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DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO

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Nuria Pons Vilardell Camas

Revista e-Curriculum: origens e evolução de um periódico científico eletrônico na área de Educação e Currículo construído na colaboração pedagógica

DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO

SÃO PAULO

2008

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PONTIFÍCIA UNIVERSIADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP

Nuria Pons Vilardell Camas

Revista e-Curriculum: origens e evolução de um periódico científico eletrônico na área de Educação e Currículo construído na colaboração pedagógica

DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO

Tese a pr es en tada à Banca Exa mi na dora co mo exi gên cia pa rcial para a o btenção do título de Doutor e m E d uca ção: Cu rrí c ulo, sob a ori e ntação d o P rof. D r. Fe rnando Jos é de Al mei da .

SÃ O PA UL O 2008

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Banca Examinadora

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A Camila e Mariana meu incondicional amor

Dedico este trabalho a todos aqueles que participaram direta e indiretamente desta aprendizagem. Aos colegas do doutorado de 2004. Aos professores Dr.

Antonio Chizzotti, Dra. Maria Elizabeth B.de Almeida e ao meu orientador Dr. Fernando José de Almeida. À secretária Rita de Cássia Dias Miyagui.

Em especial ao CNPq que no período de março 2006 a março de 2008 possibilitou-me a garantia de conclusão deste estudo. Portanto, este trabalho é dedicado à população brasileira que confia em nós:

pesquisadores.

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RESUMO

CAMAS, Nuria Pons Vilardell. Revista e-Curriculum: origens e evolução de um periódico científico eletrônico na área de Educação e Currículo construído na colaboração pedagógica. Doutorado em Educação: Currículo, PUC-SP, 2008, 243p.

Orientador: Prof. Dr. Fernando José de Almeida.

Est e estud o situ a-s e na li nha d e p esquis a Nov as Tecno logi as e Educação , pro cu ra descrev er e anal isar o proces so de const ru ção de uma revi st a ci entí fi ca el et rôni ca em Educação e Currícul o, por u m grupo de alu nos do Dout orado do P ro gr ama de Pós- graduação Educação: C urrí culo d e 2004 da PUC-SP. O trab alh o estab elece amplo d iálo go com diversos auto res que refl et em sobre a his tóri a d a pu bli cação ci entí fi ca, a evol ução das revist as impressas para os mei os el etrôni cos, esp eci al mente os di git ais , os prin cí pios regentes de ci ên ci a para d iss emi nação, sob re a l eitura vi rtu al , o aces so aberto , ou co mo se conh ece, do open a cces s, e da narrati va curri cular. C o mo i ns trument os d e recolh as de dados ut ili zaram-se o di ário itinerant e da pesquisadora, a list a de dis cuss ão cri ada para o grupo formado r d a Revist a e-C urri cul um, chat gravados, grav ações em víd eo , e- mail d epoi mento dos suj eitos, cartas de órgãos indexado res e CD-R OM dos arqui vos h istó ri cos da Revist a e-C urri cul um. A pesqui sa em modelo de ação parti cipava propici ou o engaj amento n ecess ário para ou vir os dis cursos de sujeitos qu e vi veram i nt ens ament e o universo da constru ção d e um periódico cientí fi co, sendo possív el con firmar que, pel a pers pectiva destes sujeitos -auto res, os supo rt es t ecnol ó gi cos se co nstit uem em espaços de el aboração e d e cri ação de nov os l ocai s para a di ss eminação e div ul gação de pesqui sas, como es paços d e s ocial i zação das ap rendi zagens . A t ese apo nt a q ue os peri ó dicos el etrôni cos, em qu alquer área do conheci mento , necessit am serem si gnificad os por meio de pesqui sa para sua exist ên cia. A investi gação apont a que é possí v el const rui r um periódi co em p rogramas de pós -graduação e conclui que é n ecess ári o abri r-s e di álo gos i ntensos nest es pro gramas p ara o des envolvi mento da ci ência no paí s. Não é sufi ci ent e lançar revist as sem o correspondent e t rabal ho p olíti co-p ed agógi co para seu uso e efi cáci a no domí nio d a p es quis a. Por fi m, foi co ncl uíd o que é p ossí vel con strui r uma narrativa curri cul ar a parti r d o t rajeto, d a bus ca para a con strução de utopi as peda gó gi cas e soci ais, s em p erd er ou d eix ar de se des en vol ver o currí culo pres critivo.

Palavras-c have: P eriódi cos Cientí fi cos Elet rôni cos em Edu cação; Leitura Virt ual; Aces so Ab erto, Narrativa Curri cular; Diss emin ação da Ciênci a.

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This study lies in the New Technologies and Education line of research and aims at describing and analyzing the process of producing an electronic journal on Education and Curriculum, by a group of students of the PhD Program of Postgraduate Education:

Curriculum 2004 of PUC-SP. The work establishes a broad dialogue with several authors who reflect on the history of scientific publication, the evolution of magazines printed for the electronic media, especially the digital ones, the current principles of science for dissemination, the virtual reading, open access, and the curricular narrative. The instruments for collecting data were the researcher's field diary, the list of discussion created for the group of instructors from e-Curriculum magazine, recorded chats, recorded videos, testimonial e-mail of the subjects, letters of indexing organizations and a CD-ROM of the historical archives of e-Curriculum magazine. The research on the participatory action model provided the necessary engagement to hear the speeches of subjects who lived intensely the universe of the creation of a journal, enabling to confirm that, from the subject-authors’ perspective, the technological media are spaces of preparation and creation of new locations for the spread and dissemination of research, as spaces for learning socialization. The thesis shows that the electronic journals, in any area of knowledge, need to be explained through research for their existence. The investigation indicates that it is possible to create a journal in postgraduate programs and concludes that it is necessary to open up intense dialogues in these programs for the development of science in the country.

It is not enough to produce magazines without their correspondent political-pedagogical effort for their use and effectiveness in the research domain. Finally, it was concluded that it is possible to construct a curricular narrative from the journey, from the search for the construction of pedagogical and social utopias, without losing or failing to develop the prescriptive curriculum.

Key-words: Electronic Journals in Education; Virtual Reading; Open Access; Curricular Narrative; Science Dissemination.

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INTRODUÇÃO ...1

Capítulo I 1 O CAMINHO: AS ORIGENS DA PESQUISADORA AO ENCONTRO DO PROBLEMA... 5

1.1 O Iní cio d a Des co bert a.... ... ... ... ...10

1.2 Justi fi cat iva e rel evânci a do probl ema...11

1.3 Red es El etrôni cas, produção cientí fica e aces so à rede...17

1 .4 Do anti go Impress o à Co nvivênci a com o Novo El etrôni co: lo cal de p arti da... ...21

1.5 Defi ni ção d o p roblema. ... ... ...23

1.6 Deli mit ação d o p rob lema... ... ... ...23

1.7 Obj eti vos d a pesqui sa... 27

Capí tulo II 2 CAMI N HOS METODOL ÓGIC OS...29

2.1 A construção metodo lógi ca: o mét odo... ... 30

2.2 Del in eando o caminh o met odológi co da p esquis a...30

2.3 O caminho percorrido pel a pesquis adora... ....31

2.3.1 Colet a de dados ou processo de ação da p esquis adora...36

2.4 Traçando o mapa metodol ógi co... ....38

2.5 A cart a d e navegação... ... ... ... 4 2 2.6 Os s uj eitos cons truto res: a t ripul ação ... ...4 8 2.6.1 A formação do grupo : seleção da t ripul ação... ... ...48

2.7 Os ti monei ros ...51

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2.8.2 Felipe C asaburi Ferreira ... ... ...53

2.8.3 Hel oísa Gomes... ...54

2.8.4 Maria do Socorro da Costa Coelho... ... ... ...55

2.8.5 Martha Mari a P rat a-Li nh ares... ... ...56

CA PÍTUL O II I 3 FUNDAMENTOS PARA CONCEPÇÃO DA REVISTA e-CURRICULUM...58

3.1 Ju stificando a escolh a d a ori gem...58

3.2 C aract eri zação de publi cação ci entí fica...59

3.3 Tudo começou com Gut enberg em Mai nz... ... ...70

3.4 Das pri meiras soci ed ades cientí ficas às revist as i mp ress as no Brasi l...7 3 3.5 19 32 – R evi st a Naci on al d e Educação (RNE): v an gu ard a multi medi áti ca...75

