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5. DISCUSSÃO DO MATERIAL BIBLIOGRÁFICO

5.3. Sentimentos da Mulher que Opta Pela Maternidade Tardia

AUTORES SENTIMENTOS IDENTIFICADOS

Carvalho (2014) Temor dos possíveis impactos negativos sobre a carreira; Incertezas decorrentes da queda da fecundidade e da limitada eficácia dos tratamentos de reprodução assistida; Pressão pelo relógio biológico.

Rodrigues (2008) Queda da autoestima, frigidez, culpabilidade ou frustração devido a abortos. Culpa por se ausentarem de casa e não poder ficar mais tempo com o filho; Medo de morrer e deixar a filha sozinha; Felizes e realizadas com a maternidade. Segurança para ter um filho. Lima (2012) Medo de abortos e não ter outra chance ou uma nova escolha.

Rios-Lima (2012) Preocupação e angústia em relação à saúde do bebê devido à idade avançada; Satisfação em realizar o desejo de ser mãe. Ansiedade e angústia pela demora em engravidar; Insegurança frente à tarefa de ser mãe; sofrimento e decepção com a não concretização da gravidez; Insegurança sobre o papel de mãe; Culpa por não passar mais tempo com o filho devido à rotina de trabalho; Imaturidade frente à maternidade; Sentimento de impotência e onipotência na capacidade ou não de engravidar tardiamente.

Jacobsen (2014) Autodesenvolvimento, autoconhecimento, de plenitude e realização pessoal; medo de envelhecer e não ter saúde ou energia suficiente para cuidar do seu filho; Receio de que o seu filho mais tarde a veja como uma mãe idosa e sinta vergonha de ter uma mãe mais velha que as mães dos seus amigos. O medo do aborto espontâneo, a preocupação com o desenvolvimento e a saúde do feto e a insegurança em relação aos primeiros cuidados com o bebê.

Barbosa e Coutinho (2007) Sentimento de amor; Sofrimento voluntario; Medo da solidão. Lopes, Zanon e Boeckel

(2014)

Desejo de ser mãe e opção pela maternidade tardia; Desejo de não ser mãe; Medo de ser mãe, Preocupação relacionada à cobrança de familiares e de amigos; Preocupação em readequar a rotina de trabalho e de estudo para a chegada de um filho; Sentimento de preguiça frente à maternidade; Falta de ânimo para desempenhar mais um papel.

Parada e Tonete (2009) Sentimento de tranquilidade e prazer. Preocupação com gastos financeiros. Dor e desconforto, os quais podem ser suportáveis e facilmente superáveis, mas que também podem provocar dor intensa e indesejável. Sentimentos de ambivalência diante das inúmeras alterações físicas e emocionais, na proporção direta das dificuldades enfrentadas. Sentimentos ambíguos de felicidade e preocupação, alegria e dor.

Oliveira et al. (2011) Medo de abortos; Preocupação com a idade; Medo de ser uma gravidez de risco; Sensação de prazer por ter sido uma gravidez tranquila; Estresse e ansiedade devido às exigências para ter um filho.

Sousa e Maia et al. (2016) Ansiedade, expectativas e preocupações maternas em relação ao nascimento do bebê.

Fonte: Própria pesquisadora

Pode ser observado nos dados da Tabela 8 que a presença do sentimento de medo faz parte da vivência da maternidade, esse medo pode ser em virtude de diversas motivações, dentre elas: o medo de abortos; medo de ser uma gravidez de risco; medo de ser mãe; medo da solidão; medo de envelhecer e medo de morrer (OLIVEIRA et al., 2011, LOPES; ZANON;

BOECKEL, 2014; BARBOSA; COUTINHO, 2007; LIMA, 2012; RODRIGUES, 2008).

Em relação à presença marcante do sentimento de medo na vivência da maternidade:

O medo é um sentimento atribuído por qualquer gestante durante o período gravídico puerperal. Na gestação tardia, por ser considerada de alto risco, o medo pode ser também potencializado pelos fatores, além da idade, aos qual a mulher muitas vezes está sujeita e, mais ainda, por estar em um serviço especializado. O acompanhamento de alto risco remete ao fato de a gestação não estar dentro dos parâmetros da normalidade, podendo, assim, gerar e levar à insegurança e ao medo em relação ao que pode acontecer com sua própria vida e a do bebê. (WILHELM et al., 2015 apud ALDRIGUI, 2016, p. 64).

