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Suposições para a distribuição dos cátions nos sítios octaédricos e tetraédricos

4.3 Caracterizações

5.2.1 Suposições para a distribuição dos cátions nos sítios octaédricos e tetraédricos

A distribuição dos cátions nos sítios intersticiais é determinada pela “energia preferencial pelos sítios octaédricos” (OSPE), estimada a partir de dados termodinâmicos (AMIN e NEWNHAM, 1992). A Tabela 10 apresenta tais valores para os cátions Ni2+, Co2+ e Fe3+, bem como a contribuição magnética de cada íon substituinte utilizado na estrutura espinélio. O momento magnético de cada átomo está relacionado ao número de spins desemparelhados que o mesmo possui. Convencionalmente, a preferência pelos sítios tetraédricos é indicada por valores positivos. Portanto, quanto mais negativa o valor de OSPE, mais fortemente será a preferência pelos sítios octaédricos (AMIN e NEWNHAM, 1992).

Tabela 8 - Raio iônico, OSPE, sítio preferencial e momento magnético dos íons substituintes.

Cátion Raio iônico (Å)

OSPE

(kcal/mol) Sítio preferencial

Momento Magnético

(μB)

Fe3+ 0,55 ~ 0,0 Tetraédrico ou octaédrico 5

Ni2+ 0,69 - 2,06 Octaédrico 2

Co2+ 0,75 - 7,06 Octaédrico 3

O posicionamento dos átomos na ferrita é extremamente complexo do ponto de vista magnético, pois além da alteração em seu próprio estado magnético, podem ocorrer alterações nas interações entre os átomos.

Levando em consideração os resultados experimentais conseguidos nesse trabalho, a partir dos dados do refinamento e do EDS, juntamente com as suposições baseadas nos dados teóricos, a estrutura dos sistemas preparados para a fase da ferrita Ni-Co ficam distribuídas da seguinte forma:

NF – (Fe1,0)[ Ni0,80Fe1,20]O4

NFC25 – (Co0,26Fe0,74)[Ni0,71Fe1,28]O4 NFC50 – (Co0,13Fe0,87)[Ni0,45Co0,39Fe1,16]O4 NFC75 – (Co0,10Fe0,90)[Ni0,14Co0,70Fe1,10]O4

5.3 Área Superficial Específica (BET)

A Tabela 9 apresenta as características das amostras área superficial específica (SBET), tamanho de partícula (DBET), tamanho de cristalito (DDRX) e a relação entre DBET/DDRX preparados por reação de combustão.

A partir dos dados de BET, observa-se que a elevação da concentração do íon Co2+ no sistema Ni1-xCoxFe2O4 causou uma redução da área superficial específica e consequentemente aumentou o tamanho de partícula. O tamanho médio de partículas (DBET) foi calculado a partir dos dados de área superficial, utilizando-se a equação:

BET teórica BET S d D . 6 

em que d teórica é a densidade teórica (g.m-3). Nesta equação, SBET e DBET estão em m2. g-1 e nm, respectivamente.

Tabela 9 - Área específica e tamanho de partículas do sistema Ni1-xCoxFe2O4,

preparados por reação de combustão.

Amostra SBET (m2.g-1) DBET (nm)* DDRX (nm)** DBET/DDRX

NFC 3,395 33 9,78 3,37

NFC25 2,222 50 20,23 2,47

NFC50 2,206 51 19,79 2,58

NFC75 3,049 35 21,51 1,63

*Calculado a partir do BET, ** Calculado a partir do refinamento de Rietveld, Densidade teórica = 5,373 g/cm3

De acordo com a relação DBET/DDRX, verificou-se que todas as amostras apresentam um valor superior a 1, indicando que as partículas são policristalinas e se aglomeram facilmente devido a alta tensão superficial. Percebeu-se que de uma forma geral, a elevação do teor de cobalto levou a uma diminuição dos valores da relação DBET/DDRX, indicando que os pós tenderam a formar aglomerados menores.

5.4 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) com auxílio de análise por dispersão de energia (EDS)

As Figuras 22 a 25 ilustram a morfologia das amostras obtidas por microscopia eletrônica de varredura com os respectivos espectros de EDS. Pode-se observar nas micrografias que o tamanho das partículas varia bastante dentro de um mesmo material. Observou-se também a formação de aglomerados com formatos de blocos porosos (não densos) irregulares, constituídos por partículas finas com porosidade interpartícula, o que os definem como aglomerados de característica mole ou friável (constituídos por ligações fracas), de fácil desaglomeração. Os poros formados são devidos à liberação dos gases durante

Em todas as composições existem regiões com partículas grandes e regiões com partículas pequenas, com graus diferentes de aglomeração. É sabido que quanto menor o tamanho de partículas, maior a sua tensão superficial, o que gera força motriz para favorecer o aumento do estado de aglomeração e/ou agregação (COSTA, 2009). Com isso, a maior aglomeração ocorre para x = 0.

