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Neste tópico, serão abordadas as instituições que podem autorizar a implementação de fazendas marinhas em águas públicas, bem como a área de concessão liberada por elas para o plantio e colheita de algas marinhas.

São quatro (04) instituições que autorizam a utilização de águas públicas, sendo elas: SEAP (Secretaria Especial de Agricultura e Pesca), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), SPU (Secretaria do Patrimônio da União) e Capitania dos Portos (MARINHA).

Outro fator de grande importância foi a Instrução Normativa IBAMA N° 185, de 22 de Julho de 2008, que permite o cultivo de Kappaphycus Alvarezii no litoral dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, exclusivamente na área compreendida entre a Baía de Sepetiba (RJ) e a Ilha Bela (SP), conforme informações constantes no anexo B.

2.4.1 SEAP (Secretaria Especial de Agricultura e Pesca)

A SEAP foi criada para atender uma necessidade do setor pesqueiro, na perspectiva de fomentar e desenvolver a atividade, no seu conjunto, nos marcos de uma nova política de gestão e ordenamento do setor mantendo o compromisso com a sustentabilidade ambiental.

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República– SEAP/PR - foi criada pelo atual Governo Federal por meio da Medida Provisória nº 103, de 1º de janeiro de 2003, em seu art. 1º, § 3 , IV. Cabe à SEAP “assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento da produção pesqueira e aqüícola e, especialmente, promover a execução e a avaliação de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da pesca artesanal e industrial, bem como de ações voltadas à implantação de infra-estrutura de apoio à produção e

comercialização do pescado e de fomento à pesca e aqüicultura, organizar e manter o Registro Geral da Pesca previsto no art. 93 do Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, normatizar e estabelecer medidas que permitam o aproveitamento sustentável dos recursos pesqueiros altamente migratórios e dos que estejam subexplorados ou inexplorados, bem como supervisionar, coordenar e orientar as atividades referentes às infra-estruturas de apoio à produção e circulação do pescado e das estações e postos de aqüicultura e manter, em articulação com o Distrito Federal, Estados e Municípios, programas racionais de exploração da aqüicultura em águas públicas e privadas, tendo, como estrutura básica, o Gabinete, o Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca e até duas Subsecretarias. (http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seap/).

Carvalho e Callou (2008) analisaram os projetos de Extensão Pesqueira da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República – SEAP/PR, entre 2003-2006, no Estado de Pernambuco na perspectiva do desenvolvimento local e verificaram que a SEAP/PR, ao soerguer o serviço público de Extensão Pesqueira nacional, incorporou o desenvolvimento local como condição fundamental à emancipação dos contextos sociais pesqueiros.

2.4.2 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

O IBAMA é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). É o órgão executivo responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e desenvolve diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo, etc). Também cabe à ele realizar estudos ambientais e liberar licenças ambientais para empreendimentos a nível nacional. (http://www.ibama.gov.br/patrimonio/).

2.4.3 SPU (Secretaria do Patrimônio da União)

A missão da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) é promover o planejamento participativo e a melhoria da gestão pública para o desenvolvimento sustentável e socialmente includente do País.

Administrar o Patrimônio da União: este é mais um dos grandes desafios do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que passou a ter em sua estrutura a Secretaria do Patrimônio da União, antes pertencente ao Ministério da Fazenda.

O patrimônio, de natureza tão diversificada, está composto por imóveis próprios nacionais e terrenos de marinha, áreas de preservação permanente, terras indígenas, florestas nacionais, terras devolutas, áreas de fronteira e bens de uso comum.

Por intermédio da Secretaria do Patrimônio da União, o Ministério tem condições de contribuir para amenizar os problemas sociais existentes em nosso País, preocupação constante do Governo Federal, influindo diretamente em questões relacionadas com a geração de emprego e renda.

Programa de ocupação da orla brasileira e implantação de projetos turísticos, em parceria com outros Órgãos das esferas federal, estadual e municipal, prestigiando a conservação ambiental, tendo como diretriz a valorização dos imóveis da União, também é prioridade da Secretaria do Patrimônio da União.

Há que se considerar, ainda, a busca pela regularização e utilização racional dos imóveis de uso do Governo Federal.

Acreditamos que o conjunto das ações propostas permitirá uma melhor administração do patrimônio da União, revertendo, por conseqüência, em benefícios ao cidadão brasileiro.

Portanto, o grande desafio do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, através da Secretaria do Patrimônio da União, é encontrar soluções aplicáveis aos anseios da sociedade, useo uma abordagem estritamente técnica. (http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?sec=9).

2.4.4 Capitania dos Portos (MARINHA)

Capitania dos Portos é uma seção da Marinha do Brasil formada por pequenas guarnições fiscalizadoras de rios, lagoas, lagos e costas. Suas atribuições compreendem o lavramento de autos de infrações e apreensões.

As Capitanias dos Portos, Capitanias Fluviais, Delegacias e Agências têm o propósito de contribuir para a orientação, coordenação e controle das atividades relativas à Marinha Mercante e organizações correlatas, no que se refere à segurança da navegação, defesa nacional, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição hídrica. (https://www.mar.mil.br/cpsp/).

Os métodos para identificação dos impactos ambientais das atividades de mineração no mar visam estabelecer se estas introduzem poluentes, determinar a biodisponibilidade desses poluentes, verificar a existência de respostas mensuráveis do ambiente e estabelecer a relação causal entre resposta e poluentes. Estes métodos empregam três abordagens: mensuração de concentrações de poluentes no meio físico (água e sedimento) e biótico (bioacumulação); estudos de laboratório ou de campo que visam estabelecer a existência de respostas toxicológicas dos organismos aos poluentes; e estudos de campo sobre modificações na estrutura e processos dos ecossistemas (GOMES et al., 2000).

2.4.5 Instrução Normativa IBAMA N° 185, de 22 de Ju lho DE 2008

A INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA N° 185, DE 22 DE JULHO DE 2008 permite o cultivo de Kappaphycus Alvarezii no litoral dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, exclusivamente na área compreendida entre a Baía de Sepetiba (RJ) e

a Ilha Bela (SP), delimitada em terra pela linha de costa, e em mar pelas seguintes

coordenadas de longitude e latitude, respectivamente: P1: 42° 27’ 55,56” W / 23° 49’ 06,03” S

P3: 43° 39’ 49,27” W / 23° 99’ 09,10” S P4: 43° 39’ 49,27” W / 23° 03’ 11,51” S

São consideradas áreas de exclusão para instalação e ampliação de empreendimentos de cultivo de Kappaphycus Alvarezii nas áreas e Unidades de Conservação, que não possuem planos de manejo definido, e sempre que houver indicativos de incompatibilidades entre a atividade e as finalidades da referida Unidade de Conservação, de acordo com o objetivo definido em seu decreto de criação, até a implementação de seu Plano de Manejo.

Só será permitido o cultivo de Kappaphycus Alvarezii em ambientes com substratos inconsolidados e que não haja a presença de bancos naturais de outros organismos fotossintetizantes, conforme informações constantes no anexo B.

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