As perspectivas de futuras pesquisas sobre redes tem se revelado muito promissoras e a teorização sobre o assunto cresce a cada dia, ampliando novos contextos de atuação. Nas últimas décadas, as redes sociais passaram a ser vistas nas empresas como um recurso organizacional. Lipnack e Stamp (1992) comentam que em um futuro próximo a participação dos indivíduos seria muito mais fortalecida e conectada através de redes sociais. Diante desses fatos verifica-se a importância de novas pesquisas nesta área e sugestões são apresentadas.
A rede informal foi dimensionada com base no conteúdo transacionado confiança; um estudo que acrescentasse os conteúdos de amizade e de informação, dariam maiores subsídios para as interpretações dessa mesma rede.
Outro aspecto importante, seria expandir o lócus de pesquisa para outras áreas da empresa, como uma forma a ampliar o escopo das informações nas questões relativas à rede de relacionamentos. As conclusões geradas por esse estudo, com foco apenas na área de call center impossibilitam a generalização das conclusões encontradas.
Investigar o call center de outras empresas, seria uma outra opção de estudo, a fim de que uma comparação com outras realidades do mesmo segmento, pudessem ser efetuadas. Aplicar também a mesma proposta da pesquisa em outras instituições com o objetivo de mapear outros tipos de padrões que envolveram as informações dos resultados da pesquisa, também seria uma alternativa a ser explorada.
Utilizar a metodologia de análises de redes sociais para obter subsídios em novas áreas do comportamento organizacional aprofundando os conteúdos da confiança com relação às lideranças, poderia ser estimulante nas investigações das redes sociais informais.
Aproveitar os subsídios dessa pesquisa com relação à formação dos cliques e relacionar com o clima organizacional existente auxiliaria os gestores a interpretar melhor como estariam sendo conduzidas as relações interpessoais.
Nas redes de relacionamento, com as análises dos vários tipos de centralidade é possível detectar como os líderes exercem controle sobre seus liderados. Pesquisas que se aprofundassem neste tipo de informação teriam chances de investigar com mais detalhes os perfis da liderança com o objetivo de melhor capacitá-los.
Novas pesquisas que pudessem avaliar as pessoas que se destacam nas análises das redes sociais e são potenciais candidatos a promoções, dariam subsídios para um dimensionamento adequado dos quadros estratégicos das empresas.
Por fim, a utilização da metodologia de análises das redes sociais informais e do capital social pode contribuir com futuras pesquisas que examinem outras variáveis do comportamento organizacional.
Referências
ABT – Associação Brasileira de Teleatendimento. Disponível em <www.abt.com.br www.abt.com.br> Acesso em 10 mar. 2009.
ADLER, Paul S.; KWON, Seok-Woo. Social Capital: Prospects for a new concept. Academy
of Management Review, v.27, n. 1, p. 17-40, jan. 2002.
ARROW, K. Observation on Social Capital. In: DASGUPTA, P.; SERAGELDIN, I. Social
capital: a multifaceted perspective. Washington: The Word Bank, 2000.
BACHMANN, Reinhard. Trust, Power and Control in Trans-Organizational relations.
Organizations Studies. v. 22, i.2, p.227-357, mar. 2001
BALESTRO, Moises Villamil. Confiança em Rede: A experiência da rede de Estofadores do Pólo Moveleiro de Bento Gonçalves. Dissertação de Mestrado em administração. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto alegre, 2002.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 3 ed. Lisboa: Edições 70, 2004.
BECKER, H. Métodos de pesquisa em ciências sociais. 2. ed. São Paulo: HUCITEC, 1994.
BELLIVEAU, M. A.; O‟REILLY, C. A., III; WADE, J. B. Social capital at the top: effects of social similarity and status on CEO compensation. Academy of Management Journal, v. 39, p. 1568-1593, 1996.
BGN. História do Banco BGN. Disponível em: <http://www.bgn.com.br/institucional/ institucional_historia_bgn.php>. Acesso em: 10 jun. 2008.
BOISSEVAIN, Jeremy. Friends of friends: networks, manipulators and coalitions. New York: St. Martin‟s Press, 1974. 285 p.
BOURDIEU, P. Le capital Social. Actes de la Recherche 3, Paris, 1980.
