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O percurso inicial do Repositório Científico do IPV tem como marco a abertura de candidaturas do projecto RCAAP para o SARI, que decorreu de 24 de Agosto a 17 de Setembro de 2010 (designado Call 5), ao qual o IPV se candidatou através do envio de um documento em que contemplava os seguintes elementos:

1. “Nome da instituição;

2. Breve caracterização da instituição: (…) número de docentes/investigadores, dimensão aproximada da produção científica em 2009 – nº de artigos em revistas, nº de teses e dissertações, nº de comunicações em conferências, etc. -, principais áreas científicas, existência de repositório(s) ou sistema(s) de informação semelhantes na instituição, e quaisquer outros elementos considerados importantes;

3. Identificação e contactos do responsável institucional pelo projecto de alojamento” (RCAAP, 2011b)

Após a aceitação da candidatura, em Outubro do mesmo ano, desencadearam-se todo um conjunto de procedimentos e actividades embrionárias para o alojamento do RI no SARI. Assim sendo, o IPV delineou qual seria o design e definiu a estrutura do RI (criação de comunidades/colecções) de modo ao RCAAP, de acordo com essas indicações, procedesse à respectiva instalação, configuração e gestão do RI.

Consequentemente, ultrapassada esta etapa, a 22 de Novembro de 2010, é criado o Repositório do IPV tendo como primordial “objectivo dar maior visibilidade à produção científica da comunidade académica do Instituto Politécnico de Viseu, aumentando o impacto e uso através do Acesso Livre, assegurando o depósito e preservação de toda a

Repositórios Institucionais de Acesso Livre: estudo de produção e uso | Capítulo 4

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investigação produzida nas suas unidades orgânicas e centros de investigação” (IPV, 2011). Desde a sua génese o RI é administrado pelo Centro de Documentação da ESEV e possui, presentemente, 2 gestores.

Tendo como plataforma o SARI, o Repositório do IPV congrega actualmente um total de 61557 arquivos, dos quais só 59558 se encontram verdadeiramente em acesso livre. Esta diferença é visível quando se faz a comparação do total de registos de ambos os websites, onde o RCAAP só disponibiliza a informação dos registos que efectivamente se encontram disponíveis em livre acesso (595), e o Repositório IPV disponibiliza a informação do número total de registos que a base congrega (615), independentemente de se encontrarem, ou não, em livre acesso (ver Anexo C, p. 5), dos quais 87,6% (539 arquivos) são artigos, e conforme se depreende, representam um enorme agregado em relação aos restantes arquivos disponibilizados (teses, dissertações, objectos de conferência, e-book ou parte de livros, etc.) visto representarem apenas 12,4% (76 arquivos) do total do fundo existente.

Num estudo exploratório da distribuição dos arquivos digitais pelas diferentes comunidades/colecções criadas no repositório IPV, este apresenta um número total de arquivos disponíveis superior ao anteriormente referenciado. Isto aplica-se porque realizaram uma migração de metadados de alguns dos registos presentes na comunidade/colecção Revista Millenium para outras comunidades visto os autores dos artigos publicados na revista fazerem parte da comunidade à qual se adicionaram os metadados. Em termos práticos, corresponde uma duplicação de metadados de modo a existir um único ponto de acesso ou ligação ao arquivo digital. Assim sendo, o Repositório IPV tem 86059 registos (ver Anexo C, p. 6) que se encontram distribuídos pelas seguintes comunidades/colecções: a ESAV tem 46 registos; a ESEV tem 149 registos; a ESSV tem 75 registos; a ESTGL tem 10 registos; a ESTGV tem 61 registos; a Revista Millenium tem 515 artigos; e por último existem 4 arquivos digitais na comunidade Teses e Dissertações.

Desde a sua criação, o repositório IPV, em termos estatísticos globais de utilizações diárias, regista um total de 2139860 downloads e 36307 consultas, na sua maioria provenientes de Portugal (8519 downloads e 10528 consultas) e EUA (7293 downloads e 17341 consultas), seguidos do Brasil (3271 downloads e 5754 consultas), conforme se encontra expresso nos seguintes gráficos (Figuras 18 e 19).

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Dados recolhidos em 20/04/11 através do WWW: <URL: http://repositorio.ipv.pt/ > 58

Dados recolhidos em 20/04/11 através do WWW: <URL: http://www.rcaap.pt > 59

Dados recolhidos em 20/04/11 através do WWW: <URL: http://repositorio.ipv.pt/ > 60

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Figura 18 – Repositório IPV: nº de Downloads e Consultas em 2010 e 2011 (IPV, 2011)

Figura 19 - Repositório IPV: nº de Downloads e Consultas por País em 2010 e 2011 (IPV, 2011)

Um dado deveras importante de mencionar, é que no ano de 2010, estando portanto o RI numa fase prematura de colocação inicial dos objectos digitais, visto ter apenas 40 dias de existência e contando com um total de 153 objectos digitais (na sua maioria artigos da revista Millenium), realizaram-se um total de 2978 consultas, das quais resultaram 1071 downloads, e efectuaram 1061 pesquisas no repositório (Figuras 16 e 18). Porém, convém salientar que as consultas aos documentos podem partir de pesquisas realizadas no motor de busca Google, pelo que depois se verifica uma discrepância de valores relativos à pesquisa e consultas realizadas, conforma sucede no caso anterior.

No que requer às pesquisas realizadas a partir do Repositório IPV, actualmente regista um movimento total de 1944261 pesquisas, das quais 18381 foram realizadas até à presente data de recolha dos dados (Figura 20).

Figura 20 - Repositório IPV: nº de Pesquisas em 2010 e 2011 (IPV, 2011)

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Apesar de ser uma aposta recente, encontrando-se, portanto, numa fase muito juvenil, os dados recolhidos espelham bem a realidade da importância do repositório IPV no mundo científico, e do impacto que está a causar à escala mundial, com as grandíssimas utilizações pelas comunidades dos EUA e Brasil. Sem sombra de dúvidas que para além da valorização presente no armazenamento e preservação da informação, esta forma de comunicação permite às instituições elevarem o seu patamar de visibilidade e projecção no mundo científico e sociedade em geral.