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Saúde da Família

No documento Glossário de Análise Política em Saúde (páginas 193-195)

A saúde da família está no primeiro nível de atenção no Sistema Único de Saúde (SUS). Para efetivar essas ações, é necessário o trabalho de equipes multiprofissionais em unidades bá- sicas de saúde, formadas por: médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem, agentes comu- nitários de saúde, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico de higiene dental. As equipes de saúde da família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a corresponsabilidade dos profissionais com os usuários e a comunidade, com o desafio de ampliar as fronteiras de atuação e resolubilidade da atenção. Além disso, tem como estratégia de trabalho: conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemio- lógicas; identificar os principais problemas de saúde e situações de risco as quais a população que ela atende está exposta e prestar assistência integral, organizando o fluxo de encaminha- mento para os demais níveis de atendimento, quando se fizer necessário. Ver Programa Saúde da Família. Ver Estratégia Saúde da Família.

Referência

SAÚDE da Família. Pense SUS: SUS de A a Z. Rio de Janeiro, [200-?]. Disponível em:<http://pensesus.fiocruz. br/saude-da-familia>. Acesso em 10 set. 2015.

Saúde Mental

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. A atenção em saúde mental é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), através de financiamento tripartite e de ações municipalizadas e organizadas por níveis de complexidade. A Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool

e outras Drogas foi pactuada em julho de 2011, como parte das discussões de implantação

do Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os

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GLOSSÁRIO DE ANÁLISE POLÍTICA EM SAÚDE

em Hospitais Gerais. Além de atender pessoas com transtornos mentais, esses espaços aco- lhem usuários de álcool, crack e outras drogas e estão espalhados pelo país, modificando a estrutura da assistência à saúde mental. Vêm substituindo progressivamente o modelo hospi- talocêntrico e manicomial, de características excludentes, opressivas e reducionistas, na ten- tativa de construir um sistema de assistência orientado pelos princípios fundamentais do SUS (universalidade, equidade e integralidade). Essa forma de atendimento é fruto de um longo processo de luta social que culminou com a Reforma psiquiátrica, em 2001. Sua principal bandeira está na mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade. O maior desafio para as políticas de saúde mental no Brasil hoje é o enfrentamento do uso do crack. Com a desospitalização promovida a partir dos princípios da Reforma psiquiátrica e o consumo crescente da droga em todas as esferas sociais, o SUS tem atuado de forma interdisciplinar, objetivando construir uma estratégia eficaz de enfrenta- mento do problema, já considerado uma epidemia por diversas instituições.

Referências

BRASIL. Lei federal n. 10.216/01. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF 09 abr. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm> Acesso em: 30 ago. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil: documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. Brasília: OPAS. nov. 2005.

SAÙDE mental. Pense SUS: SUS de A a Z. Fiocruz. Rio de Janeiro, [201?]. Disponível em: < http://pensesus. fiocruz.br/saude-mental>. Acesso em: 30 ago. 2016.

Saúde Reprodutiva

A saúde reprodutiva é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simples ausência de doença ou enfermidade que afete funções e processos do sistema reprodutivo. A saúde reprodutiva implica, por conseguinte, que a pessoa possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, tenha a capacidade de reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazer. Implícito nesta última condição está o direito de homens e mulheres de serem informados e de terem acesso a métodos eficientes, seguros, permissíveis e aceitáveis de planeja- mento familiar de sua escolha, assim como outros métodos, de sua escolha, de controle da fecun- didade que não sejam contrários à lei, e o direito de acesso a serviços apropriados de saúde que deem à mulher condições de passar, com segurança, pela gestação e pelo parto e proporcionem aos casais a melhor chance de ter um filho sadio. De conformidade com a definição acima, a as- sistência à saúde reprodutiva é definida como a constelação de métodos, técnicas e serviços que contribuem para a saúde e o bem-estar reprodutivo, prevenindo e resolvendo problemas de saú- de reprodutiva. Isso inclui também a saúde sexual, cuja finalidade é a intensificação das relações vitais e pessoais e não simples aconselhamento e assistência relativos à reprodução e a doenças sexualmente transmissíveis. Ver Planejamento Familiar/Reprodutivo e Direitos Reprodutivos.

Referência

OMS. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento - Plataforma de Cairo. Cairo, 1994. Disponível em:<http://www.unfpa.org.br/Arquivos/ relatorio-cairo.pdf>. Acesso em: 17 out. 2016.

GLOSSÁRIO DE ANÁLISE POLÍTICA EM SAÚDE

No documento Glossário de Análise Política em Saúde (páginas 193-195)