• Nenhum resultado encontrado

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH PROGERIRH PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO CEARÁ

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH PROGERIRH PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO CEARÁ"

Copied!
95
0
0

Texto

(1)

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

PROGERIRH

PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO CEARÁ

PREPARAÇÃO DO PROJETO PROGERIRH II - FINANCIAMENTO ADICIONAL

AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PROGERIRH E ARCABOUÇO PARA O

GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO FINANCIAMENTO ADICIONAL

(1ª VERSÃO)

NCA Engenharia, Arquitetura e Meio Ambiente SS Ltda FEVEREIRO DE 2008

E1932

V. 1

Public Disclosure Authorized

Public Disclosure Authorized

Public Disclosure Authorized

Public Disclosure Authorized

Public Disclosure Authorized

Public Disclosure Authorized

Public Disclosure Authorized

(2)

SUMÁRIO

Introdução

A - Avaliação Institucional Ambiental da Implementação do

PROGERIRH

1. Concepção do Projeto

2. Procedimentos Ambientais Previstos no Projeto

3. Resultados da Implementação do PROGERIRH

4. Avaliação da Implementação dos Procedimentos Ambientais Previstos e

Atendimento às Salvaguardas do Banco Mundial

5 . Lições Aprendidas

B - Arcabouço Ambiental do PROGERIRH II – Financiamento

Adicional

1. Concepção do Financiamento Adicional

2. Avaliação Ambiental do PROGERIRH Financiamento Adicional

3. Plano de Gestão Ambiental do Projeto

C. Avaliação Ambiental das Obras Selecionadas de 1º Ano –

Gameleira e Umari

1. Barragem de Gameleira e Adutora de Itapipoca

2. Barragem de Umari e Adutora de Madalena

(3)

INTRODUÇÃO

O presente documento tem como objetivo apresentar os procedimentos que servirão de base para a orientação e acompanhamento ambiental das ações a serem apoiadas pelo PROGERIRH – Financiamento Adicional.

De acordo com entendimentos mantidos com Missão de Preparação do Banco Mundial realizada em janeiro de 2008, a preparação ambiental do Financiamento Adicional deverá ser realizada considerando os seguintes documentos:

1) Avaliação Ambiental do PROGERIRH e Arcabouço para o Gerenciamento Ambiental do Financiamento Adicional (1ª versão) – envolvendo uma avaliação preliminar das ações ambientais previstas e executadas pelo Projeto e o arcabouço para o Financiamento Adicional incluindo avaliação das intervenções do 1º ano;

2) Avaliação e Arcabouço para o Reassentamento – envolvendo atualização dos planos de reassentamento das intervenções de 1º ano, ainda não analisadas pelo Banco, e o marco de reassentamento para as demais intervenções;

3) Avaliação Ambiental e Arcabouço para o Gerenciamento Ambiental do Financiamento Adicional (versão final). Nesta versão deverá ser complementada a avaliação das ações ambientais do PROGERIRH incluindo uma avaliação específica de pelo menos duas intervenções de infra-estrutura realizadas no âmbito do Projeto.

Foram definidas como intervenções de infra-estrutura de 1º ano para o Financiamento Adicional, as obras referentes aos Açudes e respectivos sistemas adutores de Gameleira e Umari.

O presente Relatório Ambiental apresenta o conteúdo acordado para o 1º Documento acima relacionado.

Está dividido em três partes:

• A PARTE A faz uma revisão da implementação dos procedimentos ambientais inicialmente adotados para o PROGERIRH, objeto do Acordo de Empréstimo AE 4531- BR;

• Na PARTE B, mostra o arcabouço ambiental a ser utilizado durante essa nova etapa, o Financiamento Adicional, aproveitando-se a experiência da implantação do PROGERIRH;

• Na PARTE C, apresenta uma avaliação ambiental das obras pré-selecionadas para o primeiro ano do PROGERIRH - Financiamento Adicional.

O presente documento foi elaborado pelos consultores Alexandre Fortes e César Pimentel da NCA Engenharia, Arquitetura e Meio Ambiente SS Ltda e contou com o apoio e colaboração da Secretaria dos Recursos Hídricos, em especial da UGPE - Unidade de Gerenciamento de Projetos Especiais, da Célula de Controle Sócio-ambiental e do NUCAM - Núcleo de Controle Ambiental da SRH.

(4)

A - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL AMBIENTAL DA IMPLEMENTAÇÃO

DO PROGERIRH

1. CONCEPÇÃO DO PROJETO

O PROGERIRH foi concebido com os objetivos gerais de (i) ampliação da oferta e a garantia de água para usos múltiplos e aumento da eficiência da gestão do sistema integrado; (ii) promoção do uso múltiplo eficiente e da gestão participativa dos recursos hídricos; e (iii) promoção da melhoria do uso do solo, através do manejo adequado de micro-bacias críticas. Seus objetivos específicos foram assim estabelecidos:

 promover melhorias nas estruturas institucionais, jurídicas e

administrativas/gerenciais, com ênfase sobre os mecanismos de gestão participativa;

 recuperar e construir uma nova infra-estrutura hidráulica destinada à gestão integrada

das bacias fluviais;

 desenvolver e consolidar a recuperação sustentável dos custos, sistemas de gestão,

operação e manutenção para a infra-estrutura hidráulica;

 integrar as políticas ambientais com as políticas de gestão dos recursos hídricos;

 organizar e fortalecer os comitês de bacias hidrográficas e associações de usuários

da água;

 implementar e propagar tecnologias mais eficazes para o uso e a gestão da água;  capacitar os usuários da água em geral, para um uso eficiente da água, gestão da

demanda e redução do desperdício;

 promover a recuperação hidro-ambiental de micro-bacias selecionadas do Estado.

O PROGERIRH foi estruturado em 6 (seis) componentes:

Gestão - visou a melhoria da capacidade gerencial do estado no setor, consolidando e desenvolvendo instrumentos de gerenciamento e promovendo a participação e organização de usuários, de forma a possibilitar a descentralização da gestão dos recursos hídricos.

Incremento da Rede de Açudes Estratégicos – consistiu de obras e projetos de açudes selecionados e hierarquizados segundo critérios que refletem aspectos sociais, ambientais, econômicos, tecnológicos e de planejamento governamental. Foram implantados 6 açudes: Aracoiaba (12/2002), Malcozinhado (11/2002), Catu-cinzenta (05/2002); Carmina (11/2002); Faé (12/2002) e Pesqueiro sendo este último ainda em construção.

Eixos de Integração - Consistiu na realização de estudos detalhados de viabilidade e na implementação do Eixo de Integração Castanhão – Região Metropolitana de Fortaleza - Trechos I, II e III.

Recuperação de Infra-estrutura Hidráulica – Consistiu na recuperação de 23 açudes em todo o Estado e de unidades do sistema de obras hídricas da RMF.

Desenvolvimento Hidroambiental de Microbacias Hidrográficas - compreendeu atividades de recuperação e conservação hidroambiental de micro-bacias hidrográficas situadas em áreas degradadas do semi-árido cearense.

Gerenciamento de Águas Subterrâneas – Consistiu em estudos de diagnóstico e de desenvolvimento de programas de gerenciamento dos aquíferos da Zona Costeira e Litorânea, da região do Cariri e da Chapada do Apodi

Os recursos financeiros estimados para o Programa, considerando os aditivos realizados, estão mostrados na Tabela 2.1, a seguir.

(5)

Tabela 1.1 - Componentes do PROGERIRH

Componente Categoria Custos

US$ 1,000 % do Total

Gestão Políticas, estudos,

Desenvolvimento institucional e equipamentos

14,586 3,87 Incremento da rede de açudes estratégicos Obras, projetos e medidas

ambientais mitigadoras 29,274 7,77 Eixos de integração de bacias hidrográficas Obras, projetos e medidas

ambientais mitigadoras 323,777 85,90 Recuperação de infra-estrutura hidráulica Obras, projetos e medidas

ambientais mitigadoras 1,637 0,43 Desenvolvimento hidro-ambiental de

microbacias hidrográficas Obras de pequeno porte, atividades piloto e medidas de conservação ambiental

2,722 0,72 Gestão de Águas Subterrâneas Estudos e Planos de

Gerenciamento 3,551 0,94

Total 376,908 100

2. PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS PREVISTOS NO PROJETO

Na preparação do Projeto foram previstas ações destinadas a garantir o cumprimento das salvaguardas ambientais do Banco Mundial. Essas ações incluíram os temas a seguir.

