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6.1. Categorização e discussão dos resultados

As respostas dos entrevistados foram categorizadas para melhor análise dos resultados.

A frequência de uma resposta foi calculada em relação à quantidade de entrevistas. Esse cálculo de frequência foi feito, inicialmente, em relação à população total de entrevistados, e, depois, separado por grau de suscetibilidade da região onde o morador se situa. O total de entrevistados foi de 34, sendo 7 em áreas de baixa suscetibilidade, 21 em média e 6 para os entrevistados em áreas de suscetibilidade alta e muito alta.

Quando o entrevistado fornece somente uma opção de resposta, ou seja, só uma categoria, a soma das frequências de cada categoria de resposta é de 100%. Observou-se, entretanto, que, para certas perguntas, os entrevistados forneceram mais de uma categoria de resposta. Nestes casos, a soma das frequências é maior que 100%.

Para a elaboração do texto neste item, de forma a evitar confusões de terminologias e por ser mais adequado durante as entrevistas o emprego da palavra ‘risco’ ao invés de ‘suscetibilidade’, considerou-se que o grau de risco da área do morador entrevistado é igual ao grau de suscetibilidade.

A categorização dos dados coletados, seus resultados e discussão estão apresentados a seguir, seguindo a ordem das perguntas presentes no roteiro de entrevistas (Anexo II).

Pergunta 1: Porque você resolveu morar aqui no bairro? (Figura 41 e Tabela 17) A primeira pergunta tem como objetivo compreender porque os moradores resolveram se estabelecer no bairro. A grande maioria dos relatos dos entrevistados indica que

98 nascer ou ter vínculos familiares na região foi importante para criação de laços com o local.

Espera-se que 91,2% do total dos entrevistados possua laços significativos com o bairro e com bairros vizinhos. O percentual desses moradores são de 85,7%, 90,4% e 83,3% em áreas de risco baixo, médio, alto e muito alto, respectivamente.

Figura 41 - Gráfico das respostas da pergunta 1 separados por graus de risco. Tabela 17 - Percentuais das respostas da pergunta 1 separados por graus de risco.

Resposta Total Risco

baixo

Risco médio

Risco alto e muito alto

Vim de outro bairro do município 50,0% 71,4% 57,1% 0,0%

Moro desde que nasci 41,2% 14,3% 33,3% 83,3%

Vim de outro município 8,8% 14,3% 9,5% 16,7%

Pergunta 2 : O que você mais gosta daqui do bairro? (Figura 42 e Tabela 18) A segunda pergunta busca responder o principal motivo pelo qual o bairro pode ser atrativo para se estabelecer. Os entrevistados que citaram mais de um motivo pelo qual gostam do bairro tiveram todas as suas respostas consideradas no cálculo da frequência.

A maioria dos moradores gosta da região pela boa vizinhança e tranquilidade do local. Segundo 61,8% dos entrevistados, seus vizinhos são conhecidos, parentes ou amigos antigos e o sossego, o silêncio e a segurança do bairro o fazem tranquilo. Porém, já

99 nessa questão algumas ressalvas foram feitas em relação à segurança do local, já que os moradores percebem o aparecimento de pessoas desconhecidas e o aumento recente da violência na região. O segundo motivo citado refere-se à facilidade de morar perto do centro da cidade (23,5%), o que significa maior aproximação com alguns serviços públicos básicos como transporte, hospital, colégio e comércio. Os resultados revelam também que um percentual pequeno de 17,6% não gosta do bairro. Quando as porcentagens são avaliadas por grau de risco, percebe-se que a categoria ‘boa vizinhança, tranquilidade’ aumenta de importância, com um percentual de 66,7%, nas áreas de risco médio, alto e muito alto, enquanto a categoria de ‘perto do centro da cidade’ diminui, respectivamente, para 19% e 0%.

Assim sendo, o laço forte dos moradores com os próprios moradores da comunidade, a tranquilidade do bairro, apesar do aumento da incidência de violência na região, e o baixo percentual dos que não gostam do bairro reforçam a ligação afetiva e social entre os moradores e indicam porque eles se estabeleceram na região.

