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Red es El etrôni cas, produção cientí fica e aces so

No documento DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO (páginas 30-36)

Alonso e Fernandez-Juridi c na revist a Natu re (2002) an alisam o impact o i nt ernacio nal de p eri ódi cos ci entífi cos qu e dis pon i bilizam arti gos complet os. Os aut ores conclu em que as revist as bras ileiras i ndexadas p el o Insti tut e f or Scienti fic In for mati on (IS I) cres ceram co m o advent o da Int ernet11 mais de 130%.

O alert a que o s au tores tecem ao Brasil é que as Univ ersid ad es carecem d e i nvesti ment os p ara cri ação e coordenação d e red es el et rôni cas de comuni cação cientí fi ca, o q ue leva ao prejuí zo d a di ssemi nação e proj eção do B rasi l quan to à Ci ênci a e desen volvi mento.

10 O Vocábulo “entrança” tem o significado de entrar e iniciar-se.

11 É importante salientar que o impacto de crescimento das publicações eletrônicas na Internet podem ser medidos pela inclusão na Scientific Eletronic Library Online - SciELO , que disponibiliza gratuitamente textos completos de uma seleção de revistas científicas não só do Brasil como do mundo, em diferentes áreas do conhecimento, visando à sua disseminação e à realização de base bibliográfica nacional para pesquisas bibliométricas e de impacto de citações, todas as informações, no Brasil, podem ser vistas em http://www.scielo.br

Os dados do Co mit ê Gestor da Int ernet no Brasi l12 (CGI.br) t razem que, entre s etembro de 2005 e s et embro de 2006, 9,39 % da popul ação brasil ei ra teve aces so à Intern et13. Dest a popul ação, 42,84% t em ní vel universit ári o co mpleto.

As faixas et árias que mai s aces sam à Int ern et é de 16 a 24 anos (14 ,54 %); de 25 a 3 4 ano s (1 0,3 0% ); d e 35 a 44 ano s (9 ,38 %); de 45 a 59 ano s (7,54 %); d e 60 ou mais anos (3,32% ).

A mes ma pesq uis a do Comit ê Gest or revel a que, dos 8.5 40 d omicí lios pes quis ad os em 2005, a popul ação que acess a a Internet t em a habi lidade de fazer bus cas em s ítios d e pes quisa para ad qui ri r in formações, num percen tual de 80 ,70 % dos j ovens uni v ers itários e 81,84% de egress os.

Observa-se que ent re 2005 e 2006 há pequen a vari ação d o uso da Int ernet, mesmo assi m, not a-s e que aind a é tími da a ins erção, já qu e 66,68%

da população brasil eira nunca a aces sou , e 54,35% da popul ação brasil ei ra nunca us ou um computador (CGI.b r, j an ei ro de 20 07 ).

Tai s dado s revel am que 42,84% dos egre ssos que ut il izam a Internet, a maio ri a (80,7 0% ) t em habi lidade de bu s ca de i nformação em sítios.

A p es quis a do C GI.b r14 não d eix a cl aro se os 20% rest antes t êm mai or hab ilidade no uso da Int ernet ou menor.

Observa-se (Gráfico 1) que possui r ou t er a op ortunidade de mani pul ar u m compu tador com acesso à Internet não, necess ariament e, tem a ver co m o uso, o u o d ar si gni ficado as pot encialid ad es que o co mput ador pode gerar aos usuários, com aces so à Int ernet.

12 Os dados de pesquisa do CGI.br foram cruzados com os dados recolhidos em 2005 e 2006, numa amostra de população de 8. 540 entrevistados em 2005 e 10.510 entrevistas em 2006. Sobre penetração e uso da Internet na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD 2005. Toda a pesquisa pode ser vista em:

http://www.cgi.br/indicadores, último acesso em 17/01/2007.

13 Embora esta pesquisa utilize os dados do C.GI.br, pois se atem às intenções de uso daqueles que acessam a rede; tem-se pelos dados do Ibope (http://www.ibope.com.br) que o total de usuários em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais) era de 39 milhões em set/2007.

14 Na pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil, deixou-se muito claro que a preocupação maior não estava apenas no acesso por acaso, mas no acesso e uso constante, que só pode ser caracterizado por aqueles que no mínimo usam as ferramentas durante três meses consecutivos.

