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Sistema de abastecimento predial de água

No documento grundfospressurizacao (páginas 139-143)

9. Sistemas de abastecimento público e predial no Porto

9.3 Sistema de abastecimento predial de água

9.3.1 Aspectos gerais

Todos os edifícios novos, remodelados ou ampliados deverão prever redes prediais de abastecimento de água, indepen- dentemente da existência ou não das redes públicas no local (Art.º 4º), sendo obrigatória a ligação às redes públicas de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas, quando existam ou venham a ser instaladas. As redes prediais a instalar, mesmo que nos locais onde não existam redes públicas deverão ser executadas de modo a permitir, no futuro, a sua fácil ligação àquelas redes. Deste modo, a rede de distribuição predial de água deve assegurar o seu bom funcionamento, preservando-se a segurança, a salubridade e o conforto nos edifícios.

Os sistemas prediais de abastecimento de água devem garantir que a mesma chegue a todos os dispositivos de utilização, sempre que necessário, em quantidade e quali- dade adequadas ao uso.

A terminologia e a simbologia a utilizar e as unidades em que são expressas as diversas grandezas devem respeitar as directivas estabelecidas neste domínio. Assim a terminologia e a simbologia a adoptar serão as indicadas nos anexos I, II, III, VIII e XI ao Regulamento.

A rede predial a projectar e executar deve ainda oferecer a garantia de que a água a fornecer aos sistemas prediais deverá ter em consideração aspectos, quer de qualidade quer de defesa da saúde pública.

Assim, os sistemas prediais alimentados pela rede pública devem ser independentes de qualquer sistema de distri- buição de água com outra origem, nomeadamente poços ou furos, como dispõem que:

"Os sistemas prediais alimentados pela rede pública devem ser independentes de qualquer sistema de distribuição de água com outra origem, nomeadamente poços ou furos privados." (Art.º 73º).

"Não é permitida a ligação entre a rede predial de distri- buição de água e as redes prediais de drenagem de águas residuais." e "O fornecimento de água potável aos aparelhos sanitários deve ser efectuado sem pôr em risco a sua potabilidade, impedindo a sua contaminação, quer por contacto, quer por aspiração de água residual em caso de depressão." (Art.º 76º).

"...a utilização de água não potável exclusivamente para lavagem de pavimentos, rega, combate a incêndios e fins industriais não alimentares,... 2 - As redes de água não potável e respectivos dispositivos de utilização devem ser sinalizados." (Art.º 77º).

Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

1. Existe rede pública? Onde? 2. Secção e pressões disponíveis?

3. Há escassez de água ou interrupções de fornecimento com frequência?

4. Que dimensão tem o edifício? Existem caves? 5. Qual o tipo de ocupação?

6. Torna-se necessário prever reservatórios? Os serviços locais permitem? Em que condições? Sua capacidade e locali- zação? Formas de drenagem de perdas e esvaziamento? 7. Precisa de equipamento elevatório de bombeamento?

Atravancamento e acessibilidade à câmara de manobras? 8. É necessária rede de combate a incêndio? De que tipo? 9. Previsão do fornecimento de água quente: a que zonas

e de que modo?

10. Na remodelação ou ampliação de sistemas existentes com aumento de caudal de ponta? Comprova-se a sufi- ciência da capacidade hidráulica de transporte das canalizações e das eventuais instalações comple- mentares a montante, sem prejuízo das condições de funcionamento do sistema na sua globalidade? Por fim, sempre será de realçar que a concepção de sistemas prediais de distribuição de água deve ter como objectivo a resolução de problemas numa perspectiva global, técnica e económica, coordenada com a arquitectura, a estrutura e as restantes instalações especiais da edificação.

