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B - ARCABOUÇO AMBIENTAL DO PROGERIRH II – FINANCIAMENTO ADICIONAL

OP 4.37 Segurança de Barragens

Os projetos básicos e executivos das barragens de Gameleira, Umari, Jatobá, Jenipapeiro, Mamoeiro e Trairi tiveram o acompanhamento e orientação do Painel de Inspeção e Segurança de Barragens, constituído no Estado do Ceará por solicitação do Banco Mundial, para assessorar a SRH no acompanhamento de obras hídricas de maior complexidade.

Os projetos de Umari e Gameleira foram aprovados por ocasião da 40º Reunião em agosto de 2002 e da 45º Reunião do Painel, em julho de 2003, respectivamente.

2.3 Cumprimento da Legislação Ambiental

As principais questões legais envolvendo o Projeto analisado dizem respeito a: (i) licenciamento ambiental; (ii) outorga do direito de uso das águas; (iv) unidades de conservação; (v) patrimônio cultural e natural.

a) Licenciamento Ambiental

De forma geral, a legislação brasileira exige o licenciamento ambiental para o tipo de obras financiadas pelo Projeto PROGERIRH – Financiamento Adicional (Açudes e sistemas adutores com estações de tratamento de água e estações elevatórias).

No Estado do Ceará compete à SEMACE – Superintendência de Meio Ambiente do Ceará a concessão do licenciamento ambiental para as atividades que utilizem recursos naturais e/ou consideradas com potencial impactante ao meio ambiente, no nível estadual.

No processo de licenciamento, o órgão licenciador deve ouvir previamente os municípios onde se localizam as atividades a serem licenciadas e, se for o caso, o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (órgão licenciador federal) e o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Para todos os sub-componentes que integram o PROGERIRH Financiamento Adicional, o processo de licenciamento ambiental está tendo encaminhamento adequado, com todas as intervenções contando com as licenças ambientais prévias – LPs e alguns já com licença de instalação – LI, de acordo com a tabela abaixo.

Açude e Sistema Adutor Licença Ambiental

Gameleira Licença de Instalação – LI Nº 028/2008

Umari Licença Prévia - LP

Jatobá Licença Prévia - LP

Jenipapeiro Licença Prévia - LP

Mamoeiro Licença Prévia - LP

Trairi Licença de Instalação - LI Nº 027/2008 Audiências Públicas – No processo de licenciamento ambiental os EIA/RIMAs dos açudes e respectivos sistemas adutores tiveram audiências públicas realizadas em atendimento à legislação ambiental. De forma geral, a expectativa da implantação das obras é positiva pois prevê-se a solução para o abastecimento público de água às comunidades beneficiadas ale do acesso à fonte hídrica para outros usos.

b) Outorga do direito de uso da água

Para ser executada a barragem, é preciso obter a Licença para Obras Hídricas a ser emitida pela SRH. A licença já foi solicitada. A outorga de direito de uso das águas do Açude só poderá ser solicitada após a conclusão das obras e deverá ser emitida também pela própria SRH em função dos usos previstos.

c) Unidades de Conservação

A Lei 9985/2000 institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC e estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Nas áreas de intervenção dos sub-componentes do PROGERIRH – Financiamento Adicional não existem unidades de conservação.

No entanto, considerando a questão da compensação ambiental, também regida pela Lei do SNUC, deverão ser destinados o,5% do custo dos açudes e sistemas adutores para o fortalecimento de UCs selecionadas pela SEMACE. Em reunião entre a SRH e SEMACE ocorrida em fevereiro de 2008, ficou definido que o valor de 0,5% das intervenções físicas – açudes e sistemas adutores, correspondente a US$ 467,450.00, será destinados à Área de Proteção Ambiental – APA do Cocó.

d) Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico

A Constituição Brasileira define como bem de domínio da União o patrimônio histórico, cultural e arqueológico. A Constituição estabelece vários instrumentos legais e critérios para proteção, uso e resgate desse patrimônio. A instituição responsável pela aplicação desses instrumentos é o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Conforme citado, o IPHAN deve ser consultado na implementação de obras ou atividades que possam afetar patrimônio histórico, cultural e arqueológico. Para o caso de patrimônio

Nesse sentido, no PGA consta programa específico de identificação, avaliação e resgate do patrimônio histórico, arqueológico ou paleontológoico.

2.4 Impactos Ambientais Globais

Foram analisados os possíveis impactos ambientais potenciais (positivos e negativos) das intervenções a serem apoiadas pelo Financiamento Adicional.

De forma geral, os impactos positivos são altamente expressivos. Quando os açudes e os sistemas de basatecimento de água estiverem em operação, a expectativa é que o resultado das intervenções seja altamente positivo, de caráter permanente, e promova a garantia do acesso da população à água de modo permanente e com qualidade adequada para conumo humano e para diversos outros usos. Este acesso deverá promover significativa melhoria da qualidade de vida da população das cidades e localidades atendidas.

