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Resultados das Reuniões

No documento MARIA OLIVEIRA DA SILVA COSTA (páginas 98-110)

4 PESQUISA DE CAMPO

4.3 FASE 2: LEVANTAMENTO DE VALORES COMUNITÁRIOS E DAS DIFICULDADES E POTENCIALIDADES IDENTIFICADAS PELA POPULAÇÃO

4.3.2 Resultados das Reuniões

1ª. Reunião – Apresentação do Diagnóstico Local (Fase 1)

A primeira reunião realizada com a população de Baixio ocorreu após a elaboração do Diagnóstico, com o propósito de apresentar os dados coletados e discuti-los com os participantes, proporcionando, com isso, a oportunidade de ouvir as opiniões, impressões e

comentários. Nesta reunião, compareceram representantes do poder público local (vereadores, secretários, administrador distrital e candidatos políticos), membros de organizações sociais da região do entorno (grupos socioambientais), comerciantes locais (proprietários de pousadas) e representantes da comunidade, entre eles, alguns presidentes de associações comunitárias (associações de moradores, de artesanato, de doceiros e de condutores de visitantes de Baixio) e alguns residentes locais.

Alguns representantes do poder público local presentes expuseram suas opiniões, demonstrando interesse nos dados e ressaltando a sua importância para o direcionamento das ações públicas para atender às reais demandas locais; outros colocaram achar relevante aquele momento de reconhecimento da própria comunidade.

Nas falas dos representantes dos grupos socioambientais ficou clara a descrença em pesquisas etnográficas como a que estava sendo realizada naquele momento na região, justificada pela freqüência com que estas têm ocorrido no Litoral Norte sem que se apresentem retornos palpáveis. Apesar da pesquisa ter deixado claro o seu propósito, é inevitável controlar as expectativas que surgem.

Quanto aos comerciantes locais presentes, mais especificamente, donos de pousadas na vila, demonstraram preocupação com alguns recursos naturais da região, muito procurados por visitantes que vão a Baixio, sendo a preocupação levantada em relação à continuidade do acesso da população a estes locais diante das mudanças vivenciadas na região com o aumento da visitação de turistas e com a aquisição das terras de Baixio por uma empresa.

Os demais moradores da vila presentes mostraram-se curiosos sobre os dados apresentados, e satisfeitos, alguns deles, os mais jovens, por terem participado deste trabalho ao longo da coleta dos dados. A maioria destes destacou os resultados referentes às ocupações de trabalho, enfatizando a necessidade de ampliação das oportunidades de geração de renda.

Dentre as muitas considerações colocadas, após terem sido apresentados os resultados do Diagnóstico do território de Baixio, o que se percebe é a carência por alternativas que solucionem os problemas locais. Não se sabe a solução, deixando clara a necessidade de que seja preciso criá-la coletivamente.

2ª. Reunião – Seleção do Grupo Representativo de Baixio

Ao término do 1º. encontro, os presentes foram convidados a comparecer a uma 2ª. reunião, com dia e hora marcados conjuntamente naquele momento, para que um grupo representativo de Baixio fosse selecionado para, em seguida, participar de três outras reuniões com o intuito de contribuir para a pesquisa sobre sua realidade e possíveis alternativas para a promoção de ações sustentáveis e solidárias em prol do desenvolvimento social no seu território.

Na 2ª. Reunião, compareceram cerca de 30 pessoas, dentre elas, a maioria (60%) era mulheres entre 26 e 45 anos, seguida de jovens entre 15 e 25 anos (30%), e homens entre 46 e 60 anos (10%) cujas ocupações variavam entre marisqueiras, estudantes, pescadores, comerciantes, funcionários públicos e aposentados.

Deste grupo maior, foram selecionadas 15 pessoas para fazerem parte do Grupo Representativo de Baixio, sendo selecionados nove mulheres entre 26 e 45 anos, quatro jovens entre 15 e 25 anos, um adulto de 33 anos e um senhor de 58 anos, que, reunindo outras características, ilustravam o perfil levantado no Diagnóstico.

