administrativa, o procedimento administrativo disciplinar deverá permanecer suspenso até o término da ação penal.

e) eventual sentença extintiva da punibilidade do crime, independentemente de seu fundamento, implicará no arquivamento do procedimento administrativo disciplinar.

Comentários: Essa questão demanda conhecimentos sobre a independência das instâncias e suas exceções, com foco na repercussão da ação penal na responsabilização administrativa dos servidores públicos.

Encontramos a regra que rege esse tema na Lei 8.112/90, mais precisamente no seu art. 125, que dispõe:

“As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”.

Existem exceções a essa regra. O art. 126, Lei 8.112/90, determina que “A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria”, sendo essa a hipótese legal expressa a ser considerada.

Note que, até mesmo por uma questão de lógica, o servidor pode ser punido pela administração se, além daquele fato pelo qual foi absolvido, houver alguma outra irregularidade que constitua infração administrativa, aquilo que se convencionou chamar de falta residual. A falta residual é inclusive objeto de antiga jurisprudência do STF que se consolidou na Súmula 18 do referido tribunal.

Expostas as bases dessa questão, vamos analisar as alternativas:

a) CERTA. Como descrevemos acima é possível a aplicação de sanção administrativa mesmo em caso de absolvição na hipótese de falta residual. Repare que a questão descreve um caso em que o fato não é considerado infração penal, todavia é possível que existam outras irregularidades puníveis administrativamente.

Vou dar um exemplo para ficar bem claro. O servidor é acusado de ofender fisicamente outros servidores em serviço por ter jogado purpurina e confete em seus colegas durante o expediente, sendo decidido na ação penal que o ato praticado não configura agressão física. Ainda assim, a administração poderá considerar a existência de incontinência pública e conduta escandalosa na repartição em razão dos atos praticados pelo agente e puni-lo.

b) ERRADA. A generalização é indevida, considerando que a sentença absolutória na ação penal repercutirá sim na esfera administrativa, desde que tenha como base absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

c) ERRADA. Conforme descrito anteriormente, as hipóteses de absolvição que repercutem na esfera administrativa são limitadas e não abrangem absolvição por falta de provas.

d) ERRADA. Dada a independência das instâncias, não existe obrigatoriedade legal de suspensão do processo administrativo ou civil durante apuração de infração penal baseada nos mesmos fatos.

Note que suspensão pode ser uma medida conveniente em algumas hipóteses, mas não é obrigatória.

Por exemplo, o Código de Processo Civil, que rege, por óbvio, o processo civil, admite expressamente a suspensão de um ano para verificação da existência de fato delituoso, mas não impõe tal providência (art. 315, CPC).

e) ERRADA. Com base em tudo o que foi visto anteriormente sobre essa questão, vemos que essa afirmativa viola a independência das instâncias não se encaixando em nenhuma exceção.

Gabarito: alternativa “a”

13. (Cespe – PC/MA 2018)

De acordo com o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Maranhão — Lei n.º 6.107/1994 —, se um servidor for demitido do serviço público, mas obtiver, pela via judicial, a invalidação de sua demissão, a forma de provimento a que terá de ser submetido esse servidor será a:

a) reversão.

b) recondução.

c) remoção.

d) readaptação.

e) reintegração.

Comentários: Como fica claro com a leitura do enunciado, essa questão tem como base legislação estadual do Maranhão, que regulamenta o regime dos servidores públicos estaduais (Lei 6.107/94), então nos atentaremos a lei indicada para a análise das alternativas, uma vez que a resposta deve considerar exclusivamente as suas disposições, fazendo um paralelo apenas para fins didáticos com a legislação federal correspondente (Lei 8.112/90), que é comumente cobrada em provas de concursos.

Lembrando que estamos procurando a forma de provimento a que o servidor é submetido após a sua demissão ser invalidada pela via judicial.

a) ERRADA. Segundo a Lei 6.107/94, a reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria (art. 30, Lei 6.107/94)

A Lei 8.112/90 prevê a hipótese acima de reversão, mas é mais ampla, incluindo expressamente a possibilidade de o servidor aposentado retornar à atividade por reversão no interesse da administração, mediante a sua própria solicitação, desde que cumpridos os requisitos legais (art. 25, Lei 8.112/90).

b) ERRADA. A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo, ou no caso de reintegração do anterior ocupante (art. 33, Lei 6.107/94 e art. 29, Lei 8.112/90).

c) ERRADA. Remoção, nos termos da legislação estadual do Maranhão, é o deslocamento do servidor com o respectivo cargo, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo órgão e Poder, com ou sem mudança de sede (art. 44, Lei 6.107/94 e art. 36, Lei 8.112/90, ressaltando que a lei federal regulamente a questão de forma mais específica e é expressa sobre o deslocamento do servidor, sem mencionar o deslocamento do respectivo cargo).

d) ERRADA. Readaptação é a investidura do servidor estável em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica (art. 29, Lei 6.107/94 e art. 24, Lei 8.112/90).

e) CERTA. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. (art. 32, Lei 6.107/94 e art. 28, Lei 8.112/90).

A lei estadual dispõe, ainda, sem paralelo no estatuto federal, que a decisão administrativa que determinar a reintegração só pode ser tomada em processo administrativo no qual a Procuradoria Geral do Estado tenha emitido parecer conclusivo reconhecendo a nulidade da demissão. Ou seja, impõe uma limitação a mais no caso de invalidade de decisão administrativa. Além disso, a lei menciona que o servidor reintegrado será submetido a inspeção médica oficial e aposentado se julgado incapaz (art. 32, §§ 3º e 4º, Lei 6.107/94).

Gabarito: alternativa “e”

14. (Cespe – PC/MA 2018)

Tiago, investigador da Polícia Civil do Estado do Maranhão, utilizou, durante seis meses, equipamentos de informática da repartição na qual estava lotado para desenvolver serviços e atividades particulares, com o objetivo de ajudar a esposa dele, que estava montando uma empresa.

Nessa situação hipotética, de acordo com o regime disciplinar estabelecido na Lei n.º 8.112/1990 e o Estatuto da Polícia Civil do Estado do Maranhão (PCMA), a conduta de Tiago o sujeita à pena de

a) advertência, a ser aplicada pelo corregedor da PCMA.

b) demissão, a ser aplicada pelo governador do estado.

c) suspensão por até cento e oitenta dias, a ser aplicada pelo governador do estado.

d) suspensão por até noventa dias, a ser aplicada pelo corregedor da PCMA.

d) suspensão por até noventa dias, a ser aplicada pelo corregedor da PCMA.