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Subcomponente 3: Substituição, recuperação e manutenção das unidades componentes dos

8.4 PROGRAMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

8.4.2 Otimização e melhorias dos sistemas de esgotamento sanitário

8.4.2.3 Subcomponente 3: Substituição, recuperação e manutenção das unidades componentes dos

Ação EO3.1 Capacitação para atuar na manutenção dos sistemas

Responsáveis: COPASA, Prefeitura Municipal ou prestador de

serviços nas localidades rurais; EMATER

Prazo: 2015 (Prazo Emergencial)

Custo: Custo embutido na Ação AO3.1 do sistema de abastecimento de água

Fonte de Recursos: Não se aplica

Para garantir a qualidade dos serviços de manutenção, devem ser oferecidas oficinas de capacitação periódicas aos técnicos e operadores dos sistemas (que podem ser ministradas anualmente), nas quais sejam abordados temas como a instalação correta de ramais, leitura de hidrômetros e reparo de vazamentos, assim como analisados e discutidos alguns estudos de caso. Deve ser providenciada a elaboração de manuais específicos para os operadores, bem como incentivada a utilização dos mapas de redes.

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Na medida do possível, os prestadores de serviço devem buscar se articular com programas de capacitação profissional para o saneamento já existentes no País, como através da Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental (ReCESA), proposta desenvolvida pelo Ministério das Cidades, ou deve procurar parcerias com instituições de ensino para a elaboração e execução das atividades de capacitação.

Uma vez que a COPASA possui equipe técnica e rotina de monitoramento implantada para manutenção dos sistemas, sugere-se que seja firmada uma parceria entre ela e a Prefeitura Municipal para capacitação e treinamento do seu quadro de funcionários, caso venham a ser implantados sistemas coletivos em áreas não atendidas pela Concessionária. Tal alternativa amenizaria os custos relacionados com a preparação, a elaboração de materiais e a realização das oficinas de capacitação para os funcionários da Prefeitura.

Também a EMATER poderá ministrar oficinas, contemplando questões afetas aos sistemas individuais de esgotamento sanitário em áreas rurais. Seu público alvo seria, além da população que utiliza tais sistemas, os agentes de saúde, de forma que, durante suas visitas aos domicílios, os mesmos verifiquem as suas condições sanitárias e repassem para as famílias comportamentos sanitários adequados.

Ação EO3.2 Revitalização do sistema de esgotamento na Sede Municipal

Responsável: COPASA

Prazo: 2017 (Curto Prazo)

Custo: R$ 4.157.000,00

Fonte de Recursos: COPASA

O planejamento adequado de um programa de manutenção preventiva e corretiva é extremamente importante para a gestão eficiente e eficaz dos sistemas de esgotamento sanitário. Nesse sentido, a COPASA deve se organizar e elaborar um programa detalhado de manutenção do sistema de esgotamento sanitário de

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Sabará, contemplando, minimamente: (i) o monitoramento preventivo das ligações, redes coletoras, interceptores e emissários (para evitar obstruções e extravasamentos) e da ETE a ser implantada, a fim de antever falhas operacionais e estruturais; (ii) a manutenção corretiva das ligações, redes coletoras, interceptores, ETE e emissário, procurando atender, com rapidez e eficiência, às solicitações identificadas, visando minimizar os impactos causados junto à sociedade e ao meio ambiente; e (iii) a recuperação e valorização do ativo das estruturas de todos os componentes do sistema de esgotamento sanitário, como, por exemplo: unidades pintadas, grama aparada, cercas bem posicionadas e sem violação, salas, escritórios e laboratórios bem organizados, limpos e com identificações específicas atualizadas e visíveis, uniformes limpos e apresentáveis, placas de sinalização bem escritas e conservadas, equipamentos de manutenção adequados e armazenados em lugar específico, entre outros.

O sistema de esgotamento sanitário urbano de Sabará, atualmente operado pela COPASA, é composto apenas pela coleta dos efluentes gerados por 40% da população residente no centro, com lançamento direto nos corpos d’água.

Durante o Diagnóstico da situação do sistema de esgotamento sanitário no município, contatou-se a existência de redes de coleta precárias e mal dimensionadas, com lançamentos clandestinos diretamente em corpos hídricos e em redes de drenagem.

Para a manutenção do sistema da sede urbana do município, primeiramente é necessário identificar os trechos precários existentes nas tubulações, junto ao cadastro de sistemas da COPASA, para sua posterior substituição, com previsão de conclusão em curto prazo (2017). Após a substituição de trechos, devem ser implantadas medidas constantes de manutenção para garantir o seu bom funcionamento.

As chamadas para manutenção das redes de esgotamento sanitário são atendidas pela equipe técnica da COPASA desde que a Companhia assumiu os serviços em abril de 2013. A Concessionária já possui uma equipe técnica disponível, assim

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como uma rotina de monitoramento implantada para a manutenção dos sistemas operados na Sede Municipal.

Além disso, vale retomar a importância da realização do cadastro das reclamações e solicitações efetuadas e atendidas, bem como dos materiais utilizados para os reparos, tempo gasto e custos envolvidos, dentre outras informações que devem ser alimentadas no sistema de informações, conforme especificado na Ação IG1.2.

