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3. ARQUITETURA PEDAGÓGICA

5.8 Análise das semanas com menor interação

5.8.4 Relação das semanas com menor interação e os objetivo propostos pela

A tabela abaixo nos permite observar um panorama das interações das semanas dois, seis e sete e das interações globais. Nota-se um número reduzido de interações principalmente na semana 7.

Tabela 11 - Interações semanas dois, seis e sete INTERAÇÕES31 PLATAFORMA WHATSAPP32

TOTAL 307 745

SEMANA 2 48 70

SEMANA 6 25 56

SEMANA 7 18 40

Fonte: arquivo pessoal

31 Foram consideradas as interações da pesquisadora e dos participantes.

32 Interações relacionadas coma a formação continuada e realizadas no grupo criado ou em conversas no privado

Observou-se que nas semanas seis e sete os participantes acabaram realizando um número menor de interações na plataforma porque havia respostas de mais de uma questão em cada comentário emitido. Nessas três semanas observou-se que o objetivo sobre reflexões da prática docente não foi concretizado com toda sua potencialidade pois os envolvidos refletiram mas não houve debate todos/todos como nas demais semanas. As interações foram mais entre participante/professor ou professor/participante mostrando a importância da postura interativa, por meio de feedbacks, do professor (CAVALCANTI, 2014) e também de sua atuação tendo em vista cumprir com suas responsabilidades previstas na arquitetura pedagógica (BEHAR, 2009). Com relação à postura dos envolvidos nas semanas dois, seis e sete notou-se uma mudança, pois mais de 50% apresentaram uma postura passiva (PP) em pelo menos um Espaço Virtual. Destaca-se que, na semana dois, apenas os participantes A, B e C apresentaram posturas interativas (PI-EP; PI-AP) ou ativas (PA-GT) nos dois Espaços Virtuais. Na semana seis apenas C, E e K apresentaram esse tipo de postura. Entretanto, na semana sete ninguém foi interativa/ativo nos dois Espaços Virtuais, condição que seria adequada considerando que este foi um combinado realizado no início da formação, onde os participantes deveriam participar dos encontros síncronos e também fazer a inserção das suas resoluções na plataforma. Esse fato pode estar relacionado com o tipo de questões e/ou conteúdo como já foi mencionado anteriormente.

Após explanarmos as análises semanais podemos realizar algumas ponderações ainda: 1- obteve-se no total 1052 interações;

2- em todas as semanas, as interações foram maiores pelo grupo de WhatsApp do que pela plataforma;

3- as semanas um, três, quatro e oito obtiveram um número maior de interações, destacando-se que, na semana 8, na plataforma, houve somente sete interações, que foram as dos trabalhos finais e

4- a semana sete foi a semana com o menor número de interações.

Para finalizar nossas ações de análise de dados realizou-se na próxima seção uma explanação sobre as posturas de cada indivíduo participante no decorrer da formação

5. 9 ANÁLISE DAS POSTURAS NO DECORRER DA FORMAÇÃO

Para responder a pergunta norteadora desta pesquisa realizou-se um acompanhamento semanal das posturas dos envolvidos na formação continuada. Salienta-se que o objetivo geral era “analisar, a partir do trabalho coletivo em diferentes Espaços Virtuais, a postura dos professores de Matemática inseridos numa formação continuada na modalidade à distância” e para esse fim elaborou-se uma tabela com os diferentes tipos de postura apresentadas pelos envolvidos a cada semana. O quadro abaixo representa a legenda utilizada.

Quadro 17 – Legenda postura

Símbolo Descrição

Apresentou postura ativa/interativa nos dois Espaços Virtuais Apresentou postura ativa/interativa em apenas UM Espaço Virtual Postura passiva nos DOIS espaço virtuais

Fonte: arquivo pessoal

As interações consideradas para elaboração do quadro 18 são as interações entre pares (BEHAR, 2013), ou prevalecendo a reciprocidade todos/todos (LÉVY, 1999) e que ainda transmitiram alguma mensagem que promovessem reflexões coletivas (CANÁRIO, 2000).