Há grande incidência de mulheres que mencionou o medo de abordos espontâneos devido à idade mais avançada, este medo foi citado nos estudos de OLIVEIRA et al. (2011); Jacobsen (2014); Lima (2012); Rodrigues, (2008).

Esse dado corresponde ao que diz a literatura médica a respeito dos efeitos negativos de se postergar a maternidade, um deles é exatamente a ocorrência frequente de abortos em mulheres com idades mais avançadas, sendo assim, o medo mencionado por essas mulheres têm um dado de realidade conforme mencionado na citação a seguir a respeito dos aspectos negativos da gravidez após os 35 anos:

Após essa idade aumenta a incidência de abortos, anormalidades fetais, diabetes, hipertensão, hemorragias, partos prematuros, trabalho de parto disfuncional, partos por cesariana, baixo peso do bebê ao nascimento, maiores índices de sofrimento fetal, e menores índices de Apgar do bebê no quinto minuto (MILNER, BARRY- KINSELLA, UNWIN e HARRISON, 1992; POSTMONTIER, 2002; VERSELLINI e COLS., 1992 apud GOMES et al., 2008, p.101).

Outro dado mencionado que agrava ainda mais a questão pelo medo de abortos é que a probabilidade das mulheres engravidarem de modo natural após os 35 anos de idade reduz de forma expressiva, segundo dados do IPGO há uma queda progressiva da fertilidade feminina que se acentua após os 35 anos de idade, essa queda corresponde a uma diminuição da capacidade reprodutiva em 40%.

Sendo assim, quando a mulher consegue engravidar e ocorre um aborto há receio das mesmas não conseguirem engravidar novamente. Segundo IPGO mesmo com a ajuda das técnicas de reprodução assistida não

há garantias de que a mulher possa engravidar e conseguir ter a criança, pois mesmo com o tratamento de fertilização as taxas caem em 20% de sucesso de gravidez a partir dos 35 anos.

Enquanto que segundo IPGO, um casal que não possui nenhum tipo de problema relacionado à capacidade reprodutiva e mantenha relações sexuais nos dias férteis possui 20% de chance ao mês de engravidar de modo natural e com auxílio das técnicas de reprodução assistida esse percentual pode chegar a 50% ao mês em mulheres com menos de 35 anos de idade.

Conforme dados do IPGO, há um aumento da recorrência de aborto espontâneo conforme o aumento da idade da mulher e a partir dos 35-39 anos de idade as chances de a mulher ter um aborto espontâneo aumenta em 17,7% esse percentual aumenta para 33,8% nas mulheres com idades entre 40-44 anos e de 53,2% nas mulheres acima dos 45 anos de idade.

As mulheres se sentem muito pressionadas pelo relógio biológico, dado mencionado nos estudos de Carvalho (2014); Oliveira et al. (2011). Conforme pesquisa realidade pelo IPGO como com o passar dos anos a capacidade reprodutiva das mulheres entra em declínio devido à diminuição e envelhecimento dos óvulos e elas temem não conseguir engravidar.

Desse modo, surgem ambivalências nas escolhas que as mulheres precisam tomar, pois as condições econômicas e a competitividade do mercado de trabalho exigem qualificação profissional o que demanda muito tempo de estudo, e no caso das mulheres, elas ficam diante de um impasse entre o tempo ideal para a carreira e o momento mais apropriado para ter um filho (RODRIGUEZ, 2013).

O estudo de Carvalho (2014) mencionada que além das questões relacionadas à fertilidade existe a preocupação de que a maternidade tenha impactos negativos na carreira profissional. A respeito disso, Beltrame (2012) fez uma revisão da literatura sobre os desafios de conciliar maternidade e carreira e constatou que a maternidade tende a causar mais impactos negativos do que positivos para a carreira profissional das mulheres, e que esses impactos também se mostraram negativos para a carreira dos homens, mas em menor proporção do que para as mulheres.

