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cidadania Feminina

54 HOBSBAWN, 1995 55 COSTA, 2002.

2.2.4 O perfil das trabalhadoras na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: século XXI avanços para as mulheres ou persistência das desigualdades?

2.2.4.2 Taxa de atividade 69 feminina

Em relação à taxa de atividade de homens e mulheres, um fato interessante acontece. Enquanto na RMRJ a taxa de atividade tanto homens quanto mulheres a taxa de atividade cresce, nas RMBH e RMSP elas diminuem. Verifica-se esta afirmação ao observar que o indicador que apresenta a taxa de participação feminina era de 45,1% em 2002 passando para 45,6% em 2003, enquanto a taxa de atividade das mulheres na RMBH era de 54,1% em 2002 reduzindo-se para 53,8% em 2003, e na RMSP era de 52,7% em 2002 caindo para 52,1% em 2003. Assim, atenta-se para o fato de que a taxa de atividade feminina na RMRJ apresentou aumento significativo, todavia nas RMBH e RMSP esta taxa apresentou uma queda.

Quanto à taxa de atividade dos homens nessas regiões, acontece o mesmo que a feminina, onde na RMRJ essa aumenta de 67,8% em 2002, para 68,0% em 2003. Já na RMBH a taxa de atividade masculina reduz de 73% em 2002 para 71,2% em 2003, e na

68 Segundo o IBGE 2004, População Economicamente Ativa se refere às pessoas ocupadas e desocupadas na

semana de referência.

69 Segundo o IBGE 2004, taxa de atividade: porcentagem de pessoas economicamente ativa em relação ao total

RMSP também diminui de 73,2% em 2002 para 71,3% em 2003. Logo, a taxa de atividade masculina cresce, sendo esta um diferencial em relação às outras regiões metropolitanas do Sudeste.

Taxa de atividade, por situação do domicílio e sexo, segundo as Grande Regiões e Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas – 2002/2003

Grandes

Regiões, 2002 2003

Federação Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Brasil 61,3 73,2 50,3 61,4 72,9 50,7

Sudeste 60,6 72,1 50,2 60,6 71,5 50,5

RMBH 63,1 73,0 54,1 62,0 71,2 53,8

RMRJ 55,5 67,8 45,1 55,9 68,0 45,6

RMSP 62,5 73,2 52,7 61,2 71,3 52,1

Fonte: Síntese de Indicadores 2003 e 2004. 2.2.4.3 Taxa de Desocupação70 Feminina

Outro dado importante, a taxa de desocupação feminina é maior que a dos homens. Mesmo as mulheres apresentando crescimento na PEA e na taxa de atividade, estas continuam mais fora do mercado de trabalho do que os homens. A taxa de desocupação feminina da RMRJ mostra isso, pois em 2002 a taxa de desocupação feminina era 15,6% aumentando para 17,4% em 2003, variando em 1,8%. Assim, a taxa de desocupação feminina na RMRJ é a maior da região, pois nas regiões metropolitanas de BH esta é de 13,3% em 2003 e em São Paulo 17,1 neste mesmo ano.

Taxa de desocupação da população de 10 anos ou mais de idade, por sexo, segundo as Grande Regiões e Unidades da Federação e Regiões

Metropolitanas – 2002/2003

Grandes

Regiões, 2002 2003

Federação Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Brasil 9,2 7,4 11,6 9,7 7,8 12,3

Sudeste 10,8 8,8 13,5 11,5 9,4 14,2

RMBH 12,2 10,8 13,8 11,7 10,3 13,3

RMRJ 12,2 9,5 15,6 13,6 10,6 17,4

RMSP 13,5 11,2 16,3 14,6 12,6 17,1

Fonte: Síntese de Indicadores 2003 e 2004.

70 Segundo o IBGE 2004, taxa de desocupação: porcentagem de pessoas desocupadas em relação ao total das

pessoas economicamente ativas. O critério de seleção da PEA é a população que tem de 10 anos ou mais de idade.

