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ASPECTOS BIOMECÂNICOS DAS PRÓTESES UNITÁRIAS SUPORTADAS POR IMPLANTES

TAN; NICHOLLS

,neste mesmo ano, afirmaram que uma ótima pré-carga no parafuso de retenção de ouro é necessária para manter a estabilidade da união pilar / cilindro de ouro; pelo que mediram a condição de pré-carga obtida no parafuso de ouro em três sistemas de aplicação de torque. Dispositivos de torques manuais, controladores de torque eletrônico e aplicação através de chaves de torque foram comparados. Cinco implantes (Nobel Biocare) foram fixados com resina acrílica numa mandíbula edêntula. Nestes, pilares “standards” de 4mm foram fixados aos implantes utilizando parafusos com um torque de 20N.cm. Em cada pilar três “Strain Gauge” foram fixados para obter as medidas através de um computador. No pilar um cilindro de ouro foi utilizado e um parafuso de ouro com cabeça plana foi testado aplicando-se 10N.cm de torque; utilizando-se três dispositivos de torques manuais (Nobel Biocare), quatro controladores de torques eletrônicos (Nobel Biocare), e três operadores aplicaram um torque manual. Os resultados mostraram que os dispositivos de aplicação de torque manual tiveram uma variação significativa na pré-carga induzida sobre o parafuso de ouro, média de 291,2N; controladores de torque eletrônico produziram média de 384,3N; e os diferentes operadores produziram média de 140,8N. Os controladores de torque eletrônicos produziram uma maior pré-carga que os outros dos sistemas de torque testados, porém os autores sugerem uma recalibração destes dispositivos em

intervalos de tempo regulares, para assegurar um ótimo resultado. A média de pré-carga produzida pelos dispositivos de torque manuais foi a mais próxima da quantidade de pré-carga teoricamente recomendada nestes parafusos 300N. O uso de chaves manuais para aplicação do torque produziu uma pré-carga insuficiente ao parafuso de ouro, sendo inconsistente entre os diferentes operadores. Os autores acreditam também, que quando o cilindro de ouro é submetido aos diferentes processos de confecção da prótese, fundição e polimento; a pré-carga é prejudicada.

TZENAKIS et al111

, (2002) avaliaram o efeito de repetidos torques e a contaminação da saliva no torque produzido em parafusos de fendas de retenção de ouro. 15 parafusos foram testados em um dispositivo metálico desenvolvido para o experimento. No dispositivo, um implante 3.75 X 10mm foi fixado, e sobre este um pilar “standard” conectado com um torque de 20N.cm. Um cilindro de ouro e um parafuso do pilar para cada um dos 15 parafusos de retenção de ouro testados foi utilizado. Em cada parafuso teste foi aplicado um torque de 10N.cm, sob condições de contaminação com saliva humana; este toque foi repetido dez vezes utilizando-se um dispositivo eletrônico de torque; após o torque um intervalo de tempo de cinco minutos foi esperado para remoção e retorque do parafuso. Registros das pré-cargas produzidas em cada torque aplicado foram realizados através de “strain gauges”, em uma repetição (grupo 1X), cinco repetições (grupo 5X), e dez repetições (grupo 10X). Os resultados mostraram um aumento estatisticamente significante nas médias dos valores de pré-cargas produzidos nos grupos testados, encontrando-se médias no grupo 1X (184,3 ± 28,9 N), grupo 5X (202,5 ± 27,7N), e grupo 10X (220 ± 29,0N). Este aumento foi de 8,3% do grupo 1X para o grupo 5X; e de 16,3% do grupo 5X para o grupo 10X; os autores atribuíram este aumento nos valores de pré-carga a uma diminuição gradual das forças friccionais na união das roscas do parafuso, devido ao fenôme no de assentamento. Segundo os autores com os repetidos torques à eliminação gradual das microrugosidades existentes na união das superfícies permitiu um melhor

contato entre as roscas, aumentando as forças de torque que se transformaram em um aumento da p ré-carga.

