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iV ”Sm“ emos é ■>caso da influência maurrass,ana Na medida em que a Action Brançaise

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ntais atenta convence do

contrário: por outros canais que não as e^ na8e universitárias, a Action Française foi, no entre gu ras um pólo historiográfico impo rtante. Pele eco e nela difusão de seus Grandes Études Histories, a L vra ria Arthème Fayard era um vetor essencial daquela.  A 

í s t e respeTto hlve ria um belo estudo de historia polí

tica e cultural a desenvolver, sobre esse lugar, em tor  no do papel desempenhado por Pierre G axotte. E a fluência de um homem como Jacques Bamville, ate

. 1936 deve ser reavaliada e provável sua mo rte em 1936., deve s leitura , por 

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, . caoe tínee a'-, compete, no despertar ímeicc

historia capenng . / , ^ js com a Sorbonne várias  ct,=

históricas sairão, de resto, alguns historiadores híb d ^ d e g r an de talento: Philippe Ariès, segur ament e, ou RaoulGirardet.EPoder-se-ia

 vaç ão em outros domín ios que nao a his toria, em  pe cia l com Ge org es Du m éz il17.

16 philippe Ariès,Uh historien du

laboração de Michel Winock, Pans, Le Semi, 1980^ 17 Em abril de 1920 aparece o primeiro numero

 Revue universelle,cujo diretor éJao*ucs , . rhpf e Henri Massis. Publica-se nela espe

;. , Para £u em se dedíca a registrar as relações entre

é a S d fm a í“ ’ — ^ ' ° da “ SIÓIia e“ n ™ k a e ainda mais significativo, uma vez que o ambiente  jdeolo gico engloba, certamen te, a esfera da ec^ nom k  E a literatura sobre o tema é superabundante. Remete- remos, por exemplo, em razão de sua publicação re- cente, a um artigo de Hubert Bonin cujo início lembra com conhedmento de causa que «a história e c < 5 £ ca nao e 'neutra', pois reflete as correntes de pensa- d o que atravessam a sociedade"'«: aos anos 1960 e , urante os quais numer osos historiadores da economia, nutndos de marxismo, atacavam ainda ex 19 8 o T ente °U na°' ° Capitaíismo' sucederam os anos 1980 que viram, paralelamente à corrosão do marxis- mo, desenvolv eremse pesquisas que, por vezes reabi m r al eS 1 t am en te 3 em pr esa e a e co n° m ia de

 Z T â ii f COm° U rêsistible déclin des sociétés industnettes de François Caro n é, nesse sentido um ^a nr i St0nografíco significativo. Da mesma forma e^ h ltó r ia ^ T Asse.mbléia GeraI dos especialistas m historia contemporanea do ensino superior e da  pes qu isa , em no ve m br o de 1991, n a qu al Fra nço is

S ^ T Mto u m a ,re s c o d a h lst“

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Essas relações entre ideologia e historiografia perceptíveis num certo número de domínios, o são

gualmente na obra de vários grandes historiadores

U D é b a ^ ^ '  *MT le ? entrePrise dans 1'histoire", T of ' -• 67' novembro-dezembro de 1991, pp i67.

185, ataçao p. 167. ^ 19 Paris, Perrín, 1985.

contemporâneos. EmParis-MontpelliaE m m a n u d L e Roy Ladurie conta sobre um itinerário intelectual e científico levando o jovem professor agregado do hce de Montpellier, em suas pesqmsas sobre os « m pone- ses do Languedoc na época moderna, a passar Marx para Malthus. Mas ele narra também u ma evo lução política e ideológica paralela, marcada pela ade- rào ao comunismo e depois pela sua rejevçao em

1956“. outro exemplo, cronologicamente mais proxt-

mo: a reflexão atual de Maurice Agulhon sobre a Re  pú bli ca , su a im ag éti ca e s eu s sím bo los 2 be m com o so   br e su a hi st ór ia re ce nt e23, in sc rev e-s e ce rta m en e no

 pr ol on ga m en to de su a ob ra an te ri or sob re a a c u lt o a cão da democracia republicana no seculo XIX, mas também é nutrida po r um a meditação implícita sobre a cidadania e sobre a identidade republicana que, 20 Emmanuel Le Roy Ladurie Paris-Montpellier,PC- PSU 1945-1963, Paris, Gallimard, 1982.