2.1 Avaliação Ambiental

Na fase de preparação do Projeto foi elaborada uma Avaliação Ambiental Regional – AAR que contemplou: (i) uma avaliação ambiental global do Projeto; (ii) uma avaliação ambiental específica das obras de 1º ano; (iii) a concepção de plano de manejo ambiental - PMA; e (iv) resumo executivo.

A AAR avaliou as interferências dos componentes do Projeto em relação às seguintes salvaguardas ambientais e sociais: OP 4.01 – Avaliação Ambiental; OP 4.04 – Habitats Naturais; OP 4.11 – Propriedade Cultural; OP 4.12 – Reassentamento de População; OP 4.10 – População Indígena; e OP 4.37 - Segurança de Barragens.

A AAR foi submetida a processo de divulgação e de audiência pública, de acordo com os procedimentos operacionais do Banco.

O Plano de Gestão Ambiental – PGA contemplou os seguintes programas:  Fortalecimento de Unidades de Conservação

 Diagnóstico e Monitoramento de Áreas Estuarinas e Manguezais  Apoio ao Monitoramento e Controle de Esquistossomose

 Monitoramento da Qualidade da Água

 Manual de Procedimentos e Critérios Ambientais

 Treinamento e Capacitação Ambiental da SRH e empresas coligadas  Identificação e Resgate de Patrimônio Cultural

 Proteção de Reservatórios  Operação de Reservatórios  Regras Ambientais de Construção

(6)

 Procedimentos de Análise Ambiental durante a Implementação do PROGERIRH A concepção desses programas será descrita nos itens seguintes.

2.2 Fortalecimento de Unidades de Conservação

Considerando a necessidade de adoção de medidas compensatórias para cumprimento da Política de Habitats Naturais do Banco Mundial e da legislação ambiental brasileira (à época a Resolução N0 010/87, do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA) foi acordado com o IBAMA e a SEMACEa implementação de programa de fortalecimento de unidades de conservação sob a gestão desses organismos.

Nesse sentido, foram previstas as seguintes ações e recursos:

UC Organismo

Gestor Atividades (USS1,000.00) Recursos

FlorestaNacional do

Araripe IBAMA Ações constantes do Plano de Manejo da Unidade 301,176.00

Áreas de Proteção Ambiental – APAs da Serra do Baturité, Maranguape e Aratanha SEMACE - Revisão de Plano de Manejo; - Monitoramento da cobertura vegetal; - Aquisição de equipamentos para fiscalização e monitoramento; - Treinamento e capacitação; etc. 600,000.00 Total 901,176.00.

2.3 Diagnóstico e Monitoramento de Áreas Estuarinas e Manguezais

Este estudo foi proposto considerando que o PROGERIRH previa a implantação de três açudes, discriminados abaixo, e obras de derivação de água do rio Jaguaribe para a Região Metropolitana de Fortaleza, e que poderiam acarretar alterações do regime hídrico natural nos estuários situados a jusante.

• Açude Malcozinhado, localizado próximo ao estuário do rio Malcozinhado; • Açude Catu-Cinzento, localizado próximo ao estuário do rio Catu;

• Açude Itaúna, localizado próximo ao estuário do rio Timonha;

• Eixo de Integração Castanhão – Região Metropolitana, no rio Jaguaribe.

O principal objetivo do programa foi, portanto, criar condições técnicas para detectar as influências das alterações do regime hídrico dos cursos d’água afetados nos estuários localizados a jusante dos empreendimentos.

2.4 Apoio ao Monitoramento e Controle de Esquistossomose

Foram previstas ações de apoio ao Programa Especial de Controle da Esquistossomose – PECE do Estado do Ceará apesar do RAA não constatar a possibilidade de ocorrência do caramujo hospedeiro nas intervenções previstas.

2.5 Monitoramento da Qualidade da Água

Foi previsto um amplo fortalecimento do programa de monitoramento da qualidade da água dos açudes, vales perenizados, canais de transposição e poços em implementação à época pela

(7)

COGERH. Este programa teve o objetivo principal de avaliar as condições de qualidade das águas para os diversos usos existentes (irrigação, industrial, abastecimento publico, etc.) e previstos assim como subsidiar a operação dos açudes.

2.6 Manual de Procedimentos e Critérios Ambientais

Com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional da Secretaria de Recursos Hídricos e de suas empresas coligadas COGERH, SOHIDRA e FUNCEME, para a gestão ambiental de obras hídricas, foi prevista a elaboração de dois manuais:

 Manual de Procedimentos e Critérios Ambientais para Concepção de Projetos Hídricos;  Manual de Normas e Especificações Ambientais para a Construção de Obras Hídricas. 2.7 Treinamento e Capacitação Ambiental da SRH e empresas coligadas

Com o objetivo de capacitar e treinar o pessoal técnico e de direção da SRH, SOHIDRA, COGERH e da SEMACE, além de empresas consultoras, com vistas a assegurar que a dimensão ambiental seja adequadamente incorporada no desenvolvimento das atividades de planejamento de recursos hídricos, de implantação de obras hidráulicas e de operação dos sistemas hidráulicos, foi concebido um Plano de Capacitação e Treinamento em Gestão Ambiental a ser implementado durante os cinco anos do PROGERIRH.

2.8 Identificação e Resgate de Patrimônio Cultural

Em função das avaliações empreendidas no RAA e considerando a OP 4.11 – Propriedade Cultural, foi concebido um Programa de Identificação e Resgate do Patrimônio Cultural, envolvendo as intervenções previstas no PROGERIRH.

O programa previa a realização das seguintes etapas: (i) inventário de componentes culturais; (ii) implantação de núcleos de referências culturais; (iii) sensibilização do público envolvido; (iv) prospecções arqueológicas e paleontológicas; (v) implantação de ecomuseu no caso da ocorrência de sítios.

Foi prevista a articulação com o Instituto Cearense de Ciências Naturais – ICCN e com o Núcleo de Estudos Etnográficos e Arqueológicos da Universidade Estadual do Ceará – UECE/NEEA.

2.9 Proteção de Reservatórios

O objetivo do Programa de Proteção foi de permitir a obtenção de informações sobre os diferentes tipos de pressão que possam prejudicar a utilização ótima do reservatório e definir as medidas adequadas para garantir que seu uso se faça de modo a potencializar ao máximo os possíveis benefícios originados com sua implantação e operação.

O Programa foi concebido para atuar em duas linhas de ação espacialmente diferenciadas: a primeira refere-se ao uso e ocupação da terra na bacia de drenagem, que pode afetar as características de qualidade e quantidade que afluirão ao reservatório; a segunda preocupa-se especificamente com o uso da terra nas margens do reservatório. Ambas buscam evitar ou minimizar a possibilidade de degradação das águas, sua poluição e/ou eutrofização.

A 1ª linha previa a elaboração de: (i) caracterização das fontes de nutrientes e poluentes localizadas na bacia; (ii) avaliação da influência sobre a qualidade da água do reservatório; (iii) proposição de ações necessárias para garantir um mínimo de alterações na qualidade da água. A 2ª linha previa a realização de estudos com vistas à implantação da Área de Preservação Permanente – APP no entorno dos reservatórios. À época foram definidas possibilidades de atuação: a) proibição de acesso e de qualquer utilização da terra e b) permissão de usos controlados.

(8)

2.10 Operação dos Reservatórios

O Programa de Operação foi concebido para os açudes do PROGERIRH com os seguintes objetivos: a) acompanhar a evolução temporal das características das águas afluentes e acumuladas no reservatório e, se for o caso, definir as regras operacionais adequadas para evitar a salinização e a eutrofização progressiva do reservatório; e b) estabelecer regras para liberação da água em condições de estiagem, de modo a compatibilizar e atender ao máximo as demandas dos diferentes usuários.

A execução do Programa deveria envolver a SRH e a COGERH como entidade operadora dos açudes e responsável pelo monitoramento da qualidade das águas.

