121
Sistema de pontuação da condição corporal – CÃO
Abai
xo d
o id
eal
1
Costelas vértebras lombares, ossos pélvicos e todas as proeminências ósseas evidentes à distância.
Sem gordura corporal identificável. Óbvia perda de massa muscular.
2
Costelas vértebras lombares, ossos pélvicos facilmente visíveis. Sem gordura palpável. Alguma evidência de outras proeminências ósseas. Mínima perda de massa muscular.
3
Costelas facilmente palpáveis e podem ser visíveis sem gordura palpável.
Processos espinhosos das vértebras percetíveis/visíveis. Ossos pélvicos começam a ficar proeminentes.
Cintura e prega abdominal evidentes.
4
Costelas palpáveis com mínima cobertura de gordura. Cintura facilmente percetível (vendo de cima). Prega abdominal evidente.
Id
eal
5
Costelas palpáveis sem excesso de gordura a cobrir. Cintura observável após as costelas (vendo de cima). Abdómen côncavo, visto de lado.
Ac
ima d
o id
eal
6
Costelas palpáveis com ligeiro excesso de gordura a cobrir. Cintura é observável vista de cima, mas não é proeminente. Curvatura abdominal percetível.
7
Costelas palpáveis com dificuldade, com muita gordura a cobrir.
Depósitos de gordura na região lombar e base da cauda percetíveis.
Cintura ausente, ou dificilmente visível. Curvatura abdominal pode estar presente.
8
Costelas não palpáveis, com excesso de gordura a cobrir, ou palpáveis apenas com significante pressão. Elevados depósitos de gordura na região lombar e base da cauda. Sem curvatura abdominal. Óbvia distensão abdominal pode estar presente.
9
Depósitos de gordura massivos em torno do tórax, coluna e base da cauda.
Cintura e curvatura abdominal ausentes. Depósitos de gordura no pescoço e membros. Óbvia distensão abdominal.
Tabela 1 – Sistema de pontuação da condição corporal para canídeos (Adaptado de WSAVA, 2013a)
122
Sistema de pontuação da condição corporal – GATO
Abai
xo d
o id
eal
1
Costelas visíveis, em gatos de pelo curto. Sem gordura palpável.
Prega abdominal exacerbada.
Vértebras lombares e asas do íleo facilmente palpáveis.
2
Costelas facilmente visíveis, em gatos de pelo curto. Sem gordura palpável. Prega abdominal pronunciada. Vértebras lombares óbvias.
3
Costelas facilmente palpáveis com mínima cobertura de gordura. Cintura óbvia após as costelas.
Mínima gordura abdominal. Vértebras lombares óbvias.
4
Costelas palpáveis com mínima cobertura de gordura. Cintura percetível após as costelas. Ligeira prega abdominal. Gordura abdominal ausente.
Id
eal
5
Proporcional.
Observa-se cintura após as costelas.
Costelas palpáveis com ligeira gordura a cobrir. Mínima gordura abdominal.
Ac
ima d
o id
eal
6
Costelas palpáveis com ligeiro excesso de gordura a cobrir. Cintura e gordura abdominal observáveis, mas não óbvias. Prega abdominal ausente.
7
Costelas difíceis de palpar, com moderada gordura a cobrir. Cintura dificilmente observável.
Arredondamento óbvio do abdómen. Gordura abdominal moderada.
8
Costelas não palpáveis, com excesso de gordura a cobrir. Cintura ausente. Arredondamento óbvio do abdómen e gordura abdominal proeminente. Depósitos de gordura presentes na região lombar.
9
Costelas não palpáveis, por baixo de espessa cobertura de gordura.
Elevados depósitos de gordura na área lombar, face e membros. Distensão do abdómen, sem cintura.
Depósitos de gordura abdominal extensos.
Tabela 2 – Sistema de pontuação da condição corporal para gatos (Adaptado de WSAVA, 2013b)
123 FC (bpm) FR (rpm) Temperatura rectal (°C) TRC (s) Hidratação (%) Cão 70 – 120 18 – 34 37,9 – 39,9 < 2 > 95 (ver Tabela 4, Anexo VI) Gato 120 – 140 16 – 40 38,1 – 39,2
Tabela 3 – Intervalos de referência de constantes vitais (Adaptado de Kahn, 2010)
Hidratação Sinais
> 95% Não detetável no exame físico; historial é sugestivo de perdas; alterações agudas no peso corporal
95% Perda subtil de elasticidade da pele
92 – 94% Ligeiro atraso no teste da prega de pele; ligeiro aumento do TRC; mucosas secas
90 – 92% Atraso óbvio no teste da prega de pele; ligeiro aumento do TRC; mucosas secas; olhos ligeiramente afundados nas órbitas
88 – 90%
Longa demora no teste da prega da pele; mucosas secas; olhos afundados nas órbitas; possibilidade de sinais de choque (TRC >2s, taquicardia, pulso fraco, etc.)
