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CTP 2015 PRELETORES E LÍDERES DA ILUMINAÇÃO

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PRELETORES E LÍDERES DA ILUMINAÇÃO

Nome: Regional:

Centro de Treinamento para Preletores e Líderes da Iluminação Superintendência das Atividades dos Preletores

(4)

Oração do desenvolvimento

Sou filho de Deus. Deus é infinito. Portanto,

já possuo dentro de mim sabedoria e capacidade

infinitas, aguardando apenas que eu as

exterio-rize. Cada vez que estudo ou me esforço, mais

exteriorizo sabedoria e capacidade. Por isso,

estou me desenvolvendo diariamente.

(5)

COMO PREPARAR E CONDUZIR UMA BOA PALESTRA ...7

Organizando o que vai ser tratado ...7

Estrutura do roteiro ...8

O que deve ter no roteiro ...9

Divulgações durante a palestra ...9

Como controlar bem o tempo de apresentação do conteúdo ... 10

Preparação do orientador ... 10

COMO ESTUDAR SEICHO-NO-IE DE FORMA SISTEMÁTICA ...12

O quê? Por quê? ... 12

Reflexões ... 13

Leitura ... 16

Sistematizando a leitura ... 18

Bibliografia complementar ... 20

EXERCÍCIO – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ...21

COMO PREPARAR E CONDUZIR UMA BOA EXPLICAÇÃO DE PRÁTICA OU CERIMÔNIA ...23

Por que toda prática ou cerimônia é precedida de explicação? ... 23

Postura dos participantes ... 24

Preparando uma boa explicação ... 25

COMO ESTUDAR TEMAS DA ATUALIDADE ...28

Por que estudar temas da atualidade?... 28

Qual deve ser o objetivo da pesquisa? ... 29

Onde estudar? ... 31

Como pesquisar ... 33

COMO UTILIZAR BEM OS LIVROS NAS PALESTRAS E AULAS ...34

Principais diferenças entre aula e palestra ... 35

Utilização dos livros em palestras ... 36

Utilização dos livros em aulas... 37

COMO CONDUZIR BEM A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO SHINSOKAN ...39

O que é a Meditação Shinsokan? ... 39

Praticar todos os dias ... 39

Postura do condutor ... 40

Como conduzir – passo a passo ... 40

Estudar sobre Meditação Shinsokan ... 45

Variações da Meditação Shinsokan ... 46

(6)

Atividades ecumênicas ... 48

Visitas a hospitais e instituições beneficentes... 49

Visitas a escolas ... 50

Atividades em rádio e TV ... 52

AVALIAÇÃO ...54

COMO ORGANIZAR E EXECUTAR AÇÕES PARA EXPANSÃO DO MOVIMENTO ...57

Projeto 30 – casa cheia ... 57

Visitas de bênção ... 59

Reuniões de vizinhança ... 60

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Como preparar e conduzir uma boa palestra

A palestra é a modalidade mais comum de se transmitir o ensina-mento da Seicho-No-Ie. Todos os preletores e líderes da iluminação, como orientadores do Movimento de Iluminação da Humanidade – Movimento Internacional de Paz pela Fé, desejam realizar boas palestras, que sejam úteis para os adeptos, que sejam claras, que terminem dentro do tempo proposto.

Quando temos a oportunidade de proferir uma palestra da Seicho--No-Ie devemos ter em mente que nosso principal direcionamento é a edu-cação (ou reeduedu-cação) do ser humano como filho de Deus e a formação de sucessores para o movimento da Seicho-No-Ie.

Levando em consideração estes itens, selecionamos abaixo algumas di-cas que podem ser bastante importantes no momento de elaborar seus roteiros.

1. Organizando o que vai ser tratado

a) Planeje o conteúdo de acordo com a solicitação (tema)

b) Anote os tópicos importantes, seja qual for o desenvolvimento do tema c) Relacione ideias secundárias, relacionadas com as ideias principais d) Dentro da ideia do tema, apresente relatos vivos e objetivos

e) Explique o relato, mostrando os pontos principais relacionados ao tema f) Deixe programado no roteiro os momentos em que serão lidos

tre-chos do(s) livro(s)

Importante: nenhum preletor ou líder da iluminação deve dirigir-se para orientar uma atividade sem estudo, sem roteiro ou com trajes não condi-zentes com a sua função.

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2. Estrutura do roteiro

O roteiro deve ser criado após o estudo e o entendimento do objetivo do tema central e pode ser dividido em três partes principais:

a) Introdução

É o momento de assinalar o início da sua atividade, dando as pri-meiras informações sobre o assunto a ser tratado e tornando-se próximo do grupo. Nesta parte podem ser utilizados os seguintes recursos:

• Autoapresentar-se;

• Perguntar se existem novos participantes (se houver, fazer uma breve explicação sobre Seicho-No-Ie, quadro do Jisso etc.);

• Investigação prévia do interesse do público a respeito do tema.

b) Desenvolvimento

• Explanação sobre o tema; • Citação de livros sagrados;

• Relatos de experiências, de preferência os já publicados, com ênfa-se no lado bom e positivo da história.

Importante: para que a palestra não se torne cansativa, prefi-ra leituprefi-ras curtas com maior explanação. Pode-se ler um trecho e explicá-lo posteriormente ou pode-se explicar um conceito e enfatizá-lo com a leitura do trecho.

c) Conclusão

É o fechamento do tema e deve ser conduzido de forma a despertar no público a fé de que tudo o que foi dito é Verdade e traz bons resultados, se colocado em prática. Por isso, é bom sugerir uma “lição de casa”, uma prática simples a ser realizada até a próxima reunião.

Este também é um bom momento de incentivar os participantes a terem ideais grandiosos, não apenas para si, mas para a felicidade de toda a humanidade.

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3. O que deve ter no roteiro

Podemos dizer que um bom roteiro vai conter, basicamente: • Explanação sobre a Imagem Verdadeira da Vida

• Explanação sobre a aplicação das leis mentais para manifestação da Imagem Verdadeira

• Relatos de experiência que ilustrem o que está sendo exposto • Práticas cotidianas do ensinamento

• Trabalho no Movimento de Iluminação da Humanidade – Movi-mento Internacional de Paz pela Fé

4. Divulgações durante a palestra

É fundamental que o preletor ou líder da iluminação trabalhe alinha-do com a associação local onde irá proferir a palestra. Por isso, precisa entrar em contato previamente com o presidente da associação e perguntar sobre os livros que estão em estoque. As associações locais recebem quatro livros a cada lançamento, mas se os orientadores não se engajarem em sua divulga-ção, eles serão apenas um acúmulo material em estoque ao invés de oportu-nidades de estudo, aprimoramento de caráter e expansão do movimento.

Também é importante verificar junto ao presidente quais os outros artigos que podem ser divulgados (Missão Sagrada, cota de revistas, assina-tura de revistas, Oração para Cura Divina-Forma Humana, eventos), para que seja inserido em seu roteiro, sem desviar-se do assunto.

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5. Como controlar bem o tempo de apresentação do conteúdo Os assuntos da Seicho-No-Ie são bastante vastos e abrangentes, mes-mo que a proposta de estudo seja de apenas um pequeno trecho do livro. No entanto, o preletor ou líder da iluminação deve ter em mente o respeito ao tempo estipulado na programação.

Assim sendo, por mais rico que seja o conteúdo do roteiro, o orienta-dor deve planejar sua apresentação, de modo a apresentar a ideia principal solicitada pelos organizadores do evento. Isto significa que, uma vez prepa-rado o roteiro, é preciso treinar utilizando-o e adaptando sua explanação, de modo a otimizar bem o tempo, sem deixar de explanar sobre o necessário. O treinamento garantirá ao orientador experiência, domínio do assunto e mais naturalidade. Aqueles que mais treinam são aqueles que atingem a ex-celência. Nada é tão bom que não possa ser melhorado.

6. Preparação do orientador Antes da palestra

• Adquira o hábito de praticar diariamente os ensinamentos da Sei-cho-No-Ie;

• Acredite que as práticas funcionam, inclusive para você;

• Estude e leia todos os dias as obras da Seicho-No-Ie, mesmo que não esteja escalado para uma palestra – isto aprimora seu conhe-cimento e aprofunda sua convicção de filho de Deus;

• Ao receber um tema para palestra, prepare-se bem e com antece-dência: quanto mais cuidado, mais qualidade.

