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Percentual de nascidos vivos prematuros em relação ao total de nascidos vivos da operadora no período considerado. Nº nascidos vivos prematuros

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A.S_Taxa de prematuridade.doc Versao 2 Página 1 de 6

TAXA DE PREMATURIDADE Conceituação

Percentual de nascidos vivos prematuros em relação ao total de nascidos vivos da operadora no período considerado.

Método de Cálculo

Nº nascidos vivos prematuros Número de nascidos vivos

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Nascido vivo: Produto da concepção, independentemente do tempo de gestação,

que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera como uma criança viva.

Nascido vivo prematuro: produto da concepção, com idade gestacional menor

que 37 semanas, que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respira ou dá qualquer outro sinal de vida.

Interpretação do Indicador

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-neonatal.

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A.S_Taxa de prematuridade.doc Versao 2 Página 2 de 6

Usos

Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A taxa de prematuridade no Brasil para o ano de 1998 foi de 4,8 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos (Coelho, 2004) e para o ano de 2001 foi de 5,9 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos (SIM; SINASC, 2004). Para os anos de 2003 e 2004 a taxa de prematuridade no Brasil foi de 6,26 e 6,49 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos, respectivamente.

Segundo Silva et al. (2001), entre 1997 e 1998, a taxa de prematuridade calculada para a cidade de São Luís (MA) foi de 13,9%, utilizando dados de hospitais públicos e privados.

Segundo Costa et al. (1987), a taxa de prematuridade no Hospital Mater Dei, foi de 4,9% entre 1986 e 1987.

No ano de 2003 a maior taxa de prematuridade no Brasil foi observada na Região Sul, onde o valor foi de 7,20 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos.

Pelas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar ao SIP, a média deste setor para 2005 foi de 5,49.

Considerando que a taxa de prematuridade é influenciada pela realização de partos cesáreos sem indicação precisa, na medida em que a proporção desses partos se reduza na saúde suplementar, espera-se uma redução subseqüente também da taxa de prematuridade.

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não comprometa a qualidade da assistência.

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A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este indicador, considerando a base de dados de 2006, utilizada nesta fase de avaliação.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à média encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo, calculado em termos percentuais em relação ao valor da média, receberão pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média, receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior, definido a partir da média, receberão pontuação máxima.

Os valores encontrados considerados como dados inconsistentes receberão pontuação zero.

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0 Sem informação OU valor maior que (M*1,95) prematuros para cada 100

Zero pts

L I

Média do setor

LS

Pontuação

média

Pontuação

máxima

Pontuação

mínima

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nascidos vivos.

Nível 1 0,5 Valor maior que a (M*1,25) e menor ou igual a (M*1,95) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Nível 2 1 Valor maior ou igual a (M*0,75) e menor ou igual a (M*1,25) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Nível 3 2 Valor menor que (M*0,75) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Ampliar e garantir o acesso e a qualidade dos serviços de pré-natal. Ampliar as ações de planejamento familiar.

Aprimorar a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao recém-nascido, principalmente das maternidades.

Efetivar o monitoramento do pré-natal e trabalho de parto com vistas à detecção precoce de anormalidades e adequado encaminhamento.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária. Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.

Limitações e Vieses

Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à sua data de ocorrência, podendo haver concentração em função do fluxo.

No caso do indicador em populações muito pequenas, como por exemplo no caso de pequenos municípios ou operadoras com pequeno número de beneficiários, Soares et al (2001) explicam que os resultados do indicador podem apresentar

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A.S_Taxa de prematuridade.doc Versao 2 Página 5 de 6

dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, sugerem realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios, ou operadoras quando na saúde suplementar. Esse mesmo tipo de análise se aplica também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações de Mortalidade. DATASUS. Brasília. Disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. DATASUS. Brasília. Disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

COELHO, K S C. Indicadores materno-neonatais na saúde suplementar: uma análise do Sistema de Informações de Produtos. 2004. 113 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

COSTA, J O da; TRINDADE FILHO, O; BARBOSA, R; SILVA, H M S. Prematuridade no Hospital Mater Dei / Prematurity at Hospital Mater Dei. 1987. Jornal Brasileiro de Ginecologia, V. 97, n. 11/12, pp. 605 -10.

SILVA, A A M da; COIMBRA, L C; SILVA, R A da; ALVES, M T S S de B; LAMY FILHO, F; LAMY, Z C; MOCHEL, E G de; ARAGÄO, V M de F; RIBEIRO, V S; TONIAL, S R; BARBIERI, M A. Perinatal health and mother-child health care in the

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A.S_Taxa de prematuridade.doc Versao 2 Página 6 de 6

municipality of Säo Luís, Maranhäo State, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, V. 17, n. 6, pp. 1413 - 23. Rio de Janeiro. 2001.

SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

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A.S_Proporcao de parto cesareo.doc Versao 2

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PROPORÇÃO DE PARTO CESÁREO Conceituação

É a relação entre o número total de partos cesáreos e o total de partos (normais e cesáreos) realizados por uma operadora no ano considerado.

Método de Cálculo

Nº de partos cesáreos x 100 Total de partos (normais + cesáreos)

Definição de termos utilizados no Indicador

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do

útero materno por via abdominal.

Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com ou

sem a utilização de instrumental.

Interpretação do Indicador

Este indicador avalia o grau de ocorrência de partos cesáreos em relação ao total de partos realizados em uma determinada operadora no período considerado. Este indicador permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma vez que o aumento excessivo de partos cesáreos, acima do padrão definido pela OMS, pode estar refletindo um acompanhamento pré-natal inadequado e/ou indicações equivocadas do parto cirúrgico em detrimento do parto normal.

Usos

Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao parto, supondo que uma boa assistência diminua o valor do indicador.

Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

• As variações geográficas desse indicador só se aplicam para o SUS onde é possível relacionar o tipo de parto ao local de residência da parturiente.

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A.S_Proporcao de parto cesareo.doc Versao 2

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Subsidiar a elaboração e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção materno-infantil e a assistência médico-hospitalar prestada aos beneficiários de planos de saúde.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o total de partos cesáreos em relação ao número total de partos realizados em um serviço de saúde seja de até 15%. Esta determinação está fundamentada no conhecimento empírico de que apenas 15% do total de partos apresentam indicação precisa de cesariana, ou seja, existe uma situação real onde é fundamental para preservação da saúde materna e/ou fetal que aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e não por via natural (OMS, 1996).

Uma das principais causas de morbimortalidade perinatal é a síndrome da angústia respiratória do recém-nascido. Fetos com 37 a 38 semanas de gestação, quando comparados a fetos de 39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de necessitarem suporte ventilatório. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve ser realizado somente por fortes razões médicas (Martins-Costa et al, 2002).

As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a realização de partos cesáreos, bem como critérios progressivos para o alcance do valor máximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Técnica/GM no. 466 de 14 de maio de 2000).

Percentuais elevados podem significar, entre outros fatores, a concentração de partos considerados de alto risco, em municípios onde existem unidades de referência para a assistência ao parto.

A proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS passou de 30,99 em 1992 para 30,14, em 2006.

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A.S_Proporcao de parto cesareo.doc Versao 2

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Proporção (%) de partos cesáreos pagos pelo SUS (Brasil – 1992 a 2006)

Ano Indicador 1992 30,99 1993 31,37 1994 32,40 1995 32,45 1996 32,25 1997 31,97 1998 28,41 1999 24,89 2000 23,92 2001 25,06 2002 25,19 2003 26,41 2004 27,53 2005 28,61 2006 30,14 Fonte:SINASC/DATASUS

Pelas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar ao SIP, a média deste setor para 2003 foi 81,69; 82,41 para 2004 , e 84,38 para o ano de 2005.

Meta

Diminuir em 15%, num período de 3 anos, a proporção de partos cesáreos da operadora em relação ao ano de referência de 2003 (nível 3). Reduzir em 5% no período de 2004 com relação ao ano de 2003, reduzir em 10% no período de 2005 em relação ao ano de 2003, e reduzir em 15% no período de 2006 em relação a 2003.

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A.S_Proporcao de parto cesareo.doc Versao 2

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Para pontuação será considerada a proporção de partos cesáreos dos anos de 2005 e 2006 e a redução entre estas duas proporções.

Para o ano de 2005 são usadas três faixas (<65%, >= 65% e >=75%) e para o ano de 2006 são usadas quatro faixas (<40%, >=40% e <50%, >=50% e <65% e >=65%). Segue abaixo o quadro com os critérios de pontuação:

Nível

Pontuação Faixa percentual do ano

anterior

Faixa percentual do ano

avaliado

Nível 1

0,75

>= 75

>= 65

*

Nível 0

0

>= 65 ou desconhecida

>= 65

Nível 1

0,75

>= 65 ou desconhecida

>= 50 e < 65

Nível 2

1,5

>= 65 ou desconhecida

>= 40 e < 50

Nível 3

3

>= 65 ou desconhecida

< 40

Nível 0

0

< 65 ou desconhecida

>= 65

Nível 1

0,75

< 65 ou desconhecida

>= 50 e < 65

Nível 2

1,5

< 65 ou desconhecida

>= 40 e < 50

Nível 3

3

< 65 ou desconhecida

< 40

* Pontuação válida para as Operadoras. que estavam na faixa >= 75,

mantiveram-se nesta faixa, mas reduziram 10% ou mais.

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Incentivar o acompanhamento ao pré-natal a fim de reduzir as indicações de cirurgia decorrentes de condições clínicas, de forma que o parto cirúrgico seja realizado somente sob indicações precisas.

Incentivar a disseminação de informações a respeito das vantagens do parto normal em comparação com o parto cesáreo e dos riscos da realização do parto cesáreo na ausência de indicações precisas.

Implantar um sistema de informações sobre indicações de cesáreas a fim de supervisionar a adequabilidade das indicações.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de qualificação da assistência materno neonatal.

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A.S_Proporcao de parto cesareo.doc Versao 2

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Criar campanhas de informação sobre os tipos de parto, seus benefícios e riscos, procurando motivar a realização do parto normal sempre que indicado.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

Limitações e Vieses

Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à data de sua ocorrência.