Em linhas gerais, a atividade inicial da 2ª. Reunião consistiu em uma apresentação sobre o que se pretendia com tal encontro, ou seja, o propósito de investigar os valores comunitários presentes na população local para, posteriormente, associá-los a dimensões de sustentabilidade latentes na vila. A ideia é que, uma vez integrados, sejam capazes de apontar proposições de ações, embasadas nas dificuldades e potencialidades do contexto local, para o fomento de um processo de desenvolvimento social sustentável.

Após expostos os objetivos do trabalho a ser realizado juntamente com o Grupo Representativo de Baixio, houve consenso nas escolhas dos integrantes, bem como na concordância e interesse dos 15 selecionados a participar.

Ao fim deste encontro, foi agendada a 3ª. Reunião prevista para ocorrer uma semana depois, apenas com a presença dos 15 selecionados, membros do Grupo Representativo de Baixio.

3ª. Reunião – Relatos das Experiências de Vida Acumuladas

Com o objetivo de conhecer, mais detalhadamente, as características, as competências, as histórias deste grupo de Baixio, a 3ª. Reunião foi realizada pautada em dinâmicas e discussões com os quinze integrantes do Grupo Representativo de Baixio.

A Reunião teve duração de duas horas com a seguinte programação: inicialmente foi novamente apresentado o propósito desta etapa da pesquisa para os participantes. Na seqüência, cada pessoa foi convidada a se apresentar, devendo dizer o seu nome e fazer um movimento com palmas e com o corpo. O próximo da roda repetia o nome e o movimento dos anteriores e, em seguida, dizia o seu nome, junto com seu movimento. De forma cumulativa, os participantes se descontraíram e aprenderam os nomes rapidamente.

Esta dinâmica dos nomes com o grupo foi importante uma vez que o grupo participante expressou-se de forma descontraída, deixando de lado uma atitude tímida e defensiva, que na maioria das vezes ocorria nestas rodas de diálogo. Foi relevante também perceber que apesar de se tratar de um pequeno vilarejo, nem todos se conheciam pelos seus nomes, apenas se reconheciam da vila, por conta das famílias, ou mesmo, da rua em que moravam, mas desconheciam alguns nomes dos seus próprios vizinhos, deixando transparecer uma certa falta de envolvimento entre as pessoas, sobre este aspecto.

Após este momento de descontração quando todos já estavam bastante mobilizados e demonstrando maior interesse na reunião, foram apresentados os perfis traçados da população através da exibição de painéis com os percentuais estatísticos, gráficos e tabelas, expostos nas paredes. Os participantes foram convocados a ler cada painel e discutir com os demais colegas presentes o que cada dado apresentado significava para eles. O intento era que eles próprios pudessem se apropriar dos principais resultados obtidos sobre os perfis levantados a partir do Diagnóstico realizado e pudessem associá-los ou não às suas realidades, aprofundando seu auto-conhecimento.

Em seguida à discussão e comentários sobre as informações exibidas nos painéis a respeito deles próprios, foi possível perceber que alguns se reconheciam ali naqueles dados, enquanto outros demonstravam pouco entendimento e/ou compreensão em relação à associação entre aqueles números e suas próprias vidas na vila.

Apesar da falta de prática em participar de atividades com este cunho e, mais ainda, devido aos afazeres profissionais como o trabalho de mariscagem, extração de coco, pesca,

comércio, entre outros que ocupam muitos dos que estavam presentes, a população local pôde ser sensibilizada e mobilizada, através das dinâmicas, ao expor seus relatos e atitudes (cada vez mais descontraídas) ao longo do evento, permitindo o alcance dos objetivos desejados: conhecer a população da vila e aprofundar as questões sociais em torno dela.

Neste ambiente participativo, foi conduzida uma dinâmica na qual voluntariamente cada participante deveria relatar experiências acumuladas da sua vida por quatro minutos, tomando como base os dados do Diagnóstico recém apresentados e ainda expostos em painéis nas paredes, com o propósito de provocá-los a fazerem um balanço da sua experiência acumulada e, conseqüentemente, tomarem consciência de seus próprios modos de vida.

Neste momento dos relatos, os participantes já se comportavam de forma mais espontânea e envolvida, a ponto de comentar e/ou responder as histórias expostas por cada um. Até mesmo os mais tímidos, que até o momento não tinham falado em voz alta, além do seu nome, ousaram a explicitar comentários, comparando suas próprias histórias com as da pessoa ao lado, mesmo que em tom baixo, a exemplo de alguns que diziam querer aprender a ler e escrever para conseguir um trabalho melhor do que o de mariscagem.

