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Para Hickey et.al. (1969) a necessidade de oferecer serviço de qualidade, com baixo custo e que beneficie muitas pessoas é o desafio mais importante para a classe odontológica. Metade dos americanos com idade acima de 60 usam ou tem a necessidade de utilizar PTs. Muitas dessas pessoas estão sem próteses, ou com próteses ruins devido a mão de obra inadequada e principalmente devido ao custo relativamente elevado dos serviços. Duas técnicas empregadas para a confecção das PTs surgiram ao longo das duas últimas décadas. Os autores compararam uma técnica complexa: arco facial, registro das excêntricas e oclusão balanceada bilateral; com uma simplificação que chamaram de técnica normal (simplificada): sem o arco facial, sem registros excêntricos e sem a oclusão balanceada. Foram selecionados 64 voluntários, sendo 32 para cada grupo. Os pacientes foram acompanhados por 5 anos, as avaliações consideraram: o tecido residual; o tecido ósseo de suporte; a musculatura envolvida; mudanças no contorno e suporte dos tecidos faciais, os achados objetivos e subjetivos; padrão de comportamento e saúde geral. A diferença entre as duas técnicas está relacionada com a diferença de complexidade. A técnica complexa necessita cerca de seis horas a mais do que a técnica simplificada para a confecção da PTs. Obviamente, o aumento da quantidade de tempo gasto no tratamento resulta em um aumento significativo dos valores dos serviços prestados. Este estudo foi dedicado a responder à pergunta: "Existem benefícios, no serviço prestado ao paciente, quando utilizamos técnicas mais complexas?" A resposta a esta pergunta tem importância social para uma classe que se esforça para oferecer serviços de qualidade para mais pessoas por meio de custos reduzidos. Há a crença que o custo maior para o paciente seja necessário e justificado por fornecer um serviço reabilitador de qualidade superior. No entanto, os seguidores da filosofia simplificada se recusam a concordar que seus pacientes estão recebendo atendimento odontológico inferior. Não há nenhuma evidência estatística para provar que estejam errados.

Ellinger et al. (1979) fizeram a avaliação das PTs dos 64 voluntários que foram selecionados no estudo de Hickley et al. 1969. O delineamento original descrito acima comparava duas técnicas diferentes para a confecção das próteses totais: Técnica Complexa e Técnica Normal (simplificada), cada uma com 32 voluntários. As próteses foram avaliadas em 6 diferentes tempos que variaram da fase inicial até 5 anos após, como uma avaliação

anual por voluntário. As variáveis eram a satisfação mensurada subjetivamente por questionário e a qualidade das próteses avaliada por 3 dentistas com experiência clínica. A avaliação qualitativa abordava sete fatores importantes para a avaliação das próteses. Os sete fatores permitiam quatro respostas diferentes. Cada uma com uma determinada pontuação que variavam de 1 a 4. A somatória dos pontos definia a qualidade mensurada das próteses. Os sete fatores foram: a relação cêntrica coincidente com a oclusão cêntrica; a retenção superior; a retenção inferior; a estabilidade superior; a inferior; a condição dos tecidos de suporte superior e a condição dos tecidos de suporte inferior. O total de 53 voluntários completaram o estudo. Não houve diferença significativa entre as próteses totais dos dois grupos durante 1 ano e não ocorreu mudança na performance das próteses durante os 5 anos subsequentes. O estudo rejeitou a hipótese de que de um ano para o outro a qualidade da prótese total alteraria. A técnica que foi utilizada para a confecção das próteses totais (complexa ou simplificada) não influenciou no resultado. Para as variáveis avaliadas nesse estudo a técnica mais complexa não apresentou resultado superior significativo em relação à técnica simplificada.