CA PÍTUL O I V 4 A N OVA ER A DA PUBLI CA ÇÃO : A ER A D A MÍ DI A DI GIT AL...83

4 .1 C omunicação cientí fi ca em meio s el etrôni co s: o mundo di git al a parti r de Ti m B ern ers Lee...8 4 4 .2 Pri ncípio s regen tes d as pub licaçõ es ci entífi cas... ...8 9 4 .3 Os p eriódi cos brasil ei ros de educação: dos i mpressos ao s el et rôni cos...100

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5

DO ACESSO LIVRE DO CONHECIMENTO AO DESIGN DA

LEITURA DE REVISTAS ELETRÔNICAS...112 5.1 Comuni cação cientí fica e o acess o li vre ao

conheci mento : op en acces s... ... ... ... ...1 14 5.2 Web Semânti ca: a evolução da lin guagem tecnoló gica... 118 5.3 Da l in gu agem tecnol ó gi co-cientí fica ao proces so de

l eit ura d o u suário ... ... ... ...122 5.4 O us o d a Web: u m olhar entre du as revist as el et rônicas...123 5.5 A uti lização da informação: di rei t os autorais e

ind ex adores. ... ...127 5 .5. 1 O aces so ab erto ao con heci ment o e a educação.. ... ...129 5.6 A co mp reens ão leit ora e a rede: o tex to virtual... ...131 5.6 A l eit ura, o l eito r e o s caminh os do tex to vi rtual

em revist as ci entífi cas ... ... ... ... ...135

CAPÍTULO VI

6 A REVISTA E-CURRICULUM...145 6.1 Narrati va que se construiu: os mei os el etrônicos e o

grupo formador.... ... ... ... ... ... ...1 45 6.2 A organi zação e concep ção da revi st a pelo Grupo... ...15 1 6.3 A concepção da p ági na da revis ta: olhar o geral para

reali zar o local...15 9 6.4 T eo ri a e práti ca: u m encont ro co m a educação...170 6.5 Do projeto da revi sta à const ru ção cu rricul ar...174 6.6 Das questões de l eitura e open access... ...1 76

C ON CLU S ÃO.... ... ... ... ... ... ... ... .18 1

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ANE XOS...213 A ne xo A – e- ma ils

-Cart as e-mail d epoi mento de pes quis a

do grup o formado r... ... ... ... ... ...2 14 - e-mail res posta de i ndexação Redal yc... ... ... ...22 0 - e-mail s respost as open access... ...222 - e-mail res posta CNPq ao edit al ……… ………...….. .22 5 - e-mail QUALIS . ... ... ...226 - e-mail res posta de avali ação QUALIS...227 A nex o B - Fotos

Foto 1 reali zada em 2 004, s et embro ... ...231 Foto 2 – restaurant e Macedo.... ... ... ... ... ...231 Foto 3 – Corredor 4º. Andar PUCSP- em fren te ao

l aborat óri o. ...232 Foto 4 – Em frent e ao Laboratóri o co m Felipe...232 A ne xo C – C ar tas da R evi sta

Cart a co m as cores e l o go s envi ado pelo

Nil bo R. Nogueira... ...233 Cart a C onvite ao Conselho Cient ífi co

envi ada at é 200 5... ... ... ... ... ... ....23 5 Ficha de avali ação

do s p areceristas ... ... ... ... ...238 Chamada d e t rabalho s... ... ... ... .24 0 A nexo D – Aval iaç ão

Avali ação Redal yc...241

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ÍNDICE DE QUADROS, GRÁFICOS, FIGURAS E TABELA

QUADROS

Quadro 1 – Histórico de mensagens...50

Quadro 2 - P eriodi ci dade mí ni ma desej ada - nú mero mí ni mo des ej ado de arti go s por ano ... ...94

Quadro 3 - Dados de publ icações ind ex ad as em educação no Latindex ... ...100

Quadro 4 - R evistas Elet rô ni cas em Edu cação... ... ...10 4 Quadro 5 - Arq uiv o virt ual da reali zação de revis ta e-Curricul um...147

Quadro 6 - Nú mero de acesso s à revist a e-C urri cul u m...1 78

GRÁFICOS

Gráfico 1 - Int ernet: Propósit os de Us o (%) 2005- 2 006... ... ....19

Gráfico 2 – Uso da Internet – 2005 – 2006...19

Gráfico 3 – Internet: uso l i gado à Educação e Trei namento – 2006...20

FIGURAS

Fi gura 1 - Xil ografu ra d e Hans B urgkm air (153 0) ilu stra a prens a na Al emanha. ... ... ... ... ... ... ...72

Fi gura 2 - C apas d a R evi sta Nacio nal de Educação (1932-1934)... ...76

Fi gura 3 - Número ISSN...91

Figura 4 - Corpo Editorial da Revista e-Curriculum...93

Figura 5 - Pági na com o li nk de s ub mi s são de t rabalho s...97

Fi gura 6 - Disponibilização de todos os trabalhos publicados...98

Fi gura 7 - Fl uxograma de Ativid ad es In tern as... ... ... ...9 9 Fi gura 8 - Possibilidades tecnológicas desenvolvidas para os leitores da Web...124

Fi gura 9- Pági na d e acesso aos t rabalhos d a revist a e-Cu rri cu lum...126

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Fi gura 12 - 1ª. C ap a ofi ci al d a Revist a e-Curriculum...165 Fi gura 13 - C apa at u al da Revist a e-Curri clum...167 Fi gura 14 - Incl us ão de subl in ks no li n k Submiss ão de t rab al hos...168 Fi gura 15 - Abertura da Pá gin a do aut or para capt ura do mod el o

qu e deve ser envi ado aos parecerist as...169

TABELA

Tabel a 1 – Peri ódi cos El et rôni cos Avali ados pel a ANPED em 2007... ...110

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INTRODUÇÃO

Est e estu do situa-se na li nha d e pesq uisa Novas Tecnol o gi as em Educação. Tem sua gênese a p arti r da necess idade d e se mat eri ali zar a pro du ção de u ma Pu blicação1 Eletrôni ca Cientí fi ca (PCE) no cu rso d e pós- gradu ação Educação: Currículo , da Ponti fíci a Universid ad e C atólica de São Paulo , PUC-S P.

Justi fi ca-s e a escolha da ex press ão publ icação ci entí fi ca el etrôn ica (PCE), que é entendida co mo qu alquer t ecnolo gi a d e d istri bui ção de info rmação para ser acess ada e vi suali zada pel o co mput ado r, que utili za recu rsos di gi tais p ara armazenar, di spo ni bilizar e t rans mi tir i nformação de um comp utado r para outro.

Por uma questão d e es col ha no rmati va, utili zar-s e-á a expres são

“periódi co " e revi st a "ci entífi ca el et rônica” (SAB ATTINI, 2002 ) e n ão revist a ou p eriódi co di git al, t endo co mo pano de fundo uma revista el etrôni ca co m acess o à Int ernet .

A ex pans ão da rede de compu tadores, com acesso à Internet, torna cad a vez mais necessári o di scuti r e ent ender o principal mei o ou instru mento utili zado no p rocess o de comuni cação cientí fi ca: os p eri ódi cos ci entí fi cos .

Est e estud o t raz a descri ção e an áli se da real i zação d e um periód ico que se constrói nos ban co s acad êmi cos, po r um grupo de alun os do

1 Lederberg (1996) nos remete a idéia de que uma publicação acadêmica consiste em uma “afirmação sob juramento”. Inseri em seu estudo que uma publicação científica e tão responsável que mentir em uma publicação consistiria em uma forma de “perjúrio”, passível de sanções legais.

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douto rad o em Educação: Currículo da P UC-S P, qu e in gress aram no ano de 2004 .

A pri ncipal caract erística do periódi co el etrôni co é o fato de ser formato el et roni cament e desde s ua editoração à sua dist rib ui ção.

Um peri ódi co eletrônico pode est ar disponív el em vári as pl ataformas, como CD-R OM ou fit a magn éti ca. O p resent e t rabalho discut e ap en as a con strução de u m p eri ódi co el et rôni co que se disp onibili zou na Int ernet, utili zando recu rso s da Wor d Wide Web, dorav ant e denomi nado Web.

A Web permi t e a gregar novas fu nções e v alo res às informações disponibil izad as , posto qu e é p ossí vel usar protocol os e caract erísti cas técni cas que permitem ao usuári o em su a n av egação o acess o a links q ue, por sua vez, li gam -s e a bancos d e d ados qu e guardam as prin ci pai s pes quis as no mun do.