As histórias contadas por cada um começaram sendo pautadas pelos tópicos de cada painel exposto: Perfil Demográfico e Social apresentando dados de Gênero e Faixa Etária, Estado Civil, Educação, Saúde, Local de Nascimento; e o Perfil Profissional e Econômico com estatísticas de Trabalho e Geração de Renda. Após a orientação inicial de condução da dinâmica, os participantes deveriam se pautar no painel seguinte que perguntava: Qual a cara de Baixio? Nele constavam alguns tópicos para orientar os relatos como: Características pessoais e do local; Gostos; Valores; Hábitos; Crenças; Potencialidades (“seu forte”); Dificuldades (“seus desafios”); Competências Pessoais; e Competências Profissionais.

Baseando-se nesta ordem, cada pessoa presente contou suas histórias, relatando a sua idade, dados da sua família, seu local de nascimento, seu grau de instrução, seu estado civil, sua ocupação atual e, por conseguinte, narrando elementos das suas histórias com base nos demais tópicos do último painel (Qual a cara de Baixio?).

Foi possível proporcionar, através dos relatos e depoimentos, a percepção da subjetividade da vida de cada um, no momento de narração de cada participante da sua história, acrescentando detalhes e pontos de vista próprios, e percepção da relação dessas teias

com uma engrenagem maior que caracteriza a vida em Baixio. Dentre outros aspectos da vida dos moradores de Baixio, foi possível constatar que:

A maioria afirma estar feliz com a vida que leva (95%), o que remeteu à consideração de algumas possibilidades, dentre elas: um certo conformismo com relação à realidade vivenciada; e/ou um modo de vida satisfatório no ambiente em que vivem, podendo ambas as possibilidades serem legítimas.

As mulheres mais jovens apresentam maior disposição para estudar, estando 20% das presentes na faculdade, enquanto que as mulheres entre 30 e 45 anos, com nível educacional incompleto ou sem escolaridade, se ocupam de atividades como a mariscagem, serviços domésticos ou serviços gerais nas pousadas (faxineira, camareira, cozinheira). Há aquelas que participam de movimentos sociais através das associações comunitárias nas quais se envolvem com a pequena produção seja de artesanato ou de doces.

Ainda segundo os relatos, os jovens familiares do sexo masculino são estudantes ou exercem profissões, como autônomos, na pesca, na extração de coco e no conserto de veículos do tipo bugres, comumente, utilizados para passeios locais. Alguns participam de um grupo musical local, o Tradissamba, que, constantemente, realiza apresentações nos eventos locais.

Alguns adultos, com idade entre 40 e 60 anos, familiares dos presentes, se ocupam do comércio informal, do serviço público e também de atividades como a pesca, mariscagem, extração de coco, serviços de pintura e construção civil (pedreiros).

Conforme o depoimento do único idoso presente, representando um percentual de 6,7% na reunião, os idosos vivem de aposentadoria e contribuem sempre na renda familiar. Em alguns casos, mantêm um comércio informal na vila.

O Grupo Representativo de Baixio apresentou ainda expectativas em relação ao surgimento de novas e melhores oportunidades de trabalho e geração de renda, porém não apontaram exatamente de onde nem como poderão surgir. Percebe-se que há inúmeros questionamentos em relação à aquisição da Fazenda Baixio pela nova proprietária, a empresa Prima Empreendimentos Inovadores, e quanto aos seus projetos futuros para o local.

O intento desta etapa da pesquisa ao provocar o grupo a participar e expor suas histórias e opiniões com relação aos dados do Diagnóstico referentes a eles próprios, além de relatar sobre suas experiências de vida acumuladas, foi ouvir deles suas impressões e suas percepções em relação a si próprios e ao meio em que vivem.

4ª. Reunião – Identificação dos Valores Comunitários

Após a realização da 3ª. Reunião, outros dois encontros ainda ocorreram com o grupo representativo da população de Baixio. A 4ª. teve o foco no levantamento dos valores comunitários a ser, posteriormente, associados a dimensões da sustentabilidade capazes de, uma vez realizada tal articulação, apontar para proposições de ações e atitudes a serem adotadas pela população, bem como pelo poder público local e demais atores sociais que interajam com a vila, a fim de sanar as dificuldades sociais enfrentadas e fortalecer as possibilidades de desenvolvimento sustentável em Baixio.