Douglass et al. (1993) estudaram as alterações do complexo craniofacial em usuários de prótese total e relataram os resultados de 20 anos de acompanhamento. No início do estudo foram 64 voluntários que receberam PTs. Foram utilizadas duas técnicas para a confecção das próteses: um método complexo e um método simplificado descrito por Hickey

et al. 1969. No início da pesquisa a idade dos voluntários variava de 30 a 60 anos (idade

média de 53 anos) e todos tinham sido edêntulos por pelo menos 1 ano (intervalo de 1 a 30 anos). As telerradiografias laterais foram feitas imediatamente após a instalação inicial das próteses e durante os anos seguintes (1, 2, 3, 4, 5, 7, 10, 15 e 20). O mesmo cefalostato foi usado em todos e os filmes foram expostos com os dentes em oclusão cêntrica. O total de 34 voluntários completaram os 20 anos de acompanhamento. Deste número, 24 voluntários fizeram todas as radiografias (14 mulheres e 10 homens, com idade média de 65,5 anos). Os demais 10 voluntários que completaram o acompanhamento não foram avaliados porque tiveram alterações na prótese ao longo do período de 20 anos e foram excluídos. O total de 12 voluntários eram usuários de próteses que utilizaram da técnica mais complexa e 12 da técnica simplificada. Os resultados mostraram que, em ambos os grupos, houve diminuição da dimensão vertical da oclusão e que a mandíbula havia girado no sentido anti-horário, resultando num aumento relativo da prognatismo. O rebordo maxilar estava estável, o rebordo mandibular apresentava alterado mais reabsorvido, e as próteses giradas para a esquerda e deslocadas ligeiramente para a frente. As alterações observadas não foram significativamente

afetadas pelo gênero. Não houve diferença significativa entre as técnicas complexas e simplificadas utilizadas no estudo.

Duncan e Taylor (2001) compararam a eficácia das técnicas de fabricação das próteses totais tradicionais com um método mais abreviado em uma escola de Odontologia. Os métodos tradicionais ensinados para a fabricação das próteses totais são demorados, difíceis de dominar e não são usados por muitos clínicos gerais. Uma análise retrospectiva com registro de 80 pacientes totalmente edêntulos tratados por estudantes de Odontologia foi realizada. O total de 40 voluntários foram tratados com as técnicas tradicionais (T); outros 40 foram tratados por um método abreviado (S). Os dados obtidos incluíram o número de visitas para os ajustes necessários nos primeiros 3 meses após a entrega das próteses. O teste de Wilcoxon foi realizado para determinar a significância estatística entre os grupos em relação ao número de visitas para os ajustes após a instalação. Um teste para a diferença de proporção foi realizado para a análise estatística da incidência de reembasamentos. A confecção das próteses pela técnica simplificadas resultou em uma diferença estatisticamente significativa do número de visitas para a fabricação (P<0,01) e os ajustes necessários após a entrega das próteses (P<0,05). Não houve diferença significativa (P=0,39) no número de reembasamentos entre os 2 grupos. A técnica simplificada para PT forneceu uma diminuição do número de consultas necessárias para os ajustes até a adaptação dos voluntários e menor quantidade de horas para a confecção das próteses.

Clark et al. (2004) sugerem uma modificação da técnica convencional para a fabricação das próteses totais. Acreditam que devido às mudanças na quantidade de tempo disponível dos currículos da graduação para o ensino da prótese total, há a necessidade de uma adequação e eventual modificação da técnica tradicional. A proposta é de uma técnica para a confecção de PTs que utilizem a cópia da prótese antiga para obter vantagens que facilitarão a confecção das próteses, como também a adaptação dos idosos aos novos aparelhos. A conclusão do trabalho é que a técnica da cópia deveria ser considerada mais do que um método alternativo para a confecção de PTs. Por ser necessário menos tempo clínico, a técnica da cópia pode ser uma adequada forma de iniciação para os alunos na confecção da prótese total. Para os autores as metodologias mais complexas deveriam ser utilizadas em nível de estudo mais avançados como na pós-graduação.

Petrie et al. (2005) realizaram um levantamento junto aos membros do “American

College of Prosthodontists” (ACP) com o objetivo de avaliar quais eram os materiais e os

métodos utilizados nas moldagens finais para as PTs nos Estados Unidos. Esses resultados foram confrontados com o que era preconizado nas escolas de Odontologia dos EUA por

