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SELEÇÃO DOS COMPONENTES A SEREM AVALIADOS E CONSTRUÇÃO DE

Para viabilizar o desenvolvimento do instrumento de pesquisa adequado para a coleta de dados fez-se necessária à criação de indicadores para cada componente

avaliado. A construção dos indicadores baseou-se no modelo lógico estabelecido no projeto “Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil” (OSÓRIO-DE-CASTRO E CASTILHO, 2004).

Os indicadores foram estabelecidos buscando atender os seguintes critérios: a) Clareza (o indicador é facilmente entendido e calculado);

b) Utilidade (o indicador reflete uma importante dimensão de desempenho);

c) Mensurabilidade (o indicador deve ser definido em termos qualitativos ou quantitativos);

d) Confiabilidade (o indicador permite a avaliação através do tempo e entre diferentes observadores);

e) Validade (o indicador realiza uma medida verdadeira do que se quer medir); f) Importância (COSENDEY, 2000).

4.6.1 Indicadores

Com base nos critérios citados e considerando recomendações da Organização Pan-americana da Saúde (OMS, 1993) e Organização Mundial da Saúde (WHO, 1997), bem como a legislação vigente, os indicadores, suas definições e métodos de cálculo foram desenvolvidos conforme mostram os quadros 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11.

Profissional Farmacêutico DENOMINAÇÃO DO INDICADOR DEFINIÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO 1

Porcentagem de profissionais farmacêutico atuando regularmente no hospital

A Farmácia hospitalar deve ser dirigida por profissional farmacêutico devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia de sua região, conforme legislação vigente 1.

Nº de hospitais que possuem profissional farmacêutico atuando regularmente no hospital dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

2

Porcentagem de profissionais farmacêuticos entrevistados com experiência na área hospitalar

Pare efeito deste indicador considerou- se profissional com experiência na área hospitalar aquele que atua há mais de 4 anos em atividades hospitalares.

Nº de profissionais farmacêuticos entrevistados com experiência na área hospitalar dividido pelo número total de farmacêuticos contratados nos hospitais visitados

(x 100).

3

Porcentagem de hospitais que possuem profissionais farmacêuticos atuando no desenvolvimento da padronização de medicamentos nos hospitais.

A padronização de medicamentos envolve aspectos interdisciplinares e o seu desenvolvimento deve ser descentralizado e participativo contemplando profissionais nas áreas de farmácia, medicina, enfermagem e outros 2.

Nº de hospitais que possuem profissionais farmacêuticos atuando no desenvolvimento da padronização de medicamentos dividido pelo número de hospitais visitados (x 100).

Quadro 5: Indicadores utilizados na análise do módulo Profissional Farmacêutico

Dispensação de Medicamentos DENOMINAÇÃO DO INDICADOR DEFINIÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO 1

Porcentagem de hospitais que possuem procedimento definido para a prescrição de medicamentos não padronizados

Medicamentos não padronizados são aqueles que não fazem parte da Relação de Medicamentos elaborada pela CFT, conseqüentemente não estão a priori disponíveis no estoque da farmácia. Entende-se por procedimento definido o preenchimento de formulário específico com justificativa de solicitação 3

Nº de hospitais que possuem procedimento definido para a prescrição de medicamentos não padronizados dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

Quadro 6: Indicadores utilizados na análise do módulo Dispensação de Medicamentos

Comissão de Farmácia e Terapêutica DENOMINAÇÃO DO INDICADOR DEFINIÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO 1

Porcentagem de hospitais que possuem Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)

Comissão de Farmácia e Terapêutica é um comitê assessor formado por membros da equipe de saúde. É responsável por estabelecer a política de medicamentos do hospital 4.

Nº de hospitais que possuem formalmente a Comissão de Farmácia e Terapêutica, dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

2

Porcentagem de hospitais que possuem Comissão de Farmácia e Terapêutica funcionando

regularmente

Entende-se por funcionamento regular da Comissão de Farmácia e Terapêutica a realização de uma reunião bimestral pelo menos 5.

Nº de hospitais que possuem formalmente a Comissão de Farmácia e Terapêutica funcionando

regularmente, dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

3

Porcentagem de hospitais, através da CFT ou não, que utilizam evidências oriundas de fontes primárias e secundárias para análise de inclusões, exclusões e alterações de medicamentos na padronização

Consideram-se como fontes primárias revistas clínicas qualificadas6 através da

revisão por pares e publicações de coletânea de evidências. Como fonte secundária 7 encontram-se as bases

informatizadas. Também foram consideradas para efeito do indicador a utilização da Rename e da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS.