Figura 22 – Micrografia eletrônica da amostra NF, ilustrando as áreas onde foi realizado as medidas de EDS, no modo janela e seu respetivo espectro.

Figura 23 – Micrografia eletrônica da amostra NFC25, ilustrando as áreas onde foi realizado as medidas de EDS, no modo janela e seu respetivo espectro.

Figura 24 – Micrografia eletrônica da amostra NFC50, ilustrando as áreas onde foi realizado as medidas de EDS, no modo janela e seu respetivo espectro.

Figura 25 – Micrografia eletrônica da amostra NFC75, ilustrando as áreas onde foi realizado as medidas de EDS, no modo janela e seu respetivo espectro.

As medidas de Espectroscopia por Dispersão de Energia (EDS) foram feitas em pontos referentes ao aglomerado e matriz, objetivando certificar as fases precipitadas dadas pelo DRX e para as suposições teóricas da estequiometria. Foi usado como procedimento para análise composicional o modo janela, onde é tomado o espectro EDS em uma região da amostra, que sofre uma varredura em uma área pré-estabelecida. A tabela 10 apresenta os resultados de EDS para as amostras.

Tabela 10 - Dados quantitativos por EDS. Amostra Elemento at%

O Fe Ni Co NF Matriz 10,53 55,91 33,56 - Aglomerado 11,99 54,87 33,13 - NFC25 Matriz 12,46 80,93 6,61 - Aglomerado 10,09 83,06 6,86 - NFC50 Matriz 54,97 34,91 2,61 7,52 Aglomerado 56,15 30,87 9,38 3,60 NFC75 Matriz 45,16 42,12 2,45 10,27 Aglomerado 24,92 56,24 5,93 12,91 5.3 Propriedades Magnéticas

As propriedades magnéticas dos sistemas foram estudadas via medidas de magnetização, com suposições teóricas e a partir de dados experimentais. A coercividade, magnetização de saturação e campo remanente e podem ser obtidas a partir do gráfico de histerese. As perdas por histerese é determinada pela área da curva M-H.

5.3.1 Magnetização Teórica

A magnetização teórica no estado fundamental de cada composição foi estimada para as amostras NF, NFC25, NFC50 e NFC75. Os valores são calculados com base na contribuição magnética e na quantidade estequiométrica de cada íon na estrutura.

As interações AB, AA, BB são todas negativas, mas a interação AB tende a ser mais forte, o que leva todos os momentos do sitio A a serem paralelos entre si e antiparalelos aos momentos do sítio B. Segundo a literatura, o momento magnético do íon de níquel Ni2+é 2μB, do Fe3+é 5μB e do Co2+é 3μB. (O’HANDLEY, 2000).

O valores do momento magnético líquido das amostras de Ni1-xCoxFe2O4 foram calculados da forma:

 A primeira etapa compreende a multiplicação do valor de ocupação de cada íon pelo respectivo momento magnético.

 Na segunda etapa, são somados os valores dos magnétons de Bohr referentes a cada sítio.

 Na terceira etapa é calculada a diferença entre os valores dos magnétons de Bohr dos sítios A e B, pois a interação é negativa, e assim obtém-se o valor do momento magnético líquido da célula unitária.

Os cálculos da magnetização teórica são mostrados nas tabelas 11 a 14:

Tabela 11 - Cálculo do momento magnético líquido para a amostra NF.

SÍTIO A B

Distribuição Fe13+ Ni0,802+Fe1,203+

Magnéton de Bohr por íon 1x5μB 0,80x2μB+ 1,20x5μB

Soma dos magnetos de Bohr nos sítios

Fe3+ (-) 5μB Fe3+ + Ni2+ (+) 7,6μB

Momento magnético líquido μB 7,6-5 μB= 2,6 μB

Tabela 12 - Cálculo do momento magnético líquido para a amostra NFC25.

SÍTIO A B

Distribuição Fe0,743+Co0,262+ Ni0,712+Fe1,283+

Magnéton de Bohr por íon 0,74x5μB + 0,26x3 μB 0,71x2μB+ 1,28x5μB

Soma dos magnetos de Bohr nos sítios

Fe3+ + Co2+ (-) 4,48μB Fe3+ + Ni2+ (+) 7,82μB

Tabela 13 - Cálculo do momento magnético líquido para a amostra NFC50.

