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PARTE II DIMENSÃO INVESTIGATIVA

Apêndice 6 Reflexão da 11.ª semana, PP 1.º CEB II

REFLEXÃO SEMANAL

11.ª Semana

A semana sobre a qual irei refletir corresponde à minha semana de intervenção, a 11.ª semana de Prática Pedagógica do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) II.

As aulas planificadas para segunda e terça-feira foram cumpridas. Não alteraria a planificação para estes dois dias, apesar de uma das aulas não ter corrido da melhor forma.

A atividade em que os alunos tiveram mais dificuldades foi na escrita colaborativa. Apesar de o fazerem com alguma frequência com a professora cooperante, naquela atividade, realizada por mim, não participaram como estava à espera.

A atividade começou com a apresentação de um Power Point para ativar os conhecimentos prévios dos alunos e relembrar-lhes sobre a estrutura e as características da notícia. Depois seguiu-se a planificação da notícia. Nesta fase da atividade comecei as sentir dificuldades, tanto minhas como dos alunos. Embora alguns tenham participado, as suas intervenções nem sempre foram pertinentes, o que dificultou o meu raciocínio para desenvencilhar-me e continuar a atividade. A professora cooperante observou que tanto os alunos como eu estávamos bloqueados e por isso interveio várias vezes para me ajudar.

Durante a escrita colaborativa, a atividade começou a tornar-se mais difícil. Como não tinha levado o texto previamente preparado para poder prever as dificuldades dos alunos em participar e discutir ideias para a construção do texto, tudo se tornou mais difícil. Por muito que tentasse que estes dessem ideias para a construção do texto, estes não intervieram. Esta situação levou a que começasse a ficar nervosa com a situação, pois nunca tinha realizado uma atividade do género e por isso, a professora cooperante ajudou-me a finalizar o texto.

As dificuldades que os alunos possam ter sentido, penso que, proveram das minhas próprias dificuldades e da minha insegurança.

Apesar disso, sei que foi uma experiência enriquecedora e que apesar de bem planificada, faltou a preparação do texto para poder tomar conta da situação. Além disso, a escrita coletiva/colaborativa no 1.º Ciclo, como Baptista (2014) refere, é uma atividade de grupo em que os alunos expõem as suas ideias e colaboram para a construção de um texto, em que o professor tem um papel mediador. A autora refere ainda que, alguns estudos evidenciam que os alunos que praticam a escrita colaborativa frequentemente, tiveram posteriormente, mais sucesso nos seus processos de escrita individuais. Desta forma, não pretendo que esta experiência, seja uma daquelas que não voltarei a repetir, pelo contrário, aprendi que, talvez, começar por outras tipologias textuais, ou até textos em que os seus tipos obrigam a que sejam mais pequenos, como um convite ou um anúncio, pode

O exercício ortográfico (ditado oral) foi preparado através de alguns exercícios sobre palavras que iriam aparecer no texto do ditado. Foi a primeira vez que os alunos, este ano letivo, realizaram um ditado oral e por isso, a grelha de avaliação foi construída de forma a não prejudicar os alunos.

Assim, a moda das classificações obtidas pelos alunos foi “Bom” e 26,3% dos alunos conseguiram obter “Muito Bom”.

Após este exercício ortográfico, verifiquei ainda que, uma boa parte dos alunos cometeu entre 1 a 3 erros relacionados com a flexão em número do verbo e do nome e com outro tipo de erros ortográficos, e que seis alunos cometeram entre 4 a 5 erros relacionados com outro tipo de erros ortográficos.

Uma das aprendizagens que realizei, após a reflexão semanal com a professora cooperante e depois com a Supervisora, é que posteriormente, poderia então, explicar a regra da flexão em número do verbo e do nome e até, construir um pequeno cartaz que ficasse exposto na sala de aula. Algo que sinto que tenho de adquirir são estratégias para ajudar os alunos a escrever sem darem erros ortográficos, pois é um assunto que me preocupa, visto que muitas vezes, os alunos chegam ao ensino secundário ou superior a darem erros que poderiam ter sido corrigidos, logo no 1.º Ciclo.

Na área da matemática, esta semana, penso que foi a área onde os alunos se sentiram mais à vontade e realizaram novas aprendizagens.

Na segunda-feira, as tarefas tinham o objetivo de os alunos perceberem a relação entre o dobro e a metade, o quádruplo e a quarta parte. Ao longo desta prática pedagógica, com estes alunos, tenho vindo a aperceber-me que nem sempre estes compreendem os enunciados das tarefas, e por vezes, na matemática, leva a que demorem mais algum tempo a realizarem as tarefas. Como me apercebi desta situação, resolvi planificar esta atividade de maneira a resolvê-la em grande grupo.

Na segunda parte desta atividade, era suposto os alunos se aperceberem da relação das tarefas e consequentemente da relação entre o dobro e a metade. Mas apenas uma aluna conseguiu resolver o exercício chegando ao objetivo pretendido. Os restantes alunos voltaram a realizar a tarefa com a estratégia da tarefa anterior.

a todos de atingirem o objetivo pretendido. Isto para dizer que, apesar da planificação apenas estar preparada para estas tarefas, nem sempre é possível prever tudo o que acontece no decorrer de uma atividade.

Na terça-feira, a atividade era mais complexa visto que os alunos nunca tinham construído um gráfico de barras.

Apesar disso, os alunos desta turma, foram capazes de realizar contagens e obter a frequência absoluta (Cf. Anexo 4). Após termos construído, em conjunto, o gráfico de quadro, e ter explicado aos alunos quais eram os passos para a construção do mesmo, a maior parte dos alunos ainda apresentou algumas incorreções (Cf. Anexo 5). Ainda assim, na minha opinião, penso que a maior parte dos gráficos, correspondeu às minhas expetativas. Todos eles apresentam a construção das barras em linha com a frequência absoluta e as categorias estão representadas. Mas ainda aparecem 2 gráficos em que o 0 aparece acima da base do eixo do número de irmãos.

Cruz e Henriques (2010) realizaram um estudo com alunos do 1.º Ciclo em que concluíram que os alunos desta valência têm dificuldade em representar dados através de gráficos – pictograma e gráficos de barras. No entanto, realçam que estas dificuldades advêm da prática dos professores, que ao não darem importância a este conteúdo, fazem com que a literacia estatística destes alunos comece a ser construída tardiamente. Por isso, o professor deverá começar, desde cedo, a ajudar os seus alunos a tratar dados, a representá-los e a analisar gráficos e tabelas, para desenvolver a literacia estatística visto que os alunos serão confrontados no seu dia-a- dia com estatística na sua vida futura.

Bibliografia:

Baptista, A. (2014). A escrita colaborativa no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Setúbal: Escola Superior de Educação - IPSetúbal.

Cruz, A., & Henriques, A. (2010). Erros e dificuldades dos alunos do 1. o Ciclo do na representação de dados através de gráficos. XXIII SIEM ATAS.