100 Tabela 18 - Percentuais das respostas da pergunta 2 separados por graus de risco.

Resposta Total Risco

baixo

Risco médio

Risco alto e muito alto

Boa vizinhança,tranquilidade 61,8% 42,9% 66,7% 66,7% Perto do centro da cidade 23,5% 57,1% 19,0% 0,0%

Não gosta 17,6% 14,3% 19,0% 16,7%

Gosta, mas não especificou o

motivo 5,9% 0,0% 4,8% 16,7%

Pergunta 3 : O que mais te incomoda aqui no bairro?

A terceira pergunta pretende identificar o que mais preocupa o morador quando ele pensa sobre os problemas do bairro e em que posição estão o problema dos deslizamentos. Os entrevistados que citaram mais de um motivo pelo qual se sentem incomodados tiveram todas as suas respostas consideradas no cálculo da frequência. Dentre os diversos incômodos mencionados pelos moradores, o aumento da violência e das drogas é o mais citado, com uma frequência de 26,5%, enquanto o deslizamento obteve 23,5%, evidenciando uma importância relativa ainda elevada. Ressalta-se também, não apenas a elevada frequência de respostas em que os moradores informaram que não existem incômodos (17,6%) e dos que citaram problemas nas vias internas do bairro, como escadas altas, ruas sem asfalto, falta de calçadas, falta de quebra-molas etc, 14,7% (Tabela 19 e Figura 43).

Os incômodos citados nas regiões de baixo risco são bem divididos em termos percentuais (14,3%), destacando-se , entretanto, a categoria referente a ausência de problemas no bairro, com 28,6% (Tabela 19), com frequência bem maior que as dos outros. Já na região de risco médio a violência (33,3%) e os deslizamentos (23,8%) se mantêm como as maiores preocupações dos moradores, sendo que o problema referente a vias internas do bairro também é significativo, aparecendo em terceiro lugar com 19,0%. Nas regiões de suscetibilidade alta e muito alta, os resultados indicam o aumento da importância dada aos deslizamentos (33,0%), sendo, entretanto, igual a

101 dada às respostas de ‘construção do muro de contenção’ e ‘nada' (relacionada a ausência de incômodos).

Analisando somente os percentuais dos moradores do bairro Morro da Carioca (Figura 44 e Tabela 20 ), a ‘violência’ e a ‘ausência de incômodos’ são as respostas mais frequentes, empatadas com 23,5%. Em seguida, os ‘deslizamentos’, as ‘vias internas’ e a ‘construção do muro' apresentam o mesmo percentual de 17,6%. Dividindo por grau de risco, a frequência da resposta ‘deslizamentos’ diminui com o aumento do grau de risco. Para as área de risco alto e muito alto a ‘ausência de incômodos’ chega a atingir o percentual de 50% das respostas, em segundo lugar ‘violência’ (25%) e a ‘construção do muro de contenção’ (25%), não tendo sido citado os ‘deslizamentos’. Ressalta-se, aqui, que a categoria ‘muro de contenção’ refere-se a um problema isolado devido a construção de uma estrututura para a estabilização de um talude no Morro da Carioca considerada controversa pelos moradores. A diminuição do incômodo dos moradores com o deslizamento em áreas de risco alto e muito alto indica, portanto, que o trabalho socioeducativo nessas áreas deve ser intensificado para melhor compreensão desses moradores sobre a suscetibilidade a deslizamentos que o local oferece.

Analisando somente os percentuais dos moradores nos bairros Morro do Abel e Morro do Santo Antônio (Figura 45 e Tabela 21), a violência e os deslizamentos estão em primeiro lugar empatados com 29,4% como maiores incômodos, percebendo um acréscimo acentuado do incômodo com os deslizamentos em áreas de risco alto e muito alto (100%).

Assim, o resultado geral a partir da análise conjunta de todos os bairros sugere a relativização do incômodo, ou seja, percebe-se uma divisão de importância dada aos mesmos de acordo com as demandas específicas de cada indivíduo, o que é variável com a comunidade.

102 Tabela 19 - Percentuais das respostas da pergunta 3 para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio separados por grau de risco.

