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REGRESSÃO (20): RENDA INICIAL, VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS E EDUCACIONAIS Períodos 1970 – 1980 1980 – 1991 1991 2000 1970 –

CONVERGÊNCIA CONDICIONAL

REGRESSÃO (20): RENDA INICIAL, VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS E EDUCACIONAIS Períodos 1970 – 1980 1980 – 1991 1991 2000 1970 –

Observações 3947 3987 5507 3947

VARIÁVEL COEF t COEF t COEF t COEF t C 0.250 37.24 0.1638 27.17 0.247 45.70 0.125 68.05 RENDA INICIAL -0.050 -27.21 -0.0428 -32.21 -0.056 -44.03 -0.026 -61.08 DN -0.029 -18.96 -0.0162 -12.73 -0.022 -18.64 -0.016 -30.05 DMG -0.012 -3.92 -0.0122 -5.98 -0.018 -11.11 -0.011 -13.68 DMET 0.003 1.36 0.0013 0.68 -0.004 -1.91 0.004 3.48 MN-80/91 -0.0017 -2.50 0.001 2.84 MN-91/00 0.000 0.24 0.000 1.45 ED1 0.068 12.13 0.0456 9.61 0.055 8.60 0.029 16.83 ED2 0.100 18.08 0.0477 10.71 0.100 26.60 0.039 21.66 ED3 0.008 11.58 0.2189 21.19 0.171 23.90 0.005 20.00

R

2 0.36 0.29 0.39 0.60 2 R 0.36 0.29 0.39 0.60 F 320.05 200.66 445.83 669.83

Notas: 1- Foi utilizado nível de significância de 5%. 2- A definição e detalhamento dos regressores estão no Anexo I; 3- Estatísticas t calculadas com os erros padrões consistentes em heterocedasticidade de White.

Fonte: elaborada pelo autor a partir da série IPEA/PNUD.

Tabela 4.7

Coeficientes de Correlação entre Variáveis Selecionadas para os Municípios Brasileiros em 1970

RENDA DN DMET AEST GED ED1 ED2 ED3 RENDA 1.00 -0.62 0.16 0.77 -0.32 0.36 0.68 0.63 DN 1.00 0.03 -0.62 0.29 -0.59 -0.53 -0.33 DMET 1.00 0.21 -0.04 -0.07 0.17 0.30 AEST 1.00 -0.45 0.38 0.91 0.72 GED 1.00 -0.25 -0.39 -0.25 ED1 1.00 0.19 0.05 ED2 1.00 0.56 ED3 1.00

Fonte: elaborada pelo autor a partir da série IPEA/PNUD.

Além das variáveis educacionais estarem correlacionadas com as demais variáveis como a renda inicial e a dummy regional, elas também estão correlacionadas entre si. A soma das três variáveis utilizadas, salvo erros de medição, é a taxa de alfabetização de cada unidade regional. O coeficiente estimado para cada variável, abstraindo a elevada multicolinearidade, indica a variação esperada na variável dependente mantidas as demais variáveis constantes.

Evidentemente, esses coeficientes não possuem significados econômicos, considerando que a hipótese de variação de um deles, mantendo as demais variáveis educacionais constantes, é não factível ou pelo menos remota. Um crescimento em educação intermediária, mantidas a educação inicial e básica constantes, só ocorreria com uma variação na mesma proporção no percentual de analfabetos e uma nova distribuição dos anos de estudo que mantivesse a educação inicial e básica constante.

Admitida a validade do modelo teórico sintetizado pela função (4.1), um dos motores do crescimento econômico é o estoque de capital humano. Considerando também que o aumento da educação formal da população é uma das fontes de crescimento do capital humano de uma sociedade, a investigação de qual nível de educação propicia maiores acréscimos na taxa de crescimento da renda per capita é de fundamental importância, principalmente para formuladores de políticas sociais e educacionais9.

Ante as limitações impostas pela análise de regressão, recorre-se novamente à metodologia de Kruskal. Mantendo-se constantes as demais variáveis explicativas da Regressão (20), computou-se os índices de Kruskal padronizados. Os resultados encontram-se na Tabela 4.8

Tabela 4.8

Índices de Kruskal para Indicadores Educacionais dos Municípios Brasileiros, como Variáveis Explicativas do Crescimento da Renda Per

Capita: 1970-2000

VARIÁVEIS EDUCACIONAIS 1970 -1980 1980 - 1991 1991 – 2000 ED1- Educação Inicial 1.00 1.00 1.00 ED2 - Educação Básica 2.30 2.51 14.90 ED3 - Educação Interm/Superior 1.03 9.08 13.23 Fonte: elaborada pelo autor com dados brutos do IPEA/PNUD.

Observa-se um crescente distanciamento entre a importância das variáveis ED2 e ED3 em relação a ED1. A educação inicial neste trabalho é o percentual de indivíduos com mais de 25 anos de idade, alfabetizados e com menos de quatro anos de estudo. O acréscimo deste índice corresponde a uma redução na taxa de analfabetismo. Pelos índices de Kruskal, percebe-se que o combate ao analfabetismo como forma de incremento da taxa de crescimento da renda vem se esgotando ao longo do tempo. O progresso tecnológico

9

A correlação entre o nível educacional e a renda per capita não é questionada pela literatura econômica existente, entretanto não se pode afirmar o mesmo sobre a causalidade entre as duas variáveis. Bills e Klenow (2000) afirmam que a expectativa de crescimento econômico causa uma maior demanda por educação.

