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a.Lâmpadas Utilizadas no Mercado

Lâmpadas incandescentes, que baseia seu funcionamento no aquecimento de filamento de tungstênio através da passagem de corrente elétrica. Em torne de 90% da energia consumida é convertida em calor, sendo perdida para o ambiente, e apenas 8% sendo efetivamente luz visível (PINTO,2008). Por isso, atualmente no mundo inteiro estão sendo conduzidas ações de retirada desse tipo de lâmpadas do mercado. No Brasil, desde o início de 2010, as lâmpadas incandescentes começaram a ser retiradas do mercado, tendo as lâmpadas de 60 W, 100W, 150W e 200W já

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retiradas e as de 40W e 25W estão previstas para deixarem de ser comercializadas a partir de 30 de junho de 2016 (EBC,2015).

Lâmpadas fluorescentes, são lâmpadas de vapor de mercúrio de baixa pressão e são constituídas, basicamente de um tubo de vidro transparente, dois eletrodos (um em cada extremidade), uma mistura de gases inertes e uma poeira fosforosa que reveste internamente o tubo. Seu princípio de funcionamento é baseado na passagem de corrente elétrica pela mistura de gás contida em um tubo (PINTO, 2008). Estas lâmpadas emitem a luz de forma multidirecional, num ângulo de 360º, o que acarreta perdas de parte da luz que é jogada para direção oposta à que se deseja iluminar.

Atualmente, a iluminação LED (light emitting diode) é o sistema de iluminação artificial mais avançado em eficiência energética (MARQUES, 2016). Segundo Gonçalves (2011), a diferença existente entre as lâmpadas fluorescentes e LED, é que a segunda não possui um gás responsável pela emissão da luz. Em termos de eficiência luminosa, a lâmpada LED pode ultrapassar 100lm/W contra 50lm/W das fluorescentes, ou seja, dentro de um mesmo ambiente seria necessário usar, aproximadamente, o dobro de lâmpadas (MARQUES,2016). O direcionamento da do feixe de luz das lâmpadas LED possuem ângulos que variam de 20º a 150º, evitando as perdas ocasionadas pelo feixe multidirecional existente na tecnologia das lâmpadas fluorescentes.

Outro fator a favor da tecnologia LED, é o aumento de vida útil, as lâmpadas e luminárias chegam a 50.000 horas de (levando em consideração que a vida útil se encerra quando a luz perde 30% do seu fluxo luminoso inicial), enquanto as fluorescentes funcionam em média 7.000 horas e com maior risco de falha precoce (MARQUES,2016). O descarte das lâmpadas e luminárias LED pode ser em lixo comum e reduzem a zero as emissões de infravermelho e ultravioleta (PHILIPS, 2012). Em crescimento no mercado brasileiros, as LED’s já estão sendo comercializadas nos mais variados formatos e a um custo acessível. Aliados ao uso da luz natural, esta tecnologia tem sido o sistema de iluminação quase unanimemente preferidos nas construções sustentáveis atuais (MANKOWER, 2009).

b.Legislação Brasileira

A legislação ambiental brasileira se apresenta nas três esferas de governo (nacional, estadual e municipal). O descarte de lâmpadas que possuem mercúrio não é especificamente determinado nas leis federais, no entanto, existem leis estaduais e municipais que determinam o descarte de produtos que utilizam mercúrio em sua composição.

A Constituição Federal dispõe que, entre outras atribuições, o poder público deverá garantir o direito do povo a ter um meio ambiente conservado e equilibrado e estende o dever de preservação a todos os cidadãos de forma intergeracional. A Constrituição confere ao poder público que seja exigido estudos prévios do impacto ambiental de obras que possam, através de sua construção ou atividade desempenhada, degradar o meio ambiente (BRASIL, 1988).

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A lei 12.305/10 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), determina diretrizes relativas a gestão integrada e gerenciamento dos resíduos sólidos, apresenta a responsabiliza os geradores e do poder público e instrumentos econômicos aplicáveis (BRASIL,2010). No artigo 33, obriga produtores de lâmpadas fluorescentes a estruturar implementar um sistema de logística reversa independente do serviço de limpeza público (BRASIL,2010).

A PNRS conceitua o termo “resíduo sólido” como todo material, substância, objeto ou bem é descartado depois do uso, como por exemplo pilhas, baterias, lâmpadas, etc. O temo “rejeito” é conceituado como todo resíduo sólido que não apresenta mais possibilidade de tratamento (recuperação) economicamente viável ou não apresente tecnologia disponível, sendo determinado a disposição final. É importante entender estes conceitos, haja vista que apenas os rejeitos deverão ser dispostos em aterros sanitários (BRASIL,2010).