A cesárea é um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a gravidez ou parto. Este é, portanto, um recurso utilizável em situações pré-estabelecidas, ou emergenciais, durante a evolução da gravidez ou parto, onde existe algum tipo de risco de vida para a mãe, o bebê ou para ambos.

Destaca-se que a assistência ao pré-natal apresenta diferenças importantes na distribuição da oferta de serviços. Contudo, mesmo considerando-se tais diferenças, a meta de 15% de partos cesáreos deve ser perseguida, uma vez que segue orientação nacional (MS) e internacional (OMS) de saúde.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Indicadores e Dados Básicos -

Brasil – 2005 (IDB 2005) – Brasília: 2006

• BRASIL. Ministério da Saúde/DATASUS, Sistema de Informações Hospitalares, disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de análise de situação de saúde. Saúde Brasil 2004: Uma análise da

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A.S_Proporcao de parto cesareo.doc Versao 2

Página 6 de 6

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://www.ibge.gov.br. Brasil. Acesso em abril de 2007.

• MARTINS-COSTA S H (org.). Projeto diretrizes. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em http://www.cfm.org.br/Projeto Diretrizes. 2002.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia

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A.S_Taxa de natimortalidade.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE NATIMORTALIDADE Conceituação

Número de nascidos mortos, por 1.000 nascimentos (vivos e mortos), para a operadora no período considerado.

Método de Cálculo

Nº nascidos mortos

Número de nascidos (vivos + mortos)

x 1.000

Definição de termos utilizados no Indicador

Nascido vivo: Produto da concepção, independentemente do tempo de gestação,

que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera como uma criança viva.

Nascido morto: É a perda fetal tardia, ou seja, “a morte de um produto da

concepção, antes da expulsão ou de sua extração completa do corpo materno, a partir do início da 22ª semana de gestação”; indica o óbito do feto que, depois da separação do corpo materno, não respira nem apresenta nenhum outro sinal de vida, como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária.

Uma vez que esta informação é obtida pelo SIP, deverá ser considerada a definição da normatização vigente no período de análise:

até 2004 o conceito de nascido morto segue a definição da RN nº 61. Produto da concepção, depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, não

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A.S_Taxa de natimortalidade.doc Versao 2 Página 2 de 2

manifesta qualquer sinal vital, tendo o óbito ocorrido a partir da 28ª semana de gestação.

A partir de 2005 o conceito de nascido morto segue a definição da RN nº 96. Produto da concepção com 22ª semana ou mais de gestação, ou pelo menos 500 gramas de peso, que depois da expulsão ou extração completa do corpo da mãe, não manifesta qualquer sinal de vida.

Interpretação do Indicador

Considera-se que quanto menor a taxa de natimortalidade, melhor o desempenho da operadora nos quesitos de assistência pré-natal e ao parto.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.

Usos

Avaliar indiretamente o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao parto.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A taxa de natimortalidade foi de 12,6 natimortos por 1.000 nascidos para o ano de 1998 no Brasil (Coelho, 2004), para o ano de 2001 foi de 12,7 natimortos por 1.000 nascidos e para o ano de 2003 foi de 12,1 natimortos por 1.000 nascidos (SIM; SINASC, 2004).

A mediana mais atual da taxa de natimortalidade do SUS é referente ao ano de 2002, que foi 12,02. Este cálculo foi feito a partir das informações das taxas de cada UF do Brasil (SIH, 2004). O valor máximo encontrado no SUS para este indicador foi 17,80.

Com base nas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar ao SIP, a média do setor para 2005 foi 8,86.

Tendo em vista que parte dos óbitos fetais tardios decorre de doenças congênitas e/ou maternas, que por sua vez sofrem pouca, ou nenhuma, influência da melhoria da assistência à gestação e ao parto, as literaturas internacionais e especialistas no

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A.S_Taxa de natimortalidade.doc Versao 2 Página 3 de 3

assunto indicam como aceitável uma taxa de natimortalidade entre 1 a 2%, ou seja, 10 a 20 nascidos mortos para cada 1.000 nascidos vivos.

Meta

A meta da operadora deve ser menor que 4 natimortos para cada 1.000 nascidos, que representa 1/3 da média da taxa nacional para este indicador.

Pontuação

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0 Sem informação OU valor maior ou igual a 14,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Nível 1 0,25 Valor maior ou igual a 10,00 e menor que 14,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Nível 2 0,5 Valor maior ou igual a 4,00 e menor que 10,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Nível 3 1 Valor menor que 4,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Garantir o acesso e melhorar a qualidade da assistência ao pré-natal e parto.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária. Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.

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A.S_Taxa de natimortalidade.doc Versao 2 Página 4 de 4

Limitações e Vieses

No número de nascidos vivos não é considerada a viabilidade do concepto em relação à sua idade gestacional ou peso ao nascer.

Limitações na captação dos dados: há diversos problemas a serem considerados, como locais onde o registro de mortalidade não tem total cobertura e subinformação das mortes fetais e declaração inexata da causa nos atestados de óbito. No caso brasileiro, tem se verificado que a cobertura é boa em capitais e cidades de médio e grande porte, porém nas áreas menos populosas, como nas regiões Norte e Nordeste, os dados podem não corresponder à realidade. O MS estima que a subenumeração de óbitos não exceda 20%.