TAVAREZ et al107

, (2002)em um estudo ainda em publicação, avaliaram a quantidade de torque necessária para remover o parafuso (destorque) quando é aplicado um torque determinado; utilizando quatro diferentes tipos de parafusos de retenção de próteses sobre implantes. Dez implantes de hexágono externo 3,75 X 13 mm (ST313 / 3i) foram incluídos em um bloco de resina acrílica autopolimerizável, sobre os quais foram avaliados dez parafusos dos tipos: UCLA de titânio (UNIHT / 3i), UCLA de ouro (UNIHG / 3i), de retenção de ouro (GSH30 3mm / 3i) e esteticone (CA001S / 3i), utilizando-se um torquímetro (TOHNICHI BTG60CN / JAPAN). Após ser aplicado um torque determinado mediou-se o destorque em cada parafuso. Os resultados mostraram uma diminuição do torq ue de 12,80% nos parafusos esteticone; de 14,07% nos parafusos de retenção de ouro; de 15,77% nos parafusos UCLA de titânio, e de 30,61% nos parafusos UCLA de ouro. Em todos os grupos testados sempre a força de torque foi maior que a de destorque, concluindo-se assim, que quando um torque é aplicado em um parafuso, utilizando estes sistemas, uma diminuição desse torque deve ser esperada quando o destorque é realizado.

TAVAREZ et al108, (2002)em um estudo ainda em publicação, avaliaram no laboratório o torque gerado de forma manual por dez profissionais em quatro diferentes tipos de parafusos de próteses sobre implantes. Os parafusos UCLA de titânio (UNIHT / 3i); UCLA de ouro (UNIHG / 3i), de retenção de ouro (GSH30 3mm / 3i) e esteticone (CA001S / 3i), forma testados sobre quatro implantes osseointegrados 3,75 x 13 mm (ST313 / 3i) fixados em um manequim odontológico na área de primeiro e segundo molar inferior esquerdo e direito. Na realização dos testes os profissionais foram orientados a simular uma condição clínica. Após a aplicação do torque, foi medido o destorque, utilizando-se um torquímetro (TOHNICHI BTG60CN / JAPAN), Os resultados encontrados mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os diferentes

profissionais, porém não foram encontradas diferenças entre o sexo feminino e masculino, nos parafusos testados. As médias dos valores encontrados foram de: 9,53N.cm nos parafusos UCLA de ouro; 10,07N.cm nos parafusos de retenção de ouro; 12,56N.cm nos parafusos UCLA de titânio; e de 18,87N.cm nos parafusos esteticone. Concluindo-se assim que quando uma força de torque é aplicada de forma manual uma variabilidade, entre parafusos e entre profissionais, no torque produzido deve ser esperada, pelo que métodos mais precisos devem ser utili zados.

Em outro estudo “In vitro” ainda em publicação TAVAREZ et al109 (2002) avaliaram e compararam a quantidade de torque gerada por quatro torquímetros de diferentes marcas comerciais utilizados na aplicação do torque: Nobelpharma de 20 e 32N.cm, Torque Driver 3i de 20 e 32N.cm, Torque -Lock em 20 e 30N.cm, e Dyna de 20 e 30N.cm. O torque produzido por cada torquímetro em dez parafusos UCLA titânio (3i), foi medido através da quantidade de torque necessária para o afrouxamento do parafuso após o torque, utilizando-se um torquímetro (TOHNICHI BTG60CN). Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes quando foi aplicado um torque de 20N.cm, nos torquímetros Nobelpharma (19,94N.cm) e 3i (18,86N.cm) com os torquímetros Torque Lock (14,67N.cm) e Dyna (13,75N.cm). Houve também, diferenças estatisticamente significantes entre os torquímetros quando aplicado um torque de 32N.cm, entre os torquímetros Nobelpharma (26,67N.cm) e 3i (29,93N.cm), assim como quando aplicado um torque de 30 N.cm entre os torquímetros Torque Lock (23,77N.cm) e Dyna (21,33N.cm). Concluindo-se que o torquímetro eletrônico Nobelpharma e 3i de 20 e 32N.cm geram a quantidade de torque para a qual são programados enquanto que os torquímetros Torque Lock e Dyna torque de 20 e 30N.cm não geram a quantidade de torque para o qual são programados.

REVISÃO DA LITERATURA

ESTUDOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DAS