Convencionalmente, utiliza-se a NBR ISO 8995-1 (ABNT,2013) para projetos e medições luminotécnicas de escritórios comerciais no Brasil. De acordo com a NBR ISO 8995-1, os principais parâmetros que contribuem para o conforto, desempenho e segurança visuais são os seguintes:

Distribuição da luminância; Iluminância;

Ofuscamento;

Direcionalidade da luz;

Aspectos da cor da luz e superfícies; Cintilação;

Luz natural; Manutenção.

O escritório comercial estudado nesta pesquisa possui ambientes enquadrados no item 22 da norma (ABNT, 2013), cujas iluminâncias médias recomendadas são as seguintes:

Arquivamento, cópia, circulação, etc: 300 lux; Escrever, teclar, ler, processar dados: 500 lux; Desenho técnico: 750 lux;

Estações de projeto assistido por computador: 500 lux; Salas de reunião e conferência: 500 lux;

Recepção: 300 lux; Arquivos: 200 lux

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Em Pernambuco, o decreto 23.941/02 que regulamenta a lei 12.008/01, dispõe a respeito das providências a serem tomadas a partir da Política Estadual de Resíduos Sólidos. Esta lei indica a norma 10.004 da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) para a classificação dos seus resíduos. A respeito especificamente do descarte de lâmpadas, o artigo 57 proíbe o descarte das lâmpadas em locais impróprios e o artigo 60 determina que os fabricantes e importadores de lâmpadas mercuriais, de sódio ou de luz mista são responsáveis pelo recolhimento e descontaminação de seus produtos. Havendo sanções aos infratores, sendo elas: advertência por escrito, multas, interdição da atividade, entre outas (ABNT, 2004).

c.Mercúrio – Propriedades e Impactos

O mercúrio (Hg) é um metal e é o único líquido em temperatura ambiente, tem aspecto branco prateado, pobre condutor de calor e de eletricidade, forma facilmente ligas (amálgamas) com outros metais como ouro (Au), prata (Ag), estanho (Sn). É denominado perigoso, pois atua de forma cumulativa, sendo facilmente absorvido pelas vias respiratórias, gastrintestinais e pela pele (SOUZA, 2000). O elemento é utilizado em alguns equipamentos e instrumentos de laboratório como termômetros, barômetros, na fabricação de pesticidas, produção de soda cáustica e cloro, odontologia (JESUS,2010), baterias, como catalisador, lâmpadas de vapor de mercúrio, chaves elétricas, meio de resfriamento para alguns reatores nucleares, entre outras aplicações.

As lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio, o que é uma vantagem frente as lâmpadas incandescentes que não possuem o elemento em sua composição, pois o mercúrio configura uma eficiência luminosa de 3 a 6 vezes superior, além de oferecer uma vida útil mais longa e mais economia de energia (ABILUX,2016). No entanto, o descarte incorreto deste produto pode ocasionar a liberação do mercúrio ao meio ambiente. Segundo Silva (2003), o elemento sendo lançado na atmosfera, tende a se precipitar sobre solo, podendo fixar-se nas plantas e microrganismos, por exemplo. Pode atingir a água também, fazendo com que ocorra uma biometilação do mercúrio, onde ocorre a transformação para metil mercúrio, que é a porta de entrada na cadeia alimentar do meio aquático, o que conduz a um processo de biomagnificação.

O mercúrio tem a propriedade de que se absorvido pelos seres vivos se acumulam de forma contínua, representando um perigo em potencial para o ser humano, haja vista que uma vez dentro da cadeia alimentar de, por exemplo de peixes e planta, ele tende a ser acumulado no organismo. Os danos causados pelo acúmulo deste elemento no ser humano são alterações em órgãos ou sistemas, como o sistema nervoso, por exemplo. Podendo ocasionar, nos casos mais graves, paralisia (SAÚDE SEM DANO, 2015).

d.Acumuladores Moura

A Baterias Moura foi fundada no ano de 1957, no município de Belo Jardim, interior de Pernambuco, região agreste do estado. A empresa desenvolve acumuladores de energia, ou seja, baterias automotivas, estacionárias e tracionárias (MOURA, 2011).

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A sede da empresa está localizada em Belo Jardim, onde estão 03 unidades fabris e 01 metalúrgica. Além das unidades localizadas em Pernambuco, a empresa conta com unidades em São Paulo e na Argentina. Distribuídos por todas as plantas da empresa, existem vários escritórios de tamanhos variados, dos quais destaca-se o escritório central localizado em Recife, o qual foi objeto deste estudo-piloto (MOURA, 2011).Foi realizado um estudo-piloto no Escritório Recife da Baterias Moura com objetivo de incrementar a eficiência energética no edifício através de medidas de sustentabilidade. O estudo foi realizado dentro do contexto do PROMEE (Programa Moura de Eficiência Energética), programa de sustentabilidade que está em andamento na empresa.