O obj eti vo mai or dest a p es quis a é des crever e respon der como se con struiu uma rev ista por al unos de uma pós-graduação. Est e ex ercí ci o poderá l ev ar a ext rapol ar p ara novas situ ações concret as na área da Educação, n as pesquisas necess ári as q ue se h ão de reali zar ai nd a em anális es d e publi cações cientí ficas elet rôni cas em Educação e no p róp rio estu do das di mensões ex ist ent es na con st ru ção de um currícul o p ara a vid a.

O objetivo s ecund ário é p ropici ar dado s, in fo rmações, viv ênci as e refl ex ões para aquel es que real i zam investi gações em publi cações ci entí fi cas el et rôni cas tenham condi çõ es de p erceb er as difi culd ad es e solu çõ es encon tradas; vis a também mostrar a i mpo rt ân ci a do d iál ogo perman ent e em u m planej ament o; e p ermiti r a extrapolação possí vel na reali zação d e nov as revis tas eletrôni cas em Educação.

Est a pesq uis a fez-s e num ambient e acad êmi co, com s ujeitos aut ores dest a narrativa, que geraram a bus ca p or uma metodologi a qu ali t ativ a de ação-p arti cipati va (BARB IER, 2004). A pesquisa de campo buscou subsí dios n a con strução de um diário it inerant e (B ARB IER, 2004 ) da pes quis ad ora, além d e ampl iar a proposta de André (199 5, 2006) e Lü dke e And ré (1986) para o uso de t ecnol ogi as de i nformação e comunicação co mo

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em t ro ca de e-mails, em cri ação d e li sta de dis cussão, em arq uivos vi rtu ais disponíveis p ara o grup o e co munid ad e p art ici pant e. Di spôs t ambém do uso de MSN e Skyp e2 escri to e com viva-vo z, ou como s e deno mi nará n esta pes quis a por voi ce.

A reali zação de uma revi st a cient í fica em Educação nasceu de questõ es que s ão t razidas na pesqui sa, que gerou uma qu est ão mai or à pes quis ad ora: c omo produ zi r u m pe riódi co ci entífic o el etrôni co pa ra o Prog ra ma de Pós -grad uação E d ucaç ão: Curríc ul o, co m a inte nção de dis po ni bili za r trabalho s iné di tos e i ntegral mente e m a ce sso ab erto (o pe n acc ess ) para a comuni dade a ca dê mi c a e soci edade q ue inte rfi ra m na quali d ade soci al da formaç ão do educa dor?

Est e est udo se divi de em 6 capítul os. O pri mei ro contex tuali za a ação-p es qui sa, traz a busca t eórica p ara a const rução da narrat iva cu rri cul ar dest e proj eto, inclui ndo a narrativa d e vi da da pesquisad ora.

O se gun do capítulo t raz, pel a necessi dade dest e est udo, a meto dolo gi a que orientou o apreender e o apren der dest a tese. Apo nta o método escol hido , os inst rument os utili zados p ara a colet a d e dados e os suj eitos- aut ores qu e permiti ram a pres ent e narrati va realizar-se.

Dest art e, forma-se o terceiro capítulo des te es tud o. R eal iza-s e a bus ca hi stó rica do q ue são revist as cient ífi cas. Dá as respost as às qu es tõ es que se apont av am ao gru po fo rmado r da revist a. Traz a vi agem da pes quis ad ora ao R io de Janei ro com a fin alid ad e de conhecer a R evi sta Nacio nal de Educação feit a por Ro quett e-Pinto em 193 0.

O quart o capít ulo aborda as publ icações el etrôni cas. Passa p el a necessidade de j usti ficar o que é o mei o em q ue s e divul ga rá a ci ência, a evo lução do i mpresso ao el et rônico. Det ermin a os princípi os que regem as publi cações ci entí fi cas independent e d o meio em q ue se div ul guem para a reali zação d a revist a e-Cu rri culum.

2 MSN e Skype são programas gratuitos de envio de mensagens pela Web. Programas estes que se baixam no computador do usuário por meio de download, pode-se usar como simples chat (bate-papo escrito), com sistema de viva-voz, ou voice e com webcam - vê-se o interlocutor. Ambos são utilizados em tempo real, ou seja, sincronicamente.

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O quint o capít ulo dest e est udo traz luz à discussão necess ári a sobre o aces so livre, conheci do como Op en Access, ini ci ando u m ol har ao d esign da leitura e do t ex to v irtual em revist as el et rôni cas.

O s exto capítu lo compõ e a experi ência vivid a pelos suj eit os -autores e outros memb ros da comuni dade educacio nal que aux iliaram na realização do pro duto que s e apresent ou em d ezembro de 2005: a R evist a e-Cu rriculum.

Por fi m, t raz-s e a concl us ão d est e est udo s eguid a da bib liografi a utili zada e dos an ex os que cont ribuem p ara a co mp reensão d est a t es e.

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CAPÍTULO I

U m r io p r ec is a de m u ita ág ua e m f io s P ar a q ue to do s os p oço s se e n f ra s em : Se r e ata nd o, de u m par a ou tr o p oç o , E m f r a se s c ur ta s , e ntão f ra s e a f ra s e, A té a se n ten ç a- r io do d is cu rso ú nic o E m q ue s e tem vo z a se c a ele c o m ba te.

João Cabral de Melo Neto

1 O CAMINHO: AS ORIGENS DA PESQUISADORA AO ENCONTRO DO PROBLEMA

Ap rendi a l ín gu a port u gu es a, que não é minha lí n gua mat erna, cop iando poemas d e Fernando P es soa, Mári o d e Andrade, Manuel Band eira, Casi mi ro de Ab reu, Gonçalv es Dias e C astro Alv es . Não porque os tives se escol hido , mas po rq ue meus pais h av iam gan hado os li vros de ami gos , tamb ém est rangeiros. Na in genui dade e cari nho de t razer menos dor a u ma cri ança, meu pai pas sav a suas mãos sobre mi nha cabeça e di zia-me: els vers son cur ts i podres, f en't’h e còpi es , memorirtza'l'hos més s encïll ent l´escritura. Vinga, b ona f é!3

3 Tradução do catalão para o português: "Os versos são curtos e poderás, copiando-os, memorizar com mais sensibilidade a escrita das palavras. Vamos lá, tenha esperança!".

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O copi ar ini ci al acresceu -s e à si gn i ficação quando ganhei um dici onári o de lín gu a po rt ugu esa em meu ani vers ári o de 8 ano s. Era u ma épo ca dura econô mi ca e poli ticament e; eram o s idos 1 969, que fechavam port as e j anel as de diálo go. Eu, criança estrangei ra, des co bri a que mais que memo ri zar co mo s e escrevi a uma pal avra tinh a d e ent en der o sentido dici onári o e o senti d o d e vida d as palavras que ai nd a me eram mu das.

Qu ando d es cob ri que ao ato de escrever podi a-se s enti r o mundo n as diferentes n uances - es tar e ser o mun do - ini ci ei -me em um cami nho s em fi m.

Estudei Proces samento de Dados em 1980, mas nun ca me permiti ser pro cess ad ora. B ach arel ei e li cenci ei -me em 1 985 em Letras _ na épo ca a chamada Licen ci atu ra Pl ena. Ded icava-me muito aos es tud os. Por t rês anos fui monit ora d a Lín gua Port ugues a e Li terat ura na Un iversid ade Macken zi e, o qu e não pod eri a ter si do di ferent e, para quem as l et ras p ermi tiam o encant amento do mu ndo.

Du rante muitos anos vivi em lin earidade plena com mi nha profis são.

Em 1986, mudei para uma p equena cidade do est ado de São Paul o, Ibitin ga, que não dis punha de l ivrari as , nenhu ma Bibliot eca atu ali zada e, na épo ca apenas uma es col a de Ensi no Médio públ ico para 45.000 habit ant es.

S enti a-me p risio neira d a cru eld ade d a di stânci a de 400 km de pólos cult urais , de liv rari as e bibli ot ecas púb licas ou universit ári as e, po r d ez ano s, a aparth eid cul tural fez-s e p resent e em minh a vid a. Até que, em 1996, sur gia a po ssibi lidade de co nect ar-me ao mun do. Iniciava a Int ernet, discada ain da, abri ndo j anel as à i nformação, mesmo q ue a um custo finan ceiro altís si mo .

Com ancest ralidade fení cia, di ri a qu e si ngrar o cib eres paço não foi difí cil . Temp es tades ocorreram em mi m, parti ci pan do d e list as intern acionai s de li n güística, aprendendo out ras línguas em out ros mares que não meus.