BOURDIEU, P. O campo científico. IN: ORTIZ, Renato (Org). Sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p. 122-155
BOURDIEU, P. The forms of capital. In: RICHARDSON, J. G. (Ed.). Handbook of theory
BRAGA, Laura Gomes Ferreira. Desbravando uma floresta desconhecida: as Redes de
consultoria Organizacional de Pequeno Porte. (Mestrado em Administração). Programa de
Pós-Graduação em Administração – PROPAD – Universidade Federal de Pernambuco – Recife 2006.
BURT, R. S. Range. In: BURT R. S.; MINOR, M. J. (Eds). Applied network analysis: a methodological introduction. Beverly Hills: CA. Sage, 1983. p. 176-194.
CASTELLS, M. The rise of the network society. Oxford, UK: Blackwell Publishers, 1996
COLEMAN, J. Foundations of social theory. Cambridge: Harvard University Press, 1990.
COOPER, Donald. SCHINDLER, Pamela. Métodos de Pesquisa em Administração. 7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
CROSS, R.L.; PARKER A. The hidden power of social networks: understanding how work really gets done in organizations. Harvard Business Press, 2004
CROSS, R.; PRUSAK, L. The people who make organizations go - or stop. Harvard
Businesse Review, v.80, n.6, p.104-112, 2002.
CURRALL, S. C.; JUDGE, T. A. Measuring trust between organizations. Organisational
Behaviour and Human Decision Processes, v. 64, n.2, p. 151-170, 1995.
KRACKHARDT, David; HANSON, Jeffrey R. Informal networks: the company behind the chart. Harvard Business Review, v. 71, n. 4, p.104-111, july/aug. 1993.
DEGENE, Alain; FORSÉ, Michel. Les riseaux sociaux socia: une analyse structurale en sociologie. Paris: Armand Colin, 1994
DRESCHER, Stuart; BURLINGAME Gary; FUHRIMAN Addie. Cohesion: an odyssey in empirical understanding. Small Group Behavior, v. 16, n. 1, p. 3 – 30, feb. 1985.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoa. Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. São Paulo: Atlas, 2006.
EMIRBAYER, Mustafa; GOODWIN, Jeff. Network analysis, culture and the problem of agency. American Journal of Sociology, v.99, n.6, p.1411-1454, 1994.
FUKUYAMA, F. Trust: the social virtue and creation of prosperity. Nova York: Free Press, 1995.
GAMBETTA, D. Trust: making and breaking cooperative relations. Oxford, UK: Basil Garland, 1988.
GIL, Antonio Carlos. Método e Técnica de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GRANOVETTER, M. The Strength of Weak Ties. American Journal of Sociology, v. 78, p. 1360-1380, 1973.
GRANOVETTER, M. Economic actions and social structure: a problem of imbeddedness.
American Journal of Sociology, v. 91, n. 3, p. 481-510, nov. 1985.
HANNEMAN, Robert A. Introducción a los métodos de análisis de redes sociales. Departamento de Sociología de la Universidad de California Riverside. 2001. Disponível em: <http://www.redes-sociales.net/materiales> Acesso em: 20 out. 2008.
HOLMES, J.G. The exchange process in close relationship: microbehavior and macromotives. In: LERNER, M. J.; LERNER, S.C. (Eds). The justice motive in social
behavior. New York: Plenum, 1981, p. 261-284.
INKPEN, A. C.; TSANG, E. W. K. Social capital, networks, and Knowledge transfer.
Academy of Management Review, v. 30, n. 1, p. 146–165, 2005.
ITTNER, C.D.; LARCKER, D.; RAJAN, M. The choice of performance measures in annual bonus contracts. The Accounting Review, v. 72, p. 231-256, 1997.
JACOBS, Jane. The Death and Life of Great American Cities. New York: Random House, 1961.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. The balanced scorecard-measures that drive performance.
Harvard Business Review, jan/feb. 1992.
KAPLAN, R.S. Measuring manufacturing performance: a new challenge for managerial accounting research. The Accounting Review, p.686-705, oct. 1983
KAY, Alan; PEARCE, John. Social Capital. Information Paper. Aug. 2003. Disponível em: <www.cbs-network.org.uk>. Acesso em: 11 ago. 2008.
