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REGIÕES FAMURS Nº MUNICÍPIOS 1ªEDIÇÃO

NºDE CURSISTAS Nº MUNICÍPIOS 2ªEDIÇÃO NºDE CURSISTAS ACOSTADOCE 03 06 02 04 AMAJA 04 08 07 14 AMASBI 01 02 03 06 AMAU 04 08 01 02 AMCENTRO 10 20 08 16 AMCSERRA 02 04 0 0 AMESNE 04 08 04 08 AMFRO 03 06 06 11 AMGSR 0 0 03 06 AMLINORTE 05 10 04 08 AMM 03 06 05 10 AMPLA 01 02 03 07 AMSERRA 02 04 01 02 AMUCELEIRO 04 08 07 14 AMUCSER 02 04 05 10 AMUNOR 05 10 06 12 AMUPLAM 01 02 04 07 AMVARC 05 10 04 07 AMVARP 04 08 05 11 AMVAT 01 02 04 08 AMVRS 02 04 03 06 AMZOP 06 12 03 05 AS MURC 02 04 01 02

FONTE: Dados de Relatórios do Pró-Conselho/UFSM, 2013 e 2014.

Conforme dados explicitados na tabela 1, verifica-se que na 1ª edição do Pró- Conselho/UFSM foram matriculados 156 cursistas o que abrange um universo de 78 municípios do RS. A meta para a certificação dessa edição estabelecido pela SEB/MEC previa um número de 120 cursistas, porém, superou-se a meta com 131 cursistas entre Conselheiros Municipais de Educação e Técnicos de Secretarias Municipais de Educação).

A meta de certificação da 2ª edição do curso previa um número de 320 cursistas que foi desmembrada em duas ofertas. Na 1ª oferta, já concluída, o número de matrículas foi ampliada, considerando o número estabelecido pela SEB/MEC para certificação, para 192 cursistas com a participação de 98 municípios, sendo que a 2ª oferta ainda está em andamento. Na 1ª oferta houve a certificação de 146 cursistas ficando uma meta de 174 certificações para a 2ª oferta do curso.

GRÁFICO 1: Certificação 1ª edição e 1ª oferta da 2ª edição Pró-Conselho/UFSM FONTE: Dados de Relatórios do Pró-Conselho/UFSM, 2013 e 2014.

Do questionário, nessa produção científica, priorizou-se as respostas de duas questões: 1. O município possui Sistema Municipal de Ensino? 2. Qual a situação do Conselho Municipal de Educação? Para tanto, abaixo são elucidados os dados da 1ª e da 2ª edição referente aos municípios que possuem Sistema Municipal de Educação (SME), conforme as respostas dos cursistas.

GRÁFICO 2: Municípios do RS que possuem ou não Sistema Municipal de Ensino (SME) – 1ª e da 2ª edição do Pró-Conselho/UFSM.

FONTE: Questionário online, 2013 e 2014.

Ao mapear a existência de SME nos municípios do RS, partícipes do Pró- Conselho/UFSM, verificou-se três situações distintas. a) a existência de SME; b) a não existência de SME; c) a falta de informação sobre a existência ou não pois os cursistas não responderam ao questionamento ou, talvez, a falta de conhecimento sobre a distinção e relação entre CME e SME. Se por um lado constatou-se que 113 municípios, dos 154 partícipes das 1ª e 2ª edições do Pró-Conselho, possuem sistemas próprios de ensino (SME) em que se pressupõe maior autonomia e interferência dos Conselhos Municipais de Educação (CME) junto a educação municipal, por outro lado, percebe-se que a inexistência de SME em 36 municípios, o que acaba por restringir a natureza política do CME como órgão colegiado e propositor/articulador de políticas públicas educacionais, assim como compromete suas funções e a atuação de seus membros.

Para Peroni (2008) a gestão do Conselho na perspectiva da inexistência do SME minimiza a autonomia desses órgãos colegiados uma vez que o poder executivo local se torna interveniente as suas decisões e encaminhamentos; não se quer afirmar que em casos de municípios do SME esta situação não aconteça também, entretanto com menor recorrência devido ao Sistema ter sido criado por força de Lei e, portanto, oportuniza ao CME maior autonomia e mecanismos de auto-organização junto a educação local.

Referente a situação do CME, como podemos visualizar no gráfico abaixo, na 1ª edição, dos 71 municípios que responderam o questionário, verifica-se que 67 municípios possuem CME ativo, dois estão inativos e dois municípios não possuem

CME. Na 2ª edição, os dados dos 83 municípios não são muito divergentes, há 79 municípios com CME ativo, três estão inativos e somente um município respondeu que o CME não foi criado.

GRÁFICO 3: Situação do Conselho Municipal de Educação (CME) nos Municípios que participaram das 1ª e da 2ª edição do Pró-Conselho/UFSM.

FONTE: Questionário online, 2013 e 2014.

Com o advento da Lei nº 10.172 de 2001, que aprovou o Plano Nacional de Educação 2001-2011, o CME passou a ser reconhecido com objetivo político e estratégico de gestão educacional democrática. Peroni (2008) discute sobre o surgimento dos conselhos municipais de educação no período posterior a LDB 9.394/96, considerando o CME como um mecanismo de descentralização das políticas públicas. Para tanto, a criação de Conselhos Municipais de Educação estaria relacionada à função de controle social, de participação e de representatividade da sociedade na proposição e promoção das políticas públicas para a educação municipal. Porém, a descentralização, de certa forma, está atrelada a uma desobrigação por parte do Estado, uma vez que este transfere ao município a responsabilidade da gestão das políticas sociais, entre elas as educacionais. Nessa perspectiva, os indicadores relacionados a existência dos CME no RS, como um componentes colegiados nesse processo, é extremamente significativo e corresponde aos preceitos de democratização dos espaços públicos, assim como das decisões colegiadas, compartilhas e democráticas entre os entes federados e em seus respectivos contextos.

Considerações Finais

O trabalho apresentado segue tessituras que põem em relevo o Pró- Conselho/UFSM, enquanto espaço-tempo formativo, mas, também, lócus de pesquisa

de um Observatório de Educação (CAPES) e, por isso, potencializador de produção do conhecimento no âmbito da gestão educacional.

O Pró-Conselho/UFSM objetiva aproximar as distâncias e consolidar parcerias entre a Universidade, a UNCME/RS e Municípios envolvidos, no sentido de [re]construir conhecimentos significativos ao âmbito das políticas públicas para a educação municipal.

Tencionam-se percepções e análises referentes ao contexto dos CME, a partir das suas características conjunturais, problemáticas e possíveis [re]articulações, compreendendo que no bojo da discussão acerca da gestão educacional, o conhecimento e a ação crítico-reflexiva subjacente as redes e sistemas de ensino potencializa posicionamento sobre aspectos teóricos, legais e práticos nos respectivos contextos. Nessa perspectiva, os CME são considerados essenciais à consolidação da gestão sob preceitos democráticos e, cada vez mais, se faz necessário conhecer que contextos são estes, assim como seus limites e possibilidades, no sentido de estabelecer interlocuções com as demandas socioeducacionais, bem como [re]construir e [re]definir políticas públicas para as etapas e modalidades da educação básica.

O perfil desses órgãos colegiados requer ser conhecido e analisado, para que seja possível a compreensão de quem são estes contextos, bem como sujeitos os quais se constituem elementos inter-relacionados as suas características e conexões delas com a atuação e proatividade destes junto as instâncias educacionais municipais.

Referências

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ESCUELA NORMAL SUPERIOR DE BAHIA BLANCA: ACTUALIDAD Y