Em 1999, fui convidada p el a Univ ers itat De Les Illes Bal ears , Univ ersid ad e de Mal horca na Esp anha, para d ar um cu rs o sobre Lit eratura

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Brasil eira. Fazi a mi nha pós -gradu ação em Leit ura C ríti ca da Li teratura, na UNESP de Araraq uara, perco rria a es crit a con creti sta-i magéti ca d e Joan Bros sa, pupi lo de Jo ão C abral de Mello Net o, co m o ri ent ação da Profa. Dra.

Guaci ra M. M. Leit e.

No B rasil, não encontrav a fontes d e p es quis a s ob re Jo an Bro ssa, mas nas navegações por meio do acess o à Int ernet, encontrei pesquisadores com os quai s trocávamos e-mails. En co ntrei Bibliot ecas on line que i niciavam a di git ali zação de obras, revist as el et rônicas e a bo a vontade de pes quis adores de universi dades em enviar-me, por mei o d e arquiv os an ex os aos correi os el etrôni cos , d ocumen tos i mpo rtant es de p esq uis a.

E foi n o ano d e 19 99, co m a experiênci a d e três anos aprenden do a dist ância virt ual, que tomei a deci são - j á há anos dentro de mi m - pesqui sar as poss ibili dades d o ensi no sup erio r s er a dist ância.

Havia convi vido com a educação virt ual na Espanha, e is to acabou por gerar o t rabalho de mest rado em 2002, co m o títul o "Educação a Dist ân ci a em R ealidades Virt uai s: a post ura do p rofess or de ensi no s uperi or ant e as novas t ecnol o gi as facil itado ras de fo rmação conti nu ada", n a PUC- Campi nas.

O passo se guinte fo ra desenvol ver u m p roj eto a partir das quest ões que su rgi ram co m a diss ert ação e i ni ciar o do uto rado.

Ao i niciá-lo em 2004, persegui a a met a de ent ender no process o de ensi no -aprendi zagem quais fato res eram mo tivacionais p ara alunos adu ltos perman ecerem em ambi entes vi rtuais a distância senti ndo-se su jeit os da ação edu cacion al.

Tinha um ori entador, proj eto , obj etivos , referen cial teó ri co, meto dolo gi a e at é i nici ava a col et a de dados para fut ura an álise. T udo corri a como u m “Ri o Em Di scurso perfeito ”, como perpetuari a em versos João Cabral d e Mel o Neto. Nu ma gest ão exempl ar, como diri a o mestre- ori ent ad or Prof. Dr. Fernando José d e Al meida. Po rém, a monotoni a da vi da coti dian a cortou o “discurso Rio ” e des cobri que a vida reserva su rpresa para aprendermos. Por i sso, podemos est ar em sit uação poço e n ão rio.

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Em março de 20 04, na dis ci plin a de Epist emo logi a e Ed ucação, dial o gávamos s obre a necessi dade cruci al que é darmos luz às pesquis as e de nos so diálo go co m o mundo acadêmi co por mei o d e publ icações.

P ropus emos ent ão , de forma i ngênua, a cri ação de uma pági na na Int ernet, no program a d e Pós -gradu ação, que desse acesso e oport uni dade de publi carmos pesqui sas realizad as, l ermos e sermos lidos . Estranh ament e, naq uele t empo n ão fal ávamos em ser citados e cit armo s, ser li do e ent endido pel a s oci edade.

Mi nh as in vest igaçõ es, desde o Mest rad o em Ed ucação, ci rcundam pel o eixo temáti co em pes quis ar o uso da Tecnolo gi a d e In formação e Comuni cação na Educação e Formação de P rofess ores do Ensino Superior em Ambi ent es Vi rt uais de Aprendi zagem.

Como s ou “das tecnolo gi as em educação ” e havi a cri ado, para os pro fess ores e alu nos do doutorado de 2 004, uma list a de dis cussão e u ma simpl es p ágina com os textos d e leit ura, em l ingu agem HTML, do pro fessor Dr. Ant oni o Chi zzot ti; não foi estran ho o olh ar do p ro fessor e coorden ador do p ro grama de Pós vol tar-se p ara mi m e a p al avra duvi dos a di zer-me:

“Você t eri a possibi li dad e d e fazer um projet o neste s entido?” A vont ade de poder reali zar al go s e u niu ingen uamente ao “si m!”.

Em março de 2004 i ni ci ava a mi nha ins erção em vários projetos de revist as acadêmi cas, conv ers ava co m muit as p ess oas que es tavam env olvi das em periódicos, trocav a muit as idéi as e qu est ões fundament ais da existênci a d e u ma revist a com as col egas de douto rado Martha Mari a Prat a- Li nhares, Mari a do So co rro Coelho, En eil a Al mei da d os S ant os, Hel oísa Gomes, Leoni r P es sat e, Cl áudi a Hardhag e Nil bo Ri bei ro No gu eira.

Resol vemos marcar um encont ro co m a pro fessora Dra. Mari a Elizab et h B.

de Al meid a, do p rograma d e Pós- graduação Edu cação: Currículo, que pergu nto u ao grupo:

“Que sent i do t em es ta revist a para vocês ? Qu e s ent ido tem criar u ma revist a ci entí fi ca no pro grama? Qu al o s entido da revist a?".

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“O s enti do? ” Era impossív el resp onder n aq uele moment o, pois pert enceri a ao Pro grama, e n aq uele d ado momento , acredit ei que a res post a não estiv es se em nó s so ment e.

O gru po formador4 buscava ent ender part es correspondent es de u ma revist a, como o qu e era ind ex ação e p ad rões d e qualidade para perió di cos, ISS N, QUA LIS , SciELO, ISI et c.

S em t er, naquel a épo ca, a cons ci ência do que repres en taria "o sent ido" n a concep ção, i mpl ement ação e i mplant ação da Revi sta e- Curriculu m - nome escol hido por vot ação em maio de 20 04 - ap ro fun dei-me de fato n o t ent ar ent ender o conceit o d e qualidade editori al, prin ci pal mente porqu e o col egi ado do Programa havi a aprov ad o a criação da revis ta.

Empol gava-me a idéia de part ici par d est e projet o ent re os di scent es.

Pro cu rava s olu çõ es às dúvidas e probl emas q ue s ur giam e, disto, ocorreu que me passaram a resp onsabi l idade de o rganizar os con heci ment os em info rmação para t odo s qu e fazi am part e do programa de pós -graduação.

Meu p ercurs o cu rri cu lar uni a-se, sem que eu percebesse imedi at ament e, à reali zação d a revi st a e-C urri cul um com o andamento de mi nh as dúvi das d e pesq uis a.

O pl anej ament o do periódi co d o Programa de Pós -Gradu ação Educação: Currícul o l evo u-me a qu erer ent end er como um periódi co ci entí fi co q ue circund a um conheci ment o específi co e necess ário - Currículo - era con st ruído.

4 O grupo formador, como será relatado nos capítulos seguintes, era composto por alunos do doutorado do programa e inicialmente 4 professores.

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1.1 O i ní cio da desc ob erta

Dest e mod o, in ici ava-se o ent ender a necessidade de transferên ci a de con heci mento ci entí fico em meios el et rôni cos e as possi bil i dades dest es meio s no i mp acto so ci al (SAB ATTINI, 1 999).

A n ecessidade, advi nda da p róp ri a bus ca meto doló gi ca dest e t rabalho , levou-me ao p ercorrer a hi stória da l eit ura de perió di cos, i ni ci and o-s e p el a parisi en se do J our nal des Sçavans d e 166 5 (MUELLER, 1999).

A tarefa l evo u-me t ambém a co mp lex a anális e hist órica da necessidade de “fo rmali zação do processo de co municação”, o can al formal do regi st ro e da transmi ss ão d e con heci ment o “de forma duráv el e aces sív el ” (MEADOWS, 1999 , p. 9) co mo bem int el ectu al a s er le gado à soci edade.

Houve a bus ca do ent ender a éti ca e a ci ência so b o p ri sma das publi cações de periód icos ci entí fi cos (AMERICAN SOCIOLOGICAL ASSOCIATION, 1999), no Gui del ines for Sci enti f ic P ubli shing (19 99) e os Crit éri os Edi t ori as d e av ali ação cientí fi ca (PESSANHA, 1 998 ).

O campo de aval iação de perió di cos ci en tífi cos é rel ati vamen te novo no B rasil. E m Krz yz anows ki e Ferrei ra (1998), encont ra-se que é na década de 1960 que se demonst ra a neces sidade d e s e defi nir parâmetros mens urávei s, que pudes sem refleti r a qualidade da informação re gist rad a em periódicos ci entí fi co s e técnicos.