KOTLER, P; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9 ed. S. Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
KRACKHARDT, David. The strength of strong ties: the importance of philos in organizations. In: NOHRIA, N.; ECCLES, R. G. (Eds.). Networks and organizations: structure, form, and action. Boston: Harvard Business School Press, 1992. p. 216-239
KRACKHARDT, D.; HANSON, J. R. Informal networks: the company behind the chart.
Harvard Business Review, v. 71, n. 4, p. 104 – 111, 1993.
KRACKHARDT, D.; HANSON, J. R. Informal networks: the company in Prusak, Laurence.
Knowledge in Organizations. S.L.: Butterworth-Heinemann, p. 37-49, 1997.
KRAMER, R.M.; TYLER, T. R. (Eds.). Trust in organizations: frontiers of theory and research. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 1996. p. 114-139.
KUIPERS, Kathy J. Formal and informal networks in the workplace. 1999. 117 p. Tese (Ph.D.) – Stanford University, Stanford, Calif., 1999.
LEANA. C. R.; VAN BUREN III, H.J. Organizational social capital and employment practices. Academy of Management Review, v.24, n.3, p 538-555, 1999.
LEIFER, E. M. Actors as observers: a theory of skill in social relationship. New York: Garland, 1991
LEWISCKI, R.J.; BUNKER, B.B. Developing and maintaining trust in work relationships. In:
LEWISCKI, R J; TOMLINSON, E. C; GILLESPIE, N. Models of interpesonal trust development: theorical approaches, emprical evidence and future directions. Journal
Management, v. 32, n.6, dec. 2006
LIMA, J. C. A teoria do capital social na análise de políticas públicas. Política & Trabalho, João Pessoa, v. 17, p. 46-63, set. 2001.
LIPNAK, Jéssica; STAMP, Jeffrey. Networks, redes de conexão: pessoas conectando-se com pessoas. São Paulo: Aquarela, 1992.
LUHMANN, Niklas. Confianza. Rubi (Barcelona): Anthropos Editorial, 2005, 179 p.
MARINHO-DA-SILVA, Marcus C. Redes sociais intraorganizacionais informais e gestão: um estudo nas áreas de manutenção e operação da planta HYCO-8, Camaçari, BA. 2003. Dissertação (Mestrado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003.
MARIZ, L.A.; GOULART, S.; DOURADO, D.; REGIS, Helder P. O Reinado dos Estudos de Caso em teoria das Organizações: Emprecisões e Alternativas. Caderno EBAPE.BR (FGV). Rio de Janeiro, RJ v.III, n.2, 2005
MARTELETO, Regina Maria. Analysis of social networks: application in the studies of information transfer. Ciência da Informação [online], v. 30, n. 1, jan./apr. 2001.
MARTELETO, Regina M.; SILVA, Antônio B.O. Redes e capital Social: o enfoque da informação para o desenvolvimento local. Ciência da Informação, Brasília, v.33, n.3, 2004.
MERRIAM, S. Qualitative reseach and case study application in education. San Francisco: Jossey-Bass, 1998.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento. 5.ed. São Paulo- Rio de Janeiro: Hucitec- Abrasco, 1998.
MILES, R.; SNOW, C. Causes of failure in network organization. California Management
Review, v. 31, n. 4, p. 53-71, 1992.
MINTZBERG, H. The nature of managerial work. New York: Harper & Row, 1973.
MITCHELL, J.C. „The Concept and Use of Social Networks‟. In: MITCHELL, J. C. (Ed.).
Social networks in urban situations. Manchester: Manchester University Press, 1969.
MOCELIN, Daniel Gustavo ; SILVA, Luís Fernando Santos Corrêa da. O telemarketing e o
perfil sócio-ocupacional dos empregados em call centers. Caderno
NAHAPIET, J; GHOSHAL, S. Social capital intellectual capital, and the organization advance. Academy of Management Review, v. 23, p. 242-266, 1998
NASSIF, Vânia Maria Jorge. Gerindo o desempenho. In: Gestão do Fator Humano: uma visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2007. cap.10.
NEELY, A.: GREGORY, M. Performance measurement system design. International
journal of Operations & Producy Management, v.15, 1995. Disponível em:
<http//ebsco.com>. Acesso em: 22 set. 2008.
PUTNAM, R. Making democracy work: comunidade e democracia a experiência da Itália moderna. Princeton: Princeton University Press, 1993.