Resposta Total Risco baixo Risco médio

Risco alto e muito alto Violência; drogas 26,5% 14,3% 33,3% 16,7% Deslizamentos 23,5% 14,3% 23,8% 33,3% Nada 17,6% 28,6% 9,5% 33,3% Vias internas 14,7% 14,3% 19,0% 0,0%

Construção do muro de contenção 8,8% 14,3% 0,0% 33,3%

Limpeza do bairro 8,8% 0,0% 14,3% 0,0%

Falta d’água 5,9% 14,3% 4,8% 0,0%

Dificuldade de acesso a serviços de saúde 5,9% 0,0% 9,5% 0,0%

Falta de correio 2,9% 14,3% 0,0% 0,0%

Figura 43 - Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 3 para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio separados por grau de risco.

103 Tabela 20 - Percentuais das respostas da pergunta 3 para o bairro Morro da Carioca separados por grau de risco.

Resposta Total Risco

baixo Risco médio Risco alto e muito alto Violência; drogas 23,5% 0,0% 33,3% 25,0% Nada 23,5% 25,0% 11,1% 50,0% Deslizamentos 17,6% 25,0% 22,2% 0,0% Vias internas 17,6% 0,0% 33,3% 0,0%

Construção do muro de contenção

17,6% 50,0% 0,0% 25,0% Limpeza do bairro

11,8% 0,0% 22,2% 0,0%

Falta d’água 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Falta de correio 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Dificuldade de acesso a serviços de

saúde 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Figura 44 - Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 3 para o bairro Morro da Carioca.

104 Tabela 21 - Percentuais das respostas da pergunta 3 para os bairros Morro do Abel e Morro do Santo Antônio separados por grau de risco.

Resposta Total Risco

baixo Risco médio Risco alto e muito alto Violência; drogas 29,4% 33,3% 33,3% 0,0% Deslizamentos 29,4% 0,0% 25,0% 100,0%

Dificuldade de acesso a serviços de

saúde 11,8% 0,0% 16,7% 0,0% Vias internas 11,8% 33,3% 8,3% 0,0% Falta d’água 11,8% 33,3% 8,3% 0,0% Nada 11,8% 33,3% 8,3% 0,0% Limpeza do bairro 5,9% 0,0% 8,3% 0,0% Falta de correio 5,9% 33,3% 0,0% 0,0%

Construção do muro de contenção 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Figura 45 - Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 3 para os bairros Morro do Abel e Morro do Santo Antônio separados por grau de risco.

Pergunta 4: Qual é o principal problema (ou perigo) que afeta sua vida e de sua família? Ou qual é o problema (ou o perigo) que mais preocupa você na sua vida? (Figura 46 e Tabela 22)

Essa pergunta visa identificar o problema que representa a maior preocupação do morador quando ele pensa em sua vida e em sua família. Os entrevistados que

105 citaram mais de um problema tiveram todas as suas respostas consideradas no cálculo da frequência.

Dentre os diversos problemas mencionados pelos moradores, o aumento da violência e das drogas é o mais citado, com frequência de 35,3%, enquanto o deslizamento apesar de ter uma importância relativa destacada em segundo lugar, com 17,6%, representa a metade do primeiro. Destacam-se ainda, as dificuldades relacionadas à saúde e às vias internas do bairro, com 14,7% e 11,8% respectivamente.

Analisando a variação dos percentuais com o grau de risco, os resultados indicam um aumento não tão acentuado da importância dada aos deslizamentos em áreas de risco médio (19%), porém não houve alterações significativas dessas observações nas áreas de risco alto e muito alto (16,5%). Por outro lado, nas áreas com risco médio, a ‘violência’ continua sendo o motivo de maior preocupação com 47,6% e as ‘dificuldades de acesso aos serviços de saúde’ é o segundo problema mais relevante com 23,8%. Além disso, nas áreas de maiores riscos, a frequência de 16,7% também corresponde a outras categorais como ‘violência, drogas’, ‘vias internas’ e ‘nenhum problema’, sendo que o percentual mais relevante (33,3%) refere-se à categoria outros problemas (financeiros, a ausência do correio, a educação precária e a falta de universidades na região). Apesar desse resultado não ser o esperado, pela maior proximidade da população moradora em alto risco com as mazelas provocadas pelos desastres, esse resultado pode ter sido verificado por essas áreas serem mais desprovidas de serviços básicos, fazendo ressaltar a importância de outros problemas. Diante do exposto, recomenda-se para regiões de risco alto e muito alto que o trabalho socioeducativo sobre o tema deslizamentos seja intensificado. Não obstante, se a população sofre com outros problemas diversos, o investimento em campanhas voltadas exclusivamente para redução dos riscos a deslizamentos é prejudicado.