Com o propósito de viabilizar esta etapa da fase 2 da pesquisa, foi realizada a Dinâmica do Quebra-cabeça. O Grupo foi dividido em dois, cada um recebeu dois quebra-cabeças desmontados, com as peças misturadas, havendo algumas peças trocadas entre os kits de cada grupo. Foi solicitado ao grupo que montasse o quebra-cabeça em 15 minutos e ficou estabelecido que uma mesa no centro seria o único local de troca das peças, isto é, aquelas peças desnecessárias poderiam ser colocadas lá e quem quisesse do grupo oponente poderia ir

até lá e pegá-la. Durante os quinze minutos, os participantes não poderiam falar, podendo apenas gesticular entre si.

Durante o decorrer da dinâmica, foram expostos painéis com alguns valores escritos tais como: Cooperação / Falta de Cooperação; Respeito ao outro / Falta de Respeito ao outro; Honestidade/Falta de Honestidade; Liderança / Falta de Liderança; Solidariedade no trabalho em grupo/Falta de Solidariedade no trabalho em grupo. Estes valores expostos faziam parte do momento posterior à dinâmica, ou seja, quando o grupo foi convidado a refletir e analisar acerca das atitudes e decisões tomadas durante o jogo.

No momento de síntese dos resultados, o grupo foi orientado a avaliar as suas atuações considerando os valores expostos. Houve estímulo para o surgimento de novos valores, caso algum não listado tivesse sido percebido por algum participante.

A discussão acerca das atitudes e atuações dos grupos e os valores comunitários constatados apontou para o seguinte resultado:

Tabela 7 - Lista dos Valores Comunitários identificados pela Grupo Representativo de Baixio

Valores Grupo 1 Grupo 2

Cooperação Houve Não ouve

Respeito ao outro Houve Não houve

Honestidade Houve Houve

Liderança Não houve Não houve

Solidariedade no trabalho em grupo

Não houve Não houve

Outros Houve aprendizado

pessoal

Não houve organização / gestão do grupo

Dessa forma, através da Dinâmica do Quebra-cabeça na 4ª. Reunião, foram identificados valores como cooperação e honestidade de forma mútua entre os grupos.

Em relação ao respeito ao outro, alguns membros tomaram as peças da mão de outros colegas, em alguns casos, do mesmo time, em outros, de grupo adversário, o que reforçou as dificuldades do trabalho coletivo e obediência às regras, gerando pequenos conflitos entre componentes de um grupo.

Além disso, ainda constatou-se a falta de liderança nos grupos e a desorganização ou a falta de gestão no grupo, conforme foi colocado por alguns participantes.

Um membro destacou ainda que houve aprendizado pessoal com aquela dinâmica ao notar, após a atividade, a forma natural que cada um se comportou durante o jogo, demonstrando, com isso, os verdadeiros valores de cada um na sua atuação.

Tal atividade levou o Grupo Representativo a discutir sobre os seus modos de vida e suas atitudes, a partir da dinâmica de grupo proposta, e avaliar quais valores faziam parte da sua realidade e quais não foram constatados nas suas decisões durante a atividade, havendo, paralelamente, espaço para acréscimo de outros valores percebidos, porém não expostos nos painéis como, por exemplo, a constatação do aprendizado pessoal e da falta de gestão organizacional durante o jogo.

5ª Reunião – Identificação das Dificuldades e das Potencialidades existentes no território de Baixio

A realização da 5ª. Reunião teve como propósito o levantamento das Dificuldades vivenciadas em Baixio bem como das Potencialidades existentes neste território. Esta atividade constituiu numa etapa complementar da dinâmica realizada na reunião anterior, com o intento de aprofundar o (re)conhecimento das suas especificidades a partir da identificação das características e das circunstâncias inerentes a este território, vivenciadas pela população enquanto carências e/ou oportunidades.

Posteriormente, os resultados desta etapa devem subsidiar a análise acerca das dimensões da sustentabilidade as quais devem ser reconhecidas e fomentadas em decorrência do seu potencial latente no contexto específico do território em questão, considerando as peculiaridades das tramas de relações sociais, os valores e saberes comunitários locais e as dificuldades e potencialidades próprias deste contexto.