O medo de que a postergação da maternidade aumente as chances da criança nascer com algum problema de saúde foi citado nos estudos de Jacobsen (2014); Rios-Lima (2012) as mulheres temem que a criança nasça com alguma sequela como a síndrome de Down.

Esse dado é relevante, pois conforme Thompson et al. (1993 apud NAKADONARI, 2006) comprovam que a gravidez em idade mais avançada está relacionada com o nascimento de crianças com síndrome de Down, pois o número de crianças que nascem com essa síndrome é mais expressivo nas mulheres com idades acima dos 35 anos.

A demora em engravidar foi um aspecto mencionado como fonte de ansiedade nas mulheres (Rios-Lima, 2012). Dados do IPGO confirmam esse fato, pois com a idade mais avançada há um declínio progressivo da fertilidade na mulher, aos 35 anos de idade, a mulher tem uma queda de 40% das chances de engravidar. Porém, o IPGO faz uma ressalva de que esse dado é variável de mulher para mulher, logo não é passível de generalizações.

Conciliar à carreira e a maternidade tem se mostrado uma das saídas para as mulheres que desejam exercer essas duas funções, mas as mulheres têm apresentado dificuldade nessa conciliação, pois ambas requerem da mulher dispêndio de muito tempo, nesse sentido, os dados mostram que a rotina constante de trabalho têm feito com que as mulheres se ausentem de casa e passe cada vez menos tempo ao lado dos filhos, e essa ausência de casa tem sido um motivador de culpa nas mães por não passarem mais tempo com os seus filhos (RODRIGUES, 2008; RIOS-LIMA, 2012).

Lima (2014) confirma o fato de que a entrada da mulher no mercado de trabalho e consequentemente a ausência do lar ocasionam o sentimento de culpa nas mulheres e em virtude da culpa que algumas mulheres sentem por ficarem longe de casa, elas usam métodos de compensação como presentes.

Essa culpa, segundo Lima (2014) está também relacionada à necessidade das mulheres de serem mães perfeitas e responsáveis pela felicidade dos filhos. Historicamente, a influência da criação que as mães davam aos seus filhos era dita como fundamental para que a mulher fosse percebida como uma boa ou má mãe, sendo assim, recaía sobre a mulher os

méritos do sucesso ou culpa pelo fracasso dos filhos (ROCHA-COUTINHO, 1994). Resquícios dessa ideologia ainda persistem como mostra o estudo citado, que evidenciam o forte sentimento de culpa que as mães sentem quando não atingem o ideal de perfeição.

A respeito do sentimento de culpa Winnicott (2012) relata que esse é um dos efeitos ocasionados devido ao fracasso da “mãe dedicada comum”. Para esse autor, é comum que mães e pais se culpem o tempo todo por quase tudo, por coisas que eles não deveriam sentir-se responsáveis.

O acúmulo de funções é uma realidade presente na vida da maioria das mulheres contemporâneas, além de estarem inseridas em alguma atividade remunera no mercado de trabalho, muitas mulheres são donas de casa e esposas, em virtude das diversas funções elas desempenham a maternidade seria mais uma atividade que elas teriam que exercer então algumas mulheres relatam falta de ânimo e até mesmo preguiça em ter que desempenhar mais um papel no seu dia-a-dia (LOPES; ZANON; BOECKEL, 2014).

A chegada de uma criança na família implica uma reorganização tanto na rotina da família quanto nas questões financeiras, essa readequação é identificada nos estudos de Lopes, Zanon e Boeckel (2014) e causa preocupação tanto relacionada à rotina como nas questões financeiras. Esses fatores são evidenciados nos estudos de Parada e Tonete (2009) como fonte de estresse e ansiedade para as mulheres.