Durante a palestra

• Tenha em mente que o objetivo de toda palestra é formar um adepto consciente de sua natureza divina, um líder da Seicho-No--Ie e um cidadão atuante;

• Fundamente suas palavras nos livros da Verdade;

• Tenha cuidado ao fazer uma colocação, para que ela não assuma um tom de discriminação;

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• Demonstre sua felicidade por ser um orientador da Seicho-No-Ie proferindo palavras boas, positivas e alegres;

• Mantenha uma boa fisionomia e, independente da situação que esteja vivendo em sua vida pessoal, mantenha o dinamismo; • Evite “piadinhas” e termos chulos.

Depois da palestra

• Esteja preparado e receptivo para a orientação pessoal;

• Crie uma relação de confiança através de pequenos gestos para que o adepto encontre o espaço para conversa;

• Tenha interesse pelas coisas que os adeptos disserem e deseje sin-ceramente despertar nele a consciência da Imagem Verdadeira; • Esteja disposto a dar assistência ao adepto até que ele concretize

seu objetivo.

Importante: ao realizar uma palestra da Seicho-No-Ie, tenha em mente o tipo de público que deve atingir. Por exemplo, se você estiver escalado para orientar uma reunião para homens, à noite, durante a semana, deve levar em consideração que boa parte deles tenha passado o dia no trabalho, por-tanto podem aparentar apatia ou indiferença. Para não se deixar enganar, lembre-se de que eles estão presentes porque estão interessados. Não é aconselhável tentar animá-los com atividades para outro tipo de público, como músicas infantis, por exemplo, pois os resultados podem ser desastro-sos. Seria melhor fazer um treino de palavras afirmativas, treino do riso etc.

(12)

Como estudar Seicho-No-Ie de forma sistemática

Nesta aula pretendemos refletir sobre estudo sistemático. Não temos a intenção de esgotar o assunto, já que há muito o que tratar sobre o tema. Além do universo de informações do movimento Seicho-No-Ie, há muito que aprender sobre o ato de estudar, principalmente em se tratando do ambiente acadêmico. Áreas como a Linguística, a Filosofia, a História ou a Pedagogia contribuem muito com o estudo desta competência.

Para a correta transmissão da Verdade aos demais é imprescindível a leitura de muitos livros sagrados e devemos fazê-lo corretamente. Aqui, apresentaremos o “Por que fazer?” e propostas de “Como fazer?”, a fim de contribuir com nossa formação como mensageiros da Verdade.

1. O quê? Por quê?

“Sistemático”, segundo o dicionário de português, é sinônimo de me-tódico, organizado, conexo; e “sistematizar” é “fazer com que fique sistemá-tico, em ordem, coerente, ordenado”.

“Estudo” é o tempo que uma pessoa gasta na obtenção do conhecimen-to. É relativo à análise e avaliação de informações. É o processo de aquisição de saber. O termo teria como raiz a palavra odo, que quer dizer caminho. Portanto, estudo pode ser o processo de escolha do bom caminho para satisfazer um obje-tivo. Há pessoas que gostam de estudar e são consideradas pessoas que pensam no seu futuro, que estão preparadas para enfrentar variadas situações como falar em público sobre determinado assunto, realizar provas, testes ou até lecionar.

Estudo sistematizado, portanto, é o estudo gradativo, metódico que pode partir de conceitos mais simples a fim de alcançar os mais complexos. Passa também pela relação sujeito leitor e texto lido e a interpretação que nas-cerá dessa relação. Aqui encontramos caminhos diferentes para cada leitor. Em nosso caso, estudiosos do ensinamento será uma série de ações

(13)

sistemati-zadas com o objetivo de atingir a compreensão integral da Verdade. Sobre essa questão não há novidade, pois essas ações sistematizadas são representadas pelas três práticas espirituais da Seicho-No-Ie. São elas a Meditação Shinsokan, a leitura das publicações sagradas e os atos de amor e caridade.

A leitura dos livros sagrados tem uma importância fundamental para a prática da Meditação Shinsokan. É preciso ler primeiramente com

atenção, repetidas vezes a obra A Verdade da Vida e, depois, praticar a Meditação Shinsokan compreendendo bem, no nível do consciente, que

a Imagem Verdadeira da Vida é a natureza divina ou búdica, não sendo substância material (…). A prática da Meditação Shinsokan e o

conhe-cimento da Verdade de que a Vida do filho de Deus é imortal, por meio da leitura de A Verdade da Vida, se complementam reciprocamente e

reforçam nossa fé e nossa compreensão da Verdade. Ambas não devem ser negligenciadas (…). A prática da gratidão complementa a Meditação Shinsokan, caso contrário, sua fé nada mais será que um filosofismo que

o arruinará, tornando-o presunçoso, ingrato e imprudente.1

Fazemos parte de um movimento de larguíssima amplitude e o su-cesso dessa desafiante empreitada depende da preparação de cada um. 

2. Reflexões

O ensinamento da Seicho-No-Ie chegou ao público pela primeira vez através de uma publicação escrita cujo objetivo sempre foi propagar para toda a humanidade o modo de viver feliz.

A sexta Declaração Iluminadora diz que “Para melhorarmos o destino da humanidade mediante o poder criador das boas palavras, divulgamos a doutrina em livros, publicações, seminários, conferências, transmissões em rádio e TV e outros meios culturais”.

1 Meditação Shinsokan, leitura de livros sagrados, prática de gratidão e de caridade in Explicações Detalhadas sobre a

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Portanto, é missão da Seicho-No-Ie iluminar a humanidade publicando livros e revistas que contenham boas palavras (...). O destino do homem é influenciado pelo que ele lê.2

Saber o que é a Seicho-No-Ie é uma das perguntas mais exigentes de se responder. Por isso, noção parcial de sua doutrina é insuficiente para com-preendê-la. “Nós, adeptos da Seicho-No-Ie, empenhamo-nos no autoapri-moramento constante, visando apreender a Imagem Verdadeira (...) com esse objetivo que devemos ler as revistas e os livros da Seicho-No-Ie, ler as sutras sagradas; praticar a Meditação Shinsokan; ouvir palestras; divulgar o ensinamento; manifestar concretamente o amor ao próximo; enfim, viver a Verdade no dia-a-dia”.3 Devemos estudar.

Quando dizemos “estudar”, as pessoas podem pensar que estamos falando em aprender na escola, mas não se limita a isso. “Estudar” significa “empe-nhar-se” em algo, e isso não ocorre apenas na es cola.4

Neste mesmo capítulo, o professor Seicho Taniguchi ainda afirma que as pessoas que estudam adquirem cada vez mais capacidade e inclusive capacidades ocultas se manifestam dependendo dos estudos efetuados, do treinamento e do esforço.

Estudar é aprender todas as coisas que estão em nosso entorno. Re-fletir como se relacionam com nosso cotidiano e com a nossa fé. A vida cor-responderia, portanto, ao nosso período de estudos.

Todo estudo começa com questões simples e vai-se tornando cada vez mais complexo. E, em qualquer estudo, ocorrem fracassos e vai-se aprendendo a cada fracasso. Portanto, não se deve desanimar logo que fracassar. Supor-tar isso também faz parte do estudo da Vida.5

2 Interpretação das Sete Declarações Iluminadoras In Imagem Verdadeira e Fenômeno, p. 104. 3 O que é a Seicho-No-Ie, prefácio.

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Podemos entender em nosso contexto de estudo o fracasso como sendo o momento em que não entendemos o que o texto quer nos transmi-tir e acabamos desgostando ou abandonando seu estudo e/ou leitura. Cada indivíduo tem suas características pessoais, seu tempo e suas necessidades para relacionar-se com o estudo. É preciso identificar claramente quais as estratégias adequadas para cada um e esmerar-se no treinamento. A apren-dizagem melhorará a cada dia.

Outra questão fundamental para ponderarmos é se estudar sistema-ticamente é somente uma relação técnica com o objeto de estudo ou também está associada à prática/vivência de cada indivíduo e o meio. Quando nos baseamos somente em nosso olhar é comum que formulemos interpretações superficiais e baseadas no senso comum. O professor Masaharu Taniguchi afirma: “Não seja uma pessoa superficial, sem opinião própria”.6 Não há fé

destituída de conhecimento. Para alcançarmos o conhecimento será neces-sário:

a) Aceitar o estudo com espírito de curiosidade; b) Apropriar-se do assunto; e

c) Relacionar-se com ele a fim de alcançar as intenções do texto.