A reunião foi iniciada com atraso, como todas as demais. Sobre este aspecto, a população não demonstrou pontualidade, talvez por não estar habituada a ter compromissos desta natureza, isto é, ações exógenas no local com apelo à participação comunitária. Talvez por esta falta de hábito e pelo cunho dos encontros, o Grupo não conseguia comparecer no horário marcado, seguindo, na maioria das vezes, com suas atividades rotineiras. Só

começavam a aparecer, após quinze a trinta minutos depois da hora agendada, quando percebiam os movimentos de arrumação do espaço onde a reunião seria realizada, na maioria das vezes, no centro da vila.

O início da reunião, com atraso de trinta minutos, seguiu o procedimento das demais, tendo cada um que apresentar o seu nome juntamente com o som de palmas e movimento de corpo. Os demais colegas seguiam repetindo o anterior e acrescentando a sua performance. A ideia era fortalecer os laços humanos entre aqueles moradores através do reconhecimento de cada um e das suas histórias, de forma descontraída e mais verdadeira possível.

Em seguida, foi apresentada a atividade principal: “Passeio pela nossa vida na vila”. A proposta era para que o grupo, novamente dividido em dois sub-grupos, revisassem a sua vida na vila de Baixio e listassem em seguida a esta discussão, nos dois painéis fixados nas paredes, as Dificuldades vivenciadas no vilarejo, em um deles e, no outro, as Potencialidades existentes na localidade. Cada sub-grupo ficou encarregado de um painel. Cada grupo teve uma hora para discutir e listar o que consideravam, de um lado (Grupo 1), dificuldades por eles vivenciadas no dia a dia na vila e, de outro (Grupo 2), potencialidades peculiares daquele território que pudessem ser fortalecidas a ponto de apontar para ações sustentáveis, considerando a realidade específica daquele local.

Como alguns participantes não sabiam escrever, uma diretriz dada no momento da listagem das considerações pertinentes a cada aspecto (dificuldades e potencialidades), foi a definição prévia de quem seria o responsável por registrar as informações discutidas.

Apresentam-se a seguir os resultados expostos no painel das Dificuldades:

4.3.3 Dificuldades

1. Ausência de espaços com infra-estrutura adequada para a prática de esportes e lazer na vila;

2. Precárias condições físicas das unidades de ensino, não havendo carteiras suficientes nem material de apoio disponível para o adequado funcionamento das mesmas;

3. A freqüente falta de professores e a deficiência na metodologia de ensino acarreta na falta de estímulo dos alunos que tendem a não comparecer às aulas;

4. Precário funcionamento do posto de saúde e a ausência de médicos suficientes para atendimento da demanda local;

5. Sistema de transporte precário em Baixio, não havendo pontualidade nos horários dos ônibus, além da péssima manutenção dos veículos;

6. A utilização de lixões, depósitos a céu aberto de lixo, que causam dano ambiental com a poluição do solo;

7. O mau cheiro proveniente do lixo disposto a céu aberto e o perigo da proliferação de doenças;

8. Incapacidade do poder público local de promover uma gestão social satisfatória na vila de Baixio;

9. Falta de ferramentas de gestão e planejamento do poder público municipal, com estruturas enfraquecidas;

10. A falta de participação comunitária nas decisões do município;

11. Deficiência tecnológica na administração financeira dos empreendimentos comerciais;

12. Falta de clientes e de qualificação da força de trabalho local; 13. Inadimplência;

14. Falta de reconhecimento e apoio financeiro às manifestações culturais típicas da região, como a Marujada, o Reisado, a Festa do padroeiro da vila São Francisco, entre outras tradições;

15. Falta de planejamento adequado, coordenando iniciativas de mitigação e/ou fomento de turismo sustentável;

16. Falta de apoio financeiro para as associações comunitárias no que tange o desenvolvimento de ações na própria comunidade, a exemplo do trabalho de sinalização turística realizado precariamente pela Associação de Condutores de Visitantes de Baixio para melhor identificação dos atrativos e equipamentos das localidades;

17. Recuperação paisagística de lugares da vila que se encontram em avançado estágio

No documento MARIA OLIVEIRA DA SILVA COSTA (páginas 98-110)