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2. PLANEJAMENTO ACADÊMICO DO IHAC E A SUA RELAÇÃO COM AS OFERTAS DE VAGAS NA UFBA

2.1. SISTEMAS DE PLANEJAMENTO ACADÊMICO NA UFBA: COMPETÊNCIAS E ROTINAS DE TRABALHO

2.1.3. Rotinas de trabalho em relação ao planejamento acadêmico nas unidades universitárias

Cada unidade universitária é responsável pelas ações e estratégias a serem implementadas para o seu planejamento acadêmico, de acordo com o seu projeto pedagógico, definições de competências e responsabilidades instituídas mediante o seu regimento interno, cumprimento ou não dos prazos estabelecidos pela universidade e a sua política institucional em relação às outras unidades, cujos projetos pedagógicos se articulam.

131 De acordo com as normativas da UFBA, matrícula web é a etapa de matrícula on line, disponibilizada pela STI para o estudante através https://siac.ufba.br/SiacWWW/Welcome.do, onde após efetivação do seu login, mediante número de matrícula e CPF, ele insere as suas opções de componentes curriculares e de acordo com os critérios de escalonamento estabelecidos pelo colegiado do seu curso, ele poderá ser contemplado ou não. Não sendo contemplando, ele tem a opção de realizar matrícula presencial, de acordo com o calendário acadêmico da UFBA e com os critérios de atendimento do seu colegiado.

Relacionam-se às ordenações de planejamento acadêmico nas unidades universitárias da UFBA os seguintes órgãos: colegiados de curso, departamentos ou coordenações acadêmicas, cujas competências e atribuições estão definidas pelo regimento interno da unidade, obedecendo aos princípios do Regulamento de Ensino de Graduação e Pós- Graduação (REGPGP).

O esclarecimento genérico em relação a definição dos papéis de cada um deste órgãos, nos auxilia a compreender em como eles se relacionam com as demandas de planejamento acadêmico na universidade.

Regimentalmente, os colegiados de curso compõem uma das formas de organização da estrutura básica das unidades universitárias com competências definidas em relação às diretrizes e orientações didáticas dos cursos, coordenação, fiscalização, acompanhamento das atividades dos cursos, componentes curriculares, currículos, projetos pedagógicos e processos (subsídios para revalidação de diplomas de graduação, pedidos de matrícula, trancamento, aproveitamento de estudos), administrando todas as relações com a vida acadêmica dos estudantes.

Os departamentos e as coordenações acadêmicas compõem outras estruturas nas unidades universitárias e embora tenham competências regimentais comuns, pois estão relacionadas à gestão acadêmica e de lotação docente na unidade, possuem estruturação e tem conduções diferentes de trabalho. A primeira possui uma estrutura de trabalho mais tradicional e compõe a maioria das escolas e faculdades na UFBA, a segunda mais recente, está inserida principalmente nos cursos de graduação na modalidade institutos. Ambas são responsáveis pela análise dos pedidos dos colegiados durante o planejamento acadêmico.

Conforme já citamos, é através da agenda acadêmica que os órgãos instituem as implantações das suas demandas para conclusão de todas as etapas do planejamento acadêmico. As operacionalizações no cumprimento destas etapas são realizadas pelo coordenador e o servidor técnico-administrativo do colegiado.

Aos colegiados estão definidas três etapas importantes na sistematização deste processo. A primeira, refere-se a solicitação de vagas aos departamentos, ou seja, pedidos que são implantados de forma operacional no sistema, mediante os projetos pedagógicos dos cursos solicitantes ou das articulações discutidas entre as unidades universitárias. A segunda e a terceira etapa são fundamentais para garantir novas vagas, outros componentes curriculares

e horários, pois implicam nas negociações e renegociações entre colegiados e departamentos ou coordenações acadêmicas.

Os departamentos ou coordenações acadêmicas estão no meio do processo de operacionalização do planejamento acadêmico e somente após o cumprimento da primeira etapa dos pedidos dos colegiados, seu acesso ao sistema acadêmico é autorizado, possibilitando a análise dos pedidos e o procedimento dos atendimentos e/ou negativas de vagas.

Existem alguns impasses em relação ao cumprimento eficaz do planejamento acadêmico na universidade. Um dos pontos críticos em relação a esse processo na UFBA, embora pareça muito basilar, configura-se em alguns casos pelo precário conhecimento das rotinas acadêmicas ou pela pouca familiaridade com os sistemas operacionais. Muitas vezes, tanto em nível de coordenação, quanto em nível funcional, os envolvidos nestes trâmites não receberam treinamentos132 específicos que os capacitem para possuírem as competências e habilidades necessárias para o desenvolvimento do trabalho, ou esses treinamentos somente acontecem quando os atores já estão no exercício legal dos seus cargos, implicando diretamente no princípio da eficiência133 do processo por meio da falta de administração do tempo e dificuldade para o cumprimento dos objetivos e finalmente na qualidade final dos resultados.

Outra questão que aqui se levanta, relaciona-se em como os cursos de graduação sistematizam os trabalhos em relação as rotinas e execução do planejamento acadêmico, assim como, oportunizam vagas necessárias ao cumprimento da matriz curricular dos seus estudantes. Genericamente, o planejamento acadêmico na UFBA é normatizado para que todas as modalidades de graduação organizem o seu cumprimento de forma idêntica, sem ser considerado que a partir de 2009, com a criação dos CST e dos BIs a estruturas destas modalidades passaram a ser distintas.

Os cursos de progressão linear e os superiores em tecnologia obedecem horizontalmente as suas matrizes curriculares fixas, tendo um percurso definido em todos os

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A PRODEP através do seu Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) disponibiliza anualmente um plano de capacitação contendo um script de cursos presenciais e à distância para servidores docentes e técnico- administrativos, ocupantes ou não de cargos de gestão. As unidades universitárias e os demais órgãos poderão sugerir ao CDH cursos específicos para o seu ambiente organizacional, cuja oferta poderá acontecer mediante análise e dotação orçamentária para esse fim.

133 Em administração pública, esse princípio está além da denominação pressuposta pela administração gerencial, porém contempla o dever constitucional “indeclinável e extensível a todo agente público” (Art. 37 da Constituição Federal), exigindo qualidade, presteza e rendimento funcional na sua prestação de serviços.

semestres. Na maioria dos casos, os seus componentes obrigatórios são oferecidos pelo departamento de origem e os acordos em relação aos componentes optativos e de livre escolha oferecidos em outras unidades estão institucionalizados em seus projetos pedagógicos, com a definição da quantidade de docentes que cada unidade receberá para cumprir este acordo, o que facilita o cumprimento das rotinas e da cronologia instituídas pela SUPAC, assim como do aproveitamento de vagas pelos seus estudantes.

Em relação aos Bacharelados Interdisciplinares a configuração é completamente diferente. Por ter uma matriz curricular flexível, com grande demanda de componentes optativos e livres que possam ser oferecidos pelas tantas unidades universitárias da UFBA, seus pedidos, desde o início das suas atividades são na verdade meras prospecções de vagas sem garantia de oferta.

Especula-se que esta lacuna está relacionada as especificidades dessa nova modalidade de curso, cujos dados revelam o seu caráter de massa em relação ao número de estudantes dos CPLs o que consequentemente multiplica a necessidade de oferta de vagas das outras unidades universitárias, aliada a filosofia dos projetos pedagógicos dos BIs, que embora paute-se pela interdisciplinaridade, não se instituem como intercursos, na medida em que não há um trânsito de saberes entre todas as unidades da UFBA.