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Sistema de abastecimento público

No documento grundfospressurizacao (páginas 137-139)

9. Sistemas de abastecimento público e predial no Porto

9.2 Sistema de abastecimento público

9.2.1 Aspectos gerais

Nos arruamentos públicos existentes compete aos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento do Porto a elabo- ração de estudos e projectos dos sistemas públicos. Em todas as intervenções urbanas, que impliquem a alte- ração ou ampliação dos sistemas públicos existentes ou a implementação de novas infra-estruturas, é obrigatória a elaboração dos estudos e projectos, pelo promotor, e submete-los à aprovação dos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento do Porto (Art.º 250º).

Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

b) Termo de responsabilidade do técnico autor do projecto; c) Planta de Localização fornecida pelos Serviços

Municipalizados Águas e Saneamento

d) Memória descritiva e justificativa, onde conste a identificação do proprietário, a natureza, designação e local da obra, o tipo da obra, a descrição da concepção dos sistemas, os materiais e acessórios e as insta- lações complementares;

e) Cálculo hidráulico onde conste os critérios de dimen- sionamento adoptados e o dimensionamento das redes, equipamentos e instalações complementares previstas; f) Mapas de medição e orçamento a preços correntes,

das obras a executar;

g) Peças desenhadas dos traçados e instalações comple- mentares, com indicação dos materiais das canalizações e acessórios utilizados, obedecendo às escalas a saber: • Plantas - 1:500;

• Perfis - 1:500 em extensão e 1:50 em altimetria; • Pormenores - à escala conveniente que esclareça

inequivocamente o pretendido.

Os elementos descritos serão apresentados em original, acrescidos de duas cópias para os elementos referidos nas alíneas b) a g).

As peças escritas devem ser apresentadas dactilografadas ou impressas em folhas de formato A4, paginadas e todas elas assinadas, no original, pelo técnico responsável pelo projecto. As peças desenhadas devem ser apresentadas, em tela plástica, com formatos e dobragem concordantes com o estipulado nas Normas Portuguesas NP48 e NP49, não excedendo as dimensões do formato A0. Os caracteres alfanuméricos devem obedecer à Norma Portuguesa NP89. Todos os desenhos devem possuir legenda no canto inferior direito, respeitando a Norma Portuguesa NP204 e contendo, no mínimo, a seguinte informação:

a) Designação e local da obra, indicando se se trata de obra nova, de ampliação ou remodelação;

b) Identificação do proprietário;

c) Nome, qualificação e assinatura do autor do projecto; d) Número, descrição do desenho, escalas e data da sua

elaboração;

e) Especificação quando se trata de projecto de alteração Quando o serviço de combate a incêndios tenha de ser

assegurado pela mesma rede pública, os diâmetros nominais mínimos das condutas são determinados em função do risco da zona e devem ser:

a) 100mm - grau 1 a 3; b) 125mm - grau 4;

c) 150mm (a definir caso a caso) - grau 5.

Cabe aos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento a definição da localização das bocas de incêndio e dos hidrantes, após parecer do Batalhão de Sapadores Bombeiro (Art.º 55º). Os diâmetros de saída são fixados em 45mm para as bocas de incêndio e em 60mm para duas saídas e 90mm para os marcos de água.

9.2.3 Ramais de ligação

Os ramais de ligação asseguram o abastecimento predial de água, desde a rede pública até ao limite da propriedade a servir, em boas condições de caudal e pressão.

Os ramais de ligação consideraram-se tecnicamente como partes integrantes das redes públicas de distribuição e de drenagem, competindo aos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento do Porto promover a sua instalação (Art.º 267º).

Quando se justifique, pode uma mesma edificação dispor de mais de um ramal de ligação para abastecimento doméstico ou de serviços. Os estabelecimentos comerciais e industriais devem ter ramais de ligação privativos. Nos ramais de ligação de abastecimento a reservas de água e piscinas que se encontrem instaladas a uma cota não superior a 10 m relativamente ao arruamento de onde se faz a ligação, é obrigatória a instalação de coluna piezométrica com desenvolvimento a definir pelos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento do Porto (Art.º 32º). O diâmetro nominal mínimo admitido em ramais de liga- ção é de 25mm (Art.º 35º). Quando se tenha de assegurar simultaneamente o serviço de combate a incêndios sem reservatório de regularização, o diâmetro não deve ser inferior a 45mm.

O diâmetro nominal mínimo das bocas de rega e lavagem e respectivos ramais de alimentação é de 25mm (Art.º 53º). Os diâmetros nominais mínimos dos ramais de alimen-

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Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

9.3.2 Elementos dos sistemas

Para que não venham a ocorrer utilizações indevidas das diversas redes prediais impõe-se que:

"As canalizações instaladas à vista ou visitáveis devem ser identificadas consoante a natureza da água transportada e de acordo com o sistema de normalização vigente." (Art.º 75º). Assim, as canalizações instaladas à vista devem ser identifi- cadas consoante a natureza da água transportada, de acordo com as seguintes cores: azul para água destinada ao consumo humano; encarnado para água de combate a incêndios.

Também no sentido de garantir adequada qualidade e o respeito da saúde pública impõem a necessidade de cuidados na escolha dos materiais.

Todos os materiais a aplicar em sistemas de distribuição, peças acessórias e dispositivos de utilização, devem ser isentos de defeitos e, pela própria natureza ou por protecção adequada, devem apresentar boas condições de resistência à corrosão, interna e externa, e aos esforços a que vão ficar sujeitos.

"1- As tubagens e acessórios que constituem as redes interiores podem, entre outros, ser de cobre, aço inoxidável, aço galva- nizado ou PVC rígido, este último no caso de canalizações de água fria não afectas a sistemas de combate a incêndios. 2- Nas redes exteriores de água fria, as tubagens e acessórios podem ser de ferro fundido, polietileno ou PVC rígido" (Art.º 90º).

Os materiais a utilizar nas tubagens e peças acessórias dos sistemas de distribuição devem ser aqueles cuja aplicação seja admitida pelos SMAS - Porto, como responsável pelo abastecimento e distribuição pública de água.

A aplicação de novos materiais ou processos de construção para os quais não existam especificações oficialmente adoptadas nem suficiente prática de utilização, deve ser sujeito a verificação de conformidade pelo LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a fazer presente junto dos SMAS Porto.

Também, os instaladores (picheleiros) devem proceder a sua inscrição nos SMAS para que possam assumir a respon- sabilidade de execução de instalações prediais.

9.3.3 Concepção dos sistemas

A rede de distribuição de água parte de um ponto da rede pública. A localização desta conduta exterior bem como a posição prevista para o contador são a "ponta da meada" a partir da qual se faz o desenvolvimento da rede interior. Numa primeira fase de abordagem a concepção de um sistema de abastecimento predial devem colocar-se as seguintes questões fundamentais:

9.3 Sistema de abastecimento predial

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