meio de um segundo questionário enviado aos chefes dos departamentos de prótese dentária. Um questionário anônimo foi enviado a todos os 1762 membros do ACP ativos nos Estados Unidos em 2003. O questionário ligeiramente modificado também foi distribuído para chefes de departamento da área de prótese dentária de 54 escolas de Odontologia dos EUA. 945 questionários foram devolvidos pelos membros do ACP (54% de taxa de retorno) e 42 questionários foram devolvidos pelas escolas de odontologia dos EUA (78% de taxa de retorno). A maioria dos profissionais do ACP (88%) e a grande maioria das escolas de Odontologia (98%) usavam a moldeira individual e a moldagem periférica. O material mais utilizado para moldagem periférica era o composto termoplástico (67% dos membros ACP, e 95% das escolas de Odontologia). Foi observada uma variabilidade de materiais utilizados para as moldagens finais, o polivinilsiloxano foi o mais utilizado pelos membros do ACP (36%) e o polisulfito pelas escolas de Odontologia (64%). Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas nos materiais utilizados para a moldagem periférica pelos ACP. Não foram encontradas diferenças nos materiais utilizados para a moldagem de arcos edêntulos com base em anos de experiência. A localização geográfica não influenciou na escolha dos materiais e métodos utilizados pelos ACP para moldagem final da PT. Houve variabilidade dos materiais e técnicas utilizadas para as moldagens finais pelos membros ACP e pelas escolas de Odontologia; no entanto, houve semelhança sobre os materiais e as técnicas utilizadas pelos dentistas e pelas escolas de Odontologia. Há tendência para aumentar o uso do polivinilsiloxano e do poliéter.

Malachias et al. (2005) descrevem a utilização de um cabo removível para moldeira individual de resina acrílica que é facilmente acoplado às moldeiras propiciando uma condição melhor para a moldagem do selamento periférico. Este dispositivo é indicado para a realização das moldagens funcionais nas técnicas que preconizam o movimento muscular realizado pelo próprio paciente. Este cabo removível orienta a sucção do paciente conseguindo movimentos livres da língua. No relato, a moldagem final foi realizada em duas fases. Na segunda etapa da moldagem o vedamento periférico foi realizado com composto termoplástico de baixa fusão e a moldagem da zona de suporte principal da prótese realizada com a pasta de óxido de zinco e eugenol. Todos os registros na moldeira foram obtidos a partir dos movimentos realizados pelo próprio paciente (sucção do cabo e movimentos da língua). Para os autores o cabo removível é simples de usar, sendo reutilizável, podendo ser adaptado a moldeiras individuais de resina acrílica e permitindo um bom registro da zona do selado periférico.

Kawai et al. (2005) compararam a qualidade das próteses totais convencionais fabricadas por meio de duas técnicas diferentes. Um ensaio clínico controlado e randomizado foi elaborado para realizar a comparação entre o método tradicional (T) e o simplificado (S) para confecção das PTs. A técnica simplificada foi utilizada visando principalmente a economia de tempo e de material. Os índices de satisfação, conforto e funcionalidade foram avaliados. A qualidade das próteses foi avaliada por um clínico cego após 6 meses. Cento e vinte e dois voluntários edêntulos de ambos os sexos, com idade entre 45 a 75 anos, foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos que receberam próteses confeccionadas pelos métodos T ou S. As avaliações das variáveis relacionadas com a PT foram realizadas utilizando a escala visual analógica (EVA) com 3 e 6 meses após a instalação da prótese. Os resultados não mostraram diferenças significativas entre os dois grupos para as avaliações dos voluntários quanto a satisfação geral (3 meses: média T = 83 mm; média de S = 83 mm, P = 0,97; 6 meses: média T = 79 mm; média de S = 79 mm, P = 0,96) ou quanto a qualidade das próteses (T = 66; S = 63; P = 0,38). Estes resultados mostraram que a qualidade das próteses totais convencionais não piorou com a utilização da técnica simplificada. Os autores sugerem que os professores de prótese considerem estes resultados para a elaboração dos conteúdos ensinados sobre as PTs.

