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Tudo começou com Gut enberg em Mai nz

No documento DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO (páginas 83-86)

Deve-se lembrar que a invenção da prens a34 deu-se no ano d e 1 450. O apareci ment o da tip ografi a fez crescer o al can ce e a pres ença da p alavra enq uanto si gno l ingü ístico es cri to.

Ent ende-s e qu e a p arti r d a i mpress ão de pági n as co m tip o móvel de met al, n a cid ad e de Main z, Al emanha, em 14 50, a con si derada Era d o Per gaminh o (FISHER, 2006, p.187 ) curvav a-s e ant e a nov a era do papel impresso.

Joh ann Gens fl eish zum Gutenb er g invent ou su a pren sa d e p arafusos, e a partir dist o, a cult ura d a "l eit ura medi eval", co mo ex plica Fi sher (2006 ), que era rep res ent ada pelo ler-e-es cut ar comunit ário, "dogmáti co, bidi mensi onal" (p.187), conti nuou a exist ir at é o s éculo XVII no conti nente europ eu.

A p artir d e Gut en berg os materi ais, os temas, a lin gu agem e a própria práti ca da l ei tura in ici aram uma nov a concepção de l eitu ra, como t amb ém inici aram u ma das maiores rupturas i nt el ect uais e só ci as da h ist óri a da humanidade.

A p ri mei ra mudança é q ue até o final do s éculo XV,

[. . . ] a h ier a r q uia 'a ut o r >c o men ta do r >b ispo >me st re > dis c ípu lo ' foi, ma is o u me no s , m a ntid a em tod os o s lu g a r es , c om o le ito r pa s si vo es c u tan do , n a or d em d e c i ma p a ra b a ixo , n ão s ó o q ue

34 Não se pode deixar de lembrar o comentário de Anastasiou (2001, p. 69) sobre a impressão de livros: “os raros livros existentes representavam o esforço e o trabalho dos copistas. Embora a extensão dos campos de conhecimento fosse muito menor que o atual”.

ler , ma s ta mb é m c o m o in te r pr e ta r c a da te xto , se guind o uma or to do xia p r e de te r mi na da . C o n tud o, a s egu n da me tad e do sé c ulo X V p r es e nc io u l eito r e s ca da ve z ma is r e sp on sá ve is po r aq uil o qu e lia m: e le s , p ou c o a po u co , t orn ar a m -s e le itor e s ativ o s. C om o pr o lon ga me nto da s li s ta s d e títul os pr o po r cio n ad o p e la im pr e s sã o , um c r e s ce n te p úb lic o lia o q ue lhe a gr a da va. E , e m s ilê n ci o e r ec lu s ão , e s se p úb lic o ta mbé m pa s sa va a a va lia r e i nt er p r eta r o te ma es c o lhid o da le itur a se gu n do cr ité r io s p e ss o ai s, e mbo r a a in d a en r a iza d os na ed uc a çã o c ri stã d e ca rá te r cl ás s ic o ( F ISH E R , 20 0 6, p. 1 88 ) .

A out ra mudança es t ava no fato de qu e u m manu scrito em pergami nho evo cava ad miração e respeit o, pois até o iníci o dos Qu at ro cent os, a p al avra escri ta era rara. O que l evava a v alo ri zação, também, pel o fato d e n a mai or part e das vezes, um manuscrito t er apenas cópi a única e era caro, excet o para aris tocrat as, bi spos ou pat rí cios.

Tem-se co ns ciência de que s e levaram muitos séculos para a pal avra escri ta s er um di rei to co mum à s o ciedade, mes mo que muit as so ci ed ad es ainda vi vam i let radas; a pal avra i mpressa d e Gutenberg tornou-se muito mais b arat a e acessível a u m grand e número de pess oas em pouco tempo:

A in ova çã o c a us o u u m im p ac to mu ito ma i s imed ia to d o q ue e m ge r a l se ima gin a v a . E m 1 4 50 , ap e na s uma p r e ns a es ta va e m op er a ç ão e m t od a a E u r op a. E m 15 00 , ce r c a de 1 . 700 p r e ns a s e m mais d e 2 50 c en tr os de imp r es s ã o j á h a via m p u blic a do po r vo lta de 2 7 mil tí tulo s em ma is de d ez m ilh õe s d e có pi as . E m a p en a s d ua s ger a ç õe s , o n úm e r o d e lei tor e s na E ur o pa p as s o u d e d e z en a s d e milha r e s pa r a ce n ten a s de mil ha r es ( F ISH E R , 2 00 6, p. 1 9 1).

Ent ende-s e, port anto, que a mud ança gradual do mu ndo da oral idade para a soci ed ad e da es crit a, nos últi mos quinhentos an os, teve a mai or con tri bui ção dada p ela prensa de Gut enberg.

Fig ura 1 - Xilografura de Hans B ur gkmai r (1530) il ust ra a prensa na Al emanh a.

Fo nte: Gravu ra copi ada da enci cl opédi a Medi ati ca-

htt p:// www.grec.co m/ fotot eca/ Acess ado em: 9 de março de 200 7.

A mo dernid ad e t raz i nov ações tecn ol ó gi cas des en volvidas pela pró pri a necessi dade históri co-econô mi ca do ho mem, como d a pen a à can et a;

do pergami nho ao papel i mpress o; à máq uin a de escrev er manual à el ét ri ca e o co mput ad or; sist ema post al mais rápi do passa do mens ageiro ao ant i go tel égrafo e ao fax, at ual ment e às mens agen s elet rô ni cas, conh ecid as popul arment e por e-mail, ho je já temos os e-mail s voi ce s ys tem, grav ação de voz e en vio el et rônico.

Os periódi co s, por s ua v ez, refl et em as t ransfo rmações tecnol ó gi cas e econô micas que ex istem no process o so ci al das comuni cações e, como é de se es perar, infl uenci am a forma de div ul gar a p rodução acad êmi ca.

P ara ent ender a comu ni cação ci ent ífi ca no B rasil, n ecessári o se faz volt armos à Históri a das pri meiras so ci edades ci en tífi cas brasil ei ras e da edit oração volt ad a a edu cação no B rasil.

3.4 Das pri mei ras soci e da des ci e ntífic as às r evi stas i mp re ssas

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