106 Tabela 22 - Percentuais das respostas da pergunta 4 para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio separados por grau de risco.

Resposta Total Risco

baixo Risco médio Risco alto e muito alto Violência; drogas 35,3% 14,3% 47,6% 16,7% Deslizamentos 17,6% 14,3% 19,0% 16,7%

Dificuldade de acesso a serviços de

saúde 14,7% 0,0% 23,8% 0,0%

Vias internas 11,8% 14,3% 9,5% 16,7%

Nenhum problema 11,8% 28,6% 4,8% 16,7%

Construção do muro de contenção 8,8% 14,3% 9,5% 0,0%

Outros 8,8% 14,3% 0,0% 33,3%

Figura 46 - Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 4 para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio separados por grau de risco.

Pergunta 5: Você gosta da chuva? Quando começa a chover você pensa em que? (Figura 47 e Tabela 23)

Essa pergunta foi feita aos moradores antes que fosse citado o tema do deslizamento pelo entrevistador, para que não houvesse influência nas respostas.

As respostas indicam que 82,4% dos entrevistados, principalmente os que vivem em áreas de médio (90,5%), alto e muito alto risco (83,3%), associam chuvas fortes a deslizamentos de terra.

107 Apesar dos moradores terem citado nas questões anteriores os deslizamentos como um incômodo no bairro ou um problema que afeta as suas vidas, foi a partir da pergunta 5 que a grande maioria dos moradores introduziu o tema sobre os deslizamentos em seus discursos.

Observou-se que o problema dos deslizamentos é relevante para os moradores da região e que eles conseguem relacioná-lo as chuvas fortes.

Tabela 23 - Percentuais das respostas da pergunta 5 separados em graus de risco. Resposta Total Risco baixo Risco médio Risco alto e muito alto

Deslizamento 82,4% 57,1% 90,5% 83,3%

Em nada 17,6% 42,9% 9,5% 16,7%

Figura 47 - Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 5 separados em graus de risco.

108 Pergunta 6 : Você sabe o que é um deslizamento de terra? (Tabela 24)

Essa pergunta buscou a definição de deslizamento de terra dos moradores. A quase totalidade dos entrevistados soube responder a pergunta, sugerindo que não existe falta de conhecimento sobre o assunto.

Tabela 24 – Percentuais das respostas da pergunta 6.

Resposta Total

Sabe 97,1%

Não sabe 2,9 %

Pergunta 7: O que você acha do problema do deslizamento de terra?

Essa pergunta não teve como objetivo obter respostas que pudessem ser categorizadas, mas sim, permitir que os entrevistados discorressem sobre o tema de forma ampla e livre e, assim, fosse possível extrair trechos significativos sobre pontos de vista não previstos que pudessem ser considerados na presente pesquisa.

Não foi percebido nenhum ponto de vista novo, porém as falas contribuíram para as análises aqui apresentadas.

Pergunta 8: O quanto o deslizamento de terra ameaça a sua vida / qualidade de vida ou bem estar? Com que frequência você pensa nisso ao longo do ano? De acordo com os resultados gerais (Figura 48 e Tabela 25), a quantidade de moradores que se sentem muito afetados é igual a dos que não se sentem afetados pelos deslizamentos (38,2%), porém 61,8% dos moradores se sentem afetados de alguma maneira. Esse percentual dos que se sentem afetados por deslizamentos é menor nas áreas de risco alto e muito alto (50%).