9.3.4 Classificação dos sistemas

Ao colocarmos correctamente as questões acima enunciadas somos muitas vezes levados a constatar que nem sempre os sistemas públicos permitem que o abastecimento se efectue directamente da rede geral de distribuição em condições de pressão e caudal necessários a garantir uma utilização com a qualidade e quantidade adequadas. Neste sentido, o regulamento apresenta condicionantes que podem permitir efectuar uma primeira abordagem ao tipo de sistema de alimentação predial, ao consagrar que:

Dentro desse contexto, poderemos ter sistemas com abastecimento directo ou indirecto. O abastecimento directo será garantido sempre que as condições de abastecimento público apresentem pressão e/ou caudal que permitam nas condições de conforto definidas no projecto o abastecimento em permanência. Caso contrário, ou seja, falta de pressão ou falta de caudal deverá optar-se por sistemas de abaste- cimento indirecto com reservatório elevado quando a pressão disponível possibilita em certos períodos diários a reposição da reserva necessária e por sistema elevatório, com reservatório inferior sempre que a pressão não seja de molde a garantir a reposição da reserva durante o período diário de 24 horas ao nível mais elevado do edifício.

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Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

Na escolha do sistema há que atender:

a) À pressão disponível na rede geral de alimentação e à necessidade nos dispositivos de utilização;

b) Ao tipo e número de dispositivos de utilização; c) Ao grau de conforto pretendido;

d) À minimização de tempos de retenção da água nas canalizações.

Sempre que a rede pública não puder assegurar as pressões necessárias deverá ser prevista uma instalação sobrepressora com tanque de compensação.

Para que se possa efectuar esta verificação preliminar do sistema mais adequado de abastecimento predial, dando também resposta a algumas das questões já referidas deve obter-se junto dos SMAS Porto a informação sobre as condições de abastecimento da rede pública no local onde se pretende executar a edificação, ou seja, "… os valores das pressões máxima e mínima na rede pública no ponto de inserção naquela." (Art.º 83º).

Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

LIGAÇÕES ÀS REDES PÚBLICAS

Planta Topográfica

P.T. n. º / 2005 Local da obra: Rua

Freguesia:

Requerente:

REDES PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Pressão estática MPa

REDE PÚBLICA - PRESSÕES

Pressão dinâmica MPa

REDES DE INCÊNDIO

As redes de combate a incêndio deverão ser dimensionadas e representadas em projecto.

REDE PREDIAL DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS

A câmara de ramal de ligação deverá situar-se no local assinalado na P.T., à profundidade de m.

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9.3.5 Dimensionamento dos sistemas

prediais

Nos projectos relativos à distribuição predial de água devem indicar-se nas peças desenhadas os tipos e localização dos dispositivos de utilização, bem como os aparelhos alimen- tados.

Os caudais instantâneos a atribuir aos dispositivos de utili- zação devem estar de acordo com o fim específico a que se destinam, sendo os valores mínimos a considerar, os constantes do quadro anexo ao Regulamento.

Os caudais instantâneos a atribuir a máquinas industriais e outros aparelhos são especificados no quadro anexo ao Regulamento e devem ser estabelecidos em conformidade com as indicações dos fabricantes.

Face à possibilidade do funcionamento não simultâneo da totalidade dos dispositivos de utilização, considera-se na determinação do caudal de cálculo, o coeficiente de simul- taneidade mais adequado numa dada secção.

O coeficiente de simultaneidade é a relação entre o caudal simultâneo máximo (caudal de cálculo) e o caudal acumu- lado (somatório dos caudais instantâneos) de todos os dispositivos de utilização alimentados por essa secção. No anexo do Regulamento apresenta-se uma curva que, tendo em conta os coeficientes de simultaneidade, fornece os caudais de cálculo, para um nível de conforto médio, em função dos caudais acumulados, que pode ser utilizada para os casos correntes de habitação sem fluxómetros. Para outro tipo de conforto ou de utilização (estabeleci- mentos, restaurantes, escolas, etc.) deve ser o coeficiente de simultaneidade determinado por recurso a informações existentes ou a bibliografia específica. Contudo, quando existem fluxómetros, os caudais de cálculo devem ser obtidos somando aos caudais obtidos para os restantes aparelhos, através da curva referida acima, os caudais de cálculo dos fluxómetros, considerando os respectivos caudais instan- tâneos e a simultaneidade constante do quadro seguinte:

9.4 Sistemas prediais de distribuição de

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