Em 1982, B ra ga e Oberho fer apres entaram proposta modi fi cando o mod elo da UNESC O p ara s er utili zada na avaliação de p erió dicos brasil ei ros ci entífi cos e técnicos.

Vemos o movi ment o de busca sobre a av ali ação de peri ódicos em Educação, nos trab alhos d e Chi zzott i (1993) e nos trabalhos de Fáv ero, Amado e Garci a (199 3, 2000).

O que ch ama a at en ção é ter em 20 02, confo rme os d ados da Int ernational Peri odical s Dir ectory, ap roximadament e, 15 mil perió di cos

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ativos e com p arecerist as no mun do e 12 mil j á estav am dispo nív eis em vers ão onli ne.

S endo qu e na ú lti ma av ali ação d e peri ódi cos cientí ficos feit a pel a QUALIS5, a ANPED6 re gist ra t er recebid o para av ali ação , em maio de 2007 , apenas 11 p erió dicos el et rôni co s no Brasi l na área de Educação, s en do q ue dois, dest es 11 peri ódi cos, t êm vers ão i mpress a t ambém, um co m acesso restri to at é outubro de 2007 e out ros doi s n ão co nfi gu ram como p eriódi cos, mas como C aderno de Pesq uis a e Anai s de Encont ros e Con gress o, como se verá no C apítulo 4.

Ainda é um campo novo dis cut ir na Educação a i mpo rtânci a d o con heci mento ci en tí fico disponí vel na Intern et , na qu al idade d e um periódico científico el etrôni co. Como também as dificuld ad es vi v en ci adas por aquel es qu e disponibili zam periód icos el et rôni cos nas p ági nas da Web na área de Educação.

Est a p esquis a t raz uma nov a preocup ação, que n as ceu em 2004, a parti r da reali zação de u ma revi st a acad êmi ca cientí fi ca e el et rôni ca por um gru po de alunos e pro fess ores do p ro grama de pós -graduação Educação : Currículo da PUC -S P. Po r n ão encont rar, ini ci al mente, resp ostas a al gu ns questio namen tos , traz-se à l uz o di álo go com s uj eitos que dão e darão vi da à i nv esti gação, às p ublicações, à p róp ri a ci ên ci a.

1.2 J us tifica ti va e r el evância do p ro bl e ma

Dada a necessi dade de divul gar e transferi r demo crati cament e as des co bert as , estudos e pes quisas n a Ci ênci a da Educação reali zou-s e um estu do, de 2 004 a 2007, que viabili zass e a mat eri ali zação de u ma revi sta acadêmi ca. C o m a i ntenção de publicar trab alhos o rigi nai s em to rno da

5 QUALIS “é o resultado do processo de classificação dos veículos utilizados pelos programas de pós- graduação para a divulgação da produção intelectual de seus docentes e alunos”. Para maiores informações deve-se consultar o diretório de acesso QUALIS em : http://www.qualis.capes.gov.br/webqualis/

6 ANPED é a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação responsável também pela avaliação dos periódicos nacionais e internacionais que a ela se submetem. Para maiores informações e leitura dos relatórios de avaliação dos periódicos pode-se acessar: http://www.anped.rg.br/t_qualis.htm.

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discuss ão sobre currí cul o n as pol íti cas p úblicas , na aval iação ou na cultura, ou em t orno da formação docente, d as tecnol o gi as de comuni cação e info rmação, d a in t erdi scipli n ari dade ou de out ros campos no vos de investi gação abertos pel as pesquis as.

S egundo Chi zzotti (2005 ), a revist a el etrôn ica, reali zada p or u ma necessidade edu caci onal, deve s er entendida como resul tado de:

[ .. . ] u ma de ci sã o co le tiva p ar a p r omo ve r a d ifu sã o da pr o d uç ão c ien tífic a d e p e sq u isa d or e s po r me io d e u m in str u me nto á gil de c omu nic a çã o a um c us to viá ve l.

O s ap e los e m fa vor d e u m pe r ió dic o d e s se tip o s u r gir a m de a va lia çõ e s so br e a s di fic u lda d es e co n tin gê n c ia s q ue c e r ca m um volu me s i gni fi ca tivo d e tr a ba lh os e e s tu do s s o bre te mátic a s esp ec ífic a s , de ixad a s fo r a do c ir cu ito de di vu l ga ç ã o , de n tr e a s qu ais , a evid ên c ia d e q ue um gr a n de vo lu me de p r od uç õ es cie n tífic as r e le va n tes ac a ba pe r ma ne c en do c on fin a d o a u m e str e ito c ír cu lo de le ito r es e m r a zã o do s pr o c es s os mo r os o s de e di tor a ç ão.

A ed iç ão de um pe r ió dic o c o m ta is ob j et ivo s n a sc e de u m c omp r o mis s o d e p r o fe s so r e s e alu n os e m vi ab iliz a r a pr o d uç ão c ie ntí fica , p o lític as p ú blic a s de c u rr í cu lo e de for ma ç ão d oc e nte . P ar a is s o , p ro c ur a -s e lan ç ar mã o s de mei os vir tua is de c omu nic a çã o pa r a mu ltip lic ar a s po s s ibil ida de s de de b ate s s ob r e te ma s e du c ac io na is de a tua lid ad e ; q ue r d a r , ta mbé m, o p or tu nid a de d e a gili za r a di fus ã o d e pe s qu is as e e s tud os q ue in c r eme n te m a r efle xã o e a p rá tic a e du c ac io na l , na á r ea de c ur r íc u lo. ( Ide m, i bid ,

e dito r ia l ex p lica tivo –

ht tp://w ww. p u c sp . b r /ec u r r icu lu m/ ed ito r. htm – 1 5/0 5/ 20 05 ) .

Est a p esquis a ap res ent ará o cont rato est ab el ecid o em u ma sal a de aul a, co m 40 alunos e u m docent e, na const ru ção de u ma revist a ci entí fi ca que con creti za uma idéi a út opi ca ini ci al em um produt o gerado nu m fazer curri cular em um programa d e pós -gradu ação st ri cto sensu.

Nest e ponto, reto ma-s e a pergunt a fei ta quando se ini ci ava o proj et o da R evist a e-C urri cu lum: “qual era o s ent ido des ta revi st a?”.

Em 199 5, o fil ósofo Neil Post man pu blicou o li vro The end of edu ca tion que s e constitui numa répl ica ao “Fi m d a Hist óri a” de Fu ku yama, mas lh e acrescento u o se gundo si gni ficado do t ermo: fi m, não apenas co mo

“conclusão”, mas tamb ém como “fin ali d ad e” ou “sentid o”.

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Post man (1995) i nterro go u-se sobre a crise d a es cola. Sua preocupação resi dia nas novas narrati vas qu e poderi am dar sentido à intenção d e educar. Ao fazê-l o, rej eit ou vários d eu ses que pro cu ram reor gani zar o projeto esco lar – os deuses da utili dade econô mi ca, do con su mi smo, da t ecno logi a, do s eparatis mo ét ni co ou cult ural – e ar gument ava qu e a educação depend e d a ado ção d e n arrativas part ilhadas e da recus a d e n arrativas qu e con du zi riam à ali enação ou à separação:

O q ue tor n a p ú blic a s a s es c ola s [ ... ] nã o é ta nto o fa cto de ter e m o bj e c tivo s c o mu n s , ma s o fa c to d e os s e us a luno s ter e m ob j ec tivos c o mun s. A r a zã o é s imp le s: a e d uc a çã o públ ica n ão se r ve u m pú bl ico ; e la c r ia um p úb lic o. [ . . . ] A qu e s tão es s e nc ia l nã o s e en co n tr a n os c omp uta d or e s , no s e xame s , na ava liaç ã o d os p r o fe s s or e s , no ta ma n ho da s tur ma s ou no u tr os asp ec to s da ge s tão d a s e sc o las . A q ue s tã o r es id e e m do is po nto s , e ap e na s e m d o is: a e xis tên c ia d e na r r a tivas pa r tilh ad a s e a ca p ac id ad e d e sta s na r r a tiva s p a r a dar e m u m se n tido in spir a do r à edu ca ç ã o ( 1 99 5, p. 18 ).

E os dois pontos de Post man (19 95 ) uniam-s e e ini ci avam um percurso qu e s e t ent ava firmar co mo o percu rso do s enti do condut or d est e proj et o d e pesqui sa. Era cl aro qu e os mesmos obj etiv os u niam al unos e pro fess ores n a i ntenção d e const rui r um o bjeto comum: uma revist a ci entí fi ca p ara o P ro grama d e P ós- gradu ação Educação : Currí cul o.