21 Sobre o choque de 1956 sobre essa geração inte lectual, que contava vários historiadores postenor- mente levados a adquirir grande notoriedade, d. Jean-François Sirinelli,  Intellectuels et passions  françaises,  Fayard, 1990, capítulo VIII, "Un aut°™ne

1956" Para um outro depoimento descrevendo par ticularmente um itinerário político e um percurso científico, cf. Annie Kriegel, Oque j ’ai cru comprendre

Paris, Lafîont, 1991, especialmente a terceira parte, “En communisme" e as paginas da quarta parte de dicadas à "histori adora" e à "professsora .

22 Maurice Agulhon, Mariann e au combat  e Marianne au pouvoir, com o subtítulo L’imagerie et la symbolique républicaines de 1789 à 1880 puis de 1880 a 1914, Pans, Flammarion, 1979-1989.

23 Maurice Agulhon, LaRéPubli^ Z ^ m l h Z e François Miterrand (1880 a nos jours),  Pans, Hachette, 1990.

mesmo se não é suscitada por ela, insere-se em nossa terrogaçao coletiva de fim de século em to rno da cri se do mod elo rep ublic ano 24.

Ao impacto das configurações ideológicas na  pr od uç ão hi sto rio grá fic a ac res ce nt a- se P2 a “

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 t^ é ° SaÇÕeSS

" ktÍVaS * uma »odedade.

Cão n ' por Vezes' sensível nessa pro du ção O sucesso atual da história cultural, que conhece

ma abertura em história contemporânea depois de * n 0b re “

L f eXpIlCa'se Provavelm ente, de resto nela do m f enCla dCSSeS d° ÍS fat0res- De um ]ado, o recu o ca ™ ° engendrou uma libertação historiográfi ca das supe restrut uras", relegadas até então ao plano

e secreções do substrato sócio-econômico o único digno de interesse.A esse resneitn , w * ' •' ymco nartiiViür. , • . respeito, a historia cultural partilha com a historia política essa reabilitação indu da por uma deglaciação ideológica. Mas só o fator  S S T é

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cultural. E necessa no perguntar-se, de outro lado se essa bonança nao é igualmente o reflexo de uma in deínfção°eCoT ÍVa “ f 1“ *3 com inquietação sobre a Esta rL a Ug3r cultura em nossa sociedade Esta, marcada por uma potencialização da imagem e

di ue™c Vde„Porhf rr SlTiluente do objeto cultural. De onde uma surda in-eMe

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ïc uf oad e re Po KPeCtiVa dCSSe modd° ^ b li c a n o em um secuto, desde o enraizamento da terceira República rf i .

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quietação, cujos debates fazem eco largamente ha guns anos. Não cabe aqui registrar os sintomasde tal inquietação e particularmente a crise de identidade Hns intelectuais que dela decorre .

Sendo assim, essas correlações entre um a epoca e as tendências historiográficas que dela se desdo  br am , são , às vez es, m ui to co mp lex as

interpretação dos progressos recentes da historia das e te T é por exemplo, um bom reflexo dessa comple

x i d a d e ’Esses progressos são inegáveis. Pouco tempo

d è p l d«seu nascimento, o Insttm. d-ffistoire moder- ne et contemporaine (CNRS) publicava em 1980 um «GUia de pesquisa" dedicado à Prosopographiedes elites  françaises (XV I - XXsiecles)™, cuja leitura, doze ano s de-  p o i / T á be m co nt a das cur ios id ade s co nv er ge nte s qu e despertavam então sobre essas elites. Na mesma data, a Association for the study of modern and contempo- rary Prance consagrava na Grã-Bretanha seu “ loquio fundador às "Elites en

 _no s m ais ta rd e, o In st it ut d'H ist oi re du Tem ps P re se nt tcNRS) e a École française de Rome organizavam um

25,sobre i : e‘r « s . u X r s L '

 p m T S v U d ,  Notre Sücte

• £ £  " 1 ”