Gráfi co 1 – Int ernet: Pro pósit os de Uso (%) 2005- 2 006 F on te: C omite G e s tor da In ter n e t

B a s e 20 06 : 2. 92 4 en tre vis ta d os q ue u tiliz ar am a Int er n et no s últ imos tr ê s mes e s . B a s e 20 05 : 2. 08 5 en tre vis ta d os q ue u tiliz ar am a In ter n e t no s últ imos tr ê s mes e s .

Gráfi co 2 – Us o da Intern et – 2005 – 200 6 F on te: C omite G e s tor da In ter n e t no B r a s il

2,0 3

26,0 29

52,0 49

70,0 69

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Fins pessoais ou privados Educação ou estudos Trabalho remunerado ou negócios Trabalho voluntário ou comunitário

2006 2005

18 17

71 71

81 75

82 78

0 20 40 60 80 100

Comunicação

Informações

Lazer

Serviços bancários

2006 2005

Uso da Internet para: Comunicação Busca de Informações, Lazer e Internet Banking (%)- 2005-2006

Base 2006: 2.924 entrevistados que utilizaram a internet nos últimos três meses Base 2005: 2.085 entrevistados que utilizaram a internet nos últimos três meses

O Gráfi co 2 respalda as pesquis as encontradas co m o fito de con fi rmar o cres ci mento do us o da Int ernet para a comun icação, co mo o uso de e-mail, fóruns e cha t, as si m como para en cont rar info rmaçõ es de tod a a nat ureza, entre el as a p rática de acessar sítios d e revi st as el et rôni cas, pági nas de uni versi dad es q ue disp oni bilizam suas t es es e dissert ações, fóruns de dis cussão temáti ca, anai s de trabal hos ap res ent ados em con gressos , encont ros e si mp ósi os, entre outros.

No Gráfi co 3, tem-s e qu e da popu lação pes quisada, 88,5 %, a gran de maio ri a, us a o aces so às p ági nas da In tern et para realizar ativi dades de pes quis a em educação.

Gráfi co 3 – Int ernet: uso li gado à Edu cação e T rei namento – 2006

F on te: C omitê G e s tor da In ter n e t, 1 7/0 1/2 0 07 . A c es sa do e m H ttp: //www. c gi. br

Tai s d ad os rev elam que h á uso dos sist emas de bus ca na rede. Há, teori camente, espaço para leit ura por parte daquel es q ue são int eress ados em t es es , p eriódicos ci entí fi cos , an ais de con gres so et c.

10,1 12,8

21,3 27,4

30,1

88,5

0 20 40 60 80 100

Atividades/pesquisas escolares Informação sobre livro ou artigo Mensagens relativas a curso Informações sobre cursos Outras atividades relacionadas à educação Cursos on-line

* Base total: 1.981 entrevistados que já utilizaram Internet para fins de treinamento e educação, projeção populacional = 28,838,535

Em Meis, Vellos o, Lann es e Carmo (20 03 ), constata-s e que as universidades s ão as pi on eiras e gr and es benefi ci ári as no uso d as tecnol o gi as de redes el etrôni cas e q ue 91,3% da produ ção ci entífi ca do país insere-se nas pá gin as da Int ernet .

1.4 Do an tigo i mpr e sso à convi vê nci a com o nov o el etrô ni co:

local d e p ar ti da

A ciência, no s éculo XXI, ch ega à mat uri dade de en ten der-se enq uanto p ro cesso de desenvol vi mento , de bus car meios d e diss emi nação legít i mos e le giti mados (MUELLER, 2 006, p.27) para sua disponi bili zação e discuss ão , não só com pares culturais , mas com a soci edade.

Diant e dist o, é necess ári a uma mudança no pens ar a Educação pau tada, n a maior parte d as v ezes, em m étodos t radicio nais d e ensi no, com currí culos en cl aus urados que p ouco i ncenti vam a pesqui sa, o regis tro, o deb at e em s al a de aula, o uso d as tecnologi as e ferrament as di git ais que pro piciam a exist ên ci a de p eriódi cos elet rôni cos ind ex ados e de op en access15 de altíssi ma quali dade.