2.11 Regras Ambientais de Construção

Considerando que a maior parte das questões ambientais e legais para mitigação de impactos ocasionados pela execução de empreendimentos hídricos, é passível de ser implementada durante a execução das obras e ter seus custos incorporados ao custo principal da obra, o Plano de Manejo Ambiental apresentou as principais regras ambientais a serem adotadas durante a construção dos açudes. Essas regras foram previstas de constar do Edital de Licitação das Obras.

Nesse sentido a SRH, contratante, assim como a empreiteira responsável pela construção, passariam a ter meios para medição e pagamento dessas medidas.

Essas regras deveriam, de acordo com o constante do item 2.6 acima, passar posteriormente por um processo de discussão e consolidação, transformando-se em Manual de Normas e Especificações Ambientais para Construção de Obras Hídricas, tornando-se, também, referência para todos os empreendimentos hídricos no Estado do Ceará.

2.12 Procedimentos de Análise Ambiental durante a Implementação do PROGERIRH

Este item do Plano de Manejo Ambiental previa a adoção dos seguintes procedimentos durante a implementação do PROGERIRH:

 a supervisão e fiscalização ambiental das obras;

 a implantação dos programas ambientais constantes do presente Plano de Manejo; e  a análise ambiental de novos projetos, a serem implantados do segundo ao quinto ano,

com os mesmos critérios utilizados na seleção das obras prioritárias da primeira etapa. 2.13 Demais Procedimentos Ambientais

Em conseqüência das ações do PROURB, na fase de preparação do PROGERIRH dois temas institucionais – ambientais estavam em estruturação pela SRH:

 Alteração na estrutura organizacional da SRH – criação do Departamento Sócio Ambiental dos Recursos Hídricos com a Divisão de Controle Ambiental – DICAM e Divisão de Reassentamento – DIREA. Previsão de contratação de 13 profissionais permanentes de nível superior incluindo geógrafos, agrônomos, engenheiros civis, advogado, sociólogo e assistente social;

 Manual de procedimentos para a articulação e integração entre a concepção das intervenções hídricas (viabilidade, projeto básico e projeto executivo) e os estudos ambientais necessários ao licenciamento ambiental.

Esse manual deveria, inclusive, propor correções para as distorções verificadas no processo de licenciamento dos empreendimentos hídricos, em especial a elaboração dos EIA/RIMAs. Três distorções apresentavam-se particularmente importantes: (i) o conteúdo dos EIA/RIMAs, praticamente similares, independente do tipo e porte do

(9)

temas não permitindo uma adequada avaliação dos principais impactos; e (iii) a sua elaboração após a realização do Projeto Executivo, ao invés de ser realizado na fase de viabilidade onde as alternativas de engenharia estão sendo devidamente estudadas, e onde o componente ambiental deveria subsidiar a seleção da alternativa mais viável sob o ponto de vista da engenharia, meio ambiente e econômico.

3. RESULTADOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGERIRH

O PROGERIRH teve sua efetividade a partir de 24/05/2000 e sua conclusão está prevista para 31/05/2008.

A seguir é apresentada uma síntese dos principais resultados obtidos pelo Projeto nestes 8 anos de implementação.

3.1 Componente Gestão

 Instalação de Comitês de Bacia

Foram instalados 10 Comitês: Curu, Baixo Jaguaribe, Médio Jaguaribe, Alto Jaguaribe, Banabuiú, Salgado, Metropolitana, Acaraú, Litoral e Coreaú.

 Criação de associação de Usuários

Foram criadas 79 Comissões de Usuários de Açudes. Estão sendo finalizadas quatro comissões, na bacia do Salgado (Açudes: Olho d’água, em Várzea Alegre; Rosário, em Lavras da Mangabeira; Ubaldinho, em Cedro e o Açude Cachoeira, em Aurora)..

 Cadastramento de usuários

Concluídos os cadastros das bacias do Alto e Médio Jaguaribe, Banabuiú, Acaraú, Salgado e Metropolitana., totalizando 8.284 usuários cadastrados.

 Implementação e Desenvolvimento de Sistemas de Monitoramento Hidrológico

Atualmente a COGERH monitora o nível d’água dos 126 reservatórios e, foram implantadas pela FUNCEME as 70 Plataformas Automáticas de Coletas de Dados Meteorológicos e Ambientais - PCD's.

 Implementação do Programa de Segurança de Barragens

Foram efetuadas 108 inspeções formais "check-list" em 76 açudes estaduais e em alguns federais. Tendo como base estas inspeções, está em fase de elaboração o Relatório Anual de Inspeções e Riscos - 2006. Estão sendo monitoradas por instrumentação a segurança de 10 barragens estaduais, com acompanhamento e análise dos dados de instrumentação através do programa computacional PIEZO-COGERH, recém implementado. Avaliação do Risco de 62 barragens estaduais. Foram treinados em torno de 200 profissionais em segurança de barragens.

 Concessão de Outorgas

Foram concedidas 6.418 outorgas de uso de recursos hídricos 3.2 Componente Açudes Estratégicos

Foram construídos os seguintes açudes e respectivos sistemas adutores:

Açudes e Sistemas Adutores Conclusão

Catu-Cinzenta 05/2002

Carmina 11/2002

(10)

Aracoiaba 12/2002

Faé 12/2004

Pesqueiro Em construção

3.3 Componente Eixos de integração de Bacias Hidrográficas Foram realizadas as obras referentes ao Eixo Castanhão – RMF.

Trecho Situação

Trecho I (Açude Castanhão-Curral

Velho), Obras concluídas

Trecho II (Açude. Curral Velho - Serra do

Félix) 73% executado

Trecho III (Serra do Félix - Açude

Pacajus) 61 % executado

3.4 Componente de Recuperação de Infra-estrutura Hídrica As seguintes unidades foram objeto de ações de recuperação:

Açudes

Foram realizadas obras de recuperação em 23 Açudes: Gavião; Itaúna; Medeiros; Jaburu I; Pacoti; Vinícius Berredo; Pacajus; Rosário; Arrebita; Barragem Torrões; Espírito Santo; Trapiá I; Parambu; Potiretama; São Jose I; Sucesso; Angicos; Canoas; Colinas; Vieirão; Saboeira; Várzea Grande e Pentecoste.

Sistema de Obras Hídricas da RMF

Foram realizadas obras de recuperação nas seguintes unidades: Adutora do Acarape; Sifão de Umburanas; Comporta no Canal do Trabalhador; Sifão 1 do Canal adutor Sítios Novos-Pecém.

3.5 Componente Projeto-piloto de Gestão de Micro-bacias ( PRODHAM) As seguintes ações foram realizadas:

Principais Ações Resultados

Recuperação de micro-bacias no tocante a solos e recursos hídricos

Encontra-se em execução a recuperação da: - Micro-Bacia do Rio Cangati

- Micro-Bacia do Rio Pesqueiro - Micro-Bacia do Rio Salgado - MBH do Rio Batoque

Recuperação de mata ciliar Micro-Bacias do Rios Cangati e Pesqueiro. Recuperação de áreas

degradadas Micro-Bacias do Rios Cangati e Pesqueiro. Construção de barragens de

pedra Micro-Bacias do Rios Cangati e Pesqueiro. Construção de barragens

subterrâneas Micro-Bacias dos Rios Cangati e Rio Pesqueiro. Construção de

poços/cisternas

Cisternas de placas nas escolas municipais de 16.000 litros no Distrito de Iguaçu (Canindé-Ce) e residências. Algumas cisternas também foram construídas na MBH do Rio Batoque.

Capacitação de produtores Nas comunidades de Iguaçu, São Luís, Cacimba de Baixo, Cacimba de Cima e Laje (Canindé-Ce) e município de Aratuba-Ce.

(11)

3.6 Gestão de Águas Subterrâneas Foram elaborados:

 Planos de Monitoramento dos Aqüíferos das Bacias Araripe e Potiguar  Sistema de Gerenciamento dos Aqüíferos do Município de Fortaleza

4. AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS PREVISTOS E ATENDIMENTO ÀS SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL

4.1 Evolução dos Procedimentos Ambientais

A seguir são apresentados os resultados dos procedimentos ambientais previstos no Plano de Manejo Ambiental constante do Relatório de Avaliação Ambiental Regional elaborado à época da preparação do PROGERIRH e citados no capítulo 2 acima.