É errado pensar que, tendo-se convertido a uma fé religiosa, pode-se negli-genciar o treinamento físico. A perseverança no treinamento físico implica contínuo esforço por parte do espírito, que cultiva a força de vontade. O resultado é o fortalecimento espiritual e físico.7

O ser humano costuma ter ideias preconcebidas que, uma vez arraigadas, o impede de aceitar novos pontos de vista. Quanto pior for uma ideologia, mais tenderá a persistir no seu ponto de vista, não aceitando novas opi-niões. Por isso é fácil verificar a qualidade de nossas ideias; basta medir o quanto elas nos levam a odiar e rechaçar novas opiniões.8

6 Torne-se um ser humano completo, verdadeiramente culto In Ensinamento da Verdade para Jovens v. 2, p. 179. 7 Torne-se um ser humano completo, verdadeiramente culto In Ensinamento da Verdade para Jovens v. 2, p. 181. 8 Por uma Vida Radiante, p. 30.

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Nosso estudo do ensinamento da Seicho-No-Ie deve ocorrer direto na fonte: os livros sagrados. A leitura será nossa maior aliada.

3. Leitura

Ler é uma atividade de grande riqueza que não envolve somente co-nhecimentos de uma língua, significados de palavras ou sua fonética. Ler implica em conhecimentos de cultura e ideologia. A palavra deriva do Latim “lectura”, originalmente com o significado de “eleição, escolha, leitura”.

A leitura é a forma como se interpreta um conjunto de informações (presentes em um livro, uma notícia de jornal etc.) ou um determinado acon-tecimento. É uma interpretação pessoal. O hábito de leitura é uma prática extremamente importante para desenvolver o raciocínio, o senso crítico e a capacidade de interpretação.

Leia muitos livros. O tipo de livro e a atitude mental com que se lê podem determinar o seu destino.9

Ler não é uma atividade mecânica. Deve ser um momento prazeroso. Muitas pessoas têm dificuldade de interpretar aquilo que leem, mas para conseguir alcançar as intenções do texto é preciso esforço.

a) Reserve uma parte do seu dia para a leitura. “Ler pelo menos uma vez ao dia equivale ao gotejar d’água contínuo que acabará furando a pedra do destino”10;

b) Não diga “amanhã eu leio” ou “tenho mais tempo amanhã”. A cons-tância faz com que nos habituemos à leitura. O hábito torna a ação absolutamente necessária. Essa rotina criará melhores mecanismos

(17)

de compreensão. Nunca diga que não tem tempo. “O tempo é algo que se cria”. Há muitas horas de nosso dia que podem ser remaneja-das, como as horas de sono, das refeições, de descanso. Até mesmo de trabalho. A questão está em ter ou não disposição para realizar esta tarefa. Este horário de leitura deve ser diário;

c) Procure um local adequado;

d) Tenha à mão os recursos que lhe parecem adequados para o momen-to de leitura: marca-texmomen-to, lápis, dicionário ou até mesmo o compu-tador. Cada leitor tem sua própria estratégia não havendo uma única que determine o sucesso de sua leitura. É fundamental que cada um reconheça a que lhe parece mais adequada;

e) Dialogue com o texto estabelecendo relações, comparações, associa-ções à sua vida pessoal, ao contexto atual, à sua nação;

f) Identifique suas dúvidas conceituais e esclareça-as; g) Esclareça também suas dúvidas de vocabulário;

h) Flexibilize para entender o texto. Aceite o jogo proposto pelo autor e “fique amigo do texto”. Às vezes, para entender a proposta é necessá-rio tentar novas estratégias que nos motivem de formas diferentes. Por exemplo: se sua leitura é silenciosa, experimente uma leitura em voz alta. Se você não costuma fazer anotações, tente fazê-las;

i) Leia com a alma.

Muitas vezes estamos lendo e acreditamos estar entendendo tudo perfeitamente e quando chegamos ao final do texto parece que não apreen-demos nenhum conceito. Por outro lado, há vezes que o texto parece ser ex-tremamente difícil e nossa compreensão está truncada. No entanto, chega-mos ao final da leitura com a ideia principal concluída. É a isso que se refere a dinâmica do texto associada ao perfil do leitor. O treino é fundamental.

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4. Sistematizando a leitura

Há diversas estratégias para tornar sua leitura mais refinada. Apre-sentaremos algumas delas:

a) Perguntas

Antes de ler um texto, você pode inferir o assunto principal e propor perguntas ou questões pré-leitura que visem verificar sua ideia do texto. O livro Decisão em Prol das Futuras Gerações – por que um

religio-so defende o abandono da energia nuclear propõe uma mudança

para a geração atual que beneficiará somente as gerações fu-turas? Se for isso, por que devo tomar decisões se eu não serei beneficiado? Que decisões são essas?

Inicie a leitura e busque as respostas ou evidências que apontem di-reções que esclareçam suas dúvidas iniciais. Ao longo da leitura você pode comparar ou estabelecer relações com eventos da atualidade, históricos, buscar novos exemplos que corroborem seu aprendizado e fazer anota-ções11. Quando chegar ao fim da leitura deverá ser capaz de analisar o tema

criticamente e ser capaz de discorrer sobre ele oralmente ou por escrito.

b) Ideia principal

Outra estratégia é, sem pressupor nada, buscar a ideia principal do texto a partir de uma leitura minuciosa e organizar quadros comparativos associando ideias e criando conexões que regulem se você entendeu ou não o texto. Vejamos o exemplo: Tópico do livro A Verdade da Vida v. 14 – Educação “Reverencie a criança. Através da reverência, faça emergir o tesouro cha-mado talento, que se aloja no interior da criança.”

Ao lermos esse trecho do livro podemos pensar:

Ideia principal: reverenciar faz manifestar o que há de precioso na criança.

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Reverenciar Não reverenciar

Talento Mediocridade

Manifesta o que já existe Não permite que se exteriorize o que se aloja na criança É preciso saber o que é reverenciar Manter-se na rotina cotidiana basea da no desconhecimento da

im-portância da reverência

Este é somente um exemplo. Cada leitor pode seguir a estratégia usando recursos que lhe sejam peculiares e facilitadores no movimento de compreender o texto.

c) Resumos

Esta estratégia é bastante comum para quem gosta de escrever. O importante é usar suas próprias palavras evitando cópias do texto original.

d) Relacionar conceitos

Como o estudo se dá de forma constante, é natural que haja conceitos que se entrelacem ou que expliquem de formas diferentes o que já foi estuda-do. Registre essas conexões (nos livros ou em cadernos de estudos). Assim, quando você precisar falar a respeito destes temas as obras de referência serão identificadas mais facilmente.

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e) Estudo em grupo

Estudar com outros colegas é bastante rico e pode contribuir com sua formação, pois os referenciais pessoais são diferentes e, ao compartilhá-los, a compreensão também se ampliará. Além disso, falar daquilo que você já estudou também contribui no processo de estudo.

5. Bibliografia complementar

Seguem algumas sugestões de leitura que nos permitirão refletir so-bre o papel da leitura e nossa relação com o texto:

Como ler livros

Autores: Charles Van Doren e Mortimer Adler Tradutores: Eduardo Wolf e Pedro Sette Camara Editora: E Realizações

Assunto: Literatura estrangeira – teoria e crítica literária Ler, pensar e escrever

Autor: Gabriel Perisse Editora: Saraiva

Assunto: Administração

Metodologia do trabalho científico – edição revisada e atualizada Autor: Antonio Joaquim Severino

Editora: Cortez

Assunto: Metodologia de pesquisa A importância do ato de ler

Coleção: Questões da nossa época, v. 22 Autor: Paulo Freire

Editora: Cortez Assunto: Pedagogia

Como ler um texto de filosofia Autor: Antonio Joaquim Severino Editora: Paulus

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Exercício – Interpretação de texto

Leia com atenção o texto abaixo, extraído do livro A Cartilha da Vida v. 1 (pp. 83-84), e responda as perguntas sobre ele.

Dentro da condução para a escola, para a firma ou para a fábrica, fe-che os olhos e chame:

“Ó Deus, que estais no âmago de minha alma e que sois a força infini-ta, manifestai-Vos vigorosamente!”.

Em seguida, mentalize várias vezes:

“Estou protegido pela força infinita! Não me canso! O homem possui força infinita!”.