É importante lembrar que muitos óbitos neonatais, ou seja, recém-natos que morrem após terem permanecido vivos por minutos ou horas, são computados como óbitos fetais, no intuito de evitar a necessidade de emissão da Declaração de Nascido Vivo – DNV, inflando o indicador. Por outro lado, pode também haver a evasão da informação para o aborto, se a idade gestacional for computada erradamente com vistas a tornar desnecessária a Declaração de Nascido Morto/ Atestado de Óbito.

No caso do indicador em populações muito pequenas, como por exemplo no caso de pequenos municípios ou operadoras com pequeno número de beneficiários, Soares et al (2001) explicam que os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, sugerem realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios, ou operadoras quando na saúde suplementar. Esse mesmo tipo de análise se aplica também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

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A.S_Taxa de natimortalidade.doc Versao 2 Página 5 de 5

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde/DATASUS, Sistema de Informações Hospitalares, disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. DATASUS. Brasília..

COELHO, K S C. Indicadores materno-neonatais na saúde suplementar: uma

análise do Sistema de Informações de Produtos. 2004. 113 f. Tese

(Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

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A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2

PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS HIPERTENSIVOS NO PERÍODO GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO

Conceituação

Número de internações determinadas por transtornos maternos hipertensivos no período de gravidez, parto e puerpério, ou seja, que se extende desde a concepção até o final do puerpério, excluídas aquelas terminadas em aborto, em relação ao total de partos da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por transtornos maternos hipertensivos na gravidez, parto e puerpério

Total de partos (normais + cesáreos)

x 1.000

Definição de termos utilizados no indicador:

Transtornos hipertensivos relacionados à gravidez, parto e puerpério: São definidos como as intercorrências hipertensivas maternas

que ocorram durante o período da gravidez, parto e puerpério. A doença hipertensiva pode preceder ou seguir a concepção, e pode, ou não, ter um efeito deletério na mulher grávida ou no feto (OPAS, 2004). Estão contempladas neste item todas as internações definidas nos códigos O10 a O16 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:

O10-O16 Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, no parto e no puerpério

O10 - Hipertensão pré-existente complicando a gravidez, o parto e o puerpério

O11 - Distúrbio hipertensivo pré-existente com proteinúria superposta

O12 - Edema e proteinúria gestacionais [induzidos pela gravidez], sem hipertensão

O13 - Hipertensão gestacional [induzida pela gravidez] sem proteinúria significativa

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A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2

O14 - Hipertensão gestacional [induzida pela gravidez] com proteinúria significativa

O15 - Eclâmpsia

O16 - Hipertensão materna não especificada

Parto normal: É aquele procedimento no qual o concepto nasce por via

vaginal, com ou sem a utilização de instrumental.

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração

fetal do útero materno por via abdominal.

Puerpério: Período que se inicia imediatamente após a eliminação da

placenta, se estendendo até o 42º dia após o término da gravidez, e o retorno dos órgãos reprodutivos a seu estado morfológico normal não grávido (OPAS, 2004).

Interpretação do indicador

Avalia o risco de uma mulher ser internada por intercorrências hipertensivas relacionadas à gravidez, ao parto e ao puerpério.

Considerando que os transtornos hipertensivos são intercorrências mais comuns a partir do 2º trimestre gestacional, que em sua grande maioria não levam à interrupção da gravidez, conceitualmente é mais correto considerar apenas como denominador para este indicador o total de partos, já que a maioria das gestações que apresentam transtornos hipertensivos terminam em partos e não em abortos.

Segundo literatura específica 15% de todas as gravidezes são gestações de alto risco e, dentre essas, 50% são consideradas gestações de alto risco em decorrência de transtornos hipertensivos maternos, e destas cerca de 50% correspondem a distúrbios hipertensivos graves que, habitualmente resultam em internações.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e efetividade de ações de saúde em todos os níveis de atenção: educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, para saúde materno-infantil.

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A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2 Usos

Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência ao pré-natal, parto e puerpério.

Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A taxa média de internação por transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério, nas diferentes regiões do Brasil, no período de 2000 a 2006 (SIH, 2007), variou entre 16,81 e 33,59 internações por 1.000 partos, respectivamente, com importante variação regional.

Taxa de internações por transtornos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério por 1.000 partos

Brasil e regiões – 2000/ 2006 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Norte 6,90 8,76 12,18 14,34 14,07 13,54 14,86 Nordeste 18,32 22,13 32,76 39,59 39,16 42,21 42,88 Sudeste 20,95 25,11 32,86 35,87 34,59 35,49 36,10 Sul 10,34 11,59 25,39 33,93 32,29 30,31 25,79 C.Oeste 14,68 23,58 26,87 25,05 24,17 27,26 20,23 Total 16,81 20,49 29,25 33,71 32,89 33,83 33,59 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

Nota:

1. Total de internações por transtornos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O10 – O16 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - tabela de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” - “Morbidade Hospitalar por local de internação” - (SIH/SUS).

2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares” - “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).