Em virtude da idade avançada, algumas mulheres sentem receio de que o filho no futuro sinta vergonha pela mãe ser muito mais velha do que a mãe dos amigos (JACOBSEN, 2014). Outra questão diz respeito à saúde, algumas mulheres sentem medo de morrer e deixar o filho (RODRIGUES, 2008) e outras de não ter energia para acompanhar o filho nos cuidados necessários e nas brincadeiras (JACOBSEN, 2014). Algumas mulheres relatam o medo da solidão caso não consigam exercer a maternidade (BARBOSA; COUTINHO, 2007).

Segundo Rocha-Coutinho (2004) ainda na atualidade, mesmo com todas as mudanças e conquistas alcançadas pelas mulheres, a sociedade

ainda cobra que elas exerçam a maternidade, esse dado foi evidenciado no estudo de Lopes, Zanon e Boeckel (2014) onde as mulheres expressam preocupação relacionada às cobranças de familiares e amigos para que elas tenham filhos. Além da preocupação em atender as expectativas, elas relatam sentimentos de estresse e ansiedade frente a tantas cobranças (OLIVEIRA et al., 2011).

Algumas mulheres relatam medo de serem mães e um não desejo pela maternidade (LOPES; ZANON; BOECKEL, 2014). Parada e Tonete (2009) relatam a presença de sentimentos ambíguos presentes na fala de muitas mulheres frente à maternidade, ora um medo, ora um não desejo, e também uma mescla de frustração e alívio frente ao não exercício da maternidade, esses dados se confiram na teoria de Badinter (1985) de que a função materna não é algo da natureza da mulher, que na verdade trata-se de um comportamento social que sofre variações conforme a época e os costumes.

Os estudos de Rios-Lima (2012); Jacobsen (2014); Sousa e Maia et al. (2016) mostram que algumas mulheres, mesmo com a experiência da idade, ainda sentem-se imaturas e têm medo de serem mães ou não mostram desejo pela maternidade, o que contrasta com o senso comum de que a maternidade é algo inato nas mulheres.

Conforme aponta Raphael-Leff (2000 apud GOMES et. al, 2008) o período de gestação pode causar diversas alterações de ordem física e emocionais na vida das mulheres, esta constatação apareceu nos estudos de Parada e Tonete (2009) como fonte de medo e preocupação, além do relato de sentimentos de dor e desconforto em virtude da maternidade.

Rodrigues (2008) menciona a vivência da queda da autoestima em decorrência da gravidez, esse fato pode acontecer em decorrência de alguns fatores como uma:

Gestação não planejada, pensamento em abortar, perceber a gravidez como de alto risco para sua saúde e/ou a do bebê, três ou mais gestações e/ou algum evento estressante são fatores que podem levar a mulher a uma menor autoestima (Dias et al., 2008 apud LEITE et al., 2014, p.119).

Um estudo realizado por Hewlett (2008) sobre mulheres altamente realizadas profissionalmente relata que a maternidade em idades mais

avançadas não foi uma escolha de muitas mulheres, mas consequência da entrega ao trabalho e da realização profissional. Relata que as mulheres do estudo sentem-se onipotentes e acreditam que a idade não seria um fator que a impediriam de engravidar, pois contam com as tecnologias médicas de reprodução, esse sentimento de onipotência frente à capacidade de engravidar tardiamente foi evidenciado no estudo de Rios-Lima (2012).

Para muitas mulheres, que têm forte desejo para exercer a maternidade, a concretização desse desejo causa nessas mulheres uma gama de sentimentos que nos estudos de Rodrigues (2008); Rios-Lima (2012); Jacobsen (2014); Barbosa e Coutinho (2007); Parada e Tonete (2009); Oliveira et al., (2011) podem ser positivos para muitas mulheres, elas relatam sentimentos de autodesenvolvimento, autoconhecimento, de plenitude e realização pessoal, elas sentem-se completas por realizar a única coisa que ainda faltava em suas vidas, já que dedicaram a vida a se realizar profissionalmente e viver tudo que queriam viver para depois engravidar.