Por outro lado, os impactos negativos são de 2 tipos:

(ii) impactos localizados, reversíveis e temporários, decorrentes principalmente das atividades inerentes à execução das obras e podem ser minimizados com a adoção de medidas preventivas contemplando o planejamento adequado das intervenções e de procedimentos adequados durante sua execução e de medidas mitigadoras relacionadas principalmente com a recuperaão de áreas degradadas,etc. Essas medidas constam do Plano de Gestão Ambiental – PGA e já foram consideradas quando da elaboração dos projetos básicos e executivos das intervenções e dos EIA/RIMAs constando, também, das licenças ambientais expedidas. Complementarmente, os editais de contratação das obras deverão incluir um Manual Ambiental de Construção, onde são especificados procedimentos para minimizar os impactos negativos durante a construção, além dos programas

(iii) impactos referentes à necessidade de reassentamento de famílias e ao patrimônio cultural. Esses impactos serão minimizados com a adoção de planos de reassentamento e programas de identificação e resgate do patrimônio cultural.

Para reforçar e garantir os efeitos benéficos das intervenções, o Projeto prevê o desenvolvimento de ações de educação ambiental e participação comunitária.

Adicionalmente, espera-se expressiva melhoria da gestão ambiental decorrente do fortalecimento da SRH e dos programas constantes do Componente de Gestão. Cita-se, em especial, o programa de qualidade das águas que subsidiará a SRH e a COGERH numa adequada operação dos mananciais.

3. PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO PROJETO

O Plano de Gestão Ambiental - PGA do PROGERIRH Financiamento Adicional contempla um conjunto de ações e intervenções que deverão prevenir, minimizar ou compensar os impactos ambientais e sociais gerados pelas obras e/ou atividades do Projeto.

O PGA está organizado em políticas e programas de caráter ambiental e social, cuja síntese está apresentada a seguir em conjunto com quadro final de custos estimados responsabilidade institucional pela execução.

Tabela 3.1: Síntese do Plano de Gestão Ambiental – PGA

No. Programas (US$ 1.00) Custos Responsáveis 1 Gestão Sócio-ambiental Custos inseridos no gerenciamento do Projeto UGPE e Consultoria

Fortalecimento

Institucional (inseridos no sub-componente 1.1 Fortalecimento Institucional) UGPE/NUCAM e Consultoria

2 Educação Ambiental e

Gestão Participativa

US$ 175,000.00

(inseridos no sub-componente 1.5 – Organização de Usuários dos Açudes.)

UGPE e Consultoria

4 Programa de Identificação e Resgate do Patrimônio Cultural

US$ 300,000.00

Inseridos no Componente 2 – Infra-estrutura Hídrica, sub-componentes 2.1 – Rede de Açudes Prioritários e

sub-componente 2.2 – Sistema adutores de abastecimento de água.

UGPE e Consultoria

5 Programa de Medidas de Mitigação Inseridos nos custos das Obras UGPE / SOHIDRA

6 Programa de Medidas Compensatórias US$ 467,450.00 UGPE / SEMACE

7 Manual Ambiental de Construção Inseridos nos custos das Obras UGPE / SOHIDRA / Empresas Construtoras

8 Monitoramento da

Qualidade das Águas

Custos inseridos no Componente 1, sub-componente 1.7 Gestão da

Qualidade da Água. UGPE / COGERH

9 Reassentamento de

Famílias

(inseridos no sub-componente 2.1 rede de Açudes Estratégicos)

UGPE / Consultoria / SOHIDRA 10 Manual de Procedimentos para Articulação e a concepção das intervenções hídricas e os Estudos ambientais.

Custos Inseridos no Sub-componente

2.4 – Estudos e Projetos UGPE e Consultoria

11

Critérios e Procedimentos de Avaliação Ambiental para os Empreendimentos

de 2º ao 3º ano

Custos inseridos no gerenciamento do

Projeto UGPE e Consultoria

Os Programas que constituem o PGA são descritos a seguir: 3.1 - Gestão Sócio-Ambiental do Projeto

O gerenciamento do PROGERIRH Financiamento Adicional será feito por meio da Unidade de Gerenciamento de Projetos Especiais – UGPE da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, a qual será responsável pela administração do mesmo, sendo elo entre ao Governo do Estado, o Banco Mundial - BIRD e as organizações públicas ou privadas que participam da execução do Programa.

As atividades referentes à Gestão Sócio-ambiental do Projeto compreendem:  Coordenação de Gestão Sócio-ambiental

 Supervisão Ambiental de Obras  Planejamento Ambiental de Obras A seguir são detalhadas as funções acima:

Sócio-coordenação das ações sócio-ambientais do Programa devidamente articulados com as demais coordenações e com as unidades técnicas executoras.

À Núcleo de Controle Ambiental - NUCAM caberá desenvolver as ações ambientais e ao Núcleo de Reassentamento - NUREA as ações sociais e de reassentamento.

SRH

COORDENAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA

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