85 – 88% Sinais de choque. Moribundo / Morte iminente
Tabela 4 – Classificação da % de hidratação com base em dados obtidos no exame físico (Adaptado de Bateman & Chew, 2006; Mathews, 2015)
Intervalos de Referência
Parâmetro Unidades Cão Gato
Hematócrito % 37 – 55 24 – 45 Eritrócitos x 106/μL 5.5 – 8.5 5.0 – 10.0 Hemoglobina g/dL 12.0 – 18.0 8.17 – 15.26 VCM fL 60 – 77 39.0 – 55.0 HCM pg 21.0 – 26.2 13 – 17 CHCM g/dL 32 – 36 31.0 – 35.0 Plaquetas x 103/μL 200 – 500 300 – 800 VPM fL 6.7 – 11.1 12 – 17 Leucócitos /μL 6 000 – 17 000 5 500 – 19 500 Neutrófilos /μL 3 000 – 11 500 2 500 – 12 500 Linfócitos /μL 1 000 – 4 800 1 500 – 7 000 Monócitos /μL 150 – 1 350 0 – 850 Eosinófilos /μL 100 – 1 250 200 – 610 Basófilos /μL 0 – 100 10 – 30
VCM – volume corpuscular médio; HCM – hemoglobina corpuscular média; CHCM – concentração de hemoglobina corpuscular média; VPM – volume plaquetário médio
Tabela 5 – Intervalos de referência para parâmetros hematológicos (Adaptado de Kahn & Line, 2010; Raskin & Wardrop, 2010)
124
Intervalos de referência para parâmetros em GATOS
Bioquímica sérica ALT 12 – 130UI/L PT 5,7 – 8,9g/dL Creatinina 0,8 – 2,4mg/dL TCHO 89 – 176mg/dL Glucose 71 – 159mg/dL UN 16 – 36mg/dL Endocrinologia T4 1,0 – 4,0μg/dL Ionograma Na 143 – 160mmol/L K 3,60 – 5,10mmol/L Análise de Urina
DU 1,035 – 1,060 (Watson & Lefebvre, 2013) PS
PAS < 180mmHg (acima deste valor é considerado hipertensão sistémica – Carr & Egner, 2009)
Tabela 6 – Intervalos de referência com variados parâmetros para gatos
(nos valores indicados sem referência bibliográfica associada foram tidos em consideração os intervalos de referência dos aparelhos no Panorama Veterinary Clinic & Specialist Centre e do laboratório – IDEXX – para onde era feito o envio de amostras)
Ecocardiografia - GATO Parâmetr o SIVs (mm) SIVd (mm) DIVEs (mm) DIVEd (mm) PLVEs (mm) PLVEd (mm) AE (mm) Ao (mm) AE/Ao FE (%) Valor 7.6 ± 1.2 5.0 ± 0.7 6.9 ± 2.2 15.1 ± 2.1 7.8 ± 1.0 4.6 ± 0.5 12.1 ± 1.8 9.5 ± 1.5 1.29 ± 0.23 55.0 ± 10.2 s – sístole; d - diástole
Tabela 7 – Intervalos de referência para gatos em ecocardiografia em modo M (Adaptado de Moïse et al., 1986)
125
Referências Bibliográficas
Bateman, S. W. & Chew, D. J. (2006). Fluid Therapy for Dogs and Cats. In: S. J. Bichard & R. G. Sherding (Eds.), Saunders Manual of Small Animal Practice (3ª Ed., pp. 82-99). St. Louis, Missouri: Saunders, Elsevier Inc.
Carr, A.P. & Egner, B. (2009). Blood Pressure in Small Animals – Part 2*: Hypertension - Target organ damage, Heart and Kidney. Europ J Comp Anim Pract, 19 (1): 1-5. Kahn, C. M. & Line, S. (2010). Reference Guides. In: The Merck Veterinary Manual. (10ª Ed.,
pp. 2821-2831). New Jersey, USA: Merck & Co. Inc.
Mathews, K. A. (2015). Monitoring Fluid Therapy and Complications of Fluid Therapy. In: S. P. DiBartola (Ed.), Fluid, Electrolyte, and Acid-Base Disorders in Small Animal Practice (4ª Ed, pp. 386-404). Louis, Missouri: Saunders, Elsevier Inc.
Moïse, N. S., Dietze, A. E., Mezza, L.E., Strickland, D., Erb, H.N. & Edwards, N. J. (1986). Echocardiography, electrocardiography, and radiography of cats with dilatation cardiomyopathy, hypertrophic cardiomyopathy, and hyperthyroidism. Am J Vet Res. Jul; 47 (7): 1476-86.
Raskin, R. E. & Wardrop, K. J. (2010). Species Specific Hematology. In: D. J. Weiss & K. J. Wardrop (Eds.), Schalm’s Veterinary Hematology (6ª Ed., pp. 797-1017). Iowa, USA: Wiley-Blackwell
Watson, A. D. J. & Lefebvre, H. P. (2013). Urine Specific Gravity. Acedido em 8 de Maio de 2015 em http://www.iris-kidney.com/education/urine-specific-gravity.shtml
WSAVA (2013a). Body Conditioning Score Chart for Dogs. Acedido em 26 de Março de 2015 em http://www.wsava.org/sites/default/files/Body%20condition%20score%20chart% 20dogs.pdf
WSAVA (2013b). Body Conditioning Score Chart for Cats. Acedido em 26 de Março de 2015 em http://www.wsava.org/sites/default/files/Body%20condition%20score%20chart% 20cats.pdf