Essa é a Meditação Shinsokan mais simples, cuja prática impede que nos cansemos e que faz com que se manifeste em nós a infinita força para o trabalho, a infinita força para o estudo.

Leitor, experimente praticá-la.

Experimente praticá-la todos os dias, continuadamente. Você adqui-rirá uma autoconfiança extraordinária. Uma capacidade admirável surgirá do seu interior. Seu corpo se tornará saudável, sua capacidade de memória au-mentará, sua eficiência no trabalho e no estudo melhorará e, como consequ-ência, você será mais benquisto, construindo assim a base do seu êxito futuro. De nada adianta praticar essa meditação somente uma ou duas vezes e desistir. Ela deve ser praticada todos os dias; pode ser na condução diária de ida e de volta, pode ser apenas durante um minuto, antes de começar a es-tudar. Você deve constantemente dirigir aquelas palavras ao mais íntimo de si mesmo. Adquirindo esse hábito, poderá se sair bem nos exames ou quan-do surgirem problemas difíceis na firma. Basta chamar por seu Deus interno apenas alguns segundos, “Ó Deus que estais no âmago de minha alma…”, que você conseguirá se concentrar, recobrar a calma e vencer as dificuldades com admirável desembaraço.

É muito mais fácil chamar a força infinita que está dentro de nós mes-mos do que ficar pedindo auxílio aos outros. Dentro de você mesmo existe a força infinita! E a força infinita se manifesta com um método tão simples!

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1) Qual é a ideia central do texto?

2) Podemos concluir que a prática tradicional da Meditação Shinsokan (estáti-ca) pode ser substituída pela prática sugerida no texto? Por quê?

3) Cite um outro texto que trate do mesmo assunto ou um relato que com-prove sua veracidade.

(23)

Como preparar e conduzir uma boa explicação

de prática ou cerimônia

De acordo com os Pensamentos básicos em relação aos cerimoniais da Seicho-No-Ie, as práticas e cerimônias são compostas de dois aspectos: de natureza mental e de natureza formal.

Os “elementos de natureza mental” são componentes universais, os quais pessoas do mundo todo, mesmo aquelas pertencentes a esferas culturais diferentes, podem apreender, tais como a fé, a mente de celebração dos ofícios, a mente de oração etc.12

1. Por que toda prática ou cerimônia é precedida de explicação? Antes de iniciar qualquer prática ou cerimônia, o condutor deve dar ao participante a dimensão que essa prática ou cerimônia possui. Todas elas possuem um profundo significado espiritual e deverão ser realizadas com essa mente de espiritualidade.

A prática de purificação da mente, por exemplo, é muito comum em nos-sas atividades e grande parte dos adeptos já conhece sua explicação. No entanto, o orientador escalado para conduzi-la deve realizar a explicação antes da prática. Aliás, a explicação deve anteceder, inclusive, o preenchimento dos papeis com os textos de confissão. Isto porque, se não houver uma profunda reflexão e sincero arrependimento (este é o princípio da purificação da mente), o preenchimento será mera formalidade e a prática não surtirá todo o efeito proposto.

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2. Postura dos participantes

De maneira geral, o que se espera de nossos adeptos – ao participa-rem das práticas e cerimônias – é que sintam a profunda vibração de amor e misericórdia, que sintam-se preenchidos de paz espiritual e com a certeza de que aquela prática ou cerimônia já surtiu efeito.

É necessário fazer com que o participante entre na vibração da práti-ca ou cerimônia e para isso deverá ser orientado pelo orientador a:

• Desligar todo tipo de aparelho eletrônico (principalmente telefo-nes);

• Evitar conversas paralelas durante a explicação (o silêncio é sagra-do);

• Concentrar-se nas palavras do condutor e repeti-las com convic-ção quando for solicitado;

• Sentar-se corretamente na cadeira etc.

Todos estes aspectos, se não forem observados, podem resultar di-retamente na falta de comprometimento e concentração do participante e, com a mente desvirtuada, dificilmente entrará na vibração de espiritualida-de que a prática ou cerimônia requer.

Para que o participante possa manter-se atento durante a explicação, o preletor ou líder da iluminação precisa conduzir sua explanação de modo que o público se identifique com o que está sendo proposto, incluindo relatos de experiência com situações comuns, cotidianas. Assim, os participantes pen-sarão “Puxa, exatamente como aconteceu comigo!” e ficarão atentos à prática realizada pelo protagonista do relato, bem como o resultado alcançado.

O objetivo da explicação que antecede a prática ou cerimônia é fazer com que a mente fique direcionada com fé para a oração a ser realizada.

Orar é criar ondas mentais que fazem emergir neste mundo aquilo que

já existe no mundo da Realidade, de acordo com os nossos desejos. Fé são

estas ondas mentais que se manifestam com grande intensidade.13

(25)

3. Preparando uma boa explicação

• Antes de iniciar a preparação, leia todo o roteiro da prática ou cerimônia. Mesmo nas palavras de oração do roteiro, existem pontos que precisam ser tratados na explicação para preparar a mente dos participantes. • Leia os textos Pensamentos básicos em relação aos cerimoniais da

Sei-cho-No-Ie, Explicações gerais, Tabela para utilização de vestimentas cerimoniais e Recomendações com relação às cerimônias, que

cons-tam no manual Cerimônias e Práticas da Seicho-No-Ie.

• Inclua na explicação alguns esclarecimentos sobre as formalidades que acontecerão durante a prática ou cerimônia (por exemplo: in-cineração de papeis, oferta de incenso, agradecimento etc.). • Norteie a explicação nos principais sentimentos que devem

per-mear a prática ou cerimônia:

Cerimônia / prática Sentimento

Cerimônia em memória dos

ante-passados Gratidão

Cerimônia em memória dos

anji-nhos abortados Arrependimento* e acolhimento Cerimônia de grande purificação da

mente Arrependimento*

Cerimônia de consagração de

agra-decimento à Missão Sagrada Gratidão

Cerimônia de purificação de moradia Alegria, gratidão, mente positiva e dócil Cerimônia de purificação de

estabe-lecimento comercial Alegria, gratidão, mente positiva e dócil Cerimônia de purificação de veículo Alegria, gratidão, mente positiva e dócil Cerimônia de purificação do livro

sagrado Alegria, gratidão, mente positiva e dócil Cerimônia de consagração de recinto Alegria, gratidão, mente positiva e dócil

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Cerimônia / prática Sentimento Cerimônia de vinculação de alma à

tabuleta memorial Gratidão, respeito e reverência Cerimônia de desvinculação da alma

da tabuleta memorial Gratidão, respeito e reverência Cerimônia fúnebre com vinculação

de alma à tabuleta memorial Gratidão, respeito e reverência Cerimônia fúnebre sem vinculação Gratidão, respeito e reverência Cerimônia de remoção dos registros

espirituais Respeito e reverência Cerimônia de aniversário de

faleci-mento do sagrado mestre Masaharu

Taniguchi Gratidão, respeito e reverência Cerimônia de aniversário de

falecimen-to da sagrada irmã Teruko Taniguchi Gratidão, respeito e reverência Cerimônia de gratidão ao sagrado

mestre Masaharu Taniguchi e ao

sa-grado professor Seicho Taniguchi Gratidão, respeito e reverência Cerimônia para evitar acidentes

au-tomobilísticos na rodovia Amor, respeito, proteção Cerimônia em memória dos pioneiros Gratidão

Purificação da mente Arrependimento*

Meditação Shinsokan de oração mútua

Para quem doa: solidariedade, gra-tidão, mente natural e humildade para autocorrigir-se

Para quem recebe: Arrependimen-to*, desejo de curar-se, convicção de que está salvo e retribuição

Prática recitativa “Reino de Deus de

infinita provisão” Prosperidade, alegria e gratidão Prática recitativa “Imagem

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* Arrependimento – o preletor / líder da iluminação deve ter o cuidado de não incentivar no adepto a autopunição, isto é, não é fazer com que o adepto se sinta culpado e sim que ele desperte para sua natureza divina e decida romper terminantemente com comportamentos incompatíveis com essa na-tureza.

Para que se produzam os resultados esperados em qualquer ativida-de ativida-de cunho espiritual, o participante precisa estar disposto a se entregar a Deus e agradecer a Ele pela oportunidade de estar ali.

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Como estudar temas da atualidade

Dividimos esta aula em quatro itens fundamentais para compreen-são da importância de estudar e compreender os temas da atualidade. 1. Por que estudar temas da atualidade?