Os sentimentos de tranquilidade e prazer pela maternidade também foram evidenciadas nos estudos. As mulheres sentem-se satisfeitas com a consolidação do exercício da maternidade. Os sentimentos de realização, amor, felicidade e alegria se manifestam quando a maternidade se torna uma realidade (RODRIGUES, 2008; RIOS-LIMA, 2012; JACOBSEN, 2014; BARBOSA; COUTINHO, 2007; PARADA; TONETE, 2009; OLIVEIRA et al., 2011)

Sendo assim, a maternidade em idade avançada pode ser vivenciada de forma positiva para muitas mulheres, pois a idade proporciona a mulher:

Maior maturidade, melhores condições de saúde mental e menor medo de ficar sem ajuda e de perder o controle durante o parto. Ao mesmo tempo, elas tendem a culpar menos frequentemente a equipe médica pela dor do parto e a ficar mais satisfeitas com a assistência recebida [...] a experiência de vida e uma identidade mais consolidada, o que faz com que estejam mais bem preparadas para aceitar o bebê como um indivíduo separado delas e com características próprias, promovendo com mais êxito o seu desenvolvimento emocional (POSTMONTIER, 2002; WINDRIDGE; BERRYMAN, 1999; STARK, 1997; WINDRIDGE; BERRYMAN, 1999; DEVORE; 1983 apud GOMES et al., 2008, p.101).

Conforme o exposto nota-se que a maternidade em idade avançada é um fenômeno acompanhado de sentimentos ambivalentes, que pode ser

vivenciado tanto de forma positiva como negativa. Em um estudo realizado por Leite et al. (2014) os sentimentos vivenciados pela gestante variam conforme a evolução da gravidez, sendo assim, o primeiro trimestre da gravidez é permeado por sentimentos de ambivalência como dúvida em relação à gravidez, alegria, apreensão e em alguns casos há rejeição do bebê (DARVILL; SKIRTON; FARRAND, 2010 apud LEITE et al., 2014).

No segundo trimestre de gravidez, a mulher começa a vivenciar maior estabilidade emocional, esse fato pode ter influência da percepção concreta do feto a partir de algumas manifestações como os movimentos fetais dentro da mulher (FERRARI; PICCININI; LOPES, 2007 apud LEITE et al., 2014). Com a aproximação do parto, no terceiro trimestre de gestação, é comum o aumento do nível de ansiedade na mulher (RODRIGUES e SIQUEIRA, 2008 apud LEITE et al., 2014).

A maternidade é um fenômeno acompanhado por sentimentos diversos, que podem sofrer variações com o desenvolvimento da gravidez, em relação aos sentimentos vivenciados com a descoberta da gravidez:

Comumente a descoberta da gravidez proporciona diversos tipos de emoção, como surpresa, alegria e, algumas vezes, medo. Fatores como o planejamento pessoal e, principalmente, o desejo da mulher em relação à maternidade, contribuem para o predomínio da vivência de sentimentos positivos; mas quando ocorre o contrário, sobretudo na falta do apoio do companheiro ou da família, misturam-se sentimentos de insegurança e solidão (RAPOPORT; PICCININI, 2006 apud LEITE et al., 2014, p. 118).

O apoio social como o companheiro e a família são mencionados como fatores importantes para que a gestação seja vivida pela mulher de modo positivo, essa informação é confirmada na pesquisa realizada por Sousa e Maia et al. (2016) os autores relatam que mesmo quando a gestante vivencia a maternidade em situação de vulnerabilidade econômica quando há apoio social é um importante minimizador de riscos para que o período gestacional seja vivenciado de modo positivo. Ainda sobre o a importância do apoio social:

O apoio do companheiro e/ou da família à gestante influencia favoravelmente a evolução da gravidez, diminui riscos e efeitos desfavoráveis à saúde da criança e proporciona a vivência de sentimentos e emoções, pelo fato de ser essa fase o início do desenvolvimento do vínculo afetivo com o novo ser. É importante um olhar atento sobre a forma como os pais vivenciam a paternidade desde o início da gestação (PICCININI et al., 2008 apud LEITE et al., 2014, p. 119).

Os efeitos da falta de apoio social são muito negativos para a vivência da maternidade, em especial, o apoio paterno e da família são percebidos como fundamentais para uma vivência positiva da gravidez (LEITE et al., 2014).

5.4. Motivos do Adiamento da Maternidade

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