Tarazi e Ticotsky-Zadok (2007) compararam três formas de dentes (anatômicos, modificados e planos) utilizados para a obtenção de um padrão de oclusão balanceado bilateral. A escolha do padrão oclusal determina a forma dos contatos oclusais entre os dentes antagonistas durante o fechamento em relação cêntrica e durante os movimentos funcionais excursivos da mandíbula. Nas PTs a quantidade e a intensidade destes contatos determinam a quantidade e a direção das forças que serão transmitidas por meio das bases acrílicas aos rebordos residuais. Por isso, o padrão oclusal é fator importante no planejamento das próteses totais. O padrão de oclusão balanceado bilateral consiste na estabilidade alcançada no fechamento cêntrico e contatos bilaterais nas próteses nas posições excêntricas. Quando os dentes anatômicos são utilizados os anteriores superiores são ajustados para satisfazer a estética e os dentes posteriores são dispostos em uma curva de compensação. Este esquema é adequado para rebordos residuais bem preservados e com classe esquelética de relação classe I. Com os rebordos residuais altamente reabsorvidos, os vetores de força que são transmitidos através das cúspides anatômicas dos dentes irão desalojar a prótese inferior e, assim, prejudicar o conforto e a eficiência mastigatória do paciente. Para acomodar as necessidades especiais nos rebordos residuais altamente reabsorvidos e com relações esqueléticas que não as de classe I, o padrão monoplano de oclusão foi concebido. Este padrão consiste em dentes

não anatômicos (sem cúspides), que são definidos de modo que os dentes anteriores forneçam a estética, os pré-molares e os primeiros molares são usados para mastigar, e os segundos molares não ocluem (embora às vezes eles são usados especificamente para estabelecer os contatos bilaterais nos movimentos laterais). O padrão oclusal linear relaciona dentes sem cúspide (modificados) com dentes anatômicos de modo a obter contatos oclusais lineares. Contatos lineares são os contatos “pin-point” das pontas das cúspides dos dentes contra planos, esse padrão oclusal é chamado de oclusão lingualizada. A oclusão lingualizada é caracterizada pelo contato palatino das cúspides dos dentes superiores com os dentes planos inferiores. O esquema oclusal lingualizado proporciona melhor estética do que o esquema de oclusão monoplano, e melhor estabilidade (no caso das cristas residuais reabsorvidas) do esquema de oclusão bilateral de dentes anatômicas. O resultado mostrou a preferência dos pacientes pelos dentes anatômicas ou modificados (oclusão lingualizada) e que a eficiência mastigatória com dentes anatômicos e dos modificados foi melhor do que com os dentes não anatômicas.

Heydecke (2008) avaliaram métodos diferentes para a fabricação das próteses totais convencionais. Vinte voluntários edêntulos participaram desse estudo cruzado randomizado. Cada participante recebeu 2 pares de novas próteses totais. Um par de próteses teve a posição maxilar transferida para o articulador semi-ajustável por meio do arco facial e o registro da relação cêntrica realizado por traçado; foram utilizados dentes semi anatômicos com um padrão oclusal lingualizado e equilibrado. O outro conjunto de próteses totais foi confeccionado por meio de um processamento simplificado, sem a transferência do arco facial, com as relações maxilomandibulares registradas por meio de canaletas de oclusão em cera e os dentes anatômicos montados com guia canina. Os 2 pares de próteses foram entregues em ordem aleatória e cada um foi usado por 3 meses. Três meses após a instalação as avaliações para satisfação geral, conforto, capacidade de fala, estabilidade, estética, facilidade de limpeza e capacidade de mastigar foram realizadas por meio da EVA. Os pacientes classificaram a sua satisfação geral, a estabilidade e a estética significativamente melhor para as próteses simplificadas (P <0.05). Não houve diferenças significativas entre os dois métodos para a capacidade de fala, o conforto, a capacidade de mastigar e a facilidade de limpeza das próteses. A fabricação das próteses totais utilizando oclusão lingualizada não influenciou positivamente nas avaliações de satisfação dos voluntários quando comparado a um procedimento simples de montagem que utilizou dentes anatômicos.

Kawai et al. (2010) compararam a eficiência dos dois métodos para a confecção das próteses totais o acadêmico tradicional (T) e uma técnica simplificada (S) geralmente

utilizada na prática clínica privada. O ensaio clínico controlado randomizado foi realizado com 122 indivíduos do exame inicial até 6 meses de encaminhamento. Os custos diretos de um par de próteses totais convencionais confeccionadas pelas técnicas T ou S foram estimados. Todos os materiais utilizados eram registrados e o seu custo calculado em dólares canadenses, os custos laboratoriais foram adicionados. O tempo de trabalho do clínico também foi registrado para cada procedimento. As comparações entre os grupos para cada procedimento clínico foram realizadas pelo teste t independente. Os resultados mostraram que o custo total médio do método T foi significativamente maior do que o S (CAN $ 166,3; p<0,001), e o tempo para a realização dos procedimentos clínicos passou de 90 minutos a mais para a técnica T (p<0,001). Os resultados indicaram que o método S é o método que apresenta melhor relação custo / benefício e que a economia de custos não gera consequências negativas na confecção das próteses totais.

