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Reuniões de vizinhança

Como organizar e executar ações para expansão do Movimento

3. Reuniões de vizinhança

No Manual do Preletor, p. 10, há um trecho que diz o seguinte:

Os preletores precisam transmitir corretamente os ensinamentos da Sei- cho-No-Ie. Além disso, por serem os pioneiros a penetrar em campos ainda não desbravados espiritualmente, precisam estar sempre sustentados por firme convicção. (sublinhado pelo compilador)

Quando falamos em desbravar novos campos, geralmente nossa mente vai para um lugar longínquo, onde imaginamos ainda não ter uma associação da Seicho-No-Ie. Porém, vamos pensar um pouco: a que distância você mora de sua Associação Local? A maioria dos adeptos que frequentam sua Associação Local mora nas imediações ou necessitam ainda de algum tipo de transporte (carro, ônibus etc.) para chegar até lá? Abrir um novo local de reuniões também não é algo tão trivial. Precisamos de toda infraes- trutura que vai desde cadeiras para os participantes até a equipagem do local para que possamos realizar nossas atividades. Tendo isto em vista, muitas vezes nos contentamos em ficar em nossa Associação Local e nosso esforço se limita a divulgar nossas reuniões em torno dela, no caso das cidades que possuem mais de uma associação.

No caso das cidades que possuem apenas uma Associação Local, a situação complica-se um pouco mais, pois não há outras opções aos parti- cipantes, que precisam deslocar-se para aquele lugar, independente de ser perto ou longe de sua residência. Sendo assim, podem acabar desistindo de participar devido aos transtornos de deslocamento (trânsito, horário, com- promissos pessoais etc.).

Cientes da grandiosidade e do compromisso do Movimento da Sei- cho-No-Ie, os líderes não podem contentar-se com a situação atual, por mais cômoda que seja. Por isso, o professor Masaharu Taniguchi fala sobre a im- portância das Reuniões de Vizinhança no 6º artigo das Diretrizes do Movi- mento de Iluminação da Humanidade.

Artigo 6 – Cada membro da Seicho-No-Ie deve esforçar-se na consolida- ção e no desenvolvimento pleno da Reunião de Vizinhança, ciente de que ela faz parte do Movimento de Iluminação e é um órgão de colaboração e vivificação recíproca mais próximo de si. A Reunião de Vizinhança é a primeira atividade em que cada membro manifesta na prática a cons- cientização de que “o homem é filho de Deus”, de que “eu e o outro somos um” e de que “a responsabilidade de tudo está em mim”. Ela deve ter como ponto de partida a manifestação do amor ao próximo e o mútuo servir. Revezando-se na função de responsável ou de encarregado de serviços, os integrantes da Reunião de Vizinhança devem, em todas as oportunida-

des, reforçar mutuamente a conscientização da Verdade, purificando-se, orando e ajudando-se uns aos outros. Assim, compartilhando alegrias e labutas, devem formar um grupo sólido, útil à comunidade local. Aju- dando os outros no sentido de resolver os problemas do cotidiano, devem tornar-se a alegria da vila e a luz do bairro. As atividades desenvolvidas na Reunião de Vizinhança constituem a base, o primeiro passo do Movi- mento de Iluminação da Humanidade, e cada membro deve esforçar-se com a clara noção de que a partir dela se inicia a concretização da Ima- gem Verdadeira da pátria. (sublinhado pelo compilador)

Se no local onde residimos ainda não há uma Associação Local pró- xima, temos aí uma grande oportunidade para começar um trabalho de di- vulgação, relativamente simples, que auxiliará na expansão da Seicho-No-Ie. Foi através deste formato de reuniões que a Seicho-No-Ie, tanto no Brasil como no Japão, consolidou sua estrutura de organização.

Como citado anteriormente, o crescimento de uma Associação Local precisa de profundos alicerces; a Reunião de Vizinhança é como a escavadeira que prepara o terreno para receber esses alicerces. Com a estruturação de diver- sas Reuniões de Vizinhança pelo país, os líderes estarão, na verdade, semeando futuras Associações Locais. Sendo este tipo de reunião algo menos formal, fará com que as pessoas sintam-se mais a vontade para participar e por consequên- cia, assimilarão de modo mais fácil a Verdade pregada pela Seicho-No-Ie.

Este molde de reuniões pode dar a impressão de que o número de participantes seja aquém do ideal, porém os líderes não devem preocupar-se com o número inicial de participantes ou pensar em realizar a Reunião de Vizinhança somente quando houver um número “x” de pessoas.

Na explicação do mesmo artigo está escrito o seguinte:

Pode ser um grupo de três, cinco ou sete pessoas; é preferível que não seja um grupo muito grande. Se as pessoas residirem em locais distantes umas das outras, haverá dificuldades em manter contato ou enviar co- municados, e essas tarefas começam a pesar com o passar do tempo. O ideal é que o grupo seja constituído de pessoas que residam perto umas das outras numa caminhada de aproximadamente dez minutos.29

O mais importante da Reunião de Vizinhança é a transmissão da doutrina para pessoas que não têm acesso a uma Associação Local. Deve-se focar nas pessoas que residem próximas ao local da Reunião de Vizinhança, facilitando assim a criação de vínculo entre seus frequentadores.

Não há uma regra sobre onde deve ser realizada a Reunião de Vi- zinhança, basta que seja um local adequado para receber os participantes. Pode ser na sala de estar de uma residência, um salão de festas ou até mesmo em clubes (cedidos para tal). A periodicidade deverá ser seguida a risca. Se for marcada quinzenalmente, por exemplo, deve-se cumprir este compro- misso a risca. Existem hoje grandes exemplos de Reuniões de Vizinhança que possuem frequência de mais de 20 participantes.

Se nós ficarmos apenas orando em casa e não sairmos para ação, não poderemos ser considerados verdadeiros religiosos. Nossa missão, como pre- letores e líderes da iluminação, acumula diversas responsabilidades. Sendo o preletor aquele que tem a função principal de divulgar e orientar, a realização de Reuniões de Vizinhança deve ser encabeçada por este. Desta forma, o cres- cimento do Movimento Internacional de Paz pela Fé se dará de forma mais profunda e correta, formando grandes líderes de forma contínua.

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