Este programa visa disseminar altos níveis de eficiência e sustentabilidade nas unidades fabris e escritórios da empresa, objetivando obter certificações ambientais, além da economia financeira e da contribuição ao meio ambiente. O PROMEE é um programa executado em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, cujos alunos desenvolvem trabalhos científicos para o programa. Os estudos científicos passam por análise de viabilidade técnica e econômica, para colaborar com a tomada de decisão da empresa em implantar ou não o estudo.

3.METODOLOGIA

Foi realizado um estudo-piloto no Escritório Recife da Baterias Moura com objetivo de incrementar a eficiência energética no edifício através de medidas de sustentabilidade. O edifício do estudo-piloto é o escritório principal da empresa Baterias Moura e fica localizado na região metropolitana do Recife, no endereço Rua Hermínio Alves de Queirós, 65 – Piedade, Jaboatão dos Guararapes/PE, sob coordenadas geográficas 8°09'21"S, 34°54'47".

Figura 9- Localização geográfica da edificação - litoral nordeste brasileiro.

Fonte: Google Maps.

Comparada às outras unidades da empresa (unidades industriais e escritórios), a edificação não apresenta consumo energético significativo. O escritório Recife é ambiente de trabalho de diretores e presidentes da empresa, sendo utilizado como local para reuniões e eventos importantes, sendo assim, uma “vitrine” da empresa na capital pernambucana. Para implantação do projeto de troca da iluminação, foi realizado um levantamento do sistema de iluminação instalado no edifício (QuadroErro! Fonte de referência não encontrada.1), onde foi observado o total de 940,

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e 415 reatores. Este projeto visou contemplar todas as salas do edifício, sendo o levantamento realizado pelos autores observando: tipo da lâmpada, disposição nas calhas e potência.

Figura 10 - Visão geral da edificação

Fonte: O Autor.

Quadro 1 - Levantamento do sistema atual de iluminação.

Referência Potência Qtde Philips TLDRS16W-CO-I 16 W 670 Philips TLDRS32W-CO-I 16 W 60 Philips TL5-28W-ESS/840 16 W 20 Philips PLC26W8402P 16 W 190 Reator 2W 16 W 415 Fonte: O Autor.

As lâmpadas do tipo TLDRS são colocadas em luminárias de escritório comuns. As lâmpadas PLC, por sua vez, fazem parte de luminárias menores. No projeto, as lâmpadas TLDRS foram substituídas por lâmpadas LED equivalentes. As lâmpadas PLC, foram removidas juntamente com suas luminárias e foi inserida uma nova luminária LED de mesmas dimensões.

4.RESULTADOS

As lâmpadas do tipo TLDRS são colocadas em calhas na maioria das salas de escritório (Figura 3), enquanto as lâmpadas PLC, fazem parte de luminárias menores (ver Erro! Fonte de referência

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projeto de iluminação LED, as lâmpadas TLDRS foram substituídas por lâmpadas LED equivalentes. As lâmpadas PLC, porém, foram removidas juntamente com suas luminárias e foi inserida uma nova luminária LED de mesmas dimensões.

Figura 11 – Calha para quatro lâmpadas tubulares fluorescentes de 20W ou led de 10W.

Fonte: O Autor

Figura 12 - Tipo de luminária para lâmpada PLC.

Fonte: O Autor.

A pretensão da troca para sistema de iluminação LED foi proporcionar resultados economicamente interessantes, pois irá gerar uma receita advinda do menor consumo de energia, além das vantagens técnicas comentadas anteriormente. Durante o desenvolvimento do projeto, foi verificado que algumas lâmpadas estavam queimadas, podendo ser descartadas, e outras em bom estado de uso, bem como os reatores também foram testados e separados. Foram contabilizadas 713 lâmpadas (tubulares e de bulbo) e 223 reatores em bom estado.

As lâmpadas em bom uso foram encaminhadas para armazenamento e reutilização no setor do Almoxarifado da nossa matriz, denominada Unidade 01, em Belo Jardim (PE). O intuito de enviar as lâmpadas e reatores para a matriz foi de proporcionar a reutilização nas unidades fabris existentes

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na cidade, conforme demanda. O material que não pôde ser reutilizado foi encaminhado para o descarte correto, seguindo os preceitos dos 3 R’s da sustentabilidade: reduzir, reutilizar e reciclar (FERNANDES, 2007).