(21)

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2

Considerando-se a existência de características específicas determinantes de diferenças entre o protocolo para o acompanhamento e tratamento adotado para esses distúrbios no SUS e na saúde suplementar, como por exemplo, a existência de programas de prevenção e controle ambulatorial da hipertensão arterial gestacional no SUS, podendo protocolos diferentes ser adotados na saúde suplementar, optou-se por considerar também os valores encontrados no SUS para este indicador na construção dos parâmetros de pontuação para este indicador.

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este indicador de forma que o valor do indicador se aproxime do valor da média do SUS para este indicador, que é de 33,6 internações por transtornos hipertensivos na gravidez, parto e puerpério por 1.000 partos.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores informados em relação a um intervalo formado pela metade da diferença entre a média SUS e o valor médio do setor de saúde suplementar.

Os valores encontrados dentro deste intervalo (para mais ou para menos), receberão pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média do SUS mais um intervalo, receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior definido a partir da média do SUS e menos um intervalo receberão pontuação máxima.

Pontuação

média

Zero pts

Média do setor

LS

Pontuação

máxima

Pontuação

mínima

L I

(22)

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0

Sem informação OU valor maior que M+((M-33,6)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 1 0,5

Valor maior que a M-((M-33,6)/2) e menor ou igual a M+((M-33,6)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 2 1

Valor maior ou igual à 33,6 e menor ou igual a M-((M-33,6)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 3 2 Valor menor que 33,6 de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal, parto e puerpério; Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher durante todo o processo de gravidez, parto e puerpério, garantindo assim a redução da incidência dessas intercorrências e seus efeitos deletérios sobre a saúde da mulher e da criança.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.

(23)

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2 Limitações e vieses

Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à sua data de ocorrência.

O total de partos é adotado como uma aproximação do total de mulheres no período gestacional.

Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se aplica também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde/DATASUS, Sistema de Informações Hospitalares, disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

OMS – Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde -

Décima Revisão - Volume I, São Paulo: Edusp, 2003.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://www.ibge.gov.br. Brasil. Acesso em abril de 2007.

MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.

Systematic review on the incidence and prevalence of severe maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em

(24)

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos.doc Versao 2

MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde

suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação

(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde. http://decs.bvs.br. Acessado em abril de 2007.

SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M.

WORLD HEALTH

ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity and mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near miss).

Reproductive Health 2004, 1:3.Disponível em http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3

SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases

da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of

severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ 2001

May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubme did=11337

(25)

PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS INFECCIOSOS DURANTE O PUERPÉRIO

Conceituação

Número de internações determinadas por transtornos maternos infecciosos, ocorridos durante o período do puerpério, em relação ao total de partos da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por transtornos infecciosos no puerpério Nº de partos (normais + cesáreos)

x 1.000

Definição de termos utilizados no indicador:

Transtornos infecciosos no puerpério: são as internações cujos

procedimentos realizados foram em decorrência de causas definidas nos itens O85, O86 e O91 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:

• O85: Infecção puerperal;

• O86: Outras infecções puerperais e;

• O91: Infecções mamárias associadas ao parto.

O item O98 foi excluído em função de estarem incluídos no mesmo os processos infecciosos que ocorrem durante todo o ciclo gravídico – puerperal e não somente aqueles contidos durante o puerpério.

Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com

ou sem a utilização de instrumental.

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do

útero materno por via abdominal.

Puerpério: Período que se inicia imediatamente após a eliminação da placenta,

se estendendo até o 42º dia após o término da gravidez, e o retorno dos órgãos reprodutivos a seu estado morfológico normal não grávido (OPAS, 2004).

A.S_Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos.doc Versao 2 Página 1 de 6

(26)

Interpretação do indicador

Avalia o risco de uma mulher ser internada por intercorrências infecciosas relacionadas ao puerpério.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e efetividade de ações de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.

Usos

Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal, ao parto e puerpério, considerando que uma boa assistência diminua o valor do indicador. Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A taxa média de internações por transtornos maternos infecciosos durante o puerpério, no Brasil, no período de 2000 a 2006 (SIH, 2007), variou entre 4,50 e 7,00 internações por transtornos maternos infecciosos durante o puerpério em relação ao total de 1.000 partos, com importante variação regional.

Taxa de internações por transtornos maternos infecciosos no puerpério por 1.000 partos Brasil e regiões – 2000 / 2006 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Norte 6,36 7,08 7,01 7,43 7,90 8,67 9,26 Nordeste 3,48 4,14 5,43 5,84 7,22 6,69 6,39 Sudeste 4,75 5,14 5,60 6,12 7,21 7,12 7,14 Sul 5,08 5,01 5,48 5,24 5,47 5,18 5,26 C.Oeste 4,88 5,78 6,40 6,32 7,59 9,57 8,54 Total 4,50 4,99 5,73 6,08 7,11 6,95 7,00 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

Nota:

1. Total de internações por transtornos infecciosos durante o puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O85, O86 e 091 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - (SIH/SUS).

2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares”- “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).

(27)

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este indicador.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação à média encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo em torno da média receberão pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da média receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da média, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação máxima.

Os valores encontrados que sugiram diminuição de acesso ou dados inconsistentes receberão pontuação zero.

Pontuação

média

Pontuação

máxima

Pontuação

mínima

Média do setor

LS

Zero pts

L I

Nível Pontuação Critérios

(28)

Nível 0 0 Sem informação OU valor maior que 16,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos o puerpério.