Analisando somente os percentuais do bairro da Carioca (Tabela 26), o percentual dos moradores que se sentem muito afetados pelos deslizamentos diminui com o aumento do grau de risco, sendo 75% para risco baixo, 44,4% para risco médio e 25% para risco alto e muito alto. Esse resultado é coerente com a tendência das respostas anteriores a pergunta 3, em que a totalidade dos moradores do bairro Morro da

109 Carioca em muito alto e alto risco não cita os deslizamentos como um incômodo pra o bairro (Tabela 20).

Analisando somente os percentuais dos bairros do Abel e Santo Antônio (Tabela 27), a totalidade dos moradores em risco alto e muito alto (100%) declara que os deslizamentos ameaçam as suas vidas e, dos que estão em risco médio, 66,6% também alegam ser afetados de alguma maneira.

Com relação à frequência com que os moradores pensam no problema (Figura 49 e Tabela 28), 41,2% deles o fazem quando chove, 35,3% nunca pensam e 23,5% pensam todos os dias. Sendo que, em períodos chuvosos esses pensamentos crescem com o grau de risco.

Figura 48 – Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 8 para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio e separados por graus de risco.

110 Tabela 25 – Percentuais das respostas da pergunta 8 para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio e separados por grau de risco.

Resposta Total Risco

baixo Risco médio Risco alto e muito alto Não afeta 38,2% 42,9% 33,3% 50,0% Afeta muito 38,2% 42,9% 38,1% 33,3% Afeta medianamente 23,5% 14,3% 28,6% 16,7%

Tabela 26 - Percentuais das respostas da pergunta 8 para o bairro Morro da Carioca e separados por graus de risco.

Resposta Total Risco

baixo Risco médio Risco alto e muito alto Não afeta 41,2% 25,0% 33,3% 75,0% Afeta muito 47,1% 75,0% 44,4% 25,0% Afeta medianamente 11,8% 0,0% 22,2% 0,0%

Tabela 27 - Percentuais das respostas da pergunta 8 para o bairro Morro do Abel e Morro do Santo Antônio e separados por graus de risco.

Resposta Total Risco

baixo Risco médio Risco alto e muito alto Não afeta 35,3% 66,7% 33,3% 0,0% Afeta medianamente 35,3% 33,3% 33,3% 50,0% Afeta muito 29,4% 0,0% 33,3% 50,0%

Figura 49 - Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 8 sobre a frequência em que os moradores pensam em deslizamentos para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio e separados por graus de risco.

111 Tabela 28 – Percentuais das respostas da pergunta 8 sobre a frequência em que os moradores pensam em deslizamentos para os bairros Morro da Carioca, Morro do Abel e Morro do Santo Antônio e separados por graus de risco.

Resposta Total Risco

baixo

Risco médio

Risco alto e muito alto

Só quando chove 41,2% 28,6% 38,1% 66,7%

Nunca 35,3% 42,9% 38,1% 16,7%

Toda dia 23,5% 28,6% 23,8% 16,7%

Pergunta 9: Você já foi afetado ou conhece alguém próximo que foi afetado por algum desastre provocado por deslizamento? (Tabela 29)

Quase a totalidade dos moradores já foi afetada ou conhece alguém que foi afetado por algum desastre, sendo que, esse resultado cresce com o aumento do grau de risco.

Tabela 29 - Percentuais das respostas da pergunta 9 separados por graus de risco. Resposta Total Risco baixo Risco médio Risco alto e muito alto

Sim 91,2% 85,7% 90,5% 100,0%

Não 8,8% 14,3% 9,5% 0,0%

Pergunta 10: Você já ouviu falar em “área de risco”? Sabe o que é?

As respostas indicam que 97,1% dos moradores já ouviram falar em área de risco. Isso representa a proximidade dos moradores com o assunto dos deslizamentos (Tabela 30).

Tabela 30 - Distribuição das respostas da pergunta 10.

Resposta Total Risco baixo Risco médio Risco alto e muito alto

Sim 97,1% 100,0% 95,2% 100,0%

Não 2,9% 0,0% 4,8% 0,0%

Para a pergunta sobre o conhecimento do morador acerca do que é uma área de risco (Figura 50 e Tabela 31), entre as respostas ‘não sabe’ e ‘não foi possível identificar’,

112 algumas falas chamaram a atenção, porque mencionavam que o termo ‘área de risco’ referia-se somente aos locais onde o desastre já ocorreu.