O professor Masaharu Taniguchi nos orienta sobre a importância e a necessidade do religioso estar atento e por dentro das questões atuais. Esta orientação consta no item “A missão do religioso na atualidade”, página 63 do livro Pensamentos de Sabedoria:

Para que a religião possa salvar o povo todo, ela precisa apresentar-se em conformidade com as necessidades de cada época. Mas os teólogos e reli-giosos da atualidade estão cumprindo essa nobre missão? O dr. Hardman diz que não, já que eles pensam:

Por que terei de me dedicar a uma tarefa tão árdua como continu-ar pesquisando? Nosso credo, nossa doutrina, nosso dogma já não tratam da Verdade absoluta sobre Deus? Se os homens ainda seguem tropeçando, sofrendo por dificuldades, pecado, pobreza, isso aconte-ce porque eles detestam crer e receber a salvação. Minha função

é salvar a alma deles para o paraíso futuro. Nossa revelação divina sobrenatural, o sacrifício de uma pessoa para salvar o mundo e sub-jugar o demônio – isso é o bastante. Faço pregações. Mas estudar as leis mentais, isso jamais. Por quê? Porque isso seria o mesmo que con-fessar que não conheço perfeitamente Deus. Chega de ofensas insinu-antes de que eu teria cochilado no momento crucial, ou que eu estaria totalmente enganado.

Não há salvação se for esse o pensamento dos religiosos atuais.

Dessa forma, para os homens modernos com inteligência científica, a reli-gião torna-se algo sem nenhuma relação com eles. Se os religiosos pensam seriamente em levar salvação ao homem da atualidade, é necessário falar sobre religião de uma forma mais científica. (sublinhado pelo

compila-dor)

Desde o início, o espírito da Seicho-No-Ie é transmitir um ensinamen-to em sinensinamen-tonia com o momenensinamen-to atual, respondendo às questões do mundo

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e sociedade contemporâneas. O conhecimento de tais questões é necessário também no âmbito da salvação individual, uma vez que todos nós somos permeados pelas tendências, ansiedades, modismos, enfim, pelo mundo a nossa volta. Conhecer o mundo e o nosso tempo é um dos caminhos para conhecer a pessoa que estamos orientando.

O professor Masaharu Taniguchi sempre enfatizou que o ensinamen-to dialoga (e que deve sempre dialogar) com o que diz no momenensinamen-to a ciência (medicina, física, biologia etc.), filosofia, estudos sobre a mente, pensamen-to iluminador. Na Revista Seicho-No-Ie Nº 1, que deu origem ao movimenpensamen-to em 1º de março de 1930, encontramos o nome e as contribuições de diver-sos pensadores, religiodiver-sos e psicanalistas. Essa postura se mantém até hoje como uma característica da transmissão da Verdade pela Seicho-No-Ie, e uma das bases para a autoridade e qualidade de suas pregações.

2. Qual deve ser o objetivo da pesquisa? a) Papel do divulgador

Ao estudarmos os diversos assuntos em variadas fontes, precisamos manter em mente, com clareza, qual o objetivo dessa pesquisa.

O que nos leva a pesquisar um determinado assunto? Quando pes-quisamos algo, fazemos tendo em vista as preferências e motivações pesso-ais, curiosidades, necessidades profissionais etc.

Como divulgadores, o nosso papel é compreender bem os ensina-mentos para divulgá-los ao maior número de pessoas possível. Para reali-zarmos esta nossa atribuição, a pesquisa de assuntos deve ter como objetivo aumentar o repertório de conhecimentos que nos ajudem a reforçar, ilustrar e aprofundar o entendimento de temas que a doutrina aborda.

É válido ou permitido conhecer outros ensinamentos, abordagens, filosofias? Sim, obviamente. No entanto, devemos sempre, no contexto de nossas atividades, como divulgadores da Seicho-No-Ie, compreender bem a sua doutrina, seus posicionamentos e abordagens, e cuidar para que não haja a emissão de opiniões pessoais sobre determinados temas, ou trazer outros ensinamentos por considerar pessoalmente que seja um posiciona-mento ou tese mais interessante que a própria Seicho-No-Ie.

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b) Enriquecendo o repertório

Conhecer bem determinado assunto nos auxilia para que possamos argumentar a favor de nossos posicionamentos. Uma argumentação pode ser realizada não apenas apresentando opiniões que concordem com o seu ponto de vista. Pode ser também realizada refutando-se opiniões contrárias. Em se tratando de temas que dialogam com outras áreas de saber (ci-ência e religiões), é bastante importante que tenhamos uma bagagem sufi-ciente para que as nossas colocações estejam embasadas consistentemente. Nas Conferências Especiais da Seicho-No-Ie para a Paz Mundial, so-mos orientados de modo a sempre buscarso-mos estudar os assuntos ali trata-dos sob diversos aspectos e aprofundamentos, para que haja uma sólida base em nossas colocações sobre o tema.

c) Ampliar o conhecimento e a compreensão do tema

O estudo de temas da atualidade não só nos auxiliam nas argumen-tações, mas possibilita também um maior aprofundamento e ampliação do nosso conhecimento sobre o assunto em questão. Neste sentido, é uma im-portante aquisição que nos enriquece e nos faz reconhecer mais e mais as diversas implicações do posicionamento da Seicho-No-Ie, bem como sua re-levância em nossas vidas e como resposta às questões atuais.

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3. Onde estudar?

a) Fontes de pesquisa

Hoje em dia temos à nossa disposição uma enorme quantidade e va-riedade de informações acessíveis. Isso nos cria grandes facilidades, mas nos requer um cuidado redobrado.

O problema da qualidade das informações – nem sempre o que está em livros ou na internet é uma informação correta, de fontes seguras ou soli-damente embasadas. Assim sendo, vale a pena tomar os seguintes cuidados:

• Quando você lê um texto, certifique-se e informe-se sobre o seu autor e a procedência dos dados. Existem muitas pessoas escre-vendo sobre diversas coisas, mas nem sempre são autoridades ou entendidos no assunto. Considere que quanto mais confiável o au-tor, maior a solidez de seus argumentos.

• Sites de pesquisa como Wikipedia, apesar de auxiliarem para se ter uma noção sobre um determinado tema, têm as suas informa-ções alimentadas pelo público em geral, podendo haver problemas em seu conteúdo.

• Reportagens de revistas e jornais (escritos ou na TV), sempre têm um posicionamento próprio. Nenhuma reportagem é neutra, pois procura transmitir uma opinião da revista, mesmo em se tratando das últimas descobertas sobre determinada dieta, ou sobre deter-minada terapia para a cura de deterdeter-minada enfermidade.

• Sempre que possível, procure a opinião de um ou mais especialis-tas no assunto.

• Quando for apresentar alguma informação pesquisada, procure mencionar a fonte (pesquisador tal, de tal instituição ou revista tal, ou noticiário de tal emissora). Isto assegura que tal é o posicio-namento dessa pessoa ou da instituição emissora.

b) Onde pesquisar:

Tomados os devidos cuidados, as fontes são as mais variadas e possíveis: • Reportagem de TV, jornal, revista (com ressalvas);

• Internet (com ressalvas);

• Publicações e revistas científicas (recomendado sempre pelo seu reconhecimento acadêmico, mas não necessariamente significa que sejam posicionamentos irrefutáveis);

• Entrevistas (procure saber se baseia o posicionamento do entre-vistado e do entreentre-vistador);

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c) Complexidade do conhecimento no mundo de hoje

O conhecimento no mundo atual é tão vasto e diverso que é possível encontrar argumentos a favor e contra qualquer posicionamento. Quanto mais você puder conhecê-los, enriquecerá o saber sobre os variados temas.

d) Reforçando a questão da citação

Como já dissemos, trazemos dentro de nós os diversos aprendizados que tivemos e que são enriquecidos ao longo da nossa vida. Muitos concei-tos, pensamentos e ideias fazem parte do conjunto de nosso saber.