Nível 1 0,5

Valor maior que a 7,50 e menor ou igual a 16,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério.

Nível 2 1

Valor maior ou igual a 3,00 e menor ou igual a 7,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério

Nível 3 2 Valor menor que 3,00 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal e parto.

Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao recém-nascido, principalmente nas maternidades, durante todo o processo de gestação, parto e puerpério.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.

Limitações e vieses

Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à sua data de ocorrência.

O total de partos é adotado como uma aproximação do total de mulheres no período gestacional.

(29)

O número de internações, em geral, não é muito específico na medida em que uma mesma mulher pode ter mais de uma internação no período de gestação. Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se aplica também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de

operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde/DATASUS, Sistema de Informações Hospitalares, disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

OMS – Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional

de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume

I, São Paulo: Edusp, 2003.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://www.ibge.gov.br. Brasil. Acesso em abril de 2007.

MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S. Systematic

review on the incidence and prevalence of severe maternal morbidity.

MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em http://medicina.kmu.lt

MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde suplementar

no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação (Mestrado em Saúde

Pública). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde. http://decs.bvs.br. Acessado em abril de 2007.

(30)

SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH

ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity and mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near miss).

Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3

SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde

Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of severe

maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ 2001 May5;

322(7294): 1089-1094. Disponível em

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubmedid=1 1337

(31)

CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR EXPOSTO Conceituação

Número de consultas odontológicas iniciais para cada exposto da operadora em determinado período.

Este procedimento se refere ao atendimento odontológico no qual se dá início a um determinado plano preventivo-terapêutico, em que devem ser consideradas todas as necessidades odontológicas do paciente, podendo acontecer mais de uma vez ao ano.

Método de cálculo

Nº de consultas odontológicas iniciais Total de expostos

Definição de termos utilizados no indicador

Consulta odontológica inicial: consultas destinadas ao exame e diagnóstico

para a elaboração do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento de ficha clínica odontolegal, diagnóstico das doenças e anomalias bucais do paciente e prognóstico. Excetuam-se as consultas de caráter emergencial e pericial .

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em questão (consulta odontológica inicial), no período considerado.

Interpretação do indicador

É um indicador operacional que avalia indiretamente a cobertura e o acesso da população exposta, aos serviços de saúde bucal. Este indicador mede a tendência de cobertura de tratamentos odontológicos a partir da realização da primeira consulta com exame clínico, visando à elaboração de um plano de tratamento.

(32)

Usos

Possibilita análises sobre a cobertura dos beneficiários com primeira consulta odontológica, podendo indicar tendências do perfil do atendimento em saúde bucal a toda a carteira de beneficiários ou a grupos específicos de beneficiários que possuem planos de assistência odontológica.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Até 2004, na saúde suplementar, a Consulta Odontológica Inicial era registrada e informada pelas operadoras ao SIP de forma agregada, onde os atendimentos de urgências e emergências, bem como as perícias, inicial e final (procedimentos esses caracterizados por não implicarem continuidade necessária de tratamento odontológico) encontram-se informados dentro do item Consulta Odontológica Inicial.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos (SIP/ANS). Dentre as alterações ocorridas, o dado de Consulta Odontológica Inicial passa a ser informado separado dos demais itens e estes são informados no item Outros Procedimentos Odontológicos. Com isso, passou a ser possível analisar o acesso dos beneficiários de planos odontológicos à assistência odontológica contratada.

Meta

A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária à assistência odontológica, realizando no mínimo 1 consulta odontológica inicial por exposto/ano.

N 0 N 1 N 2 N 3

META

A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 2 de 4

(33)

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com base numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0 0 sem informação OU valor < 0,20

N1 0.5 valor >= 0,20 E valor < 0,60

N2 1 valor >= 0,60 E valor < 1,00

N3 2 Valor >= 1,00

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Adotar estratégia de busca ativa de beneficiários que tenham aderido ao plano odontológico e que nunca tenham passado por consulta odontológica.

Limitações e vieses

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de consultas odontológicas iniciais em relação ao número de pessoas que poderiam realizar este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o receberam e algumas pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em 25/08/2004.

A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 3 de 4

(34)

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto SBBrasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http: http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/sia/cnmap.htm. Acesso em set 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 4 de 4

(35)

A.S_Procedimentos de endodontia por exposto.doc Versao 2 Página 1 de 6

PROCEDIMENTOS DE ENDODONTIA POR EXPOSTOS Conceituação

Número de procedimentos de endodontia, por unidade dentária, em cada 10 expostos da operadora em determinado período.

Método de Cálculo

N.º de procedimentos endodônticos Total de expostos

x 10

Definição de termos utilizados no Indicador

Procedimentos endodônticos: conjunto dos procedimentos endodônticos, por

unidade dentária, listados no Rol Odontológico da ANS como: pulpotomia, remoção de obturação radicular, remoção de núcleo intrarradicular, tratamento e retratamento endodôntico em dentes permanentes independente do número de condutos radiculares, tratamento endodôntico de dentes decíduos, ocorridos em caráter eletivo, de urgência ou emergência.

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em questão (procedimentos endodônticos), no período considerado, informados no SIP.

