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753.26a: Planta do nível de embarques

Terminal 1 do Aeroporto de Paris/CDG

4.2.1.3 Terminais com píer satélites

Tal como sua designação indica, e como já visto no capítulo 3, os terminais baseados nesse conceito mesclam as características operacionais dois dos conceitos que lhe emprestam seus nomes, o que se reflete claramente, na sua, “forma”. A “forma”, no caso, consiste na associação de piers com satélites, em que estes são formados a partir de ampliação dos primeiros, em suas extremidades. Dependendo da predominância de um ou de outro desses componentes, a “forma final”, poderá apresentar semelhanças maiores com a “forma” de um ou outro desses conceitos.

às aeronaves se fazia por meio de ônibus ou a pé.

As alterações consistiram em ampliação do corpo central, com um novo viaduto frontal mais extenso e com uma cobertura metálica sobre ele e a construção de dois satélites circulares que se ligam ao corpo central, nos dois lados, através de passarelas tubulares de concreto elevadas, acima do nível do pátio.

figura 4.17: Aeroporto Internacional de Brasília.

Maquete mostrando: à esquerda o terminal existente com os satélites adicionados ao projeto original; à direita, o plano de adição de novos satélites.

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Novo terminal do Aeroporto Internacional de Toronto/Lester B Pearson

O novo terminal desse aeroporto, que já conta com três outros, deverá, em sua fase final de implantação, apresentar um corpo central curvilíneo, de cinco pavimentos, com três píeres-satélites, tal como aparece, em primeiro plano, na Ilustração 4.18., que mostra, ainda, em segundo plano, o Termi- nal 3. Atualmente, apenas uma parte desse terminal novo, curvilíneo, se encontra construída, convivendo com os terminais 1 e 2, que, no futuro, no entanto, deverão ser demolidos.

O corpo central, além da forma curva, destaca-se, externamente, pela cobertura abobadada, do saguão de “check-in”. Internamente, o vão livre de 70m, que se estende por cerca de 350m e que confere ao saguão de “check-in”, a característica de um imenso pavilhão, é um dos principais elementos a caracterizar esse terminal. Os píeres partem radialmente do corpo princi- pal, sob a forma de corredores relativamente estreitos e tratamento volumétrico discreto,

figura 4.18a: Esquema mostrando o novo

terminal sobre o existente e desativado.

e apresentam, nas extremidades, ou simples alargamentos, como nos dois laterais ou, no caso do píer central, um verdadeiro satélite, curvilíneo, reproduzindo, em menor escala, a forma do corpo central.

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Terminal do Aeroporto internacional de Manaus

O terminal de Manaus, planejado e projetado pela equipe da Hidroservice no início da década de setenta, é, tal como implantado em sua primeira etapa, caracteristicamente um terminal central linear. De acordo com as ampliações previstas no projeto, no entanto, este passaria, a partir da segunda etapa, à condição de terminal linear com unidades modulares.

Esse terminal apresenta uma ligeira curvatura, mais para se adaptar às condições de implantação das pistas e do pátio no sítio, do que para melhor acomodar as aeronaves junto ao terminal, que,

também, ajuda a quebrar os 220 metros iniciais de comprimento do edifício. Do lado terra, o edifício, com mais de 60 metros de largura, tem como característica formal dominante, sua ampla cobertura, relativamente baixa com relação às suas outras dimensões. Do lado ar, a mesma cobertura apresenta-se com maior altura, em função da diferença de nível propositalmente estabelecida entre o nível principal de processamento dos passageiros e o nível do pátio, de modo a proporcionar acesso às aeronaves por meio de pontes de embarque, além de outros propósitos de natureza funcional.

A estrutura do edifício, em concreto aparente, como era comum na época,

4.2.1.4 Terminais centrais lineares

Os terminais centrais lineares reúnem todas as funções operacionais e complementares em um único bloco e, como já dito, procuram possibilitar estacionamento de todas ou do maior número de aeronaves junto ao terminal. São terminais relativamente pequenos, para limitar as distâncias que os passageiros devem caminhar. Há casos, em que esse único bloco se subdivide, quase sempre apenas no sentido transversal e, nesses casos, caracterizando os diferentes setores através dos quais ocorrem, sucessivamente, os embarques ou os desembarques. Há casos, ainda, nos quais, para ajustar os diferentes requisitos de comprimento das frentes terra e ar do terminal, são acrescentadas às extremidades do bloco, do lado desta última frente, pequenas extensões sob a forma de corredores. Dependendo da extensão destes, o terminal poderia ser incluído em outro conceito – o de terminal central com píer finger. É o caso do terminal 5 do Aeroporto de Chicago/O’Hare, em que, como nos terminais lineares, as aeronaves estacionam apenas de um dos lados desses corredores, e estes se estendem por cerca de 500 metros para ambos os lados, a partir do corpo central do terminal. Poder-se ia dizer que, pela forma, apenas, o Terminal 5 de O’Hare estaria mais próximo dos terminais centrais lineares.

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marca, também, a sua arquitetura. Apoiada em pórticos simétricos, distribuídos a cada 14 metros e vencendo transversalmente vãos sucessivos da ordem de 26, 10 e 26 metros, a cobertura, também simétrica, apresenta balanços de cerca de 10 metros, nos lados terra e ar, funcionando no lado terra como marquise de proteção ao meio fio e no lado ar servindo de suporte a um terraço de observação.

Internamente, o terminal, possui um pavimento principal de processamento dos passageiros, um pavimento ao nível do pátio, onde é processada a bagagem e abrigados os equipamentos de rampa, um pavimento intermediário, entre os dois anteriores, destinado aos escritórios da administração e das companhias aéreas, um subsolo técnico contendo, também, uma via de serviço e, finalmente, na cobertura, restaurantes situados no setor central, e terraços, ao longo de toda a extensão do edifício.

Terminal 5 do Aeroporto de Chicago/