Aqui cabe reforçar que, como divulgadores, nosso papel é divulgar os ensinamentos da Seicho-No-Ie, seus posicionamentos e conceitos. O fato de haver, em muitos casos, uma semelhança em algumas abordagens, não significa necessariamente que todo o pensamento de outrem deva ser aceito indiscriminadamente, sem a devida reflexão e crítica. Portanto, ao utilizar estas informações, é válido mencionar sempre a sua procedência. O uso de tais informações enriquecem os nossos exemplos e argumentos, mas deve-mos cuidar para que não haja confusões por parte das pessoas a quem divul-gamos a Seicho-No-Ie. Por exemplo:

I) A teoria dos “chakras” é um conceito que aparece nos Vedas, bastante difundido pela filosofia da Ioga. Não é uma teoria que foi utilizada pelo professor Masaharu Taniguchi. Não há problema em mencioná--la, mas é importante reforçar de onde vem esta informação.

II) A Neurolinguística é uma teoria dentre as várias existentes dentro do campo da Psicologia. Seus conceitos e posicionamentos às vezes se aproximam da Seicho-No-Ie, e em outros momentos se afastam. Ao utilizar os exemplos dados por esta teoria, ou mencionar os seus posicionamentos e descobertas, é importante reforçar claramente a referência de que tais informações são oriundas desta. Veja que o professor Masaharu Taniguchi toma esse cuidado ao falar da psica-nálise (e em outros casos ao mencionar vários pensadores da filoso-fia, ciências mentais e religião).

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4. Como pesquisar

Vale a pena, nas suas leituras, estudos ou navegações pela internet, ir registrando e catalogando as informações que considerar úteis e interessan-tes. Faça um banco de dados destes assuntos e procure sempre atualizá-lo por causa da velocidade com que as informações mudam no mundo de hoje.

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Como utilizar bem os livros nas palestras e aulas

As obras da Seicho-No-Ie são o santuário de Deus, o instrumento pelo qual buscamos proporcionar a verdadeira salvação a toda humanidade. Assim, é necessário que saibamos utilizar bem estas dádivas que são as pu-blicações portadoras da Verdade para levar adiante o pensamento ilumina-dor, atingindo um número cada vez maior de pessoas.

O meu santuário número um já foi concluído. Ele se chama A Verdade da Vida (Imagem Verdadeira da Vida). (…) No passado, revelei que não

é necessário santuário para mim. Eu sou Palavra (Caminho), e por isso

o meu santuário é construído onde é falada a minha Palavra. A Verdade da Vida, que traz a minha Palavra, é o meu santuário. A Verdade da Vida

(Imagem Verdadeira da Vida) é o meu corpo verdadeiro (…).14

O preletor ou líder da iluminação, por ter assumido a missão de trans-mitir a Verdade, deve saber utilizar os livros e revistas sagrados de forma efi-caz em suas mais diversas atividades. O ponto culminante de uma reunião da Seicho-No-Ie é a mensagem transmitida pelo palestrante. O olhar atento das pessoas, direcionado para o palestrante, é o que mais chama a atenção. Tanto seus movimentos quanto a fala são como um ímã atraindo a atenção, e é aí que encontramos o momento certo para divulgar a rica literatura da Seicho-No-Ie.

Sabemos que o tema escolhido é muito importante, mas sabemos que o estudo prévio e profundo, o domínio sobre o assunto, são fatores que farão com que a mensagem alcance o objetivo sagrado proposto, que é de iluminar a humanidade.

É muito importante referenciarmos os livros e revistas durante nos-sas palestras. O valor que determinarmos aos conteúdos estabelecerá o inte-resse da procura e chegada às nossas livrarias.

Nas preleções é fundamental ter sempre o livro-texto em mãos. Dei-xá-lo exposto num demonstrador também é muito eficaz.

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1. Principais diferenças entre aula e palestra

Como sabemos, há diferenças entre ministrar uma aula e proferir uma palestra. Como tais diferenças se refletem no uso das obras, listamos abaixo algumas das peculiaridades de cada atividade.15

Aula Palestra

Aborda um tema específico Tem um tema mais abrangente É um estudo aprofundado A abordagem do assunto é mais ge-nérica Geralmente se trabalha um único

as-sunto Pode-se trabalhar vários assuntos correlatos É um estudo que pede maior

partici-pação do grupo Tem formato eminentemente expo-sitivo Os alunos procuram fazer mais

per-guntas O público raramente faz perguntas

É um público que busca orientação

para aprofundar seus conhecimentos É um público variado, que pode ou não aceitar as explicações No geral, o assunto já é conhecido

do público Por ser um público geral, o assunto pode ser novidade para o público São trabalhados “estudos de caso” São contados “relatos de experiên-cia”

Assim, tomando por base as diferenças entre a dinâmica de uma pa-lestra e uma aula, vejamos como utilizar as obras da Seicho-No-Ie em cada uma das situações.

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2. Utilização dos livros em palestras

• Antecipadamente, contatar o presidente da associação local e ver a possibilidade de realizar venda do livro-texto, com desconto. • Perguntar ao presidente da associação local se há algum livro com

grande quantidade em estoque e, então, inseri-lo como livro-texto – se possível, colocá-lo com valor promocional.

• Geralmente utilizamos um único livro como base para realizar a palestra. Se precisar usar mais de um, faça de um deles o livro-tex-to principal e os demais serão auxiliares (no máximo três ao livro-tex-total). • Se no conteúdo do livro houver orações e/ou práticas, chamar a

atenção sobre esta utilidade. Se for oportuno ao assunto, inserir a oração e/ou prática durante a reunião.

• Além do tema extraído do livro, mencionar outros tópicos cons-tantes nele, despertando o interesse do público para sua aquisição. • É imprescindível que se faça referência ao livro-texto principal no iní-cio da palestra, falando brevemente sobre o livro (outros temas que trata, peculiaridades do livro, um breve relato sobre a leitura etc.); • Deve-se realizar a leitura de alguns trechos do livro, explicando

seu significado em seguida. Alternamos as explicações teóricas com os relatos de experiência e demais explanações.

• A leitura deve ser feita com boa entonação, salientando os pontos importantes mediante a variação do tom de voz.

• O trecho escolhido deve ser sucinto para não se tornar algo ma-çante para os ouvintes.

• Ao realizar a leitura, evite esconder o rosto com o livro.

• Marque os trechos a serem lidos com lápis ou marca-texto, bem como a página com post-it ou marca-páginas.

Importante: se for ler trechos de dois ou mais livros, ou mes-mo vários trechos diferentes de um mesmes-mo livro, marque as páginas com post-it e numere-os com a sequência dos trechos planejada.

• Se utilizar o data-show para projetar trechos do livro, observe o seguinte:

o O slide deve levar em consideração as condições do ambiente (claridade e tamanho do salão, distância da tela até o último espectador etc.);

o Faça slides com design harmonioso, com tamanho de letra adequado e sem poluir demais a projeção (vide exemplos na sequência);

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o Coloque sempre o nome do livro e página de onde extraiu o texto no rodapé do slide; é possível também colocar a imagem da capa (atual) do livro, desde que fique bem visível para to-dos os presentes;

o Não se recomenda solicitar que o apresentador ou alguém da pla-teia leia o texto, para evitar constranger qualquer participante; o Solicitar a leitura em conjunto de todo o público também não

é recomendável, em regra;

Importante: o projetor pode falhar, portanto o livro deve estar em mãos, com a marcação dos itens que serão utilizados. • O desenvolvimento da palestra não precisa seguir a sequência de

tópicos do livro. Utilize o livro com liberdade, da forma mais coe-rente com o tema explanado.

• Ao utilizar um relato de experiência de um livro, procure não ler a história toda. Decore os pontos principais e conte com suas pró-prias palavras, lendo somente partes nas quais seja importante destacar as palavras do próprio autor.

• Na palestra, o livro-texto é material de apoio, não fique preso de-mais à leitura dele a ponto de a palestra não fluir de forma natural.

3. Utilização dos livros em aulas

• Normalmente em uma aula, utilizamos vários livros, selecionan-do de cada um o trecho mais adequaselecionan-do para a explanação.

• No caso de utilizar um livro como base, procure seguir a sequência da explanação do autor.

• Incentive que todos os alunos tragam os livros para as aulas. • Se todos os alunos possuírem o livro, é possível ler trechos

maio-res do que se faria numa palestra, solicitando que todos acompa-nhem a leitura em seus respectivos livros.

• Na aula pode-se solicitar que um aluno leia partes do texto. Importante: o aluno deve ser incentivado a ler, mas nunca obri-gado; deixe sempre os alunos à vontade.

• Após a leitura, a explicação deve destacar os pontos principais do que foi lido e aprofundar cada um dos pontos. Se necessário, traga explicações complementares de outras obras.