A publi cação ci entí fi ca é consi derada pro duto in disp en sável, n atu ral e real da ati vid ad e ci entí fi ca e t ecno lógi ca; tanto em s ua di ssemi n ação e divul gação, qu an to em s ua p romoção e democrati zação do sab er a outros ci entis tas , às co mu ni dad es n aci on ais e int ernaci onais de pesqu isa acadêmica e s oci al . Como l embra Schwart zman (1984):

A pe s qu is a te c no ló gic a po de r e su lta r e m té c ni ca s e p r oc e s s os qu e s ã o man tid os e m s egr e d o ou p r ote gid o s p o r p at ente s; a pe s qu is a o r ie nta d a p a r a o e ns in o p od e r es u lt a r , s imple s men te , em b oa s au la s e n a fo r ma çã o d e bo ns p r ofis s io na is . A pe s qu is a p r op r ia men te c ie n tífica , n o e n tan to , ou é p u b lic ad a, ou n ão e xis te . D a í o e s for ç o d e to d os o s c ie ntis ta s p ar a pu blic a r em se u s tr a ba lho s ; d a í a ne c e ss ida de d e ac es so a pu blic a çõ e s , da í a n ec e ss id a de de u m a p o lític a g o ver na me nta l

15 O termo open access será abordado no Capítulo 5. Refere-se nesta investigação às páginas acessadas por meio da Internet com trabalhos científicos disponibilizados gratuitamente aos usuários. No caso de revistas indexadas, são garantidas pela arbitragem como trabalhos de relevância.

expli cita me nte vo lta da p ar a es ta qu e s tão ( Ide m, 19 8 4, p . 25 . G ri fo N o s so ) .

Compl ement and o-se a i déi a de Schwart zman , torn a-s e n ecess ári a u ma mud an ça profunda no modo d e fazer Ed ucação, no s entido de i ncentivo à aprendi zagem, de criação de ambi ent es que propi ci em não s ó ao cientist a, mas aos al uno s e p rofesso res a possibi lidade da pesquisa con fi áv el em meio s eletrôni cos e d i gitais.

Est as mu danças i mpl icam em alt eraçõ es curri culares: post ura e papel do profes sor em rel ação às novas meto do logi as de se fazer aula; postura e pap el do alun o n o ap rov eit ament o co ns ci ent e dessas t ecnol ogi as co mo o comput ador com acesso à Int ern et.

É neste cenário, novo ain da, qu e s e faz a const rução dest a pesqui sa.

Ent endendo-s e o lu gar comum que é d ad o à soci ed ad e do con heci ment o, em que o alu no n ão precisa mais est ar no espaço escola p ara ter aces so à info rmação. Po rém, o uso da i nformação adqu iri da pelo alu no fora do esp aço escola, preci sa ser el aborado, o rganizad o, sist emati zado nu ma ação edu cativa.

Al mei da, F. (2005 ) afi rma que encont rar mei os que dêem si gnifi cado de uso às t ecnol ogi as é u m benefí ci o soci al e não apenas indivi dual. No caso esp ecífico des ta pesq uis a, o recurso usado são as p ági nas qu e se con struí ram para di ssemi nar comuni cações ci en tífi cas. Torna-s e necess ário ent ender as possi bil idades de us o, de const rução, de l eit ura e da p rópri a diss emin ação para potenci ali zar a si gn ificação futura d e s eu s usu ário s na con strução d o con heci mento .

Dest a forma, foi fundament al p esq uis ar o qu e eram pu blicaçõ es ci entí fi cas desde a s ua hist óri a i ni cial , o uso d a l eitu ra di git al, veri fi car as revist as em ed ucação que us as sem as p ági nas d a Internet , na busca de se des en vol ver e i mp l ement ar uma revist a ci entí fi ca elet rôn ica de aces so aberto diss emi nada pel as p áginas da Int ernet .

A cri ação de um ambiente vi rtual - com tod as as su as pot en ci alid ad es institu ídas pelas div ersas fo rmas de co muni cação exist ent e na mí di a di git al

- poderá benefi ci ar o al uno e o professo r, permiti ndo acess o à i nformação con fi áv el e favorecendo a const ru ção do conheci mento.

Out ro b en efí ci o reside no fato d e propi ci ar aos p aíses em des en vol vi mento a p ossibi lid ad e d e acess o às informações científi cas para a con strução de no vos conheci ment os de modo a pot en ciali zar fut uras geraçõ es ao desenvol vi mento soci al, i nt el ectual e cult ural .

Dest e mod o, justi fi ca-se a reali zação d a pes quis a at ual e da prod ução de uma rev ist a el etrôni ca ci ent ífi ca no programa de Pós -gradu ação Educação: C urrí cul o, sendo que a fi nali dad e d est a é trazer a d es cri ção de como fo ra ideali zada e i mpl ement ada p or alun os do doutadorado de 2004 e pro fess ores do mes mo pro grama para a p romoção s ocial e da p rópri a formação do edu cador.

No documento DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO (páginas 30-36)