 Fortalecimento de Unidades de Conservação

Foram firmados convênios com o IBAMA e com a SEMACE para implementação das ações previstas no âmbito do PMA.

Convênio nº 04/2002/PROGERIRH- SRH/IBAMA

Valor: R$ 500.200,00

Objeto: Fortalecimento das ações sócio-ambientais e de infra-estrutura da Floresta Nacional do Araripe.

AÇÔES SERVIÇOS SITUAÇÃO ATUAL

Fornecimento de Equipamentos e serviços de Infra-Estrutura na Floresta Nacional do Araripe – FLONA.

Fornecimento e Montagem de uma Torre de Observação de Incêndios na Floresta Nacional do Araripe-Crato.

Concluído em fevereiro/2004.

Empresa Executora /

Fornecedora: Crazia Estruturas Metálicas. R$ 119.998,00. O.F.: 01/2003

Fornecimento de Cinco Estações Portáteis de Rádio em VHF-FM, para atender as ações de fiscalização.

Concluído em janeiro/2004. Empresa Fornecedora: Marketrons do Brasil Com. Exportação e Importação Ltda. R$ 4.500,00. O.F.: 002/2003. Aquisição de um veículo utilitário

IVECO.

Concluído em outubro/2004. Empresa Fornecedora: Guilherme Palácio Bezerra Júnior. R$ 66.900,00. O. F.: 006/2004

Fornecimento e Montagem de um Sistema de Monitoramento Telemétrico para a fonte Boca da Mata. Concluído em junho/2005. Empresa Fornecedora/ Executora: DPM Engenharia Ltda. R$ 27.800,00. O.F.: 001/2005

(12)

Recuperação de unidades hídricas

Recuperação dos Barreiros nos Sítios da Malhada Bonita e Santa Rita.

Educação Ambiental na Floresta Nacional do Araripe: Uma Experiência a Compartilhar

Curso de Meliponicultura: Gestão Comunitária e Contabilidade

Curso de Compostagem: Gestão Comunitária e Contabilidade

Curso de Reciclagem e Reaproveitamento de Resíduos Sólidos: Gestão e Contabilidade Apresentação Teatral

Empresa Executora Associação Cristã de Base – ACB.Termino: Janeiro/2008

Aquisição de 01 (um) DVD, 01 (um) televisor 29 polegadas, 02 (duas) máquinas fotográficas digitais, 01 (um) retro projetor, 01 (uma) máquina foto copiadora portátil.

Concluído em fevereiro/2004. Empresa Fornecedora: RCS Comercial Informática Ltda. R$

5.756,00. O.F.: 003/2003 Aquisição de 01 (uma) máquina

filmadora digital.

Concluído em fevereiro/2004. Empresa Fornecedora: Intersystem – SBR Com. Rep. Ind. E Serviços Ltda. R$ 1.627,00. O.F.: 004/2

Fornecimento de Equipamento visando o fortalecimento das ações de Educação Ambiental do IBAMA

Aquisição de Equipamentos de Informática (Microcomputador Athlon e Note book Toshiba).

Concluído em maio/2004. Empresa Fornecedora: VBA Informática. R$ 7.978,00. O.F.: 005/2004

Convênio nº 018/2006 PROGERIRH- SRH/SEMACE

Valor: R$ 754.200,00

Objeto: Programa Ambiental para as APA´s de Baturité, Aratanha e do Rio Cocó, no Estado do Ceará.

AÇÔES SERVIÇOS SITUAÇÃO ATUAL

Articulação / Mobilização e Comunicação Social dos municípios de Baturité, Mulungu, Aratuba, Redenção, Pacoti e Palmácia e Curso I – Agentes Multiplicadores em Educação Ambiental no município de Mulungu

Cursos de Educação Ambiental nas Unidades de Conservação (APAs de Baturité, Aratanha e Cocó), no valor de R$ 37.967,90

Articulação/Mobilização Social nos municípios de Maranguape e Maracanaú e Curso II Agentes Multiplicadores no município de Baturité e Curso III de Agentes Multiplicadores no município de Maracanaú

Trabalhos em execução pela ONG Flor da Terra.

Aquisição de micro ônibus para ações de educação ambiental, no valor de R$ 140.000,00. Processo Nº. 06120738-1.

--- Pregão 05 – aguardando data para licitação na Comissão de Licitação da PGE. Construção de um Centro de Referência em Educação Ambiental no Parque do Cocó,. ---

O projeto arquitetônico foi analisado / atualizado pela equipe da SRH (Planilha de Custos) e remetido à SEMACE para elaboração das Especificações Técnicas.

Construção de Centro de Referência Ambiental na APA de ARAU localizada entre as bacias dos rios Malcozinhado e Catu.

O Projeto encontra-se em processo de licitação.

(13)

Comentários Gerais: De acordo com as informações da SRH o Convênio com o IBAMA evoluiu satisfatoriamente e no prazo adequado. O convênio com a SEMACE teve uma tramitação mais complicada e só foi assinado em agosto de 2006 cerca de 6 anos após o início do Projeto. A SRH informou que o atraso deveu-se principalmente em função das alterações freqüentes na direção da SEMACE.

 Diagnóstico e Monitoramento de Áreas Estuarinas e Manguezais

Para a execução deste programa foi realizado convênio com a SEMACE e contrato de consultoria com o IEPRO – Instituto de Estudos, Pesquisas e Projetos da Universidade Estadual do Ceará.

O contrato de consultoria com o IEPRO, no valor de R$ 541.034,00, teve como objeto a realização de Diagnóstico e monitoramento geoambiental, e sócio-econômico, levantamento de fontes poluidoras e Proposta de Monitoramento das áreas estuarinas e manguezais dos rios Malcozinhado, Catú, Timonha e Jaguaribe do Estado do Ceará. O Estudo foi concluído em junho de 2005.

A partir do estudo realizado, o monitoramento das áreas estuarinas deveria ser realizado pela SEMACE. Nesse sentido, foi assinado o Convênio nº 019/2006 – PROGERIRH -SRH/SEMACE que previa duas linhas de ação: (i) aquisição de veiculo e de equipamentos para laboratório de modo a possibilitar o monitoramento pela SEMACE das áreas estuarinas; (ii) contratação excepcional de pessoal técnico para realização do monitoramento.

Devido a demora na contratação da equipe técnica e a proximidade de fechamento do Projeto, o Banco na missão de supervisão de março de 2007 considerou não haver mais sentido nessa contratação com recursos do Projeto mas evidenciou a necessidade da SEMACE contar com pessoal próprio para realização das atividades de monitoramento de forma sustentável. A situação de aquisição dos equipamentos encontra-se da seguinte forma:

AÇÔES SERVIÇOS SITUAÇÃO ATUAL

Aquisição de veículo (pick up) para monitoramento

dos estuários ---

Em processo de licitação na Procuradoria Geral do Estado- PGE refrigerador e aparelhos de ar condicionado máquinas fotográficas, GPS e calculadora Aquisição de equipamentos de análise laboratorial e de monitoramento das áreas

estuarinas e manguezais cromatógrafo a gás com acessório

Em processo de licitação na Procuradoria Geral do Estado- PGE.

Comentários Gerais: O Estudo de Diagnóstico e Proposta de Monitoramento foi realizado na fase inicial de operação dos açudes Malcozinhado, Aracoiaba e Catu-Cinzenta e levantando as condições estuarinas e dos manguezais praticamente ainda sem influência da operação desses reservatórios. No caso do rio Jaguaribe o Estudo foi realizado anteriormente à operação do Açude Castanhão e do Eixo de Integração (em construção). Nesse sentido, a efetivação do monitoramento permanente pela SEMACE torna-se essencial para avaliação dessas alterações. Portanto, devem ser realizados esforços de priorização desse item junto à SRH e à SEMACE.

 Apoio ao Monitoramento e Controle de Esquistossomose

As ações de apoio à Secretaria de Saúde do Estado - SESA foram implementadas por meio de Convênio firmado entre a SRH, a SESA e a SEMACE e estão a seguir:

(14)

Convênio nº 03/2005/PROGERIRH - SRH/SESA/SEMACE

Valor: R$ 125.450,00

Objeto: Fortalecimento das ações da SESA e SEMACE no Controle da disseminação da esquistossomose na área de abrangência do Rio Aracoiaba.

