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PARTE II DIMENSÃO INVESTIGATIVA

Apêndice 20 Reflexão da 3.ª quinzena, PP 2.º CEB Ciências Naturais

Reflexão Quinzenal

3.ª Quinzena

A presente reflexão diz respeito à terceira quinzena de Prática Pedagógica do 2.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) na disciplina de Ciências Naturais.

Nesta quinzena, os alunos realizaram o teste de avaliação n.º 5, construído pela mestranda Inês Ribeiro, que abordava os conteúdos relativos ao subdomínio “Diversidade nas plantas”. Assim, relativamente às dificuldades evidenciadas no teste de avaliação, os alunos tiveram mais dificuldades na questão 3.1 (Cf. Anexo 1) onde era pedido para identificar os tipos de caules apresentados nas figuras, em que apenas três alunos tiveram a cotação total da questão. Não obstante, foi na questão 7. (Cf. Anexo 1), que os alunos tiveram mais sucesso, com uma percentagem de 100%. No entanto, após a correção chegámos à conclusão que deveríamos avaliar novamente os conteúdos sobre os fatores abióticos e as adaptações das plantas, para compreender se os alunos realizaram, verdadeiramente, aprendizagens significativas.

Após a conclusão deste domínio, fechando-o com o assunto sobre as ameaças e proteção da biodiversidade vegetal, demos início ao domínio “Unidade na diversidade dos seres vivos”. Observei que os alunos tinham algumas conceções sobre “o mundo invisível”, como por exemplo, que apenas utilizamos o microscópio para observar objetos que não se veem a olho nu, e que era necessário desconstruí-las.

Deste modo, após os alunos terem estudado a história e a importância do microscópio para e evolução da ciência, estes realizaram observações ao microscópio, para compreenderem como funciona o sistema de lentes do mesmo e perceberem como é apresentada a imagem virtual, além disso, observaram na platina a preparação microscópica em que o objeto é visível a olho nu.

Um aspeto positivo que devo salientar sobre esta atividade laboratorial, foi o resultado da organização de sala de aula e dos alunos. Os alunos deslocaram-se ordeiramente à bancada e à mesa onde estavam os microscópios ligados e preparados, conseguiram realizar as observações e registá-las no momento e não foi necessário realizar ajustes de focagem para que os alunos conseguissem ver, e ainda foi possível estar com quatro alunos de cada vez, enquanto os restantes realizavam outras atividades. Mais ainda, devo salientar que os alunos estiveram muito interessados e entusiasmados a realizar esta atividade.

O esquema e as observações que os alunos registaram no relatório, relativamente à letra «p», foram muito importantes para que estes conseguissem, sozinhos, chegar à conclusão de que a letra invertia e refletia para o lado esquerdo. Segundo Pinto e Santos (2006), “a elaboração, por parte do professor, de documentos de apoio

relatório de qualidade” (p. 141). Por isso, na minha opinião, o modelo do relatório (Cf. Anexo 2) dado foi um material essencial, visto que, se os alunos tivessem realizado o registo noutra folha ou no caderno, provavelmente iriam esquecer-se de apresentar o esquema e as observações no relatório que a seguir tinham de realizar.

Relativamente aos relatórios, posso dizer que as classificações melhoraram (Cf. Anexo 3 e 4). Não só porque alguns alunos tiveram em conta as indicações dadas no relatório anterior, como também a construção dos critérios me levou a ter em conta determinados aspetos que também devem ser valorizados num relatório, como o rigor científico e a correção linguística, pois

“à saída do ensino básico o aluno deverá ser capaz de «usar corretamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar pensamento próprio» ...[cabendo] a qualquer professor, seja qual for a sua área disciplinar, a responsabilidade de ajudar o aluno a desenvolver, em particular, esta competência geral” (Pinto & Santos, 2006, p. 142).

Assim, a maioria dos alunos que anteriormente tiveram classificação satisfaz, neste relatório mantiveram ou subiram para Satisfaz Bem. Os alunos que no relatório anterior tiveram Satisfaz Bem, agora tiveram Satisfaz Muito Bem, à exceção de uma aluna que manteve. No entanto, os alunos mesmos alunos que no relatório anterior tiveram Não satisfaz ou não tiveram avaliação, foram os mesmos que desta vez não entregaram o relatório (Cf. Anexo 4). Mas, os alunos continuam a ter dificuldades na redação do relatório, na construção de uma questão-problema e na apresentação do próprio relatório, principalmente na correção linguística e na legibilidade da caligrafia, demonstrando alguma displicência com que realizam os trabalhos para avaliação.

No entanto, se tivesse de realizar novamente esta sequência de atividades, modificaria algumas coisas: começava novamente por abordar com os alunos a história do microscópio, mas em vez de montar quatro microscópios, montava dez e dividia os alunos em grupos de dois. Em seguida, seria possível os alunos manusearem o microscópio, descobrindo os constituintes e as suas funções. Pois, de certa forma, penso que para mim seria mais fácil gerir a turma, tendo em conta que a grande dificuldade que senti nesta atividade foi ao mesmo tempo que tinha de estar junto aos microscópios para que tudo corresse bem, tinha, também, de controlar a realização das atividades dos restantes alunos que aguardavam para realizar as observações.

Além disso, segundo Weissmann (1998),

“a opinião de que a criança constrói o conhecimento porque age sobre os objetos e as pessoas e não porque tem um professor que apresenta ou expõe conceitos já formados, atribuindo ao professor o papel de assistir à criança em vez de servir de fonte de conhecimento...favoreceu, em muitos casos, uma atitude docente contemplativa que em termos gerais limita-se a fornecer materiais e a criar «contextos estimulantes» (p. 39).

Desta forma, na minha opinião, penso que levar os alunos, numa primeira fase, a partirem da atividade laboratorial, realizando a previsão do que iriam observar e depois, serem eles mesmos a manusearem o microscópio descobrindo os constituintes, as funções e ao resultado da imagem virtual da letra «p», levaria a que mais tarde, fosse mais fácil realizar atividades desta natureza com eles. Mais ainda, o sentido de responsabilidade dado aos alunos, por estarem a manusear um equipamento muito valioso poderia modificar o valor que os alunos dão ao material que utilizam na escola, cultivando uma atitude mais responsável e de respeito por aquilo que não lhes pertence para existe para todos.

Ainda assim, penso que foi uma quinzena positiva, senti que os alunos realizaram aprendizagens, que as atividades e tarefas propostas foram realizadas com interesse e empenho, o que se verificou nas classificações dos relatórios.

Apêndice 21 – Modelo do Relatório I