Pontuação média
TAXA DE INTERNAÇÕES POR DOENÇAS CEREBROVASCULARES Conceituação
Número de internações por doenças cerebrovasculares em relação ao total de expostos para internação da operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por doenças cerebrovasculares Total de expostos para internação
x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Internações por doenças cerebrovasculares: São aqueles casos que
demandam internação hospitalar, classificados entre I 60 a I 69 do Capítulo IX da CID-10 (OMS, 1997).
Exposto: É definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no item de despesa assistencial em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
Mede a participação relativa das internações por doenças cerebrovasculares em relação à população exposta para internação da operadora no ano considerado. A distribuição das causas de internação – no caso as doenças cerebrovasculares – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada pela oferta de serviços pela operadora.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde) das doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.
Usos
Identificar e monitorar, na população da operadora, pessoas com fatores de risco para doenças cerebrovasculares, considerando principalmente beneficiários com idade igual ou superior a 40 anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão,
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares.doc Versao 2 Página 1 de 5
colesterol elevado, Diabetes Mellitus e aqueles com histórico familiar destas doenças.
Analisar as variações temporais, para a operadora, na distribuição relativa das internações hospitalares de doenças cerebrovasculares, identificando situações de desequilíbrio que possam merecer atenção especial.
Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de recursos médico-hospitalares, disponíveis para tratamento das doenças cerebrovasculares para a população beneficiária da operadora.
Parâmetros e Dados Estatísticos
Dados disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares/Datasus e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:
Taxa de internação por doenças cerebrovasculares por 10.000 habitantes
Brasil e regiões – 1998 / 2006 Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Região Norte 3,94 3,86 3,53 3,52 6,00 6,45 6,48 6,82 7,29 Região Nordeste 7,79 8,89 8,46 9,05 10,80 10,74 10,00 9,44 9,19 Região Sudeste 11,38 11,39 10,94 10,89 12,18 12,11 11,81 11,42 11,38 Região Sul 8,42 8,97 8,20 8,13 15,54 15,74 15,30 13,97 13,68 Região Centro-Oeste 7,93 8,78 8,43 8,47 11,55 11,86 11,28 11,12 10,05 Total 9,14 9,59 9,10 9,24 11,77 11,80 11,36 10,86 10,69
Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este indicador.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação à mediana encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da mediana receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação máxima.
Os valores encontrados, que sugiram diminuição de acesso ou dados inconsistentes, receberão pontuação zero.
Pontuação média
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares.doc Versao 2 Pontuação
máxima Pontuação mínima
Mediana do setor
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)
Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]
Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]
Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]
Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Constituir sistemas de informações que permitam a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.
Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.
Maximizar benefícios e minimizar riscos e custos, através de estratégias específicas para diferentes perfis de risco.
Implementar linhas de ação efetivas para reduzir as doenças através de medidas preventivas. Sugere-se a organização de ações para a adoção de hábitos alimentares adequados e saudáveis, cessação do tabagismo, prática de atividade física regular, controle da pressão arterial, manejo das dislipidemias e manejo do Diabetes Mellitus com controle da glicemia.
Limitações e vieses
O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um mesmo paciente, pela mesma causa, no período analisado.
O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na classificação de morbidade informada.
Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de determinado município for muito pequena, os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. No caso da saúde suplementar, este dado se aplica à população coberta por operadoras de pequeno porte.
Consultas e Recomendações
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Manual
Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças na Saúde Suplementar. Rio de Janeiro: dezembro de 2006. Disponível em
http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/manual_promo_prev.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Prevenção Clínica de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal. Manual Prático para os Profissionais do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica –
Estimativa de Risco Global e Prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à
hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus: hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 102 p.: il. – (Série C. Projetos,
Programas e Relatórios; n. 59).
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Alta Complexidade. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema
Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial
Sistêmica – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso em maio de 2007.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em maio de 2007.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.
São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.
SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde
Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
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