Para o contingente masculino a taxa de desocupação na região também aumentou na RMRJ, passando de 9,5 em 2002 para 10,6 em 2003. Pode se deduzir que o aumento da desocupação, tanto para os homens quanto para as mulheres, na região deve-se ao fato da redução das ocupações, principalmente, nos setores de construção (8,9%) e serviços domésticos (6,8%), sendo neste a presença das mulheres marcante. Verifica-se que mesmo que o efeito de desocupação atinja tanto aos homens quanto às mulheres, os efeitos são mais perversos no caso das mulheres.

Taxa de desocupação média, das pessoas de 10 anos ou mais de idade por grupamento de atividade no trabalho principal – 2003

Região Metropolitana do Rio de Janeiro Grupamento de atividade do trabalho

principal 2003

Indústria extrativa e de transformação e produção e

distribuição de eletricidade, gás e água 5,0

Construção 8,9

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos

pessoais e domésticos 5,8

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades

imobiliárias e intermediação financeira 5,4

Administração pública, defesa, seguridade social,

educação, saúde e serviços sociais 2,5

Serviços Domésticos 6,8

Outros Serviços 5,5

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Emprego 2003

Outro dado interessante é a idade das pessoas que se encontram desocupadas. De acordo com a tabela abaixo, em 2002, cerca de 61,7% da população desocupada possuía de 10 a 24 anos, estando a grande maioria (37,2%) entre 10 e 17 anos. Já em 2003, aumenta significativamente para 73,5% a taxa de desocupação entre jovens de 10 a 24 anos de idade. Atenta-se para o fato de que a população mais jovem se encontra mais fora do mercado de trabalho, e isto é uma realidade observada nos demais estados e regiões metropolitanas do Sudeste. Verifica-se assim, que as mulheres mais jovens da RMRJ encontram-se mais fora do mercado de trabalho71 do que as mais velhas.

Taxa de desocupação da população de 10 anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as Grande Regiões e Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas – 2002/2003

2002 2003

Grandes Regiões

Federações Total De 10 a 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 49 anos ou mais De 50 Total 17 anos De 10 a De 18 a 24 anos De 25 a 49 anos ou mais De 50

Brasil 9,2 18,5 17,0 6,9 3,6 9,7 19,0 18,0 7,5 3,9

Sudeste 10,8 28,8 19,3 7,9 5,0 11,5 28,9 20,5 8,6 5,5

RMBH 12,2 37,6 21,4 8,4 5,6 11,7 35,9 21,1 8,0 5,5

RMRJ 12,2 37,2 24,5 9,6 5,8 13,6 47,0 26,5 10,6 7,6

RMSP 13,5 37,9 22,6 9,9 6,7 14,6 40,9 24,0 10,9 7,8

Fonte: Síntese de Indicadores 2003 e 2004.

Em relação aos anos de estudo dos desocupados, na RMRJ a maior taxa está entre os que apresentam de 4 a 7 anos de estudo, tanto para homens quanto mulheres. Em 2002 a taxa de desocupação era de 13,5% para os que tinham entre 4 a 7 anos de estudo, aumentando para 15,4% em 2003. Isto demonstra que as condições de desocupação são mais desfavoráveis para os indivíduos que possuem apenas ensino fundamental ou médio, completos ou não. Mas, nota-se que os homens apresentam uma variação da taxa de desocupação nos diversos anos de estudo, enquanto as mulheres mantêm quase a mesma variação.

Taxa de desocupação da população de 10 anos ou mais de idade, por grupos de estudo, segundo as Grande Regiões e Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas – 2002/2003

2002 2003

Grandes Regiões Federações

Total Sem instrução ou até 3 anos de

estudo

De 4 a 7 anos

de estudo 8 anos ou mais de estudo em

Total Sem instrução ou até 3 anos de

estudo

De 4 a 7 anos

de estudo 8 anos ou mais de estudo em Brasil 9,2 5,6 9,6 10,6 9,7 6,0 9,7 11,3 Sudeste 10,8 7,9 11,3 11,4 11,5 8,9 11,3 12,2 RMBH 12,2 12,0 12,9 11,7 11,7 9,5 12,9 11,4 RMRJ 12,2 9,6 13,5 12,1 13,6 13,2 15,4 13,0 RMSP 13,5 11,7 14,7 13,3 14,6 15,0 15,0 14,4

Fonte: Síntese de Indicadores 2003 e 2004.