Encont rava-se em Nóvo a (2002 ), entre v ári as definições, qu e é vi ável

“a ren ov ação da educação como espaço públi co”, qu an do s e ent end e “ A escol a como reali dade multip olar”(Idem, 2002 , p.15).

S egundo o aut or, é históri co o fat o de os sis temas d e ensi no s erem organi zad os a p artir do “t opo”, adot and o est rut uras buro cráti cas , corpo rativ as e dis ci plinares que foram di ssolvendo mo dos lo cais, famili ares e t radi cio nai s de pro mo ver a educação .

A escola foi sub stit uindo estes proces sos “informais” e assu mi ndo o monop ólio do ensino. Aos pro fess ores coube a respons abi l idade públ ica pel a formação d e s eus al uno s.

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H o j e , s a be mo s qu e es te mo de lo e s co la r – esp aç o s físic os fe c ha d os , e str u tu r as c ur r ic ula r e s r ígid as , fo rma s ar c a ica s de o r gan iz aç ã o d o t r ab al ho – e s tá fata lme nte c on d en a do. A e s c ola te r á d e se d e finir co mo u m e s p aç o pú bli co, d e moc r á tico e p ar tic ip ad o , qu e fun c ion a em l i ga ç ão c o m r e de s d e co mun ic aç ã o e de cu ltu ra , d e a r te e d e c iê nc ia. (.. .) Ma s u ma e xtr e ma pr u dê nc i a é n ec e s sá r ia : os mo vi men to s so cia is e s ta be le c em-s e nu m v o lun ta ri smo de c ur ta du r a çã o , en qu a nto o tr a ba lh o e s c ola r se de fin e n um te m p o n ec e s s ar ia mente l on go . E m P o r tu ga l, co m r ar ís s ima s e xce p ç õ es , a s estr u tur as s o c iais ou a s s oc ia tiva s d e s up o r te à e du c a ç ã o sã o de uma e n or me fra gilid ad e . É e s s en c ia l r e f o rç á -la s e da r -lhe s maio r c o ns is tê nc ia . D e la s d e pe n de , e m gr a n d e pa r te , a r enova çã o do e sp aç o pú bli co da e d uc a çã o ( Ide m, ib id, p. 16 . G r ifo N os s o ).

No Brasil , não se est á dist ant e dest a concepção distorcida de espaço públi co , esquecen do -se dest a escol a co mo esp aço educacio nal. Há fal t a da discuss ão do “nov o esp aço d e con heci mento” (Idem, ibid, p.1 6), da ri gi dez curri cular, como também da o rganização hierarqui cament e fech ad a em que se vive.

Como bem al ert a Nó voa (200 2, p. 17), é na es col a que s e ex plica, que se “revel a a evol ução hist óri ca” do co nh eci mento, p reparand o - aquel es que del a fazem part e - à “ apreen são críti ca”, co m a fin ali dade de s e evi tar o reducio nis mo das formas clássi cas do conh eci ment o e a exclus ão da con tempo raneid ad e.

A o po rt uni d ad e da es col a s er u m novo espaço de conheci mento pod e:

[. . . ] c on tr a r iar t en dê n cia s d e d e s va lor i za ç ão d o c on h ec ime nto ; a p ed a go gia e st á in di s s o cia vel me n te li ga da ao s co n teú do s de en s ino . [ ... ] a d mitir n ovas fo r mas d e r ela ç ão a o s a be r ; a re a lid ad e a c tu al d o m u nd o d a c iê nc ia e d a ar te de fin e -s e po r uma co mple xida de e uma impr e vis ib ilid ad e q u e a es c ol a n ão po de c on tin ua r a i gn o r ar . [. .. ] c omp r e en de r o im p ac to da s tec n olo gia s d a in f o r ma ç ão e da c o mu n ica ç ã o , q ue tr ansp or ta m for ma s n o v as d e c on h e c er e d e a p r en de r . E s ta s te n sõe s n ão sã o r ec e nte s , ma s tê m no vo s co n tor n os n u ma s oc ie da de q u e s e diz “do c on he c imen to ” ( NÓ VO A , 20 0 2, p . 1 7) .

Concorda-s e com o aut or qu an do di z que a at ualização e o agi r sobre os n ovos conheci ment os é co ndi ção s ine qua non para a comunidade acadêmi ca, p ara a p róp ri a prod ução de suas pesqu isas, p ara o seu atuar pro fis sional em sal a de aul a. Por est a razão, entend er os cami nhos atu ais

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das publi cações ci en tífi cas que serv em ao públi co em geral - e nest e cas o o públi co es pecí fi co q ue li da com a edu cação - é uma necessi d ad e a qu al n ão se pode mais fechar os olhos, at é mes mo porqu e se põe e se i mpõ e no fazer curri cular.

É impo rt ant e s ali ent ar que o grupo formad or ass umiu -s e como u ma equ ipe de trabal ho no percorrer d o currículo p rescriti vo das dis cipl in as Epist emolo gi a e Educação e Metodologi a da Pesquis a. Disci pli nas que dev eri am in clui r em seu escopo n ão apenas as buscas in divi duais para um proj et o de dout orament o, mas o debat e aberto ao qu e é ciênci a e qu ais os instru mento s q ue a l egiti mam e s ão l egí t imos (MUELLER ,2006)7 p ara que pes quis ad ores poss am publ icar seu s resul tados d e pesquis a.

A ab ertu ra dada, pri nci pal mente, pel o professor d e Epi st emolo gi a e Educação, garantia a possibilid ad e de ir além do en tendi ment o de u ma forma de cu rrículo, como defini do por Goodson ( 2003 , p.117):

Po r “c ur r íc u lo” , e nte n de mos , [ . . . ] o c ur s o a p a r en te ou o fic ia l de es tu do s , ca r a ct er istic a men te c o ns titu íd o e m n os sa er a po r uma s é r ie de d oc u me n tos qu e c ob r em va r ia do s a ss u ntos e diver s o s n í veis , j u nto co m a fo r mula ç ão de tud o – “me ta s e ob j et ivo s ”, c o nj u n tos e r ote ir o s – q ue , p or a s s im diz e r, co ns titu i a s no r ma s, r e gula me nto s e pr in c ípio s qu e or ie n ta m o qu e d e ve s e r le cio na d o.

Descrever os cami nhos percorrid os, nu ma narrat iva cu rri cu lar, dentro do es paço públi co d o Programa de Pós-gradu ação Educação: Currí culo, na con strução d a R ev i sta e-Curriculum, i nspi ra-s e na idéi a de Goodson (20 07 )8, apoi ad a p or Bauman (20 01, apud, 2007 , p.241 ), na qual “aprender a

7 Em Mueller (2006) encontra-se uma atual discussão a cerca do preconceito na própria acadêmica da legitimidade e legitimação dos periódicos eletrônicos, que não são discutidos com grupos que detém o interesse em publicações impressas. Sugere que a discussão sobre a comunicação científica seja feita pela comunidade acadêmica que necessita publicar e a ela se volta o interesse de um número cada vez maior de periódicos com qualidade e relevância.

8 De 15 a 18 de outubro de 2006 a pesquisadora apresentava na 29ª. Reunião Anual da ANPED, trabalho referente à realização da Revista e-Curriculum, tendo a oportunidade de assistir à comunicação na sessão

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quebrar a regul aridade, reo rgani zar as experi ênci as fragment adas ” faz com que a aprendi zagem se ent enda nu m p rocess o não vi ciad o, que ro mpa “com as pres cri ções pred eterminadas do currí cul o, a vol tar-se p ara a defi nição, aprop ri ação e narrat iva contí nu a de s eu próprio currí cul o” (GOODSON, 2007 , p . 241).

Nest e sent ido, o trabal ho apói a-se t ambém na recent e pesq uisa do aut or, que part e do en tendi ment o da “ap rendi zagem narrat iva”(id em, p.

248), com o sentid o de u ma aprendi zage m d a i dentidad e, ou sej a, aquel a da qual emergem moti vos co mo “o traj et o, a bus ca e o sonho – todos el es motivos cent rais p ara a contín ua el aboração de uma miss ão d e vida”9. (idem, p 248 ).

Port ant o, en tender a ap rendi zagem a parti r d as hi stó rias d e vi da daq ueles que fazem o espaço es col ar - e, nest a pesquis a, daqueles q ue fizeram part e do grupo fo rmado r - d á a possibi lidade de ad entrar no q ue se chama de en gajament o so cial co m a ap rendi zagem de um grupo. A aprendi zagem não pode s er vi st a ou entendida co mo “uma t arefa formal que não s e rel aciona com as necessi dades e int eress es dos al unos ”(i dem, p.