AÇÔES SERVIÇOS SITUAÇÃO ATUAL

Fortalecimento da capacidade de controle e monitoramento

Aquisição de Equipamentos de Laboratório (microscópio biológico binocular e microscópios estereoscópicos), materiais de laboratório, materiais de monitoramento (macacões, bolsas e botas) e materiais de escritório.

Aquisições realizadas no 2º semestre de 2006

Aquisição de materiais de oficinas de educação ambiental (bolsas e Camisetas).

Aquisição realizada em julho/2006 Aquisição de materiais para oficinas

de Educação Ambiental (Folder, Cartaz e Cartilha). Aquisição realizada em janeiro/2008 Ações de Intervenção Comportamental (Educação Ambiental e

Sanitária). Contratação da consultoria para implementação do projeto de Atenção Primária Ambiental e Controle da Esquistossomose.

Serviços concluídos em 2008

Comentários Gerais: De acordo com as informações da SRH as aquisições realizadas no âmbito do Convênio atenderam à expectativa da Secretaria de Saúde – SESA fortalecendo sua capacidade de controle e monitoramento da esquistossomose e m geral e especialmente ao longo do rio Aracoiaba. As ações possibilitaram a SESA a atualizar da Carta Planorbítica do rio Aracoiaba entre os municípios de Baturité e Aracoiaba.

 Monitoramento da Qualidade da Água

A Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado do Ceará – COGERH, como órgão responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos do Estado, vem implementando desde 1999 um amplo programa de monitoramento qualitativo desses recursos. Esse programa vem sendo aperfeiçoado sistematicamente, especialmente a partir de 2002, de forma a atender às demandas de informações necessárias para o controle hídrico e de qualidade da água.

A operacionalização da Rede de Monitoramento da Qualidade da Água da COGERH acontece de uma forma descentralizada. Esta descentralização acontece tanto no que diz respeito às coletas de amostras de água, quanto no que diz respeito à realização das análises laboratoriais e tem por objetivo a redução de custos e a agilização na realização das atividades.

A COGERH não dispõe de um laboratório próprio para a realização das análises exigidas pela RMQA, tem trabalhado em convênio com outros órgãos/instituições estaduais que disponham de estrutura para a realização das ditas análises. Hoje a COGERH tem convênios firmados com a CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), o CENTEC (Instituto Centro de Ensino Tecnológico) e o NUTEC (Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial).

O Programa de Monitoramento implantado compreende os seguintes corpos hídricos:

 Principais açudes e pelos eixos de transferências hídricas para Abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza

 Principais açudes do Estado – atualmente são monitorados 127 açudes

(15)

O monitoramento realizado compreende os seguintes parâmetros:  físico-químicos e bacteriológicos

 biológicos (eutrofização e ocorrência de cianobactérias)  agrotóxicos;

 metais pesados.

Os resultados permitem avaliar:

 o nível de qualidade da água para os usos previstos: abastecimento público, irrigação, industrial, piscicultura, recreação, dessedentação de animais, etc.

 o nível de eutrofização dos reservatórios e a ocorrência de cianobactérias  o nível de contaminação por agrotóxicos

 o nível de contaminação por metais pesados.

A COGERH divulga os resultados do monitoramento realizado por meio do seu site institucional.

.A seguir apresenta-se como exemplo figura com o nível trófico dos açudes no segundo semestre de 2007 e figura com a situação da salinização dos principais açudes da Região Metropolitana de Fortaleza, que constam do site institucional da COGERH.

O site da COGERH apresenta diversas informações sobre o monitoramento de qualidade da água realizado envolvendo: (i) programa de monitoramento; (ii) os resultados do monitoramento como acima apresentados; (ii) textos (“Leitura de Minuto”) sobre os parâmetros analisados e sobre instrumentos adicionais para avaliação da qualidade das águas (modelagem matemática); etc.

Comentários Gerais. O avanço observado na implementação do Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas do Estado do Ceará é bastante significativo. A COGERH possui atualmente instrumentos adequados de monitoramento que permitem subsidiar a operação dos sistemas hídricos. No entanto, a própria COGERH reconhece a necessidade de aperfeiçoamento do sistema ampliando os instrumentos disponíveis e melhorando a confiabilidade de seus resultados de modo a realmente possibilitar uma operação desses sistemas com critérios ambientais.

(16)
(17)

 Manual de Procedimentos e Critérios Ambientais

Os manuais previstos de serem elaborados no âmbito do PROGERIRH foram elaborados no âmbito do Programa PROÁGUA e estão descritos a seguir.

(18)

 Diretrizes Ambientais para Projeto e Construção de Sistemas de Captação, Tratamento e Adução de Água

Esse documento foi elaborado por consultores da UGPO e, após ser discutido em seminários com a participação de todos os estados participantes do Programa, foi publicado pelo Ministério da Integração Nacional com o título “Diretrizes Ambientais para Projeto e Construção de Sistemas de Captação, Tratamento e Adução de Água”. O documento aborda o contexto legal e normativo federal, relativo ao meio ambiente, aplicáveis ao projeto e à construção de sistemas adutores de água e suas obras específicas; relaciona os principais impactos ambientais decorrentes da implantação de sistemas adutores de água na região semi-árida; apresenta a estrutura e seqüência de estudos exigidos pelo PROÁGUA; descreve as considerações ambientais a serem feitas em cada uma das fases que constituem a etapa de estudos e projetos de sistema típicos de abastecimento. Também apresenta as considerações ambientais recomendadas para a etapa de obras, as recomendações para a etapa de operação dos sistemas adutores de água. Recomenda as atividades de comunicação social a serem desenvolvidas nas diversas fases do empreendimento e apresenta especificações ambientais para construção de sistemas adutores; plano de desmatamento, limpeza e recuperação da área de caminhamento da adutora; plano de controle e recuperação de áreas de empréstimo e bota-fora.

 Diretrizes Ambientais para Projeto e Construção de Barragens e Operação de Reservatórios

De forma semelhante ao citado acima, foi preparado e publicado um documento com Diretrizes Ambientais para Projeto e Construção de Barragens e Operação de Reservatórios. Além dos aspectos gerais referentes à legislação e às fases de projetos no PROAGUA, aborda os seguintes aspectos específicos de barragens: Planejamento ambiental da construção; Problemas típicos a serem tratados; Gerenciamento de riscos a ações de emergência na construção; Educação ambiental dos trabalhadores; Saúde e segurança nas obras; Gestão de resíduos; Avaliação e salvamento do patrimônio arqueológico; Soluções para as interferências nas atividades de mineração; Plano de desmatamento e limpeza da área de inundação; Plano de salvamento da fauna; Plano de controle e recuperação das áreas de empréstimo e bota-fora; Auditoria ambiental; Especificações ambientais para a construção de barragens; Segurança de barragens; Considerações ambientais na etapa de Operação; Manutenção da disponibilidade Hídrica; Monitoramento e controle da qualidade da água; Controle da salinização; Controle da poluição e da eutrofização; Plano de conservação e uso do entorno do reservatório; Educação ambiental da população; e Comunicação social.

Comentários Gerais: Os manuais acima foram elaborados e aperfeiçoados no período de 2002 a 2004 sendo a sua edição oficial pelo PROÁGUA e pelo Ministério da Integração Nacional realizada em 2005.

 Treinamento e Capacitação Ambiental da SRH e empresas coligadas

No Anexo 1 é apresentado Quadro Geral das atividades de capacitação desenvolvidas no âmbito do PROGERIRH no período de 2000 a 2007, de acordo com a SRH.

Para o Núcleo de Controle Ambiental da SRH foram desenvolvidas as seguintes ações: Cursos/treinamentos feitos pela NUCAM/SRH:

 Curso de Recuperação de Áreas Degradadas – Belo Horizonte-2000 Participação de 04 técnicos

(19)

Participação de 02 técnicos

 VI Simpósio Nacional e Congresso Latino Americano de Recuperação de Áreas Degradadas – Curitiba-2005

Participação de 01 técnico

 Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental/Joinvile-2006 Participação de 01 técnico

 I Encontro Nacional das Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental – Salvador/2005

Participação de 01 técnico

Comentários Gerais: A listagem constante do Anexo 1 demonstra a amplitude da capacitação promovida pela SRH no âmbito do PROGERIRH. No entanto, apesar desse amplo programa envolvendo inclusive (poucos) temas ambientais, constata-se que três pontos não foram suficientemente abordados: (i) capacitação dos técnicos do Núcleo de Controle sócio-ambiental da SRH; (ii) inserção de maior número capacitação e treinamento em temas ambientais; e (ii) envolvimento das empresas consultoras.