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• Incentive os alunos a grifarem as partes importantes dos trechos li-dos com lápis ou marca-texto, de forma a facilitar o estudo posterior. • Ao utilizar um relato de experiência constante do livro, faça-o

como estudo de caso, ou seja, debata com os alunos os princípios aplicados no relato e não a história em si.

• Traga sempre referências de outras obras que abordam o mesmo tema, para que o aluno possa pesquisar mais profundamente o tema depois da aula.

Exemplos de slides agradáveis

Exemplos de slides inadequados

Outras sugestões:

• Nas orientações pessoais, indicar ao orientando um livro para estu-do e solução estu-do problema, e solicitar que retorne após alguns dias para continuidade da orientação recebida. Incentivar para que assi-nale, durante sua leitura, pontos que deseje esclarecimentos. • Com referência às revistas, utilizá-las também se houver o

assun-to do tema, aproveitando para incentivo às pessoas adquirirem exemplares para preencherem o cartão de bênção aos familiares e amigos.

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Como conduzir bem a prática da Meditação Shinsokan

1. O que é a Meditação Shinsokan?

(…) a palavra Shinsokan é composta por três ideogramas: Shin = Deus, so = pensar, kan = contemplar. Significa contemplar em pensamento o

mundo perfeito e harmonioso criado por Deus. Contemplar é visualizar mentalmente, ou seja, é meditar. (Meditação Shinsokan é Maravilhosa,

p. 51)

A Meditação Shinsokan é de tal forma importante para o praticante

do ensinamento da Seicho-No-Ie que os professores Masaharu e Seicho Ta-niguchi registraram no livro O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação que é preciso que a conscientização que só existe a Vida de Deus penetre em cada célula do corpo, portanto cada um deve devotar-se de corpo e alma a Deus, realizando esta prática (artigo 11).

2. Praticar todos os dias

Para ser um bom condutor da Meditação Shinsokan é preciso ser um bom praticante. Isto significa que o condutor deve saber qual é o sentimento, a sensação, a postura, o ritmo de respiração etc. durante a prática da meditação.

O professor Seicho Taniguchi escreve no prefácio do livro Meditação

Shinsokan é Maravilhosa que o viver religioso consiste em realizar treinamentos

para fazer naturalmente o que é natural. A Imagem Verdadeira da Vida é exis-tência real e o homem, que é filho de Deus, deve reconhecer com naturalidade aquilo que é natural (aspecto real). E o que nos faz direcionar nossa mente para o que de fato existe é a prática do treinamento chamado Meditação Shinsokan.

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3. Postura do condutor

O condutor da Meditação Shinsokan – básica ou suas variações – deve ter plena consciência de que seu papel não é o de desfrutar da meditação como os demais participantes, assim como faz em sua casa diariamente, mas sim dar o direcionamento para que os participantes possam praticá-la, reali-zando corretamente cada um dos itens que a compõem.

Embora diversos livros possuam a sequência da Meditação Shinsokan, sugerimos utilizar a do livreto “Shinsokan” e Outras Orações. Não significa que as sequências publicadas em outras obras estejam incorretas; a sugestão é feita para que os adeptos, realizando sempre a prática com as mesmas pa-lavras, com um treinamento uniforme, se familiarizem com ela.

4. Como conduzir – passo a passo a) Reverências

Devem ser realizadas apenas quando houver Quadro do Jisso. O con-dutor deve colocar-se bem à frente do quadro (se possível), voltado para ele e dar o comando, realizando as reverências calmamente, junto com os demais.

O condutor deve ter o cuidado de não realizá-las muito rapidamente, obedecendo as orientações já passadas em outros treinamentos (as duas pri-meiras reverências devem formar o ângulo de 90°; a leve curvatura deve ter aproximadamente 30°).

Depois, deve solicitar que todos tomem assento e sentar-se voltado para o público.

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b) Posição de oração

O condutor deve sentar-se na ponta da cadeira e orientar os parti-cipantes a fazer o mesmo, recolhendo os pés com os calcanhares juntos e a ponta dos pés tocando o solo.

Deve solicitar que as mãos sejam justapostas diante do rosto, de modo que caiba entre as palmas um ovo de codorna. A ponta dos polegares deve ficar na altura da extremidade do nariz, quase tocando-o. Os braços devem ficar relaxados.

Os olhos devem ficar fechados até o final da prática e os globos oculares devem ficar ligeiramente voltados para cima para evitar a formação de rugas en-tre as sobrancelhas. A fisionomia deve ser alegre para captar as ondas de Deus.

Todos devem mentalizar de acordo com as palavras de oração, que serão proferidas apenas pelo condutor.

c) Canto Evocativo de Deus

O condutor deve fazer o Canto Evocativo de Deus, tomando o cuida-do de utilizar exatamente as palavras conforme publicacuida-do no livreto

“Shin-sokan” e Outras Orações, isto é, na primeira pessoa do singular (abençoai-me, protegei-me, eu vivo, minhas obras).

d) Meditação

Assim que terminar o Canto Evocativo de Deus, inicia-se a mentali-zação com a declaração “Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira” e logo depois precisa dar o coman-do coman-do que precisa ser visualizacoman-do mentalmente.

É importante que o condutor direcione, o tempo todo, o treinamento dos participantes (postura, respiração e mentalização) durante a prática. En-tão, precisa dizer o que deve ser contemplado (o mundo infinitamente vasto e esplendoroso da Imagem Verdadeira) para, depois, declarar “Aqui, onde estou, é o mundo da Imagem Verdadeira”.

Logo depois disso, é o momento de repetir e visualizar os oceanos de infinitas virtudes de Deus. Ao repetir diversas vezes cada um deles, o

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condutor deve fazê-lo em ritmo mais acelerado do que lento, para que os participantes não tenham tempo de deixar que a mente se desconcentre das palavras que são pronunciadas e da imagem mental formada.

Assim mentalizando, deve-se orientar os participantes a contemplar os atributos de Deus que, em forma de luz, os envolvem e se estendem por toda parte. Conforme orientações dos livros que versam sobre Meditação

Shinsokan, esta mentalização (dos oceanos) pode ser repetida várias vezes,

até conseguir visualizar todo o Universo repleto de luz de Deus. No entanto, o condutor deve ter o cuidado de controlar o tempo de prática, sem suprimir nenhuma das partes fundamentais.

Depois disso deve declarar “É o mundo da harmonia absoluta. Neste sublime mundo da Imagem Verdadeira, eu, como filho de Deus, estou rece-bendo de Deus a Sua infinita força vivificante”.

e) Respiração

Assim mentalizando, os participantes devem ser conduzidos a ins-pirar lenta e silenciosamente o ar pelas narinas, com a sensação de estarem inspirando a infinita força de Deus que brilha resplandecentemente. Sem pensar que estão apenas inspirando o ar, devem visualizar por trás das pál-pebras uma intensa luz e inspirar lentamente, sentindo que essa luz penetra em seu ser, da ponta dos dedos médios, preenchendo todo o corpo, a partir do alto da cabeça até a extremidade dos pés. Enquanto inspiram lenta e si-lenciosamente pelo nariz, devem mentalizar “A infinita força vivificante de Deus flui para o meu interior, flui, flui, flui...”, até completar a inspiração.

O condutor deve perceber que tanto a imagem mental que deve ser contemplada pelos participantes quanto o ato de inspirar obedecem à sua voz de comando. Por isso, ele deve imprimir um ritmo adequado, de forma que os participantes não se sintam incomodados ou fora de sincronia com o tempo de respiração.

Naturalmente, o condutor não usufrui da prática como os demais participantes. Assim, tão logo termine o tempo necessário para inspiração deve passar para a próxima etapa, que é comprimir o ar para o baixo-ventre e dilatá-lo para frente. Então, conservando a sensação de plenitude, devem mentalizar várias vezes “Pela luminosa força vivificante de Deus sou preen-chido, sou vivificado, sou preenpreen-chido, sou vivificado. Obrigado, muito

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obri-gado...”. Enquanto isso, devem visualizar todo o seu ser preenchido e ilumi-nado pela força vivificante de Deus.

É preciso também esclarecer que enquanto se mentaliza as palavras anteriores com esta imagem mental, o ar vai se esvaindo lentamente pelas narinas; antes que todo o ar tenha sido expirado, todos devem voltar a inspi-rar novamente, mentalizando “A infinita força vivificante de Deus flui para o meu interior, flui, flui, flui...”.