Nº de hospitais que através da CFT ou não, utilizam evidências oriundas de fontes primárias e secundárias para análise de inclusões, exclusões e alterações de medicamentos na padronização, dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

Quadro 7: Indicadores utilizados na análise do módulo Comissão de Farmácia e Terapêutica Relação de Medicamentos DENOMINAÇÃO DO INDICADOR DEFINIÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO 1

Porcentagem de Hospitais que possuem Relação de Medicamentos.

Relação de Medicamentos é a seleção de medicamentos com os critérios de eficácia, segurança e qualidade para tratar as enfermidades mais freqüentes no hospital, elaborada pela CFT 8.

Nº de Hospitais que possuem Relação de Medicamentos dividido pelo número de Hospitais visitados (x100).

2

Porcentagem de hospitais que possuem Relação de Medicamentos atualizada.

A Relação de Medicamentos é considerada atualizada, caso tenha sido elaborada uma nova versão dentro dos últimos 2 anos.

Nº de hospitais que possuem Relação de Medicamentos atualizada dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

3

Porcentagem de hospitais que possuem Relação de Medicamentos disponível no local onde é realizada a prescrição médica.

A Relação de Medicamentos é o instrumento considerado mais adequado para orientar a equipe de saúde no momento da escolha do medicamento para uma determinada condição patológica, devendo estar disponível no local da prescrição.

Nº de hospitais que possuem Relação de medicamentos disponível no local onde é realizada a prescrição dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

Quadro 8: Indicadores utilizados na análise do módulo Relação de Medicamentos

MARÍN, 2003).

5 (ORDOVÁS, 2002).

6 NEJM, JAMA, ACP Journal Club, American Journal of Health-System Parmacy, British Medical of Clinical Pharmacology, British Medical Journal,

Clinical Pharmacology, Clinical Phamacokinetics Drugs, Drugs and Therapeutics Bulletin, Drug intellegence and Clinical Pharmacy, European Journal of Clinical Pharmacology, Trends in Pharmacological Sciences.

7 Cochrane Library, Evidence-Based Medicine Reviews, Center for Evidence Based Medicine, MEDLINE. 8 (MARÍN, 2003.)

Protocolos Terapêuticos DENOMINAÇÃO DO

INDICADOR

DEFINIÇÃO MÉTODO DE

CÁLCULO 1 Porcentagem de hospitais em que existem

protocolos terapêuticos. Protocolos terapêuticos são normas de uso de medicamentos em que constam indicações, posologia, dose e duração do tratamento, para cada enfermidade 9.

Nº de hospitais que dispõe protocolos terapêuticos, dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

2

Porcentagem de hospitais em que existem protocolos terapêuticos atualizados

Para efeitos deste indicador é aceita a existência de pelo menos 1 protocolo, atualizado nos últimos 2 anos.

Nº de hospitais que dispõe protocolos terapêuticos atualizados, dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

Quadro 9: Indicadores utilizados na análise do módulo Protocolos Terapêuticos

Formulário Terapêutico DENOMINAÇÃO DO INDICADOR DEFINIÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO 1

Porcentagem de hospitais em que existe formulário ou guia terapêutico.

O Formulário Terapêutico é uma compilação de dados

farmacoterapêuticos, continuamente revisada que reflete a opinião clinica atual da equipe de saúde 10.

Nº de hospitais que dispõem de formulário terapêutico, dividido pelo número de hospitais visitados (x100).

2

Porcentagem de hospitais em que existe formulário ou guia terapêutico atualizado.

Para efeitos deste indicador considera- se atualizado o Formulário Terapêutico revisado pelo menos a cada dois anos.

Nº de hospitais que dispõem de formulário terapêutico atualizado, dividido pelo número de FH visitadas (x100)

Quadro 10: Indicadores utilizados na análise do módulo Formulário Terapêutico

Estoque de Medicamentos DENOMINAÇÃO DO INDICADOR DEFINIÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO 1

Porcentagem de medicamentos em estoque na farmácia que constam na RENAME

Os medicamentos em estoque na farmácia devem ser aqueles com eficácia e segurança comprovadas indicadas para o tratamento das doenças prevalentes na população alvo e a RENAME é considerado documento mestre para a realização do processo de seleção.

Nº de medicamentos em estoque na farmácia em concordância com a RENAME dividido pelo número total de fármacos em estoque (x100).

2

Porcentagem de hospitais que possui

medicamentos não padronizados em estoque na farmácia

Medicamentos não padronizados são aqueles que não fazem parte da Relação de Medicamentos elaborada pela CFT.

Nº de FH que possuem estoque de medicamentos não padronizados dividido pelo número total de FH visitadas (X100).

Quadro 11: Indicadores utilizados na análise do módulo Estoque de Medicamentos

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