 Identificação e Resgate de Patrimônio Cultural

O Programa de Identificação e Resgate do Patrimônio Cultural previsto no RAA e no Plano de Manejo Ambiental – PMA não foi implementado no âmbito das intervenções do PROGERIRH.  Proteção de Reservatórios

O programa teve andamento diferenciado em relação às duas linhas de ação propostas originalmente.

Com relação à questão de proteção das Áreas de Preservação Permanente – APPs no entorno dos Açudes, a Resolução CONAMA 302 editada em 2002 define o parâmetros e limites para as APPs de reservatórios artificiais. Para o caso de reservatórios situados em áreas rurais e com destinação para abastecimento público a faixa da APP foi estabelecida como sendo de 100 metros no mínimo. A Resolução estabelece também a necessidade de elaboração de Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório no âmbito do processo de licenciamento ambiental do empreendimento. Os termos de referência do Plano devem ser emitidos pelo órgão ambiental responsável pelo licenciamento.

A SRH, seguindo orientação da SEMACE, passou a estabelecer a proteção total da faixa de 100 metros não permitindo nenhum uso nessa área. Esse padrão foi adotado nos açudes construídos pelo PROGERIRH.

Considerando, no entanto, as dificuldades na manutenção da área, há a intenção de promover uma ampla discussão desse tema junto com a SEMACE com base na elaboração do Plano Ambiental de Conservação que permitisse o uso controlado de parte da área possibilitando uma maior participação dos usuários na preservação da APP. Este assunto deverá ser mais detalhado posteriormente de modo a se incluir ações no Financiamento Adicional previsto. Com relação ao estudo da influência do uso e ocupação da bacia de drenagem dos açudes na qualidade da água dos reservatórios, a COGERH promoveu ainda como fase experimental a elaboração de Estudo de Inventário Ambiental – EVA da bacia de drenagem do Açude Castro. O EVA considerou: (i) a caracterização dos usos e fontes de poluição na bacia hidrográfica; (ii) o comportamento hidrológico; (iii) a caracterização da qualidade da água; (iv) estimativa de cargas de nutrientes e análise da capacidade suporte do reservatório; (v) conclusões e discussões; e (vi) medidas a serem adotadas.

(20)

A intenção da COGERH é de implementar estes estudos, no âmbito do Financiamento Adicional, para diversos açudes estratégicos para abastecimento de água no Estado de modo a subsidiar um amplo programa de recuperação dos açudes em níveis críticos de qualidade da água, seja de eutrofização ou de salinização.

 Operação de Reservatórios

A operação dos reservatórios é realizada por meio de processo de alocação negociada da água dos açudes. Este processo teve início em 1994, com a criação da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH, e foi intensamente reforçado com o PROGERIRH, representando uma das principais ações no sentido de implementar o conceito da participação previsto na legislação de águas do Estado.

Metodologia de Alocação Negociada de Águas. A base do processo de negociação implementado é a mobilização social, onde se busca o envolvimento efetivo e representativo da sociedade, em seus diferentes setores de usuários de água diretos e indiretos. As reuniões locais para discutir a operação dos açudes têm se procedido independente do nível de organização dos usuários, buscando sempre a evolução do estágio organizacional. A unidade de organização mínima adotada no processo de gestão é a Comissão de Operação dos açudes – também denominada Conselho Gestor ou Comissão de Usuários - formada por representantes de cada setor usuário do sistema hídrico (açude, rio, etc.) para negociar a alocação e acompanhar a operação daquele sistema.

Nos grandes sistemas hídricos, considerados estratégicos como o do Vale do Jaguaribe (açudes Orós, Castanhão e Banabuiú), vale do Curu e do vale do Acaraú, o processo é feito através de Seminários de Alocação, cujas deliberações são votadas pelos membros dos CBHs das bacias envolvidas.

Para os demais sistemas, constituídos por açudes isolados, os CBHs aprovam previamente os limites de vazão, conforme proposta técnica da COGERH, tendo a participação do DNOCS no caso dos açudes federais, sendo a deliberação final feita com a Comissão de Operação de cada açude que irá acompanhar a liberação da vazão definida e as demais deliberações registradas em ata. A realização desses eventos é anual, sendo as reuniões realizadas sobretudo entre o período de junho e agosto, logo após o período de chuvas. Em muitos casos são agendadas reuniões de avaliação da operação durante o segundo semestre de cada ano, quando são realizados ajustes operacionais para adequar a demanda e a oferta, além de avaliar os demais compromissos acertados.

Ferramentas Técnicas para Negociação – Durante as reuniões, a COGERH procura mostrar de forma acessível a situação atual e a perspectiva futura, num horizonte de 6 a 18 meses, de comportamento dos açudes, considerando cenários propostos.

Os cenários apresentados pela COGERH, através de simulações de esvaziamento de

reservatórios, mostram o rebaixamento do açude para diferentes vazões, considerando a

inexistência de chuvas no período estudado - segundo semestre (estação seca). As faixas de vazões são propostas pela COGERH com base nas experiências anteriores, na situação atual do açude, no resultado das simulações ou com base num entendimento prévio com o Comitê de Bacia e o DNOCS, para os açudes Federais. Em anos extremamente críticos de escassez hídrica, o CONERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos, colegiados superior do Sistema Intergrado dos Recursos hídrico do Ceará, poderá recomendar limites de oferta hídrica. Outro importante dado apresentado é a avaliação da operação do reservatório no ano anterior, onde se compara o comportamento previsto com o observado, consistindo num ótimo parâmetro de referência para as operações futuras.

Com base na apresentação dos dados técnicos pela COGERH, busca-se o entendimento quanto à alocação de vazão e o calendário de liberação de água do reservatório. Não havendo consenso, adota-se o processo de votação com os membros da Comissão ou do Comitê de

(21)

previstas legalmente, que podem envolver o Comitê de Bacia, o CONERH, o Ministério Público, etc.

Simulação de Comportamento dos Reservatórios - o processo de simulação de esvaziamento de reservatório consiste no balanço das entradas e saídas de água do reservatório. Neste balanço tem-se como entradas, a precipitação, o escoamento superficial e sub-superficial e como saídas, a evaporação, a sangria e as retiradas tanto pela tomada d’água quanto a montante.

Acompanhamento da Operação - os reservatórios e os trechos de rios perenizados são monitorados nos aspectos quantitativo e qualitativo. O volume diário dos reservatórios é monitorado desde o nível de sangrias até próximo ao nível mínimo do reservatório. O monitoramento qualitativo, realizado tanto nos açudes como nos cursos hídricos abertos (rios e canais) leva em conta uma série de parâmetros físico-químicos e biológicos da água de interesse nas áreas de saúde, saneamento, indústria e irrigação.

Para o acompanhamento da água disponibilizada a partir dos reservatórios para os diversos usos, são realizadas medições de vazão na tomada d’água dos açudes, em seções de controle de rios perenizados e canais de adução.

Outros recursos de alta tecnologia como imagens de satélite georeferenciadas, fotos aéreas, além de equipamentos como GPS, máquinas fotográficas digitais, etc, tem sido utilizados, permitindo o registro e a localização geográficos de pontos de interesse para o gerenciamento dos recursos hídricos.

 Regras Ambientais de Construção

As regras ambientais constantes do PMA integraram os Editais de Licitação das obras do PROGERIRH – Açudes e Eixo de Integração.

Segundo informações do Núcleo de Meio Ambiente da SRH, o procedimento adotado ao início dos contratos compreendia a explanação e discussão dos principais pontos das regras ambientais com as empreiteiras. Apesar desta inserção, ocorreram problemas na adoção das medidas ambientais previstas em decorrência da não previsão na proposta financeira das empresas. Em alguns casos foi necessária a realização de aditivos contratuais ou a contratação específica de serviços como de recuperação de áreas degradadas.

Segundo informações da SRH, as questões ambientais foram sendo resolvidas paulatinamente, não restando atualmente nenhuma questão importante pendente.

