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serão frustrados. Ele responde que, se puxamos a planta, a arrancamos, mas ela não cresce. A vida tem o seu ritmo que é preciso conhecer e respeitar. A semente, uma vez lançada na terra, cresce por si, com a mesma calma que o rio escorre para o mar e a pedra rola morro abaixo. Não se contraria nem se apressa este ritmo impunemente!

- Modelo de nossa ação é Moisés, que se volta confiante para Deus: enquanto seus braços estão erguidos, o povo vence (cf. Ex 14,13ss.); a nossa força vem do nosso abandono confiante em seus braços (cf. Is 30,5).

- Na verdade, o Reino de Deus é de Deus. O homem não pode nem fazê-lo nem impedi-lo. Pode, no máximo, retardá-lo, como alguma depressão na encosta ou alguma represa nalgum ponto do rio. Ao homem cabe acolher o Reino e deixar-se envolver no seu dinamismo. Ação divina e ação humana não se opõem, mas se compõem na insuperável diferença.

- A parábola do semeador que dorme é a parábola absoluta da fé. Fé que faltará aos discípulos na noite deste mesmo dia, quando Jesus dormirá tranquilo e os discípulos ‘morrerão’ de medo (cf. Mc 4,35-41).

- Pode-se iluminar a parábola de Jesus com outra, nossa. Um camponês estava sentado à beira de um terreno limpo, sem nenhuma planta. Mandou embora os meninos que queriam jogar bola ali. Fez um transeunte que passava pelo meio do terreno desviar seu caminho. Frustrou um padre que pedia parte do terreno para construir sobre ele as obras paroquiais. Naquele campo, não tinha nada. Mas o camponês já o contemplava verdejante, dourado, colhido. Um visionário? Absolutamente. A aparência dava razão aos ‘realistas’. A realidade, porém, ao camponês, que tinha semeado e sabia que a semente não decepciona! “Quem não tem a sábia paciência do camponês destrói com duas mãos o que faz com uma.” (Fausti)

- A agitação, ao invés de livrar-nos da areia movediça, pode precipitar nosso afundamento. Quem nos salva é ele, o Senhor único de tudo e de todos. Quem crê realmente sabe disso e fica sereno, ainda que cercado de dificuldades. O ímpio, ao contrário, é como “mar agitado, que não se acalma e cujas águas trazem barro e sujeira” (Is 57,20). Nossas ansiedades em relação ao bem não vêm de Deus, mas do inimigo. São sinais de pouca confiança – “Senhor, salva-nos porque perecemos”! – e causa de perdição.

Testemunhas do Reino: Maria Ercília e Ana Corália Martínez (El Salvador, 1980).

Memória Histórica: José Martí começa a guerra da Independência de Cuba (1895). Morte do

abolicionista José do Patrocínio (1905). Pinochet é processado pelos crimes da “Caravana da Morte” (2001). Tony Blair responde perante Comissão sobre a sua participação na invasão do Iraque (2010).

Santos do dia: Valério de Tréveris (III-IV séculos). Aquilino (970-1015).

SÁBADO DA 3ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(Cor verde - Ofício do dia de semana)

Animador - Irmãs e irmãos! A presença de Jesus em nosso barco acalma a ventania. A pouca fé dos discípulos é despertada pela força do Senhor. Mudar o lado da margem é uma atitude que desperta para uma renovação de

projetos de vida e de modos de olhar as coisas.

Antífona da entrada - Sl 95,1.6

Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor, majestade e

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Dia 30 de Janeiro -

Sábado da 3ª Semana do T

empo Comum Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que pos- samos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras.

Oração do dia

Leitura - Hb 11,1-2.8-19

beleza brilham no seu templo santo.

Irmãos: A fé é um modo de já possuir o que 1

ainda se espera, a convicção acerca de realida-

des que não se veem. Foi a fé que valeu aos 2

antepassados um bom testemunho. Foi pela fé 8

que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e

partiu, sem saber para onde ia. Foi pela fé que 9

ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-

herdeiros da mesma promessa. Pois esperava 10

a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por

arquiteto e construtor. Foi pela fé também que 11

Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou

fidedigno o autor da promessa. É por isso 12

também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão "comparável às estre- las do céu e inumerável como a areia das praias

do mar". Todos estes morreram na fé. Não 13

receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam

estrangeiros e migrantes nesta terra. Os que 14

falam assim demonstram que estão buscando

uma pátria, e se se lembrassem daquela que 15

deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. 16

Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. 17

Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrifi-

cava o seu filho único, do qual havia sido dito: 18

"É em Isaac que uma descendência levará o teu

nome". Ele estava convencido de que Deus 19

Leitura da Carta aos Hebreus

1. Fez surgir um poderoso Salvador na casa

de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos. R.