Interpretação do Indicador

Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos assistenciais propostos pelas operadoras à sua rede prestadora, para a cobertura odontológica.

Usos

Avaliar a magnitude das necessidades endodônticas no conjunto de beneficiários da operadora e, ao longo do tempo, por meio de série histórica, a efetividade das ações preventivas e educativas implementadas.

(36)

A.S_Procedimentos de endodontia por exposto.doc Versao 2 Página 2 de 6

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Foram analisadas as informações da base de dados da pesquisa epidemiológica SB_Brasil, para estimar a necessidade de procedimentos endodônticos por pessoa/ano, no Brasil. O SB_Brasil é um amplo levantamento das condições de saúde bucal da população brasileira, realizado pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 2002/2003 para todas as regiões geográficas.

Esta pesquisa envolveu a participação de várias instituições e entidades odontológicas – Conselho Federal e Regionais de Odontologia, Associação Brasileira de Odontologia e suas seções regionais, faculdades de Odontologia, com o suporte das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

Para compatibilizar a informação de endodontia do SB_Brasil com a do SIP/ANS, foi considerada a variável “TRATA 5 - Tratamento Pulpar e Restauração”, da base de dados do SB_Brasil, assim definida: “O dente necessita tratamento endodôntico previamente à colocação da restauração ou coroa, devido à cárie profunda e extensa, ou mutilação ou trauma”.

De acordo com esta definição, que aponta a necessidade de tratamento endodôntico na população brasileira, conseguimos fazer correspondência com os tratamentos endodônticos executados na assistência à saúde suplementar, considerando a forma como o dado de endodontia foi colhido pelo SIP possibilitando, assim, a análise.

Segue abaixo o quadro com as informações que foram criadas com os dados coletados da base de dados do SB_Brasil.

Quadro: Necessidades de Tratamento Pulpar e Restauração

Região Nº Tratamentos por 10 Pessoas Centro-Oeste 1,39 Nordeste 1,74 Norte 1,13 Sudeste 1,10 Sul 1,02 Total 1,27 Fonte: SB Brasil 2002-2003

(37)

O programa SB_Brasil mostrou que a necessidade de tratamento endodôntico na população brasileira está em torno de 1,27 endodontias por 10 pessoas/ano. Objetivamos evitar que esta demanda, na saúde suplementar, não sofra por dificuldade/cerceamento de acesso.

No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de 20.000 beneficiários. A partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que também prestam assistência odontológica passam a fornecer esta informação para a composição dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de endodontia restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com mais de 20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000 beneficiários.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos (SIP/ANS), que passa a exigir de todas as operadoras que comercializam a assistência odontológica, independente do número de beneficiários, que forneça a informação sobre os procedimentos de endodontia.

Com isso, passou a ser possível analisar o acesso dos beneficiários aos procedimentos de endodontia nos planos com assistência odontológica contratada.

Meta

A meta é a redução de procedimentos de endodontia até um limite que não comprometa o acesso mínimo necessário. Para o cálculo desse limite mínimo foi usada a estimativa de necessidade de tratamento endodôntico na população brasileira que é de 1,27 endodontias por 10 pessoas/ano calculada pelos dos dados do SB_Brasil. N 0 N 3 N 2 N 1 N 0 META Pontuação

Pela análise dos dados do SB_Brasil, os valores para pontuação da operadora neste indicador podem ser observados no quadro abaixo. Foram definidos com base numa

A.S_Procedimentos de endodontia por exposto.doc Versao 2 Página 3 de 6

(38)

A.S_Procedimentos de endodontia por exposto.doc Versao 2 Página 4 de 6

graduação da meta, sendo que está sendo considerado como mais bem pontuada a operadora que apresentar valores menores ou igual à média de necessidade

nacional e com pontuação zero aquelas que apresentarem valores maiores que 2,40 por 10 ou menores que 0,80 por 10.

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0 0

sem informação OU valor < 0,80 OU valor > 2,40

N1 0.5 valor > 1,60 E valor <= 2,40 N2 1 valor > 1,20 E valor <= 1,60 N3 2 valor >= 0,80 E valor <= 1,20

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Através da formulação de programas preventivos, monitorar a real necessidade das indicações para tratamento endodôntico. Permite avaliar se o modelo de assistência prestado pela operadora está voltado para a prevenção dos problemas dentários evitáveis através de uma boa orientação e tratamentos curativos menos destrutivos. Muitos tratamentos endodônticos provocados por cárie profunda, seriam perfeitamente evitáveis se a intervenção fosse feita no início do processo destrutivo da cárie, antes que a destruição do elemento dentário comprometesse sua polpa.

Porém, devemos nos atentar que alguns tratamentos endodônticos são executados por causas não evitáveis com ações preventivas, trata-se de causas como trauma no elemento dentário (ex. queda do paciente) ou por indicação protética.

Limitações e Vieses

A principal limitação se refere à forma de coleta do dado, em que estão agrupados vários procedimentos seguindo a composição do Rol de Procedimentos

(39)

A.S_Procedimentos de endodontia por exposto.doc Versao 2 Página 5 de 6

Odontológicos vigente, podendo conter no grupo procedimentos realizados por causas evitáveis e/ou procedimentos realizados por causas não evitáveis.