250).

[. . . ] uma ve z qu e mu ito do pla n ej a me nto cu r r ic ula r s e b a se ia na s de fin içõ e s p r e sc r itiva s so br e o qu e se d e ve a p re nd er , s e m ne nh uma c o mp r ee n sã o d a si tua ç ão de vid a do s a lu no s . C omo re s u ltad o , u m gr a n d e nú me r o de pla ne j a m e nto s c ur r icu lar e s fra c a ss a , p or q ue o a lun o s imp le sme n te n ã o s e s e nte a tr aí do ou en ga j a d o [ . .. ] ve r a a p r en di za ge m c o mo a l go ligad o à h is tór ia de vi da é en te nd e r qu e e la e s tá s itu a da e m um c o nte xt o, e q ue tamb ém te m h is tór ia – ta nto e m te r mos d e his tó r ia de vida d os ind iví du os e h is tó ri as e tr aj e tó r ias d as in s tituiç ões q ue ofe r ec e m o po r tun id ad e s for ma is d e a pr e n d iz a ge m, c o mo de

especial de “Currículo e História: entrelaçamentos metodológicos”, em que se apresentou o pesquisador Ivor Goodson.

9 Goodson (2003, 2005, 2007) em pesquisa e trabalho fundamenta que o currículo educacional é fruto de um lento processo de fabricação social, em que estiveram [presentes conflitos, rupturas e ambigüidades. O autor dialoga no sentido de que o currículo manifesta-se com o interesse e o poder pré-estabelecido. Porém a

“grade” curricular não necessariamente nega a (re)criação, permitindo que se perceba que o conhecimento de uma disciplina extrapole os limites das paredes da sala.

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his tó r ias d e c o mu n ida de s e s itu a çõ e s e m que a a p re ndiz a ge m info r mal s e d es e nvo l ve .

Nest e s enti do, a con stru ção d a revist a e-Curriculu m por u m grupo de alunos, j ov ens p es quisad ores d o douto rad o de 2004, dá a voz da es peran ça compro met ida com “as miss ões, paixões e p ropósit os que as pess o as art iculam em suas vi das”(GOODSON, 2007, p. 251 ).

Compreender que a discussão com jo vens pesqu isado res sobre a necessidade e o que é publi car t ornou -se um tema que co mp ôs o cenário d os créd itos d e douto rament o no s eu p ercorrer. Dest art e, con corda-s e com o aut or, j á qu e criar a oport uni dade de entend er-s e um currí culo para o

“empo deramento e entrença10”(Id em, ibi dem) cumpri a pro mess a d e aj ud ar a mud ar o fut uro soci al dos alun os e das p rópri as ins titui çõ es de ensi no co mo resposta so ci al de su a mi ss ão.

1.3 Re de s ele trô ni cas, prod ução ci e ntífi ca e aces so à r ed e

Alonso e Fernandez-Juridi c na revist a Natu re (2002) an alisam o impact o i nt ernacio nal de p eri ódi cos ci entífi cos qu e dis pon i bilizam arti gos complet os. Os aut ores conclu em que as revist as bras ileiras i ndexadas p el o Insti tut e f or Scienti fic In for mati on (IS I) cres ceram co m o advent o da Int ernet11 mais de 130%.

O alert a que o s au tores tecem ao Brasil é que as Univ ersid ad es carecem d e i nvesti ment os p ara cri ação e coordenação d e red es el et rôni cas de comuni cação cientí fi ca, o q ue leva ao prejuí zo d a di ssemi nação e proj eção do B rasi l quan to à Ci ênci a e desen volvi mento.

10 O Vocábulo “entrança” tem o significado de entrar e iniciar-se.

11 É importante salientar que o impacto de crescimento das publicações eletrônicas na Internet podem ser medidos pela inclusão na Scientific Eletronic Library Online - SciELO , que disponibiliza gratuitamente textos completos de uma seleção de revistas científicas não só do Brasil como do mundo, em diferentes áreas do conhecimento, visando à sua disseminação e à realização de base bibliográfica nacional para pesquisas bibliométricas e de impacto de citações, todas as informações, no Brasil, podem ser vistas em http://www.scielo.br

(31)

Os dados do Co mit ê Gestor da Int ernet no Brasi l12 (CGI.br) t razem que, entre s etembro de 2005 e s et embro de 2006, 9,39 % da popul ação brasil ei ra teve aces so à Intern et13. Dest a popul ação, 42,84% t em ní vel universit ári o co mpleto.

As faixas et árias que mai s aces sam à Int ern et é de 16 a 24 anos (14 ,54 %); de 25 a 3 4 ano s (1 0,3 0% ); d e 35 a 44 ano s (9 ,38 %); de 45 a 59 ano s (7,54 %); d e 60 ou mais anos (3,32% ).

A mes ma pesq uis a do Comit ê Gest or revel a que, dos 8.5 40 d omicí lios pes quis ad os em 2005, a popul ação que acess a a Internet t em a habi lidade de fazer bus cas em s ítios d e pes quisa para ad qui ri r in formações, num percen tual de 80 ,70 % dos j ovens uni v ers itários e 81,84% de egress os.

Observa-se que ent re 2005 e 2006 há pequen a vari ação d o uso da Int ernet, mesmo assi m, not a-s e que aind a é tími da a ins erção, já qu e 66,68%

da população brasil eira nunca a aces sou , e 54,35% da popul ação brasil ei ra nunca us ou um computador (CGI.b r, j an ei ro de 20 07 ).

Tai s dado s revel am que 42,84% dos egre ssos que ut il izam a Internet, a maio ri a (80,7 0% ) t em habi lidade de bu s ca de i nformação em sítios.

A p es quis a do C GI.b r14 não d eix a cl aro se os 20% rest antes t êm mai or hab ilidade no uso da Int ernet ou menor.

Observa-se (Gráfico 1) que possui r ou t er a op ortunidade de mani pul ar u m compu tador com acesso à Internet não, necess ariament e, tem a ver co m o uso, o u o d ar si gni ficado as pot encialid ad es que o co mput ador pode gerar aos usuários, com aces so à Int ernet.

12 Os dados de pesquisa do CGI.br foram cruzados com os dados recolhidos em 2005 e 2006, numa amostra de população de 8. 540 entrevistados em 2005 e 10.510 entrevistas em 2006. Sobre penetração e uso da Internet na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD 2005. Toda a pesquisa pode ser vista em:

http://www.cgi.br/indicadores, último acesso em 17/01/2007.

13 Embora esta pesquisa utilize os dados do C.GI.br, pois se atem às intenções de uso daqueles que acessam a rede; tem-se pelos dados do Ibope (http://www.ibope.com.br) que o total de usuários em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais) era de 39 milhões em set/2007.

14 Na pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil, deixou-se muito claro que a preocupação maior não estava apenas no acesso por acaso, mas no acesso e uso constante, que só pode ser caracterizado por aqueles que no mínimo usam as ferramentas durante três meses consecutivos.

(32)

Gráfi co 1 – Int ernet: Pro pósit os de Uso (%) 2005- 2 006 F on te: C omite G e s tor da In ter n e t

B a s e 20 06 : 2. 92 4 en tre vis ta d os q ue u tiliz ar am a Int er n et no s últ imos tr ê s mes e s . B a s e 20 05 : 2. 08 5 en tre vis ta d os q ue u tiliz ar am a In ter n e t no s últ imos tr ê s mes e s .

Gráfi co 2 – Us o da Intern et – 2005 – 200 6 F on te: C omite G e s tor da In ter n e t no B r a s il

2,0 3

26,0 29

52,0 49

70,0 69

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Fins pessoais ou privados Educação ou estudos Trabalho remunerado ou negócios Trabalho voluntário ou comunitário

2006 2005

18 17

71 71

81 75

82 78

0 20 40 60 80 100

Comunicação

Informações

Lazer

Serviços bancários

2006 2005

Uso da Internet para: Comunicação Busca de Informações, Lazer e Internet Banking (%)- 2005-2006

Base 2006: 2.924 entrevistados que utilizaram a internet nos últimos três meses Base 2005: 2.085 entrevistados que utilizaram a internet nos últimos três meses

(33)

O Gráfi co 2 respalda as pesquis as encontradas co m o fito de con fi rmar o cres ci mento do us o da Int ernet para a comun icação, co mo o uso de e-mail, fóruns e cha t, as si m como para en cont rar info rmaçõ es de tod a a nat ureza, entre el as a p rática de acessar sítios d e revi st as el et rôni cas, pági nas de uni versi dad es q ue disp oni bilizam suas t es es e dissert ações, fóruns de dis cussão temáti ca, anai s de trabal hos ap res ent ados em con gressos , encont ros e si mp ósi os, entre outros.