Regis et al. (2013) compararam duas técnicas de confecção para as PTs: a técnica tradicional e uma técnica simplificada. As variáveis avaliadas no estudo foram a qualidade de vida relacionada à saúde oral (QVSB), a satisfação do paciente e a qualidade das próteses. Foram selecionados 42 voluntários edêntulos que necessitavam do tratamento com próteses totais. Os voluntários foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o grupo S que recebeu as próteses fabricadas por um método simplificado e o grupo T que recebeu próteses fabricadas pelo método convencional. A QVSB foi avaliada pelo OHIP-EDENT e a satisfação pelo questionário de Celebic et al. 2003. Os testes foram realizados na fase inicial do estudo, três e seis meses após a instalação das próteses. Um especialista em prótese, cego em relação aos grupos, avaliou a qualidade das próteses 3 meses após a entrega. No resultado do estudo os grupos não apresentaram diferença significativa para a QVSB, para a qualidade das próteses e para a satisfação geral. Diferenças do resultado do questionário em relação a satisfação do paciente em relação a alguns aspectos particularizados foram encontrados após 3 meses (S>C), mas foram insignificantes em 6 meses. O método simplificado foi capaz de produzir próteses com qualidade comparáveis as produzidas pelo método convencional promovendo QVSB e satisfação semelhantes para os pacientes.

Carlsson et al. (2013) realizaram uma avaliação por meio da revisão de literatura sobre materiais e métodos de moldagem para PTs. Dados das fontes Medline / PubMed e da Biblioteca Cochrane foram pesquisados buscando estudos sobre procedimentos de moldagem utilizados na fabricação clínica das PTs. A pesquisa buscou os trabalhos com a maior evidência disponível em relação ao resultado clínico. A PubMed listou 1201 títulos para os termos de combinação de prótese total e moldagem. Foram identificados cinco ensaios

clínicos randomizados relevantes. Nenhuma avaliação da moldagem das próteses totais foi encontrada na Biblioteca Cochrane. Procedimentos com duas etapas para a moldagem das próteses totais dominam todos os livros didáticos, como também o ensino e a prática do especialista apesar da ausência de evidências convincentes da sua superioridade. Não há estudos controlados que sustentem a necessidade do uso da moldagem periférica e da obtenção do selado palatino posterior. Dois estudos mostraram que o método de moldagem em uma única etapa usando hidrocolóide irreversível em uma moldeira de estoque ofereceu resultado semelhante ao método de maior complexidade com duas fases de moldagem, que apresentam custo maior e necessidade de maior tempo clínico. Não há evidência científica que as duas etapas de moldagem são necessárias e fornecem próteses com qualidade superior ao método simplificado com uma única etapa de moldagem. Enquanto algumas situações clínicas especiais podem beneficiar de outras combinações de materiais e técnicas, os resultados sugerem que os procedimentos simples e baratos da técnica de um único passo para a moldagem podem atender às necessidades da maioria dos edêntulos que necessitam de próteses.

Omar et al. (2013) compararam os resultados subjetivos e objetivos de próteses totais fabricadas por protocolos clínicos padronizados com próteses totais confeccionadas com a omissão de alguma etapa no processamento. Quarenta e três voluntários edêntulos (idade média 58,1 anos, DP 9,9, intervalo 35-78), foram recrutados e designados aleatoriamente para um dos quatro grupos formados a partir da mesma sequência clínica e laboratorial para a confecção das próteses: Grupo 1 (n = 10) a omissão da moldagem secundária; Grupo 2 (n = 10), omissão da moldagem secundária e da montagem em articulador com arco facial; Grupo 3 (n = 10), omissão da montagem com o arco facial; Grupo 4 (n = 13) sem omissão, controle. Os procedimentos clínicos para todos os grupos eram idênticos e realizados por estudantes de Odontologia seniores sob a supervisão de professores