A Acmo Moura, possui em sua cultura empresarial preceitos que insere a responsabilidade ambiental como objetivo estratégico, fazendo com que cada vez mais nossos produtos sejam fabricados de forma mais sustentável, sendo mais competitivos no mercado. Além de, estar sempre seguindo as diretrizes dadas pelas leis federais, estaduais e municipais de descarte.Este projeto foi implementado de forma pioneira para a empresa no Escritório Recife. As lâmpadas e reatores que ainda puderam ainda boas foram encaminhadas para a Matriz (Belo Jardim/PE) para serem reutilizadas pelas outras unidades fabris. E, as que tinham atingido a sua vida útil, foram consideradas rejeitos descartadas.

A Moura, coleta em torno de 7 tonelada/mês de rejeitos contaminado (lâmpadas fluorescentes, máscaras, luvas, protetor auricular, botas, fardamentos, separador de placas e outros), estes resíduos são entregues no fim do seu uso para a Central de Triagem, que lá ficam aguardando serem coletados por uma empresa terceirizada. A terceirizada fica responsável por recolher e enviar ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) Pernambuco, que nos envia um certificado de descarte.

As 227 lâmpadas fluorescentes e os 192 reatores que não podiam ser reutilizados, foram enviados para o setor do Almoxarifado da Matriz, identificados como “descarte”. Ao chegar no setor, elas foram colocadas junto com os outros rejeitos, para assim serem descartada.Pode-se descartar as lâmpadas fluorescentes em aterros sanitários ou químicos, mediante descontaminação do material, onde recebem tratamento em que os componentes das lâmpadas são dissociados e sua matéria prima reciclada (SILVA, 2013). O recolhimento e destinação final de materiais perigosos, incluindo as lâmpadas fluorescentes, gera um custo a empresa, e por não existir uma legislação mais firma acerca do assunto, muitos consumidores não se dão conta da responsabilidade que tem nas mãos.

5.CONCLUSÕES

A necessidade do descarte adequado das lâmpadas fluorescentes frente aos perigos causados ao meio ambiente caso isso não ocorra. A responsabilidade da iniciativa privada em gerir seus resíduos de acordo com a legislação vigente e a inserção de valores sustentáveis em sua cultura. E ainda, observa-se ainda a necessidade da criação de uma legislação mais específica para o descarte das lâmpadas fluorescentes.

A empresa pode contribuir para a preservação do meio ambiente pois optou por soluções onde houve reciclagem ou reutilização das lâmpadas fluorescentes. Os gastos evitados, seja com a compra de novas lâmpadas para as unidades fabris ou com a reciclagem das lâmpadas fluorescentes em bom estado, contribuíram com a saúde financeira do projeto de substituição da iluminação.

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O intuito da Acumuladores Moura é estender o projeto de eficiência energética para outras unidades e continuar praticando a reutilização do material excedente, sempre que possível.

REFERÊNCIAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004 - Resíduos sólidos: classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 8995 – 1: Iluminação de ambientes de trabalho - Parte 1: Interior. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

ACUMULADORES MOURA. Disponível em< http://www.moura.com.br/> (Acesso em: 08 de maio de 2016) BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL, Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

EMPRESA BRASIL DE COMUNICAÇÃO (EBC) Disponível em<http://www.ebc.com.br/noticias/2015/07/venda- de-lampadas-incandescentes-de-60w-esta-proibida-partir-de-hoje> (Acesso em 05 de maio de 2016)

FERNANDES, J.A.R., Urbanismo sustentável: reducação, reciclagem e reutilização da cidade. Revista da

Faculdade de Letras, Universidade do Porto II Série, Volume I, 2007 – pp. 163-178

GONÇALVES, R. S. de S. Eficiência energética na parte comum dos edifícios coletivos. 2011. 75 f. Dissertação (Mestrado em Energias Renováveis e Eficiência Energética) –Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico de Bragança, Bragança, 2011.

GOULART, Solange. Sustentabilidade nas Edificações e no Espaço Urbano. Apostila-Disciplina Desempenho

Térmico de Edificações-ECV5161, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2008.

MANKOWER, J.. A economia Verde: descubra as oportunidades e os desafios de uma nova era dos negócios. Editora Gente, 2009.

MARQUES, J.F. Iluminação LED em escritórios comerciais: estudo-piloto do Escritório Recife da Baterias Moura. Recife: UFPE. 2016 Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Civil) – Universidade Federal de Pernambuco.

PINTO, R. A.. Projeto e implementação de lâmpadas para iluminação de interiores empregando diodos

emissores de luz (LEDs). Santa Maria, 2008.