S irinelli, ' l a ü n d es m t d l c a u d i i r W . s ^ K ™ ' europ éenne des sciences sociales,tomo XXVIII,

153-161. , ,

26 Prosopographie des °

Guia de pesquisa, IHCM, Pans, CNRS, 1980. 27 Jolyon Howorth e Philip G. Cemy (dir.) Elites in P r a n T Origins, Reproduction and Power,  Londres, Prances Pinter, 1981.

encontro cientifico franco-italiano consagrado às eli tes nos dois países28. Depois virá o tem po da s teses de  fendidas sobre esse tema, aquelas, por exemplo, de François-Charles Mougel e de Christoph e Charle res  pe ct iv am en te em 198 3 e 19 86 ” Pr ogr ess os ine gáv eis ,  po rt an to , de no ss o co nh ec im en to das eli tes fra nce sas ou estrangeiras, mas difíceis de interpretar. De um lado, esse interesse científico pelas elites, depois de dé cadas em que as "massas" estiveram no coração da historia social, e bem revelador da mudança de para digma teoló gic o- Mas, de outro lado, alguns desses trabalhos sobre as elites mostram o impacto de uma historia muito sociologizante, particularmente com a

28 Les élites in Francia e in Italia negli anni quaranta,

Mélangés de l'Ecole Française de Rome - Moyen Age-Temps Modernes, tomo 95, 1982,2.

29 François-Charles Mougel, Elites et système de  pouvoir en Grande-Bretagne 1945-1987,  Talence

Presses Universitaires de Bordeaux , 1990-

188oTç Pnn e p Cha iï '  Leî élites de la République  Ioo0- Î900,  Pans, Fayard, 1987.

30 A mudança de paradigma ideológico e o desblo- quao concernente às elites também tiveram prova velmente um papel no florescimento recente da his toria dos intelectuais. Mas acresce-se a isso provavel mente o "contexto histórico", na segunda metade dos anos 1970, a crise dos intelectuais franceses que  banaliza ndo pouco a pouco o lugar desses intelec-

ais no espelho social, deixa de fazer dele um obje- to mtimidador para o historiador. Não retomo aqui a analise ja feita sobre esses pontos em minha contri  buição, Les intell ectue ls", em Pour une histoire

Politique,  sob a direção de René Rémon d, Paris Le Seuil, 1988, pp. 199-231.

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influência da obra de Pierre Bourdieu . Ora essa in fluência e essa obra são, por vezes, interpretadas como uma forma se não de neomarxismo, ao menos de reinserção de fortes determinações ou correlaçoes so- cio-econômicas na análise. A avaliação de um contex to ideológico é, pois, sempre complexa e as modifica ções nesse domínio devem ser observadas com cuida do, uma evolução aparente num sentido podendo es conder um outro, circulando em sentido inverso.

O historiador é bem de seu tempo e de seu país. Para um jornalista de televisão que o interrogava re centemente sobre a objetividade em historia, o histo riador americano Eugen Weber respondia maliciosa mente que não havia objetividade, so profissionalis mo 31 Através do anglicismo da resposta, o proposito e

claro: não há senão o "ofício". Só ele permite ao histo riador, calçado pelas regras do método e do rigor que devem permanecer as suas em todas as circunstancia de sua prática e em todos os períodos estudados, utili zar, nessa m esma prática, as diversas temporalidades - os ritmos diferentes segundo os objetos estudados - e ma nter relações de geometria variável com seu prop no "tempo". Em outro s termos, pôr-se a escuta do prese n te para iluminar uma volta para o passado, mas evitar os efeitos não dom inados do eco entre esses dois ní veis. Quan do tais efeitos vêm interferir sem controle entre o passado e o presente, mais tarde o julgam en to do futuro revela-se impiedoso, pois todas as obras muito impregnadas de presente, ou nas quais o pre sente é mal controlado pelos autores, mal passam a ramp a da posteridade. Nada envelheceu tanto por exemplo, como algumas histórias militantes no domi-

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Jean-François Sirinelli

capítulo 6

A VISÃO DOS OUTROS: UM