 Procedimentos de Análise Ambiental durante a Implementação do PROGERIRH

Os seguintes procedimentos foram previstos durante a implementação do PROGERIRH:  supervisão e fiscalização ambiental das obras

O PMA recomendava a inserção das atividades de supervisão ambiental das intervenções no âmbito do contrato de supervisão e fiscalização de obras.

A SRH adotou outra sistemática.

A SOHIDRA, Superintendência de Obras Hídricas - órgão vinculado à SRH compete fazer a fiscalização do contrato das obras de engenharia mantendo uma equipe coordenada por um engenheiro residente.

A consultora contratada compete o acompanhamento/supervisão/fiscalização das especificações técnicas contidas no projeto bem como decidir com SOHIDRA e Construtora as modificações/adaptações que ainda possam ocorrer no projeto executivo.

(22)

Estas entidades exerceram e vem exercendo suas funções nas obras dos açudes e do Eixo de Integração.

Com relação à supervisão ambiental os procedimentos foram diferenciados.

Para as obras dos açudes a responsabilidade pela supervisão ambiental coube à própria equipe do Núcleo de Controle Ambiental - NUCAM/SRH. A NUCAM de posse dos estudos ambientais (EIA/RIMA), das licenças de Instalação – LIs, bem como as Regras Ambientais do PROGERIRH organizou reuniões no canteiro de obras com as equipes da SOHIDRA, Construtora e Supervisora para entrega de cópias dos documentos ambientais, das ações ambientais necessárias e nivelamento das equipes. Ao longo do período de construção das obras da barragem a equipe da NUCAM acompanhou periodicamente a implementação dos planos de medidas mitigadoras e de controle ambiental previstos nos condicionantes das Licenças de Instalação emitidas pela SEMACE e contidas no contrato SRH – SOHIDRA – EMPRESA CONSTRUTORA. Os principais pontos de atuação foram os seguintes:

a) Orientação na seleção da área para instalação no canteiro de obras.

b) Participação nas reuniões mensais no Comitê de Apoio ao Reassentamento e Preservação Ambiental – CARPA, onde eram discutidos e apresentados os serviços realizados durante a execução da obra.

c) Acompanhamento de todas as fases do desmatamento racional da bacia hidráulica do açude. A partir da mobilização e seleção dos moradores/proprietários para execução dos serviços até a fase final de aproveitamento, transporte e comercialização de produtos florestais.

d) Acompanhamento da execução/recuperação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, realizado nas áreas de empréstimo (jazidas, canteiro de obras e bota-foras).

e) Acompanhamento da implantação das medidas de controle ambiental quanto: controle de velocidade de trafego, controle de poeiras e ruídos, aviso a população dos horários para uso dos explosivos – Plano de Fogo, coleta e destino final de resíduos sólidos gerados no canteiro de obras.

f) Apoio a Empresa/Consórcio Construtor a outros licenciamentos ambientais que se fizerem necessários (instalação de central de britagem, novas áreas de jazidas, instalação de postos de combustível, etc.).

De acordo com os técnicos da NUCAM as principais dificuldades enfrentadas foram as seguintes:

(i) Falta de compatibilização do cronograma de execução de obras com a implementação dos Planos de Medidas Mitigadoras.

(ii) Carência de apoio logístico, principalmente veículos para acompanhamento mais sistemático das obras das barragens.

(iii) Ausência de técnico na área de Meio Ambiente na equipe da Empresa contratada para supervisão das obras, junto com a SOHIDRA, assim como da Empresa Construtora.

(iv) Carência de técnicos na equipe da NUCAM e acúmulo de atividades a serem realizadas.

Nas obras do Eixo de Integração, a supervisão ambiental também coube à própria equipe da NUCAM. A diferença em relação às obras dos Açudes é que o Consórcio responsável pelas Obras do Eixo conta com um profissional na área de gestão

(23)

ambiental. Segundo análise da NUCAM esta configuração tem significativa melhora em relação à anterior.

Comentários Gerais: Além das dificuldades acima listadas, verifica-se a inexistência de procedimentos específicos de supervisão ambiental, como (i) responsabilidades definidas; (ii) planejamento ambiental da execução das obras; (iii) relatórios de supervisão periódicos, etc.

A configuração mais adequada para a supervisão ambiental seria da Consultora responsável pela supervisão/fiscalização das obras também exercer esta função, a Empresa Construtora contar com responsável ambiental ficando a NUCAM no acompanhamento geral das inúmeras ações ambientais.

 implantação dos programas ambientais e medidas mitigadoras

A NUCAM/SRH acompanhou a execução das principais medidas mitigadoras da foram indicada no item anterior.

O Quadro a seguir apresenta a situação de implantação dessas medidas. AÇUDE

Planos de Medidas Mitigadoras e

de Controle Ambiental

Catu-Cinzenta Aracoiaba Carmina Cozinhado Mal Faé Pesqueiro Desmatamento Racional da Bacia

Hidráulica Proteção e Manejo da Fauna

Executado Executado Executado Executado Executado Executado

Recuperação das Áreas de Empréstimo (jazidas/bota

foras/canteiro de obras) Executado Executado Executado Executado Executado Executado Limpeza da Área da BH/Relocação

da Infra-estrutura de Uso Público Executado Executado Executado Executado Executado Executado Reassentamento de População Executado Executado Executado Executado Executado Executado Identificação e Resgate do

Patrimônio Arqueológico e Paleontológico

** ** ** ** ** **

Educação ambiental Executado Executado Executado Executado Executado Executado

A seguir são apresentados comentários a respeito da execução desses planos de controle ambiental.

Plano de Desmatamento Racional e Manejo da Fauna da Área da Bacia Hidráulica. O desmatamento racional da área a ser inundada foi realizado de maneira mista, ou seja, os moradores/proprietários utilizando mão de obra local executaram o desmatamento nas suas áreas desapropriadas gerando assim, emprego/renda e o aproveitamento do material lenhoso, sendo que as estacas/mourões foram utilizadas nas cercas dos lotes agrícolas e agrovila. No desmatamento realizado pela empresa construtora, a lenha foi destinada/doada aos atingidos que comercializaram nas padarias/tijolarias, etc. existente na região.

A NUCAM/SRH providenciou as autorizações de desmate junto a SEMACE bem como as Autorizações de Transporte de Produtos Florestais – ATPFs que eram entregues aos moradores constantes no Levantamento Cadastral elaborado pela NUREA/SRH. O Desmatamento seguia o cronograma de desapropriação que ocorre do eixo da barragem no sentido das áreas de montante.

(24)

O manejo da fauna existente foi seguido principalmente com a oportunidade de fuga através dos corredores de escape da fauna. Nas barragens Aracoiaba e Mal Cozinhado o desmatamento só se concretizou em cerca de 2/3 da área em função de atraso no cronograma de desapropriação/pagamento das indenizações, dificuldade da liberação de algumas áreas devido à colheita e mudança de instalações rurais de alguns proprietários. Em função dessa problemática, iniciou-se o período invernoso inundando trechos da bacia hidráulica dos reservatórios. O Desmatamento Racional na Barragem Pesqueiro encontra-se em fase de execução.

Planos de Recuperação de Áreas de Empréstimo (Jazidas/Bota Foras/Canteiro de Obras)

Executadas integralmente, parte pelas empresas/consórcios construtores e complementadas através de empresas contratadas específicamente pela NUCAM/SRH. Foram executados os serviços de Recuperação Física (Regularização dos Taludes, Preenchimento das Cavas, Reposição de terra vegetal, etc.) e complementadas com Recomposição Paisagística e Reflorestamento utilizando-se no plantio 80% espécies vegetais nativas contidas no levantamento da composição florística do EIA/RIMA e 20% de espécies exóticas adaptadas à região. O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD da Barragem Pesqueiro encontra-se em execução.

Plano de Limpeza da Bacia hidráulica - Relocação da Infra-Estrutura de Uso Publico/Privado Existente

O Plano de Limpeza da Bacia hidráulica foi executado seguindo o cronograma de execução do Plano de Desmatamento Racional no âmbito do contrato da empresa/consorcio construtor. Os trabalhos foram acompanhados pelas equipes técnicas da NUCAM/NUREA/SRH sendo os materiais existentes na Bacia Hidráulica (arame, cercas, telhas, madeiramento, etc.) transportados para aproveitamento dos moradores/proprietários nas suas áreas remanescentes. O Plano da Barragem de Pesqueiro encontra-se em execução.