SÍTIO A B

Distribuição Fe0,873+Co0,132+ Ni0,452+ Co0,392+ Fe1,163+

Magnéton de Bohr por íon 0,87x5μB + 0,13x3

μB

0,45x2μB + 0,39x3 μB + 1,16x5μB

Soma dos magnetos de Bohr nos sítios Fe3+ + Co2+ (-) 4,74μB Fe3+ + Ni2++ Co2+ (+) 7,87μB

Momento magnético líquido μB 7,41-4,62 μB= 3,13 μB

Tabela 14 - Cálculo do momento magnético líquido para a amostra NFC75.

SÍTIO A B

Distribuição Fe0,903+Co0,102+ Ni0,142+ Co0,702+ Fe1,103+

Magnéton de Bohr por íon 0,90x5μB + 0,10x3

μB

0,14x2μB + 0,70x3 μB + 1,10x5μB

Soma dos magnetos de Bohr nos sítios Fe3+ + Co2+ (-) 4,8μB Fe3+ + Ni2++ Co2+ (+) 7,88μB

Momento magnético líquido μB 7,88-4,8 μB= 3,08 μB

A Figura 26 a seguir mostra o comportamento da magnetização teórica em função da concentração de cobalto.

Figura 26 - Variação da magnetização teórica em função da concentração de cobalto. -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Ma g n e ti za ça o T e o ri ca [Co] 5.3.2 Medidas Magnéticas

A Figura 27 exibe a dependência da magnetização (σ) em função do campo magnético aplicado (H) por meio do laço de histerese para os pós-correspondentes aos sistemas NF, NFC25, NFC50 e NFC75. Por meio das curvas foi possível determinar valores de alguns parâmetros magnéticos, tais como: campo coercitivo (Hc), magnetização remanente (MR) e magnetização de saturação (MS). Podemos observar que os sistemas apresentaram ciclo M x H diferenciado em função da presença do cobalto na estrutura, com comportamento variando de material magnético bastante mole (fácil magnetização e desmagnetização) para o sistema NF, a um material magnético com comportamento um pouco mais duro para os sistemas contendo cobalto, NFC25, NFC50 e NFC75.

Figura 27 - Curvas de histereses das amostras (a) NF, (b) NFC25, (c) NFC50 e (d) NFC75 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 Si g ma (e mu /g )

Campo Aplicado (kOe) NF -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 Si g ma (e mu /g )

Campo Aplicado (kOe) NFC25 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 Si g ma (e mu /g )

Campo Aplicado (kOe) NFC50 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 Si g ma (e mu /g )

Campo Aplicado (kOe) NFC75

A Figura 27d mostra uma maior área do laço de histerese quando comparado com os outros sistemas. Isto mostra que a adição do cobalto tendeu a aumentar a área do laço de histerese, ou seja, aumentar as perdas por histerese tornando o material com características mais duras. Os valores detalhados dos parâmetros magnéticos estão descritos na tabela 15.

Tabela 15 - Parâmetros de histerese dos sistemas NF, NFC25, NFC50 e NFC75 preparados por reação de combustão em micro-ondas.

Amostras (combustão) MS (emu/g) MR (emu/g) HC (Oe) MR/MS NF 35,75 4,5 96 0,13 NFC25 41,18 15,8 363 0,38 NFC50 32,41 13,4 512 0,41 NFC75 29,30 12,6 657 0,43 (c) (a) (b) (b) (c) (d)

A Figura 28 a seguir mostra o comportamento da magnetização de saturação e remanência em função da concentração de cobalto.

Figura 28 - (a) Variação da magnetização de saturação (MS); (b) magnetização remanente (MR) em função da concentração de cobalto.

Em estruturas cristalinas cúbicas de espinélio ferrimagnéticos, a ordem magnética é principalmente devida a uma troca de interação entre os íons metálicos nos sítios (A) e [B]. A magnetização de saturação e a remanência tiveram comportamentos similares com o aumento da concentração de cobalto. Os valores obtidos para a saturação magnética e remanência aumentam em x=0,25 (NFC25) de cobalto e diminuí com o continuo acréscimo de cobalto. Como as propriedades magnéticas destes sistemas também são governadas pela distribuição dos cátions em diferentes sítios, o valor máximo na NFC25 se deve ao fato da maior quantidade de níquel que permanece na estrutura da ferrita Ni-Co e a menor contribuição das fases antiferromagnéticas - as fases secundarias FeO e Niº que precipitaram foram em torno

-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 28 30 32 34 36 38 40 42 MS (e m u /g ) [Co] -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 4 6 8 10 12 14 16 MR (e m u /g ) [Co] (a) (b)

de 6% (o menor valor obtido quando comparado aos demais) - contribuindo assim para uma melhor magnetização.