_____________. Comunidade de democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.
QUIROGA, A. Introducción al análisis de datos reticulares: prácticas con UCINET 6 y NetDraw 1 Versión 1. Departamento de Ciencias Políticas, Universidad Pompeu Fabra. jun, 2003.
RÉGIS, Helder P. Construção social de uma rede informal de mentoria nas incubadoras
de base tecnológica do Recife. 2005. Tese (Doutorado em Administração) - Programa de
Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
RÉGIS, Helder; BASTOS, A. V. B.; DIAS, Sônia. M. R. C.; Redes sociais informais: o caso das incubadoras de base tecnológica do Recife. In: Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho, 2., 2006, Brasília. Anais... Brasília: Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho, 2006.
REMPEL, J.K.; HOLMES, J. G. Trust Scale. In: ROBINSON, J. P.; SHAVER, P.R.; WRIGHTSMAN, L. S. Measure of Personality and Social Psychology and Social
Psychological Attitudes. San Diego – CA: Academic Press, 1991, p.400 - 406
REZENDE, M. S. Atividade de trabalho em Call Center: a mobilização das teleatendentes para compatibilizar saúde, produtividade e qualidade, 2007, 108f. Dissertação (Mestrado) - Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ. Rio de Janeiro, 2007.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.
RING, P. S. Fragile and resilient trust and their roles in economic exchange. Business&
ROBINS S. P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2006
ROGERS, C.R. On becoming a person. Boston: HOUGHTON Mifflin, 1961
ROTTER, Jr. J. B. Generalized expectancies for interpersonal trust. American Psychologist, 1971, 26, 443-452.
ROTTER, J. Interpersonal trust, trustworthiness and guillibility. American Psychologist, v.35, n.1-7. 1980.
ROUSSEAU, D. M. et al. Not so different after all: a cross-discipline view of trust. Academy
of Management Review, v. 23, p. 393 – 404, 1998.
SANTOS, Mariana V. Redes sociais informais e compartilhamento de significados sobre
mudança organizacional: estudo numa empresa petroquímica. 2004. Dissertação
(Mestrado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2004.
SCOTT, D. The casual relationship between trust and the assessed value of management by objectives. Journal of Management, v. 6, n. 2, p.157-175, 1980.
SCOTT, John. Social network analysis: a handbook. 2. ed. London: Housands Oaks, Calif.: Sage Publications, 2000. 208p.
SHAPIRO, D.; SHEPPARD, B. H.; CHERASKIN, L. Business on a Handshake. Negotiation
Journal, v. 8, p. 365-378, oct. 1992.
SOUZA, Vera Lúcia de, et al. Gestão de desempenho. FGV Management Publicações, 2005.
TENG, J. C.; GROVER. V.; FIEDLER, K. Developing strategic perspectives on businesses process reengineering: from process reconfiguration to organizational change. Research in
Organization Change and Development, v. 9, 1996.
WAGGONER, D.B.; NEELY, A.; KENNERLEY, M. The forces that shape organisation performance measurement systems: an interdisciplinary review. Internation Journal of
Production Economics, v. 60-61, p. 53-60, 20 apr. 1999.
WASSERMAN, Stanley; FAUST, Katherine. Social network analysis: methods and applications. Cambridge, New York: Cambridge University Press, 1994. 825p.
A B C
Seu nome:
________________________
Cargo: __________________
Nome:
_____________________
Cargo: _______________
Nome:
_____________________
Cargo: _______________
Nome:
_____________________
Cargo: _______________
Solicito que você escreva o nome e ocargo dos colegas que são os mais importantes para que você tenha um bom desempenho no seu trabalho.
UTILIZE A ESCALA PARA RESPONDER AS QUESTÕES N.º 01 A 26 1 – Discordo Totalmente; 2 – Discordo; 3 – Neutro; 4 – Concordo; 5 – Concordo Totalmente
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Que papéis a sua rede de relacionamentos teve, ou tem, para que você tenha um melhor desempenho de suas
atividades no trabalho?
Quanto a sua rede de relacionamentos no trabalho, qual o papel da confiança nestes relacionamentos?
Em sua opinião, a confiança nas relações de trabalho e o desempenho das suas atividades têm alguma relação? Ou seja, há alguma relação entre a confiança nas pessoas e o seu desempenho no trabalho?