Plano de Reassentamento da População

Acompanhado pela equipe técnica da NUREA/SRH. Nas barragens Catu Cinzenta, Mal Cozinhado, Faé não foi necessário implantação/construção de agrovila.

Plano de Identificação e Resgate do Patrimônio Arqueológico e Paleontológico

Como comentado anteriormente este plano não foi implementado nas obras do PROGERIRH.

Plano de Educação Ambiental

O trabalho se iniciou durante a fase final do Licenciamento Ambiental (Audiência Publica e apresentação do EIA/RIMA à população). Na fase de execução das obras durante as reuniões mensais do CARPA – Comitê de Apoio ao Reassentamento Ambiental, técnicos da NUCAM/NUREA/SRH em conjunto com técnicos da COGERH e SEMACE apresentam sistematicamente palestras e oficinas sobre Desmatamento/queimadas, uso racional dos recursos hídricos/água, pesca/caça predatória, resíduos sólidos, etc.

 a análise ambiental de novos projetos, com previsão de implantação do segundo ao quinto ano, com os mesmos critérios utilizados na seleção das obras prioritárias da primeira etapa.

A sistemática adotada foi a de elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental – EIA/RIMAs e de acompanhamento do processo de licenciamento ambiental pela SEMACE. As medidas mitigadoras constantes dos

(25)

EIA/RIMAs e das licenças ambientais constaram dos Editais de Licitação de Obras. A NUCAM/SRH coordenou a execução desta sistemática.

 Demais Procedimentos Ambientais

 Alteração na estrutura organizacional da SRH

Durante a implementação do PROGERIRH a estruturação ambiental e social da SRH consolidou-se e desde 2003 a Coordenadoria de Infra-estrutura Hídrica - COINF - conta com uma Célula de Controle Sócio Ambiental dos Recursos Hídricos contendo o Núcleo de Controle Ambiental – NUCAM e Núcleo de Cadastro e Reassentamento – NUREA. O quadro a seguir apresenta as principais atividades técnicas da NUCAM

Principais Atividades da Equipe Técnica da NUCAM 1. Fiscalização dos Contratos para Elaboração dos EIA/RIMAS 1.1. Acompanhamento/análise dos relatórios e produtos apresentados

1.2. Vistoria/inspeção das áreas de influência das obras (barragens/adutoras)

1.3. Apresentação/discussão dos EIA/RIMAS nas comunidades beneficiadas/impactadas

1.4. Reunião com consultoras para apresentação/discussão dos pareceres sobre os relatórios

2. Processos de Licenciamento Ambiental (SRH/SEMACE)

2.1. Preparação da documentação necessária ao Licenciamento Ambiental (requerimento, memorial descritivo, publicação, cópia do projeto).

2.2. Vistoria/inspeção da área com técnicos da SEMACE 2.3. Acompanhamento das análises junto a SEMACE

2.4. Reunião para análise/votação dos pareceres no COEMA

3. Fiscalização dos contratos referentes às Medidas Mitigadoras 3.1. Desmatamento racional das bacias hidráulicas doa açudes 3.2. Recuperação de Áreas Degradadas (jazidas e bota-foras) 4. Projetos de Compensação Ambiental

4.1. Projeto Gestão Participativa Açude Aracoiaba/SRH/IBAMA 4.2. Projetos com SEMACE/FUNCEME/SESA/IBAMA

5. Análise/parecer Propostas Técnicas/Financeiras das empresas no processo licitatório

5.1. Contratação de empresa para Recuperação Área Degradada 5.2. Contratação de empresa para Educação Ambiental Adutora 6. Programas/Projetos Interinstitucionais

6.1. Projeto Selo Verde - SRH/CONPAM 6.2. Projeto PREV FOGO - SRH/IBAMA

6.3. Projeto Educação Ambiental - SRH/SEDUC/CONPAM 6.4. Projeto reserva da biosfera da caatinga - SRH/SEMACE

(26)

7. Canal Eixo Integração

7.1. Acompanhamento/fiscalização das Medidas Mitigadoras 7.2. Fiscalização/vistoria ambiental do levantamento cadastral

8. Licitação para contratação de empresa para execução dos Planos de Medidas Mitigadoras

8.1. Elaboração dos Termos de Referência

9. Atendimento ao processos/denúncias de degradação dos Recursos Hídricos

Para cumprir com essas atribuições a NUCAM conta com uma equipe técnica com 3 profissionais de nível superior sendo 2 permanentes e um consultor.

Constata-se que há um descompasso entre as atribuições da NUCAM e seu quadro técnico disponível. Adicionalmente, a infra-estrutura de apoio técnico encontra-se superada e inadequada às atividades a serem cumpridas.

Nesse sentido, constata-se a necessidade de contratação de mais 3 técnicos de nível superior além de equipamentos necessários ao exercício das funções como micro-computadores atualizados, notebooks, câmara fotográfica digital, GPS, etc.

 Manual de procedimentos para a articulação e integração entre a concepção das intervenções hídricas (viabilidade, projeto básico e projeto executivo) e os estudos ambientais necessários ao licenciamento ambiental.

A concepção e implantação desse Manual não foram realizadas no período de execução do PROGERIRH em função principalmente das questões de continuidade administrativa na Direção da SEMACE.

Considerando, no entanto, a importância do tema, aguarda-se que a sua concepção e efetivação possa ser realizada no âmbito do Financiamento Adicional.

4.2 - Atendimento às Salvaguardas Ambientais e Sociais do Banco

Considerando as informações constantes dos capítulos 2, 3 e do item 4.1 acima apresenta-se a seguir uma avaliação das intervenções do PROGERIRH em função das Salvaguardas Ambientais e Sociais do Banco Mundial

Avaliação Ambiental (OP 4.01) - Todas as intervenções foram objeto de avaliações ambientais para cumprimento da legislação ambiental brasileira. Para as intervenções do PROGERIRH – Açudes, Sistemas Adutores e Eixo de Integração foram elaborados os Estudos de Impacto Ambiental – EIA/RIMAs e foram realizadas as audiências públicas respectivas. As medidas mitigadoras constantes destes estudos foram incorporadas nas licenças ambientais e nos editais de licitação de obras.

No entanto, no que diz respeito à análise das salvaguardas ambientais e sociais do Banco, à exceção daqueles empreendimentos analisados no Relatório de Avaliação Ambiental Regional – AAR à época de preparação do PROGERIRH, os demais não tiveram avaliação específica realizada.

• Habitats Naturais (OP 4.04) – Todos os programas ambientais constantes do Plano de Manejo Ambiental - PMA do PROGERIRH (Fortalecimento das Unidades de Conservação; Diagnóstico e Proposição de Monitoramento das Áreas Estuarinas e Manguezais dos rios Jaguaribe, Catu, Malcozinhado e Timonha; Implantação das Faixas Marginais dos

Referências

Documentos relacionados

2º - Para alienação, o Município realizou contrato de prestação de serviços de leiloeiro, a partir de lance mínimo, após pesquisa de preços no mercado e avaliação por

Tanto em São Paulo quanto em Madrid, os clubes e bares de sexo são apontados por seus empresários e freqüentadores como reação ou distanciamento aos locais comerciais para

Estruturação da UEGP-PI e do Órgão Gestor - O objetivo desse sub-projeto é o fortalecimento da estrutura técnica-operacional do órgão gestor e das instituições envolvidas

Também é abordado sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a Sala de Recursos Multifuncional para alunos com Altas Habilidades/Superdotação, em especial

Finalmente, salienta-se que a execução do presente trabalho, além de atender às recomendações constantes da Agenda Marron do Banco Mundial (World Bank, 1998), que apontou a falta

07-12 4 kg carne moída Srta.Ilona Davidse 5 kg peito de frango Fam.. Dilermando Muller 3 frangos inteiros

Atualmente é professor da Escola de Negócios e Seguros, Coordenador do MBA Seguros e Resseguros, MBA Gestão Estratégica de Seguros e Gestão de Inovação em

A teoria das filas de espera agrega o c,onjunto de modelos nntc;máti- cos estocásticos construídos para o estudo dos fenómenos de espera que surgem correntemente na