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de procedimentos endodônticos em relação ao número de pessoas que poderiam realizar este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o realizaram e algumas pessoas o reaceberam mais de uma vez no período considerado.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em 25/08/2004.

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto SB_Brasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de

Informações de Produtos. Brasil. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

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A.S_Procedimentos de endodontia por exposto.doc Versao 2 Página 6 de 6

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

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A.S_Procedimentos de Periodontia por Exposto Maior De 12 Anos.doc Versao 2 Página 1 de 4

PROCEDIMENTOS DE PERIODONTIA POR EXPOSTO MAIOR DE 12 ANOS Conceituação

Número de Procedimentos de Periodontia realizados em cada exposto da operadora de 12 anos e mais em determinado período.

Método de Cálculo

N.º de procedimentos de periodontia Total de Expostos x 0,85 (*)

(*) Em média, 85% da população coberta por planos odontológicos tem 12 anos e mais no setor suplementar, segundo dados do SIB em março de 2007.

Definição de termos utilizados no Indicador

Total de procedimentos periodontais: conjunto dos procedimentos de

periodontia, listados no Rol Odontológico da ANS (como raspagem supragengival, alisamento e polimento coronário; raspagem subgengival alisamento e polimento radicular; curetagem de bolsa periodontal; imobilização dentária).

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em questão (procedimentos periodontais), no período considerado, informados no SIP.

Interpretação do Indicador

Este indicador possibilita analisar a quantidade de procedimentos periodontais prestados, bem como esboçar um perfil da cobertura da população que procura cuidados odontológicos, quanto à prevalência de doença periodontal.

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Avaliar a magnitude das necessidades de tratamento periodontal na população-alvo da operadora e, ao longo do tempo, por meio de série histórica, a efetividade das ações preventivas e educativas implementadas.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de 20.000 beneficiários. A partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que também prestam assistência odontológica passam a fornecer esta informação para a composição dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de periodontia restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com mais de 20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000 beneficiários.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos (SIP/ANS), que passa a exigir de todas as operadoras que comercializam a assistência odontológica, independente do número de beneficiários, que forneça a informação sobre os procedimentos de periodontia.

Com isso, passou a ser possível analisar a utilização de serviços de periodontia pelos beneficiários de planos odontológicos.

Meta

A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária aos procedimentos de periodontia, realizando no mínimo 2 procedimentos de periodontia por exposto/ano.

A.S_Procedimentos de Periodontia por Exposto Maior De 12 Anos.doc Versao 2 Página 2 de 4

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Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com base numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0

0 sem informação OU valor < 0,30

N1 0.75 valor >= 0,30 E valor < 1,00 N2 1.5 valor >= 1,00 E valor < 2,00 N3 3 valor >= 2,00

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Através da formulação de programas preventivos, monitorar a real necessidade das indicações para a realização dos procedimentos de periodontia. Permite avaliar se o modelo de assistência prestado pela operadora está voltado para a prevenção dos problemas bucais evitáveis através de uma boa orientação e tratamentos menos destrutivos. Enfatizar a realização dos procedimentos de periodontia, em especial nas populações com doenças sistêmicas, que são as mais suscetíveis a estas doenças.

Limitações e Vieses

A principal limitação se refere à atual forma de coleta do dado, que não discrimina cada procedimento mas toma um grupo de procedimentos contidos no Rol de Procedimentos Odontológicos vigente.

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de procedimentos de periodontia em relação ao número de pessoas que poderiam receber este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o realizaram e algumas pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.

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A prevalência de doença periodontal é maior em indivíduos de faixa etária mais elevada, de tal forma que esse indicador será avaliado em função do número de pessoas de 12 anos e mais que poderiam realizar este procedimento .

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em 25/08/2004.

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto SBBrasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de

Informações de Produtos. Brasil. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

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EXODONTIAS DE DENTES PERMANENTES POR EXPOSTOS Conceituação

Número de exodontias de dentes permanentes, em decorrência de processos patológicos, realizadas em cada 10 expostos de 12 anos e mais da operadora em determinado período.

Método de cálculo

Nº de exodontias de dentes permanentes

Total de Expostos para exodontia x 0,85 (*) x 10 (*) Em média, 85% da população coberta por planos odontológicos tem 12 anos e mais no setor suplementar, segundo dados do SIB em março de 2007.

Definição de termos utilizados no indicador

Exodontia: para esse indicador, serão consideradas apenas as extrações simples

de dentes permanentes, excluindo-se os sisos inclusos e semi-inclusos e extrações com indicação ortodôntica.

Total de Expostos para exodontia: beneficiários expostos e expostos não

beneficiários sob responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em questão (procedimentos de exodontia), no período considerado, informados no SIP.

Interpretação do indicador

Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos propostos para a assistência odontológica, visto que mostra a dimensão da quantidade de procedimentos mutiladores da dentição permanente, na população.

Usos

Avaliar a magnitude das perdas de dentes permanentes na população-alvo da operadora. Ao longo do tempo, por meio de série histórica, será possível analisar a efetividade das ações implementadas para evitar as perdas dentárias.

A.S_Exodontias de Dentes Permanentes por Expostos.doc.doc Versao 2 Página 1 de 6

Referências

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