À primeira vista, poder-se-ia supor que, aumentando o percentual de cobalto, a ferrita mista apresentasse uma magnetização de saturação cada vez maior. Isso não acontece porque, a partir de uma determinada concentração de cobalto, este vai também para o sítio B, aumentando a contribuição do momento magnético do ferro no sítio A e diminuindo assim o momento magnético líquido.

A Figura 29 a seguir mostra o comportamento do campo coersivo em função da concentração de cobalto.

Figura 29 - Variação do campo coersivo (HC) em função da concentração de cobalto.

Verifica-se que o aumento do teor de cobalto aumenta o valor do campo coersivo, isso se deve as propriedades anisotrópicas do cobalto. A ferrita de cobalto possui uma constante de anisotropia magnetocristalina de valor relativamente grande e positivo (MATHEW e JUANG, 2007) devido a essa propriedade, o cobalto é comumente usado como aditivo em outras ferritas para compensar a anisotropia pequena e negativa das mesmas quando puras (GOLDMAN, 2006).

A Figura 30, a seguir, mostra a variação da magnetização (MR/MS) em função do teor de cobalto na estrutura. -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 100 200 300 400 500 600 700 HC (Oe ) [Co]

Figura 30 - Variação da magnetização (MR/MS) em função da concentração de cobalto.

O gráfico obtido indica que a magnetização aumenta com o aumento do teor de cobalto na estrutura para valores próximos de 0,5, aproximando do valor crítico para a região de monodomínio. Em estruturas cristalinas cúbicas de espinélios ferrimagnéticos, a ordem magnética é principalmente devida a uma troca de interação entre os íons metálicos nos sítios (A) e [B], sendo influenciada também pela anisotropia.

-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 MR /M S [Co]

6 CONCLUSÕES

A síntese por reação de combustão assistida em micro-ondas foi favorável para a obtenção de pós nano cristalinos de ferritas de níquel dopadas com cobalto.

Os DRXs mostraram a formação da fase cristalina da ferrita tipo espinélio inverso ou parcialmente inverso como sendo majoritária em todos os sistemas (NF - 72%, NFC25 - 94%, NFC50 - 90% e NFC75 - 87%). A cela unitária permaneceu com simetria cúbica, e a presença do cobalto praticamente não afetou o parâmetro de rede, devido à semelhança de seus raios, apontando para a estabilidade estrutural dos sistemas. O tamanho do cristalito aumentou de 9,78 (NF) para 21,63 (NFC75), o que caracteriza um grau de cristalinidade mais acentuado.

O BET mostrou que a elevação da concentração de cobalto no sistema causou uma redução da área superficial específica e consequentemente aumentou o tamanho de partícula, levando a uma diminuição dos valores da relação DBET/DDRX, indicando que os pós tenderam a formar aglomerados menores. De acordo com a relação DBET/DDRX, verificou-se que todas as amostras apresentam um valor superior a 1, indicando que as partículas são policristalinas e se aglomeram facilmente devido a alta tensão superficial.

Pode-se observar nas micrografias a formação de aglomerados com formatos de blocos porosos irregulares e que o aumento da concentração de cobalto dimunuiu o estado de aglomeração dos sistemas. Os resultados de EDS confirmaram a segregação das fases secundárias.

O aumento da concentração de cobalto nos sistemas interferiu diretamente nas características magnéticas das nano partículas, com comportamento variando de material magnético bastante mole (fácil magnetização e desmagnetização) para o sistema sem cobalto, a um material magnético com comportamento um pouco mais duro para os sistemas contendo cobalto. Os valores do campo coercitivo aumentaram com o crescente incremento do cobalto, e os valores de magnetização de saturação e remanência aumentaram até x=0,25 e depois reduziram.

Verificou-se, de forma geral, que as propriedades magnéticas são melhoradas com o incremento do cobalto, e no caso especial do NFC25 tem um aumento da magnetização de saturação, devido a maior percentagem de ferrita pura.

As características magnéticas diferenciadas apresentadas pelos sistemas, de acordo com a quantidade de dopante utilizado, permite o uso desses materiais como magnéticos intermediários. Eles têm MR e HC suficientemente grandes para reter a informação contida no campo de gravação, porém menores que nos ímãs permanentes, para permitir que a informação seja apagada, sendo, portanto, aplicados em armazenamento de informação (quer como suporte da informação (fitas magnéticas, discos de computador, etc.), quer como ferramentas de gravação ou leitura da informação armazenada em bandas magnéticas).

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