No Gráfi co 3, tem-s e qu e da popu lação pes quisada, 88,5 %, a gran de maio ri a, us a o aces so às p ági nas da In tern et para realizar ativi dades de pes quis a em educação.

Gráfi co 3 – Int ernet: uso li gado à Edu cação e T rei namento – 2006

F on te: C omitê G e s tor da In ter n e t, 1 7/0 1/2 0 07 . A c es sa do e m H ttp: //www. c gi. br

Tai s d ad os rev elam que h á uso dos sist emas de bus ca na rede. Há, teori camente, espaço para leit ura por parte daquel es q ue são int eress ados em t es es , p eriódicos ci entí fi cos , an ais de con gres so et c.

10,1 12,8

21,3 27,4

30,1

88,5

0 20 40 60 80 100

Atividades/pesquisas escolares Informação sobre livro ou artigo Mensagens relativas a curso Informações sobre cursos Outras atividades relacionadas à educação Cursos on-line

* Base total: 1.981 entrevistados que já utilizaram Internet para fins de treinamento e educação, projeção populacional = 28,838,535

(34)

Em Meis, Vellos o, Lann es e Carmo (20 03 ), constata-s e que as universidades s ão as pi on eiras e gr and es benefi ci ári as no uso d as tecnol o gi as de redes el etrôni cas e q ue 91,3% da produ ção ci entífi ca do país insere-se nas pá gin as da Int ernet .

1.4 Do an tigo i mpr e sso à convi vê nci a com o nov o el etrô ni co:

local d e p ar ti da

A ciência, no s éculo XXI, ch ega à mat uri dade de en ten der-se enq uanto p ro cesso de desenvol vi mento , de bus car meios d e diss emi nação legít i mos e le giti mados (MUELLER, 2 006, p.27) para sua disponi bili zação e discuss ão , não só com pares culturais , mas com a soci edade.

Diant e dist o, é necess ári a uma mudança no pens ar a Educação pau tada, n a maior parte d as v ezes, em m étodos t radicio nais d e ensi no, com currí culos en cl aus urados que p ouco i ncenti vam a pesqui sa, o regis tro, o deb at e em s al a de aula, o uso d as tecnologi as e ferrament as di git ais que pro piciam a exist ên ci a de p eriódi cos elet rôni cos ind ex ados e de op en access15 de altíssi ma quali dade.

A publi cação ci entí fi ca é consi derada pro duto in disp en sável, n atu ral e real da ati vid ad e ci entí fi ca e t ecno lógi ca; tanto em s ua di ssemi n ação e divul gação, qu an to em s ua p romoção e democrati zação do sab er a outros ci entis tas , às co mu ni dad es n aci on ais e int ernaci onais de pesqu isa acadêmica e s oci al . Como l embra Schwart zman (1984):

A pe s qu is a te c no ló gic a po de r e su lta r e m té c ni ca s e p r oc e s s os qu e s ã o man tid os e m s egr e d o ou p r ote gid o s p o r p at ente s; a pe s qu is a o r ie nta d a p a r a o e ns in o p od e r es u lt a r , s imple s men te , em b oa s au la s e n a fo r ma çã o d e bo ns p r ofis s io na is . A pe s qu is a p r op r ia men te c ie n tífica , n o e n tan to , ou é p u b lic ad a, ou n ão e xis te . D a í o e s for ç o d e to d os o s c ie ntis ta s p ar a pu blic a r em se u s tr a ba lho s ; d a í a ne c e ss ida de d e ac es so a pu blic a çõ e s , da í a n ec e ss id a de de u m a p o lític a g o ver na me nta l

15 O termo open access será abordado no Capítulo 5. Refere-se nesta investigação às páginas acessadas por meio da Internet com trabalhos científicos disponibilizados gratuitamente aos usuários. No caso de revistas indexadas, são garantidas pela arbitragem como trabalhos de relevância.

(35)

expli cita me nte vo lta da p ar a es ta qu e s tão ( Ide m, 19 8 4, p . 25 . G ri fo N o s so ) .

Compl ement and o-se a i déi a de Schwart zman , torn a-s e n ecess ári a u ma mud an ça profunda no modo d e fazer Ed ucação, no s entido de i ncentivo à aprendi zagem, de criação de ambi ent es que propi ci em não s ó ao cientist a, mas aos al uno s e p rofesso res a possibi lidade da pesquisa con fi áv el em meio s eletrôni cos e d i gitais.

Est as mu danças i mpl icam em alt eraçõ es curri culares: post ura e papel do profes sor em rel ação às novas meto do logi as de se fazer aula; postura e pap el do alun o n o ap rov eit ament o co ns ci ent e dessas t ecnol ogi as co mo o comput ador com acesso à Int ern et.

É neste cenário, novo ain da, qu e s e faz a const rução dest a pesqui sa.

Ent endendo-s e o lu gar comum que é d ad o à soci ed ad e do con heci ment o, em que o alu no n ão precisa mais est ar no espaço escola p ara ter aces so à info rmação. Po rém, o uso da i nformação adqu iri da pelo alu no fora do esp aço escola, preci sa ser el aborado, o rganizad o, sist emati zado nu ma ação edu cativa.

Al mei da, F. (2005 ) afi rma que encont rar mei os que dêem si gnifi cado de uso às t ecnol ogi as é u m benefí ci o soci al e não apenas indivi dual. No caso esp ecífico des ta pesq uis a, o recurso usado são as p ági nas qu e se con struí ram para di ssemi nar comuni cações ci en tífi cas. Torna-s e necess ário ent ender as possi bil idades de us o, de const rução, de l eit ura e da p rópri a diss emin ação para potenci ali zar a si gn ificação futura d e s eu s usu ário s na con strução d o con heci mento .

Dest a forma, foi fundament al p esq uis ar o qu e eram pu blicaçõ es ci entí fi cas desde a s ua hist óri a i ni cial , o uso d a l eitu ra di git al, veri fi car as revist as em ed ucação que us as sem as p ági nas d a Internet , na busca de se des en vol ver e i mp l ement ar uma revist a ci entí fi ca elet rôn ica de aces so aberto diss emi nada pel as p áginas da Int ernet .

A cri ação de um ambiente vi rtual - com tod as as su as pot en ci alid ad es institu ídas pelas div ersas fo rmas de co muni cação exist ent e na mí di a di git al

(36)

- poderá benefi ci ar o al uno e o professo r, permiti ndo acess o à i nformação con fi áv el e favorecendo a const ru ção do conheci mento.

Out ro b en efí ci o reside no fato d e propi ci ar aos p aíses em des en vol vi mento a p ossibi lid ad e d e acess o às informações científi cas para a con strução de no vos conheci ment os de modo a pot en ciali zar fut uras geraçõ es ao desenvol vi mento soci al, i nt el ectual e cult ural .

Dest e mod o, justi fi ca-se a reali zação d a pes quis a at ual e da prod ução de uma rev ist a el etrôni ca ci ent ífi ca no programa de Pós -gradu ação Educação: C urrí cul o, sendo que a fi nali dad e d est a é trazer a d es cri ção de como fo ra ideali zada e i mpl ement ada p or alun os do doutadorado de 2004 e pro fess ores do mes mo pro grama para a p romoção s ocial e da p rópri a formação do edu cador.

1.5 Defi ni ção do pro ble ma

Como produ zi r um p eri ódi co cientí fi co el etrôni co para o pro grama de pós -graduação Educação: Cu rrí culo, co m a i nt enção de dispo nibil izar trabalho s inéditos e em acesso ab ert o (op en a ccess) p ara a comunidade acadêmi ca e soci ed ade que int erfi ram n a qu alid ad e soci al da formação do edu cador?

1.6 Deli mi tação d o p ro bl e ma

Nest e momento torna-s e n ecessário most rar os passos d a pesq uisadora em rel ação ao obj eto de p esquis a, d e maneira q ue se possam caract eri zar as questõ es que motiv am o seu p ercurs o.

A Revi sta e-C urri cul u m germin ou, como já foi an teri orment e explicado, numa aul a de d out orado de Epi st emologi a e E ducação, quando alunos questi on aram o p ro fessor o po rquê do P rograma de Pós- graduação em Educação: Currí cul o n ão ter uma p ági na na Int ern et com as produções ci entí fi cas dos alu no s, ex -al unos e pro fes sores.

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