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exige escolaridade crescente para a absorção de todos os seus benefícios. Populações alfabetizadas, mas com menos de quatro anos de estudo, não estão habilitadas a utilizar as novas tecnologias de informação disseminadas nas décadas de 1980 e 1990, até mesmo, em alguns casos, no setor primário da economia.

A educação básica (ED2) é o percentual de indivíduos com mais de 25 anos de idade, e com mais de quatro e menos de oito anos de estudo. A educação intermediária e superior (ED3) diz respeito à população com mais de 25 anos de idade e mais de oito anos de estudo. Comparando as décadas de 70 e 90, a variável ED3 se aproxima de ED2 indicando que a educação intermediária passou a exercer uma maior influência relativa no crescimento da renda per capita. Interessante observar o resultado da década de 90, que permite ilações quanto à pujança do capital humano em períodos recessivos prolongados.

Não é possível analisar a educação superior isoladamente com a amostra utilizada. Existe um grande número de municípios que não possuem população com 12 anos ou mais de estudo ou possuem um percentual ínfimo. Em 1970, 28% dos municípios não possuíam população com esse nível de escolaridade. Mesmo em 2000, 20% das unidades geográficas têm menos de 1% da população com esse nível de escolaridade. Apesar desse fato, em municípios como Águas de São Pedro (SP), Niterói (RJ) e Florianópolis (SC) mais de um quarto da população possui mais de 12 anos de estudo.

4.5 Indicadores do nível de saúde

Barro e Sala-i-Martin propõem além das variáveis educacionais, utilizar variáveis que mensurem o nível de saúde da população como proxies subsidiárias de capital humano. Nesse sentido, na Tabela 4.9 encontram-se os resultados de uma regressão sobre a taxa de crescimento da renda per capita utilizando como regressores as variáveis geográficas e esperança de vida ao nascer (EV) no período inicial.

Os coeficientes de EV foram todos estatisticamente positivos. O ajustamento dos dados à equação medido pelo R2é inferior ao modelo utilizando variáveis educacionais. Apenas as variáveis DMN foram não significantes na década de 90 e no período total. Foi realizado o teste da razão de verossimilhança para variáveis redundantes no período 1970- 2000. O valor-p para rejeição da hipótese nula de que DMN-8091 e DMN-9100 são redundantes no modelo foi 0.02. Todos os demais sinais foram os esperados.

Tabela 4.9

Regressões (OLS): Taxas de Crescimento da Renda per capita dos Municípios Brasileiros contra Variáveis Indicadas - 1970-2000

REGRESSÃO (21): RENDA INICIAL, VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS E ESPERANÇA DE VIDA Períodos 1970 – 1980 1980 – 1991 1991- 2000 1970 – 2000

Observações 3947 3987 5507 3947

VARIÁVEL COEF t COEF t COEF t COEF t C 0.175 22.82 0.093 12.69 0.112 18.83 0.091 35.27 RENDA INICIAL -0.035 -23.89 -0.024 -22.86 -0.036 -38.36 -0.019 -44.25 DN -0.037 -26.39 -0.020 -16.09 -0.026 -23.32 -0.019 -37.82 DMG -0.023 -7.49 -0.019 -8.96 -0.029 -16.79 -0.016 -18.42 DMET 0.016 6.69 0.018 8.38 0.013 6.49 0.010 8.22 MN-80/91 -0.003 -4.05 0.000 1.36 MN-91/00 0.001 2.42 0.001 2.38 EV 0.001 10.77 0.000 4.02 0.002 17.89 0.001 13.30

R

2 0.29 0.17 0.28 0.50 2 R 0.29 0.17 0.28 0.50 F 320.00 140.54 356.51 567.04

Notas: 1- Foi utilizado nível de significância de 5%. 2- A definição e detalhamento dos regressores estão no Anexo I; 3- Estatísticas t calculadas com os erros padrões consistentes em heterocedasticidade de White.

Fonte: elaborada pelo autor a partir da série IPEA/PNUD.

4.6 Desigualdade pessoal da renda

A Tabela 4.10 apresenta a Regressão (22) que investiga a contribuição da desigualdade de renda para o crescimento econômico. O índice de desigualdade de Theil (DEST) é utilizado como medida de desigualdade. Todos os coeficientes estimados foram significantes com nível de erro de 5%.

O R2 é inferior ao da regressão com as variáveis educacionais. Os sinais dos coeficientes estimados para DEST são ambíguos. O efeito incentivador do crescimento proposto pela teoria neoclássica só é confirmado no milagre econômico da década de 70. Os sinais das demais variáveis foram os esperados.

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Tabela 4.10

Regressões (OLS) Taxas de Crescimento da Renda per capita dos Municípios Brasileiros contra Variáveis Indicadas - 1970-2000

REGRESSÃO (22): RENDA INICIAL, VARIÁVEISGEOGRÁFICAS E DESIGUALDADE DE RENDA

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