• Nenhum resultado encontrado

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Ø Classificações do controle:

Quanto ao alcance

Externo: exercido por um ente que não integra a mesma estrutura organizacional do órgão fiscalizado (na CF, somente o exercido pelo Legislativo).

Interno: exercido por órgão especializado, porém pertencente à mesma estrutura do fiscalizado (Ex:

CGU).

Quanto à natureza

Legalidade: conformidade às normas;

Mérito: conveniência e oportunidade; não pode ser feito pelo Judiciário.

Quanto ao momento

Prévio (a priori): preventivo, orientador.

Concomitante (pari passu): tempestivo, preventivo.

Posterior (a posteriori): corretivo e sancionador.

Quanto ao órgão

Administrativo: exercido pela própria Administração (autotutela e tutela);

Legislativo: exercido diretamente pelo órgão legislativo ou pelos TCs, abrangendo: (i) controle político: feito sobre atos administrativos, por critérios políticos e discricionários; (ii) controle financeiro:

feito sobre atos de que resultem receitas e despesas.

Judicial: exercido pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário.

Ø CONTROLE ADMINISTRATIVO:

Hierárquico = poder de autotutela. Ex: recursos administrativos, processos disciplinares etc. Anulação refere-se a controle de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogação refere-se a controle de mérito: revogam-se atos inconvenientes ou inoportunos.

Não hierárquico = tutela e órgãos especializados de controle (ex: CGU)

§ Direito de petição:

Representação: denúncia de irregularidades à Administração;

Reclamação administrativa: contra atos da Adm. que afetem os direitos do administrado;

Pedido de reconsideração: solicitação de reexame de um ato administrativo pela mesma autoridade que o editou;

Recurso hierárquico próprio: pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que proferiu o ato;

Recurso hierárquico impróprio: dirigido à autoridade que não se insere na mesma estrutura hierárquica do agente que proferiu o ato. Só quando houver previsão em lei.

Ø CONTROLE JUDICIAL:

Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente provocado. Controle a posteriori (regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no mérito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas não revogar o ato.

Mandado de segurança

§ Contra ato ou omissão que importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data.

§ Contra ato ou omissão de autoridade pública, ou de particular no exercício de funções públicas.

§ O ato ou omissão deve importar ilegalidade ou abuso de poder

§ É sempre uma ação de natureza civil

§ Pode ser repressivo ou preventivo

§ Prazo: 120 dias contados da ciência do ato impugnado.

§ Não poderá ser utilizado: contra lei em tese; contra atos de gestão comercial; decisão judicial transitada em julgado; atos internos; ato do qual caiba recurso com efeito suspensivo; substituto da ação de cobrança.

Mandado de segurança

coletivo

§ Legitimados:

ü Partidos políticos com representação no Congresso Nacional.

ü Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

§ Não é necessária autorização expressa dos associados.

§ Pode ser impetrado para defender parte dos associados.

§ Não beneficia o impetrante de MS individual que tenha o mesmo objeto, a menos que haja desistência da ação individual no prazo de 30 dias da impetração da ação coletiva.

Ação popular

§ Contra lesão a interesses difusos: patrimônio público, moralidade administrativa, patrimônio histórico-cultural, meio ambiente.

§ Legitimados: qualquer cidadão no pleno gozo dos direitos políticos.

§ Ação preponderantemente desconstitutiva e subsidiariamente condenatória.

Ação civil pública

§ Proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

§ Legitimados: Ministério Público, Defensoria Pública, Administração, associação constituída há pelo menos um ano.

§ Ação preponderantemente mandamental e preponderantemente condenatória.

Ø CONTROLE LEGISLATIVO:

Responsabilidade pelo controle externo: depende da origem orçamentária primária dos recursos.

Esfera Titular do controle externo Órgão técnico que presta auxílio

União Congresso Nacional TCU

Estados Assembleias Legislativas TCE

Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF

Municípios da BA, GO e PA Câmaras Municipais TC dos Municípios (órgãos estaduais) Municípios do RJ e SP Câmaras Municipais TCM-RJ e TCM-SP (órgãos municipais)

Demais Municípios Câmaras Municipais TCE

Ü Repartição constitucional de funções de controle externo:

Controle exercido diretamente pelo Congresso, suas Casas e

Comissões (controle parlamentar)

Congresso: julgar as contas do PR; sustar atos normativos que exorbitem do poder regulamentar; sustar contratos ilegais.

Senado Federal: aprovar as indicações de nomes indicados pelo PR; julgar autoridades nos crimes de responsabilidade; aprovar operações de crédito externas

Câmara dos Deputados: tomar as contas do Presidente da República, caso não apresentadas no prazo.

CPI: investigar fato determinado.

CMO: examinar e emitir parecer sobre as contas do PR; acompanhar a fiscalizar a execução orçamentária.

Controle exercido pelo TCU (controle técnico)

Competências do art. 71 da CF que podem ser divididas em:

- Exame e julgamento das prestações de contas (no caso das contas do Presidente da República, o TCU emite parecer prévio);

- Atividades de fiscalização (auditorias e inspeções; registro de atos de pessoal; sustar atos administrativos).

ABRANGÊNCIA DO CONTROLE EXERCIDO PELO TCU CF, art. 70. caput

Natureza das fiscalizações:

• Contábil

• Financeira

• Orçamentária

• Operacional

• Patrimonial

Aspectos a serem verificados:

• Legalidade

• Legitimidade

• Economicidade

• Aplicação das subvenções

• Renúncia de receitas Ø Principais competências constitucionais do TCU:

Competências do art. 71, próprias e privativas Observações

Apreciar as contas anuais prestadas pelo Presidente da República, mediante parecer prévio.

O parecer prévio é conclusivo, mas não vinculante. O julgamento é a cargo do Congresso Nacional.

Julgar as contas dos responsáveis por recursos públicos e dos causadores de prejuízo ao erário.

Examina e julga contas de gestão. Única atribuição na qual o TCU profere um julgamento.

Apreciar, para fins de registro, a legalidade de atos de pessoal (atos complexos = antes do registro, o ato não está completo)

Exceções: (i) admissão: cargos em comissão; (ii) aposentadorias, reformas e pensões: melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal da concessão; aposentadorias à conta do RGPS.

Realizar inspeções e auditorias, por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional.

Em qualquer unidade da administração pública direta e indireta, de todos os Poderes.

Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado.

Comunica a decisão ao Senado e à Câmara, separadamente; no caso de contrato, a decisão é comunicada ao Congresso Nacional.

O TCU só decide pela sustação do contrato se o Congresso ou o Poder Executivo não adotarem as medidas cabíveis no prazo de 90 dias.

Documentos relacionados