R. Bendito seja o Senhor Deus de

Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

Cântico evangélico - Lc 1,69-70.71-72. 73-5 (R. cf. 68)

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

2. Para salvar-nos do poder dos inimigos e

da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança. R.

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

V. Deus o mundo tanto amou que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna. R.

Evangelho - Mc 4,35-41

tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho - o que é também um símbolo.

- Palavra do Senhor.

3. E o juramento a Abraão, o nosso pai, de

conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justi- ça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias. R.

Aclamação ao Evangelho - Jo 3,16

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Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: "Vamos para a outra margem!" 36

Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia

ainda outras barcas com ele. Começou a 37

soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca

já começava a se encher. Jesus estava na parte 38

de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: "Mestre,

estamos perecendo e tu não te importas?"

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2. Quanto pensarmos que Deus não se interessa por nós e não cuida de nós, com o que nos resta de fé, gritemos: R.

Preces dos fiéis

Peçamos ao Mestre a graça da fé, pois sem ela não somos capazes de enfrentar as dificul- dades da vida, dizendo: R. Jesus, aumentai a

nossa fé!

1. Quando as tempestades da vida caírem sobre nós, não percamos tempo e, com o que nos resta de fé, gritemos: R.

3. Quando percebermos que não podemos contar com as seguranças de antes, com o que nos resta de fé, gritemos: R.

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Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O ventou cessou e houve

uma grande calmaria. Então Jesus perguntou 40

aos discípulos: "Por que sois tão medrosos?

Ainda não tendes fé?" Eles sentiram um 41

grande medo e diziam uns aos outros: "Quem é

este, a quem até o vento e o mar obedecem?"

- Palavra da Salvação.

4. Quando sentirmos que é preciso ativar a

(A comunidade apresenta suas próprias intenções).

solidariedade e a esperança, com o que nos resta de fé, gritemos: R.

Pr. Senhor Jesus, nossa fé é fraca e não conseguimos domar o medo; abençoai o mun- do, dai saúde aos corpos e conforto aos cora- ções. Vós que sois Deus pelos séculos dos séculos.

Oração sobre as oferendas

Ó Deus, acolhei com bondade as oferendas que vos apresentamos para que sejam santifi- cadas e nos tragam a salvação.

Antífona da comunhão - Sl 33,6

Contemplai a sua face e alegrai-vos e vosso rosto não se cubra de vergonha!

Oração depois da comunhão

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, tendo recebido a graça de uma nova vida, sempre nos gloriemos dos vossos dons.

A SEMENTE NA TERRA - Mc 4,35-41

- Os discípulos não passaram na prova. Mas valeu a pena fazê-la. Assim, eles mostraram as dificuldades que têm. Seu coração é tardo e lento em crer!

- Nesta noite escura, fica claro que a Palavra, caída “sobre a estrada”, não enraizou. Entrou muito superficialmente. Debaixo está ainda a “pedra” do coração dos discípulos, que os impede de

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noite caiu. Os discípulos estão fazendo a travessia. Vem a borrasca. No barco, atirado de um lado para outro pela tempestade, Jesus dorme tranquilo. Os discípulos, que estão passando pelas mesmas dificuldades que Ele, gritam de angústia. Não entendem este sono, pensam na morte. Dormindo, Jesus põe em prática e testa a confiança expressa nas parábolas (cf. Mc 4,26-34). Os discípulos, ao contrário, entregam-se ao desespero.

- Dominados por seus pensamentos e por seus medos, os discípulos ainda não têm fé. Têm medo de ir ao fundo do mar; não vão até o fundo com Jesus.

- O batismo – o evangelho de Marcos é o evangelho dos catecúmenos - consiste em ser associados a Jesus na sua morte e na sua ressurreição. Esta narração é um exercício batismal para ver se a Palavra produziu o seu fruto: a confiança para abandonar a própria vida nas mãos d’Aquele que dorme e desperta – Jesus.

- A Palavra deverá trabalhar esses medos e essas agitações. Mas esses medos têm que mostrar a cara, para poderem ser vencidos.

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Animador - Irmãs e irmãos! A liturgia de hoje nos convida a agradecer a Deus porque a atividade de Jesus tem a finalidade de nos libertar do espírito do mal, que nos mantém escravos. A palavra de Jesus, como tem o poder de chamar discípulos, tem poder de vencer o mal. O primeiro efeito que a Palavra tem sobre o discípulo e a discípula é libertá-loa do espírito do

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