Entretanto, a maioria dos moradores sabe o que é área de risco e o conhecimento sobre essa definição cresce com o grau de risco.

Figura 50 – Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 10 separados por graus de risco.

Tabela 31 - Percentuais das respostas da pergunta 10 separados por graus de risco. Resposta Total Risco baixo Risco médio Risco alto e

muito alto

Sabe 76,5% 28,6% 85,7% 100,0%

Não sabe 11,8% 28,6% 9,5% 0,0%

Não foi possível identificar se

sabe ou não sabe 11,8% 42,9% 4,8% 0,0%

Pergunta 11: Você acha que sua casa está em área de risco, ou seja, ela pode ser atingida por deslizamento? Qual o grau de risco? Por quê? (Figura 51 e Tabela 32).

O zoneamento da suscetibilidade permitiu a comparação entre as percepções dos moradores sobre o grau de risco, percebido por eles, da área em que vivem e o grau de risco ao deslizamento definido segundo critérios técnicos.

De acordo com o grau de risco percebido pelos entrevistados, 67,6% se considera em risco baixo, 26,5% em risco médio e 5,9% em risco alto e muito alto.

113 Tabela 32 - Percentuais das respostas da pergunta 11 separados por graus de risco.

Os resultados da Tabela 32 indicam que os moradores cujas percepções do grau de risco mais se aproxima das percepções dos técnicos são os da área de baixo risco (42,9%), depois de médio risco (19,0%) e, por fim, a de risco alto e muito alto (16,7%). Evidencia-se que essa distância entre as percepções aumenta com o grau de risco. Merece destaque também a observação de que 50,0% dos moradores de risco alto e muito alto e 81% dos de risco médio consideram que estão em área de risco baixo. É importante ressaltar que se os moradores se percebem em risco, por hipótese, estão mais sujeitos a tomar medidas preventivas.

Figura 51 – Gráfico dos percentuais das respostas da pergunta 11 separados por graus de risco.

Grau de risco percebido

pelos moradores Total

Moradores do baixo risco Moradores do médio risco Moradores do alto e muito alto risco Risco baixo 67,6% 42,9% 81,0% 50,0% Risco médio 26,5% 42,9% 19,0% 33,3%

114 Pergunta 12: E na comunidade? Você sabe se na comunidade há risco de deslizamentos?

Tabela 33 - Percentuais das respostas da pergunta 12 separados por graus de risco. Resposta Total Risco baixo Risco médio Risco alto e muito alto

Sim 79,4% 71,4% 81,0% 83,3%

Não 20,6% 28,6% 19,0% 16,7%

De uma forma geral, a maioria admite existir risco de deslizamento na comunidade (79,4%). Quando os resultados são divididos em grau de riscos e comparados com a Tabela 32 da pergunta 11, nota-se que os habitantes de áreas de grau de risco médio (81,0%) acham que existem riscos de deslizamentos na comunidade (Tabela 33) e o mesmo percentual (81%) se considera em risco baixo (Tabela 32). Já os que moram em áreas de risco alto e muito alto, 83,3% acham que há risco de deslizamento na comunidade, porém 50,0% não admitem estar em áreas de risco alto e muito alto (Tabela 32).

Pergunta 13: Que medidas você acha que poderiam ser tomadas para evitar os deslizamentos?

Diversas medidas foram citadas pelos moradores, conforme Tabela 34. A maioria dos moradores (67,6%) se restringe a citar a execução de obras pelo governo como medida para evitar os deslizamentos. Em segundo lugar, em meio ao conjunto de ações antrópicas nocivas à estabilidade da encosta, um baixo percentual de 11,8% citou pelo menos uma das ações a serem evitadas: jogar lixo na encosta, lançar esgoto na encosta e cortar árvores. Separando por grau de risco, a opção de execução de obras pelo governo continua sendo destaque e revela carência de mais conhecimentos sobre outras ações importantes para redução dos riscos.

Portanto, a falta de conhecimento por parte da população sobre ações para redução

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