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Verificação, desinfecção e funcionamento hidráulico

No documento grundfospressurizacao (páginas 152-155)

9. Sistemas de abastecimento público e predial no Porto

9.8 Verificação, desinfecção e funcionamento hidráulico

9.8.1 Verificação

Todas as canalizações, antes de entrarem em serviço, devem ser sujeitas a verificação e ensaios com o objectivo de assegurar a qualidade da execução e o seu funciona- mento hidráulico.

A verificação da conformidade do sistema com o projecto aprovado e com as disposições legais em vigor deve ser feita com as canalizações e respectivos acessórios à vista. O ensaio de estanquidade deve ser conduzido com as canalizações, juntas e acessórios à vista, convenientemente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de dispositivos de utilização.

O processo de execução e interpretação do ensaio é o seguinte:

9.8.2 Desinfecção dos sistemas

Os sistemas de distribuição predial de água para consumo humano, incluindo os respectivos reservatórios quando existirem, depois de equipados com os dispositivos de utili- zação e antes de entrarem em funcionamento, devem ser submetidos a uma operação de desinfecção com perman- ganato de potássio, com a seguinte metodologia:

a) Preparação da solução desinfectante

Dissolver a quantidade de permanganato de potássio necessária (150 gramas por cada m3de volume da rede

a desinfectar) em água aquecida a uma temperatura entre 40°C e 45°C, até conseguir uma solução o mais homogénea possível. O volume da solução deve ser de 1/10 do volume da rede a desinfectar. Esta operação deve ser feita na véspera do dia de início da desinfecção. b) Enxaguamento prévio da rede

Esvaziar a rede através das torneiras de purga existentes nos pontos mais baixos, encher de novo e esvaziar, repetindo a operação durante cerca de 2 horas, para assegurar uma limpeza eficaz.

c) Introdução da solução desinfectante

Através do ponto de injecção, introduzir a solução desinfectante sob pressão com um caudal regulado em função do caudal do escoamento fixado (1 parte da solução para 9 partes da água em escoamento). Abrir, de montante para jusante (do contador para as extremi- dades da rede) cada torneira até ao aparecimento da cor violácea. Fechá-la de seguida e passar à seguinte. Quando a cor violácea aparecer na última torneira, fechá-la e parar a injecção da solução desinfectante. d) Período de contacto

Manter a rede isolada durante um período de 48 horas, a fim de o desinfectante poder actuar.

e) Enxaguamento final

Abrir as torneiras pela ordem inversa da adoptada no enchimento, isto é, de jusante para montante, deixando sair a água durante cerca de 2 horas, em caudal razoável, período este que, em princípio, será suficiente para a lavagem final da rede.

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Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

9.8.3 Prova de funcionamento hidráulico

Após os ensaios de estanquidade e a instalação dos dispo- sitivos de utilização, deve verificar-se o comportamento hidráulico do sistema por simples observação visual.

Conclusão

A concluir deixa-se a indicação dos elementos que devem instruir o processo de aprovação do projecto de redes prediais (Art.º 304º).

Assim, o pedido de aprovação deve ser instruída com os seguintes elementos:

a) Requerimento subscrito pelo promotor, dirigido ao Director Delegado dos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento do Porto, solicitando a apro- vação do projecto;

b) Termo de responsabilidade do técnico autor do projecto; c) Documento do Município comprovativo da aprovação

do projecto de arquitectura, quando for caso disso; d) Documento donde conste as condições definidas pelo

Batalhão Sapadores Bombeiros;

e) Memória descritiva e justificativa, onde conste identi- ficação do proprietário, natureza, designação e local da obra, tipo da obra, descrição da concepção dos sistemas, materiais e acessórios, e instalações comple- mentares projectadas;

f) Cálculo hidráulico onde conste os critérios de dimen- sionamento adoptados e o dimensionamento das redes, equipamentos e instalações complementares projectadas;

g) Estimativa descriminada do custo, a preços correntes, da obra específica a executar;

h) Planta de localização fornecida pelos Serviços Municipalizados Águas e Saneamento do Porto, na qual conste: Delimitação do terreno; Indicação do corpo ou corpos que constituem as obras; Edificações existentes no terreno, se as houver; Representação dos ramais de introdução de água e de águas residuais domésticas e Representação simplificada do colector predial; i) Peças desenhadas dos traçados em plantas e cortes à

escala mínima 1:100, com indicação dos materiais e acessórios das canalizações, dos diâmetros e incli- nações das tubagens, dos órgãos acessórios e insta- lações complementares e dos respectivos pormenores que clarifiquem a obra projectada;

j) Representação esquemática axonométrica da rede de distribuição de água.

k) Os elementos acima referidos serão apresentados em original e duas cópias para o referido nas alíneas b) a j).

As peças escritas devem ser apresentadas dactilografadas ou impressas em folhas de formato A4, paginadas e todas elas subscritas pelo técnico responsável pelo projecto. As peças desenhadas devem ser apresentadas com formatos e dobragem concordantes com o estipulado nas Normas Portuguesas NP48 e NP49, não excedendo as dimensões do formato A0. Os caracteres alfanuméricos devem obedecer à Norma Portuguesa NP89. Todos os desenhos devem possuir legenda no canto inferior direito, respeitando a Norma Portuguesa NP204 e contendo, no mínimo, a seguinte infor- mação:

a) Designação e local da obra, indicando se se trata de obra nova, de ampliação ou remodelação;

b) Identificação do proprietário;

c) Nome, qualificação e assinatura do autor do projecto; d) Número, descrição do desenho, escalas e data; e) Especificação quando se trata de projecto de alteração; f) Legenda específica das redes representadas.

Sistemas de Abastecimento Público e Predial no Porto

9.9 Referências bibliográficas

BACELLAR, H.R., Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1997

CANHA DA PIEDADE, A., RODRIGUES, A. Moret, e RORIZ, Luís F., Climatização em Edifícios, Envolvente e Comportamento Térmico, Edições Orion, Amadora, 2000

COELHO, António Leça, Segurança Contra Incêndios em Edifícios de Habitação, Edições Orion, Amadora, 1998 MEDEIROS, Carlos, Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais (Anotado), Editorial FEUP, Porto, 1998

MEDEIROS, Carlos, Instalações de Edifícios, Editorial FEUP, Porto, 2004

MEDEIROS, Carlos, Redes e Instalações em Edifícios, Editorial Faculdade de Arquitectura, Porto, 2004

MACINTYRE, Archibald J., Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, Livros Técnicos e Científicos Editora Rio de Janeiro, 1990

MIRANDA, Angel Luis, Instalaciones, Grupo Editorial CEAC, S.A., Barcelona, 1995

PEDROSO, Victor M. Ramos, Regras de Dimensionamento das Redes Prediais de Distribuição de Água Residuais Domésticas e Pluviais, LNEC, 1996

Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água, 1995

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Sistemas de Abastecimento Público e Predial em Lisboa

10. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO

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