Quadro 18 - Postura dos envolvidos no decorrer da formação

Semana UM DOIS TRÊS QUATRO CINCO SEIS SETE OITO

A B C D E

F

DESISTIU NA TERCEIRA SEMANA

G

H

DESISTIU NA PRIMEIRA SEMANA

I

J

DESISTIU NA PRIMEIRA SEMANA

K

Dentro do contexto de postura temos ainda que considerar o objetivo específico: analisar se houve, ao longo da formação continuada à distância, alterações na postura dos professores participantes a partir do uso combinado de diferentes Espaços Virtuais. Ao analisarmos o quadro acima podemos inferir que:

• os participantes A e C apresentaram uma postura ativa/interativa entre seus pares (CAVALCANTI, 2014) em praticamente toda a formação continuada. Esses participantes apresentaram interações qualitativas e através de suas experiências contribuíram para com o coletivo (BAIRRAL, 2015);

• a participante B apresentou uma postura ativa/interativa nas primeiras 4 semanas de formação, porém nas três subsequentes, apresentou postura passiva (PP) no grupo de WhatsApp e interativa (PI-EP; PI-AP) na plataforma. Na última semana esta participante interagiu significativamente com o grupo nos momentos síncronos e também na plataforma favorecendo o trabalho coletivo (CANÁRIO, 2009);

• o participante D manteve sua postura sempre a mesma, pois manteve uma postura interativa pela plataforma através da interação participante/ professora/pesquisadora e dos feedbacks contínuos da professora/pesquisadora (CAVALCANTI, 2014), porém apresentava uma postura passiva (PP) no grupo de WhatsApp. Salienta-se também que embora não participasse das discussões, em determinadas situações, este envolvido fazia correlações na plataforma, indicando assim seu acompanhamento das discussões nos encontros síncronos. Este participante recebeu o certificado porque realizou todos as solicitações da professora/pesquisadora pela plataforma;

• o participante E apresentou uma postura passiva (PP) no início do curso e depois apresentou uma postura interativa principalmente no grupo de WhatsApp (PI-AP, PI-EP), pois segundo Cavalcanti (2014) a reciprocidade é um dos fatores essenciais em uma formação à distância. Nas semanas seis e oito este participante apresentou interações que contribuíram para com o trabalho coletivo (ARAGÓN et al, 2009);

• a participante F desistiu na metade do curso pois não conseguiu acompanhar devido a falta de tempo (BORBA E PENTEADO, 2016);

• o participante G apresentou uma postura passiva (PP) na maior parte do tempo, porém afirmou que gostaria de acompanhar as discussões pelo WhatsApp e contribuir sempre que possível. Este participante não recebeu seu certificado porque não realizou nenhuma interação na plataforma, que era, o espaço “oficial” de postagens das tarefas;

mas sua postura oscilou bastante entre 100% interativo e apenas 50% interativo. Esse participante teve problemas com suas interações na plataforma, mas conseguiu atualizar suas postagens. Ele sempre se mostrou interessado pelas interações dos colegas (CAVALCANTI, 2014), apresentou comentários positivos sobre esse tipo de debate e ele emitiu comentários sobre a importância das mesmas (BEHAR, 2009). Destaca-se que postura de I foi a que mais teve alterações no decorrer da formação;

• a participante K apresentou uma postura interativa nos dois ambientes virtuais em 50% das semanas, 25% das semanas ela interagiu significativamente pelo WhatsApp e nos outros 25% contribuiu significativamente nas discussões coletivas (PI-TC) pela plataforma. K contribui muito no debate entre pares e por conseguinte para com o trabalho coletivo (CAVALCANTI, 2014).

Mediante o exposto acima podemos afirmar que metade dos participantes mantiveram o mesmo tipo de postura durante as semanas da formação (A, C, D e G), enquanto os outros apresentaram oscilações consideráveis em suas posturas passando pelos três tipos de atitudes (B, E e I). E por fim, destaca-se que a participante K oscilou somente entre dois tipo de postura, mas sempre esteve preocupada em cumprir com os combinados e engajada no trabalho coletivo (CAVALCANTI, 2014).

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