Ação EO3.3 Revitalização de sistemas de esgotamento em áreas rurais

Responsável: Prefeitura Municipal ou prestador de serviços nas localidades rurais

Prazo: 2016 (Curto Prazo)

Custo: Sem custo

Fonte de Recursos: Não se aplica

Com base no Diagnóstico deste PMSB, praticamente toda a área rural de Sabará adota alternativas rudimentares de esgotamento sanitário. A substituição de todas as alternativas rudimentares por fossas sépticas individuais ou por Mini-ETEs/fossas sépticas coletivas em comunidades mais populosas é medida emergencial.

A partir da implantação desses sistemas, a sua manutenção ficará a cargo da Prefeitura Municipal (ou o prestador de serviços nas áreas não atendidas pela COPASA) para os sistemas coletivos. Já as fossas sépticas individuais deverão ser mantidas pelos próprios proprietários.

Ação EO3.4 Revisão dos Projetos dos Sistemas de Esgotamento

Sanitário

Responsável: COPASA

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Custo: Custos embutidos nas ações de cadastramento (Ações EA2.1 e

EO1.1) e hidrometração dos sistemas de abastecimento de água (Ação AG1.3)

Fonte de Recursos: Não se aplica

À medida que a população cresce, é necessário investir em ações de ampliação e adequação do sistema de esgotamento sanitário, o que requer atualização periódica de dados e revisão de projetos. Para tanto, faz-se necessário:

 Verificar, com o máximo de precisão, o nº de moradores, domicílios, ligações e economias ativas e inativas na área de abrangência do SES (redes, interceptores e ETE). Com a realização do Censo IBGE a cada 10 anos, deverá ser feita a atualização dos dados populacionais de cada área, bem como a adequação da projeção populacional adotada neste PMSB;

 Verificar o consumo de água per capita na Sede Municipal e em cada localidade do município. No Prognóstico, o valor de consumo estimado na sede foi adotado para todas as localidades. Com a implantação de hidrômetros nas economias de água das localidades rurais (Ação AG1.3 do Programa de Sistema de Abastecimento de Água) será possível estimar, com maior precisão, o consumo médio de água e, por conseguinte, a vazão média de esgotos em comunidades futuramente atendidas por sistemas de esgotamento coletivos;

 Aferir o nº de ligações do sistema operado pela COPASA, a taxa de substituição das ligações e a extensão da rede, com base no arruamento definido e, nas áreas a serem ocupadas no futuro, de acordo com o padrão de ocupação predominante.

A revisão dos projetos deverá ser de responsabilidade da COPASA e da Prefeitura na Sede Municipal e, da Prefeitura, em localidades rurais atendidas por sistemas coletivos.

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Ação EO3.5 Promoção de atividades de educação ambiental para

redução de problemas na rede coletora

Responsáveis: COPASA; Secretarias de Saúde; Meio Ambiente;

Educação; EMATER

Prazo: 2014 (Prazo Emergencial) - contínuo

Custo: R$2.000.000,00

Fonte de Recursos: Prefeitura Municipal/FUNASA

De acordo com Martins Júnior e Leal (2011), quatro importantes aspectos determinam o fluxo normal do esgoto nas instalações que compõem o sistema de esgotamento sanitário: i) qualidade do projeto; ii) qualidade das obras; ii) qualidade do material utilizado e iv) procedimentos adequados de operação e manutenção. Porém, além desses fatores, os autores constataram que outro fator de grande importância é o uso adequado das instalações sanitárias pela população.

Desde março de 2007, a equipe responsável pela operação e manutenção do sistema de esgotamento sanitário de Ipatinga (MG) passou a identificar as causas das obstruções e dos refluxos de esgoto para a via pública e para o interior dos imóveis, buscando, quando possível, a identificação dos agentes causadores. Através desse procedimento, identificaram que o lançamento indevido de detritos sólidos, tais como cabelo, areia, madeira, gordura, tecido, garrafas PET, entre outros, foi a maior causa de entupimentos em redes de esgoto e também de danos a equipamentos de estações elevatórias. Identificaram-se, também, os locais com maior incidência. Com essas informações, o programa de manutenção preventiva foi otimizado e implantou-se um programa de conscientização da população (através de ações sociais, como reuniões com a comunidade, rua de lazer, blitz ecológica, seminários (em parte realizados pela EMATER), apresentação teatral e Programa Chuá de educação ambiental) para o uso adequado da infraestrutura de esgotamento sanitário e, consequentemente, para o uso racional da água.

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Esse projeto trouxe, em um período de dois anos, resultados significativos, tais como a redução, em 45,6%, do número de entupimentos e a melhoria da eficiência energética das unidades de bombeamento em 31,6%. Para o sucesso do programa, não foi necessária a aplicação de grandes recursos financeiros, mas tão somente o comprometimento dos funcionários e a participação da comunidade como principal agente da mudança de comportamento.

Esse é um exemplo que pode ser seguido e implementado também pela COPASA juntamente com a Prefeitura Municipal de Sabará e a EMATER. Sugere-se o estabelecimento de um cronograma para as atividades de educação ambiental com foco na redução de entupimentos e extravasamentos na rede coletora.