PHILIPS Guia Prático: Lâmpadas, reatores e luminárias. [S. I. : s. n.], 2012

SAÚDE SEM DANO. Disponível em<http://saudesemdano.org/america-latina/temas/mercurio > (Acesso em 03 de maio de 2016)

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SILVA, Fernando R.. Estudo de Contaminação de Solo e Águas Subterrâneas – Monitoramento Superficial.

Apliquim, Paulínia, 2003.

SILVA, Fernando R.. Impactos Ambientais Associados à Logística Reversa de Lâmpadas Fluorescentes. Revista

de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Vol 8,n. 1, 2013.

SOUZA, J.R. e BARBOSA A.C. Contaminação por mercúrio e o caso da Amazônia. Química Nova na Escola,n.12, p. 3-7, novembro de 2000.

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2.8.PERIGOS RELATIVOS AO DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS

ELETROELETRÔNICOS DOMÉSTICOS

Jurandy Gomes de Aquino

Mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável, Pesquisador do Grupo de Pesquisas em Gestão Ambiental de Pernambuco, GAMPE-UFRPE, jurandyaquino@hotmail.com

Geraldo Jorge Barbosa de Moura

Doutor em Conservação e Biodiversidade, Professor do Departamento de Biologia da UFRPE – geraldojbm@yahoo.com.br

Soraya Giovanetti El-Deir

Doutora em Oceanografia, Pesquisadora líder do Grupo de Pesquisas em Gestão Ambiental de Pernambuco, GAMPE-UFRPE

Daniel Pernambucano de Mello

Especialista em Direito Ambiental, Pesquisador do Grupo de Pesquisas em Gestão Ambiental de Pernambuco, GAMPE–UFRPE, danielpernambucano@gmail.com

RESUMO

O aumento do consumo de equipamentos tecnológicos pela sociedade moderna tem gerado volumes cada vez maiores de resíduos eletroeletrônicos, que na maioria das vezes são descartados de forma inadequada no meio ambiente. De composição bastante variada, estes possuem algumas substâncias prejudiciais aos ecossistemas, destacando-se os metais pesados tais como mercúrio, chumbo, cádmio, entre outros. Este trabalho tem o objetivo de destacar os principais impactos ambientais causados pelo descarte inadequado destes resíduos. Verificou-se o grau de conhecimento da população com relação à presença de substâncias tóxicas nos resíduos eletroeletrônicos assim como as principais formas de descarte dos mesmos. Os dados foram obtidos através da aplicação de questionários estruturados aos moradores do município de Paulista-PE, Através dos resultados identificou-se que 44,7% dos moradores descartam os resíduos eletroeletrônicos no lixo comum. Perguntados se tinham conhecimento sobre a presença de substâncias tóxicas nestes resíduos 62,7% dos moradores afirmaram que sim. Desta forma, torna-se necessário o desenvolvimento de novos estudos que venham determinar os níveis de contaminação destes resíduos, aliados a politicas públicas de educação ambiental, para esclarecimento da população a respeito dos riscos que os resíduos eletroeletrônicos podem trazer para a sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Substâncias Tóxicas, Metais Pesados, Logística Reversa.

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1.INTRODUÇÃO

O setor industrial, a partir do avanço da revolução industrial, vem sendo um dos propulsores do desenvolvimento econômico e social das nações. Tais atividades, extensamente apropriadoras de recursos naturais, também se configuram em potenciais impactantes devido ao descarte de dejetos e alocação de resíduos sólidos erroneamente, assim como o descarte de produtos inservíveis. Dentre o leque de produtos, destacam-se os equipamentos eletroeletrônicos que, a partir da revolução da cibernética e da reengenharia socioprodutiva da informática, vem tendo lugar de destaque como um dos utensílios domésticos de maior valor, assim como de velocidade de descarte.

A partir da filosofia de estimular a obtenção do personal computer – PC, onde cada pessoa passa a ser proprietária de um equipamento eletroeletrônicos específico, além da era da multimídia portátil, através de tables, celulares e tantos outros equipamentos que fazem como que o cidadão esteja conectado de forma ininterrupta, também gerou um crescente quantitativo de equipamentos obsoletos pela tecnologia, design, obsolescência ou moda. Tal situação tem reflexo direto no descarte destes que, em muitos casos, ocorre de forma inadequada, apresentando potencial impactante para o ambiente e podendo colocar em risco o equilíbrio do meio, chegando até mesmo a apresentar grau de risco à saúde humana.

Realizar uma reflexão a cerca dos riscos potenciais do descarte dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) se mostra pertinente na medida em que tais aparelhos estão em