Este processo deve ser repetido diversas vezes, até alcançar o estado de concentração total. No entanto, o condutor deve ter o cuidado de contro-lar o tempo de prática, já que depois da deccontro-laração (a seguir), todo o processo de meditação deverá ser repetido.

Depois de algumas repetições do processo de mentalização com res-piração controlada, o condutor deve afirmar categoricamente “Já não sou eu quem vive; é a Vida de Deus que aqui vive”. Esta declaração deve ser repetida algumas vezes.

Em seguida, deve-se retornar ao início da meditação, afirmando “Aqui, onde estou, é o mundo da Imagem Verdadeira!”. Se o tempo destino à prática dentro da atividade for curto, o condutor solicita que cada um dos participantes faça por si, em silêncio, a mentalização combinada com a respi-ração controlada; se houver tempo, o condutor pode realizar todo o processo mais uma vez antes de solicitar que cada um o realize por si mesmo.

De acordo com o livreto “Shinsokan” e Outras Orações, durante o tem-po em que cada um realiza a meditação tem-por si, tem-podem mentalizar também palavras de afirmação de que o objetivo almejado já está realizado.

É importante que durante o processo de mentalização individual se permaneça em silêncio, mas é responsabilidade do condutor cuidar para que a prática não ultrapasse o tempo previsto. Este período de mentalização pode ser encerrado com a declaração “Já não sou eu quem vive; é a Vida de Deus que aqui vive” ou pode passar diretamente para o próximo item.

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f) Oração pela manifestação da Imagem Verdadeira do Brasil

O condutor deve realizar a oração pela manifestação da Imagem Ver-dadeira do Brasil, embora não conste no livreto “Shinsokan” e Outras Orações, conforme orientação passada já alguns anos pela SEICHO-NO-IE DO BRA-SIL.

Deve anunciar “Oração pela manifestação da Imagem Verdadeira do Brasil” e em seguida realizar duas vezes a oração, cuidando para não trocar as palavras do seu conteúdo (acrescentando plurais ou suprimindo-os).

g) Oração pela Paz Mundial

Na sequência, o condutor realizará a oração pela Paz Mundial, se-guindo o mesmo procedimento da oração anterior (anuncia o nome e realiza a oração duas vezes).

h) Canto da Grande Harmonia

Em seguida, anuncia o Canto da Grande Harmonia e o faz duas vezes.

i) Fim da Meditação Shinsokan

Assim que terminar o Canto da Grande Harmonia, a prática está fi-nalizada. O condutor deve indicar que a prática chegou ao fim. Isto pode ser feito com a afirmação “Fim da Meditação Shinsokan”, pois os participantes entenderão que poderão desfazer a postura inicial e abrir os olhos.

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j) Reverências

Devem ser realizadas apenas quando houver Quadro do Jisso. O con-dutor deve levantar-se e colocar-se bem à frente do quadro (se possível), voltado para ele e dar o comando, realizando as reverências calmamente, junto com os demais.

O condutor deve ter o cuidado de não realizá-las muito rapidamente, obedecendo as orientações já passadas em outros treinamentos (as duas pri-meiras reverências devem formar o ângulo de 90°; a leve curvatura deve ter aproximadamente 30°).

Depois, deve solicitar que todos tomem assento e retirar-se do palco.

5. Estudar sobre Meditação Shinsokan

Nas orientações registradas anteriormente, foram ressaltados ape-nas os pontos técnicos para que a prática seja bem conduzida. No entanto, para que o condutor tenha pleno conhecimento sobre o objetivo de cada um dos itens da prática da Meditação Shinsokan deve haver estudo.

Assim, sugerimos que alguns livros que versam sobre o assunto se-jam bem estudados:

• “Shinsokan” e Outras Orações; • Meditação Shinsokan é Maravilhosa; • A Verdade da Vida v. 8;

• Explicações Detalhadas sobre a Meditação Shinsokan.

Estes livros não esgotam todo o assunto, mas podem fornecer aos condutores da prática um bom conhecimento. Além disso, é possível perce-ber que em cada um foi dada ênfase em um item diferente da prática; por-tanto, o estudo destas obras contribuirá para que os condutores busquem a excelência na condução.

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6. Variações da Meditação Shinsokan

As orientações anteriores referem-se, quase que integralmente, à prática da Meditação Shinsokan básica. Caso o condutor tenha que conduzir uma das variações constantes no livro Explicações Detalhadas sobre a

Medi-tação Shinsokan, deve utilizá-lo como apoio, para seguir adequadamente as

orientações de mentalização e as palavras de oração.

Caso a variação seja a Meditação Shinsokan de oração mútua, deve-se utilizar o manual Cerimônias e Práticas da Seicho-No-Ie. Neste caso, o con-dutor deve ser um preletor ou líder da iluminação.

7. Utilização de vestimentas cerimoniais

Não deve-se utilizar vestimentas cerimoniais na condução da Meditação

Shinsokan – básica ou variações –, com exceção da Meditação Shinsokan de oração

mútua, em que o condutor e os auxiliares devem utilizar vestimentas cerimo-niais de cor branca, conforme manual Cerimônias e Práticas da Seicho-No-Ie.

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Como realizar atividades fora do ambiente

Seicho-No-Ie

O líder da Seicho-No-Ie deve ter em mente que o ensinamento não deve ficar restrito apenas aos participantes de suas atividades ordinárias como as reuniões periódicas, conferências e seminários nas academias de treinamento espiritual.

Cada vez que um líder da Seicho-No-Ie é convidado a representar o movimento em qualquer outro lugar ou evento, tem a oportunidade de de-monstrar como é o modo natural de viver pregado pela Seicho-No-Ie. Por-tanto, sua postura (modo de portar-se, roupas, palavras) deve refletir o que ensina a Seicho-No-Ie.

Não devemos nos dar por satisfeitos somente com a consecução de nossa própria felicidade, mas sim fazer com que nossa felicidade se estenda aos outros. Fisicamente, cada um de nós é um ser independente, sem qualquer ligação com outras pessoas. Porém, na verdade, toda a humanidade cons-titui uma única Vida e, assim sendo, um indivíduo não consegue ser ver-dadeiramente feliz enquanto as pessoas ao seu redor não forem também verdadeiramente felizes. Tudo que acontece com as pessoas ao nosso redor tem algo a ver conosco, pois é reflexo da nossa mente. (…) a mente de cada indivíduo tem estreita ligação com a mente dos outros, embora as pessoas sejam seres separados uns dos outros, do ponto de vista físico. Portanto, para sermos verdadeiramente felizes, é imprescindível fazermos com que as pessoas ao nosso redor sejam também verdadeiramente felizes. (…) O melhor procedimento para ajudar o próximo é ensinar-lhe a iluminar a mente com a luz da Verdade, pois assim ele se tornará capaz de manifestar a força infinita que existe em seu interior.16

A pessoa escolhida dentre os membros da Seicho-No-Ie para repre-sentá-la em outros locais e atividades deve ter plena consciência de que não é ela própria quem realiza suas obras, mas Deus através dela.

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Seria até desnecessário dizer que ela não representa a Seicho-No-Ie para manifestar sua própria visão e opinião acerca do que for colocado, mas sim o posicionamento da Seicho-No-Ie.

1. Atividades ecumênicas

Atividades ecumênicas são aquelas que contam com a presença e par-ticipação ativa de representantes de diversas religiões.

O termo provém da palavra grega oikos que significa “toda a terra ha-bitada”. Num sentido restrito, o termo é empregado para o esforço em favor da unidade entre igrejas cristãs. Em sentido amplo seria a busca da unidade entre as religiões ou mesmo da humanidade.

Nas atividades ecumênicas, um respeita a doutrina do outro.

Todas as religiões, na essência, pregam a Verdade única que salva a huma-nidade. As vibrações espirituais da salvação ou as irradiações da salvação procedentes de um único Deus (ou Buda eterno) se

manifesta-ram em forma de diversas religiões. (…) Se todos compreenderem que as diferentes religiões são irmãs que se originaram de um só Deus, cessarão os conflitos religiosos.17

Sem difamar, sem atacar nenhuma das religiões, sempre fazendo chover louvores e boas palavras, purifico-as e acendo a luz em sua essência. Não se conseguirá completar a reforma deste mundo presente enquanto as reli-giões não se derem as mãos, reverenciando a essência de cada uma delas.18

Referências

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