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TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE COLO DE ÚTERO

Conceituação

Número de internações por neoplasia maligna de colo de útero em mulheres expostas, na faixa etária de 25 a 59 anos, em relação ao total de expostas nesta mesma faixa no ano considerado.

Método de cálculo

Nº de internações por neoplasia maligna de colo de útero em expostas de 25 a 59 anos

Total de expostas de 25 a 59 anos

x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Neoplasia maligna de colo de útero: lesões identificadas em exame

histopatológico, como neoplasia maligna de colo de útero (C 53 da CID-10), em qualquer fase de estadiamento desta doença (OMS, 1997).

Expostas: beneficiárias que têm o direito de usufruir a assistência à saúde no

procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna de colo de útero em relação à população exposta da operadora no ano considerado.

• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde) de neoplasia maligna de colo de útero.

• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de colo de útero – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada pela oferta de serviços pela operadora.

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Usos

• Identificar os casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas de controle.

• Avaliar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes com neoplasia maligna de colo de útero.

• Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia maligna de colo de útero, identificando situações de desequilíbrio que possam merecer atenção especial (OPAS, 2002)

• Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia maligna de colo de útero, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares na população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A neoplasia maligna de colo de útero correspondeu à quarta causa de internação (9%) por neoplasia na população feminina, no mesmo período (SIH, 2004).

• A estimativa de incidência de neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil, em 2003, foi de 18,32/100.000 mulheres (INCA, 2003).

• Conforme descrito no National Cancer Control Programmes – Policies and managerial guidelines – (OMS,2002) espera-se que:

• Das beneficiárias (população feminina) com suspeita de doença de

colo de útero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo nacional e/ou internacional estabelecido para a doença.

• Das beneficiárias (população feminina) com diagnóstico de neoplasia de colo de útero, mais de 20% recebam tratamento para a doença de acordo com o estadiamento.

• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil, no SUS, no período entre 2000 e 2005, variou de 2,67 e 3,06 por 10.000 mulheres.

Taxa de internação por neoplasia maligna de colo de útero por 10.000 mulheres, no SUS Brasil e regiões – 2000 / 2005 Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Região Norte 1,33 1,40 1,62 1,83 2,10 1,95 Região Nordeste 2,19 1,94 2,66 3,41 2,98 2,52 Região Sudeste 2,73 2,76 3,01 2,91 2,61 2,63 Região Sul 3,73 3,37 5,90 6,12 5,99 6,16 Região Centro-Oeste 3,48 3,48 2,71 3,01 2,75 2,60 Total 2,67 2,56 3,21 3,45 3,18 3,06

Fonte: SIH/DATASUS; IBGE Meta

A meta é a redução das internações a partir da média do setor suplementar. Espera-se que com a realização de exame preventivo, na faixa etária de 25 a 59 anos, aumente o número de casos diagnosticados e tratados com doença em fase pré-maligna e em que há possibilidade de tratamento ambulatorial efetiva, reduzindo dessa forma a necessidade de internações por essa patologia.

Pontuação

Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta incidência foi calculada a partir dos números de casos esperados para a população brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0 S/ Informação ou valor >10,75

Nível 1 0,5 VALOR <= 10,75 e valor > 4,25

Nível 2 1,0 valor <= 4,25 e valor >=1

Nível 3 2 valor < 1

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Identificar e captar precocemente os casos de neoplasia maligna de colo de útero. • Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de

controle da doença e aumento da sobrevida da beneficiária.

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de prevenção e qualificação da assistência

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

Limitações e vieses

• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na classificação da causa de morbidade informada, isto é, a causa da internação nem sempre é corretamente especificada fazendo com que a informação sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de outras co- morbidades.

• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população feminina. • A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al. (2001) explicam que quando a população de determinado município for muito pequena, os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:

Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional de Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de intestino, 2003. 36 pp. • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004. • ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São

Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da

Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA FEMININA