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TST esta súmula é mal escrita, gera muitas correntes doutrinárias, muitas decisões dissonantes 85 Compensação de jornada.

No documento TrabIITodamatéria (páginas 32-34)

I – A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

II – O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.

III – O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV – A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

Maurício Godinho Delgado entende que o acordo ou a convenção coletiva são indispensáveis para existência do banco de horas. Só que, a CRFB, no artigo 7mo, quando prevê que a jorada padrão é de 8 horas/dia ou 44 horas semanais, ela coloca: “salvo compensação de horário em acordo ou convenção coletiva de trabalho”. Em determinado momento, na CRFB, ela fala também .... salvo convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Então, alguns doutrinadores “do mal” entendem que se a CRFB usou em determinado momento “convenção ou acordo coletivo” e em outro momento usou “acordo ou convenção coletiva”, ela quis dizer que a compensação de jornada pode ser por acordo individual ou convenção coletiva, porque se ela quisesse dizer que o regime de compensação seria por acordo coletivo ou convenção coletiva, ela teria utilizado “acordo ou convenção coletivos”, dizendo respeito aos dois. Mas como disse “acordo ou convenção coletiva” ela quis dizer acordo individual ou convenção coletiva.

O TST elaborou a súmula 85.

Maurício Godinho e Maria Cecília se filiam à corrente que entende que o BANCO DE HORAS (ANUAL) só é possível por acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho.ou seja, a compensação será autorizada pela negociação coletiva. Mas, se a empresa quiser fazer um regime semanal de COMPENSAÇÃO, ou mensal, faça um acordo individual pois a própria CLT autoriza.

Vem o TST e fala: Compensação de jornada, sem dizer se é banco de horas ou compensação mensal.... 85. Compensação de jornada

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I. Acordo Individual, Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), Convenção coletiva de Trabalho (CCT)

I – A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

Parte da jurisprudência entende que esse inciso I diz respeito ao regime de compensação semanal ou mensal. Porque contempla a possibilidade de ser individual.

Outra parte da jurisprudência dia que este inciso diz respeito ao banco de horas.

Porque a CRFB, pela interpretação gramatical permitiu o banco de horas por acordo individual. Nós, alunos, temos de nos definir quanto a que corrente seguir.

II. Acordo Individual, salvo ACT ou CCT.

Não há dúvida que é acordo de compensação semanal ou mensal. Mas, se ele proibir não poderá ter egime de compensação nenhum.

II – O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.

Aqui não há dúvida. O TST se refere ao acordo de compensação semanal ou mensal.

Ele diz que está liberado fazer acordo individual para compensação semanal ou mensal porém, se a convenção ou acordos coletivos proibir, não pode fazer tal acordo individual.

III. Limite da semana. É compensação semanal.

Não ultrapassa as 44 horas semanais não ganha hr extras.

O empregado trabalha 3 dias 12 horas e no 4to dia 8 hr = 44. Duas de cada dia eram compensáveis. Ele não trabalha na sexta feira o empregador só paga o adicional.

III – O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Este inciso diz respeito à Compensação Semanal, claramente.

A CLT exige que o acordo de compensação de jornada seja por escrito e diz também que só pode ser duas horas a mais por dia.

Vem o TST e diz que se o empregador descumprir as exigências da lei, por si só não leva ao pagamento das horas extras. Ou seja, não descaracteriza o acordo. Porém, deve ser respeitada a jornada semanal de 44 horas semanais.

As regras do acordo semanal são:

2 horas máximas por dia, tem de ser por escrito e tem de compensar dentro da semana.

Se o acordo for tácito, ou seja, não escrito, o TST fala que não tem problema. Se o trabalhador trabalhou duas horas a mais na semana e não compensou, porém não ultrapassou as 44 horas semanais, tudo bem. Muitas vezes o trabalhador trabalha por 40 horas na semana, não trabalhando o sábado, e o empregador pode exigir que ele faça 1 hora extra por dia e no final da semana ele não ultrapassa as 44 horas semanais. A CRFB diz que a jornada padrão é de 8 horas diárias ou 44 semanais. Se o empregado trabalhou 9 horas por dia mas não mais que 44 horas semanais não terá direito a horas extras. É isso que o TST fala.

Vamos supor que o empregado compensou durante a semana, mas não ultrapassou as 44 horas semanais, seria bis in idem o empregador pagar o que ultrapassou as 8 horas como extra, porque ele compensou. Suponhamos que o empregado trabalhe 10 horas por dia. Duas horas são compensáveis. A 11ª hora não é compensável. Se ele não ultrapassar a jornada semanal, ele não terá direito a receber essa hora como extra, ele só terá direito ao 50% da hora extra, mas não à hora, pois foi compensação.

Por exemplo, ele trabalha 3 dias da semana fazendo 12 horas por dia = 36 horas. Ou seja, 4 horas a mais por dia. No quarto dia trabalhou 8 horas, fazendo um total de 44 horas na semana. Na sexta feira ele compensa essas horas, ou seja, ele fica em casa. Só que dessas horas que ele trabalhou, apenas 6 horas (duas a mais) por dia foram para compensação da sexta feira. As outras 2 que ele trabalhou a mais de seg a quarta não eram para compensação. Para não pagar essas horas duas vezes, o empregador paga só o adicional de 50% relativo à extras.

Segunda = 12 horas = 8 normais e 4 a mais. Terça = 12 horas = 8 normais e 4 a mais. Quarta = 12 horas = 8 normais e 4 a mais. Quinta = 8 horas = 8 horas normais e 0 a mais. Sexta = compensou.

Fez = 44 horas semanais. Sua jornada é de 40 horas semanais. Portanto fez 12 horas a mais. Como só pode trabalhar no máximo duas horas a mais em regime de compensação, ele fez 6 horas de segunda a quarta, porém deve perfazer um total de 8. Então ele fica com 8 horas para pagar a sexta e 4 horas extras. IV. Descaracterização.

Se há o acordo de comp. Além das horas ele presta horas extras habitualmente, ele tr em sobrejornada diariamente.

IV – A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

Se o empregado tem um acordo de compensação de jornada, só que, além das horas de compensação, ele presta hora extra habitualmente, como as horas extras habituais descaracterizam o acordo, ele para de ter validade, pois o acordo é duas horas de compensação máximas por dia, se ele trabalha 4 a mais desconfigura o acordo, em tese ele teria 4 horas extras por dia.

Mas vem o TST e diz que não é bem assim. As horas que eram compensáveis quando o acordo era válido, ele recebe só o adicional de 50% e as que não forem compensáveis ele recebe como normal mais os 50% de extra.

Ultrapassarem a semana. Compensação.

ab II 27 abr

No documento TrabIITodamatéria (páginas 32-34)