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Tipos de resistores

No documento ManualdoElectricista (páginas 32-34)

1.3 Resistˆ encia el´ etrica R

1.3.3 Tipos de resistores

Este ´e o mais b´asico componente eletro-eletrˆonico. Vamos ver alguns tipos de resistores. Resistores de fio

Muitos o chamam erradamente de resistˆencia. Seu nome certo ´e resistor, e a resistˆencia ´e a sua caracter´ıstica el´etrica. Ainda assim o p´ublico leigo usa termos como “a resistˆencia do chuveiro el´etrico”, ”resistˆencia do aquecedor”, ”resistˆencia do ferro de passar”, “resistˆencia da torradeira”. Esses dispositivos s˜ao resistores formados por fios met´alicos com resistˆencia baixa. Ao serem ligados em uma tens˜ao el´etrica, s˜ao atrav- essados por uma elevada corrente, resultando em grande dissipa¸c˜ao de calor. Note que nas resistˆencias

1.3. RESIST ˆENCIA EL ´ETRICA R 33 desses aparelhos, o objetivo principal ´e a gera¸c˜ao de calor. J´a nos circuitos eletrˆonicos, suas fun¸c˜oes s˜ao outras, e n˜ao gerar calor. Os resistores usados nesses circuitos devem ter valores tais que possam fazer o seu trabalho com a menor gera¸c˜ao de calor poss´ıvel.

Resistores de carv˜ao - c´odigo de cores

Os resistores usados nos circuitos eletrˆonicos s˜ao de v´arios tipos e tamanhos. Seus dois parˆametros el´etricos importantes s˜ao a resistˆencia e a potˆencia. Resistores que ir˜ao dissipar muita potˆencia el´etrica s˜ao de maior tamanho, e vice-versa. Os mostrados na figura 13 s˜ao de 1/8 W. Existem resistores de 1/4W, 1/2W, 1W, 2W, 5W, 10W e valores ainda mais elevados.

Resistores sensores de temperatura - NTC

Vamos levantar a curva temperatura x resistˆencia de um NTC.

A seguir, iremos aproximar a resistˆencia por uma fun¸c˜ao exponencial.

Termistores - PTC

O PTC (positive temperature coeficient) ´e um termistor (termˆometro + resistor), cuja resistˆencia aumenta bruscamente para um valor bem definido de temperatura.

S˜ao dispositivos feitos de material semicondutor que, para um determinado valor de temperatura sofrem uma varia¸c˜ao brusca no valor da sua resistˆencia. Por isto, s˜ao usados geralmente para prote¸c˜ao de motores. Para temperaturas acima da classe de isolamento do motor, o PTC atrav´es de sua varia¸c˜ao brusca de resistˆencia, sensibiliza o rel´e que desliga a bobina do contator, protegendo assim o motor.

A utiliza¸c˜ao de PTC’s exige a instala¸c˜ao de um rel´e externo, que recebe o sinal das sondas, atuando com base nele, interrompendo a alimenta¸c˜ao dos contatores que acionam motores. A instala¸c˜ao dos PTC’s ´e feita entre as espiras, nas cabe¸cas de bobinas de motores, sempre do lado oposto ao ventilador. Normalmente utiliza-se um PTC por fase, sendo estes est˜ao ligados em s´erie.

O religamento do motor ser´a poss´ıvel t˜ao logo o enrolamento volte `a temperatura normal. Esta tem- peratura est´a 5C abaixo da temperatura nominal de atua¸c˜ao.

Podem ser ligados v´arios PTC em s´erie, de modo que a soma de suas resistˆencias a frio n˜ao ultrapasse 550Ω (aproximadamente 6 PTC’s).

Caso seja desej´avel um comando de alarme antes que o motor atinja a temperatura limite, deve-se utilizar dois protetores por fase. O primeiro deles dimensionado para a temperatura de alarme, que deve ser abaixo da classe de isola¸c˜ao do motor. O segundo dever´a ser dimensionado para atuar quando a temperatura alcan¸car o valor m´aximo permitido pela classe de isolamento do motor.

Termoresistˆencias - PT100

S˜ao elementos que tem sua opera¸c˜ao baseada na caracter´ıstica de varia¸c˜ao linear de resistˆencia com a temperatura intr´ınseca a alguns materiais. Os elementos mais utilizados nesta ´area s˜ao a platina e o n´ıquel, que possuem uma resistˆencia de 100Ω a 0oC e o cobre com 10Ω a 0oC.

Quando usados para prote¸c˜ao de um motor, esses elementos possuem resistˆencia calibrada que varia linearmente com a temperatura, possibilitando um acompanhamento cont´ınuo do processo de aquecimento do motor, pelo ”display” do controlador. Esse sistema de prote¸c˜ao permite ainda a sinaliza¸c˜ao de ad- vertˆencia com sinais luminosos ou sonoros, antes da temperatura alcan¸car limites proibitivos. E por isso, o sistema de custo mais elevado, havendo a necessidade de um controlador (rel´e para PT100).

Resistores sensores de luz - LDR

O Resistor Dependente da Luz, ou LDR (Light Dependent Resistor), varia sua resistˆencia el´etrica de acordo com a quantia de luz que incide sobre ele. Tamb´em chamado de c´elula foto-condutiva, ou ainda de foto-resistˆencia, o LDR ´e um dispositivo semicondutor de dois terminais. Na escurid˜ao, um LDR tem uma resistˆencia muito alta e assim impede (limita) a corrente de fluir em um trecho de circuito. Na luz, por´em, a resistˆencia ´e muito mais baixa e isso permite o fluxo de boa intensidade no trecho de circuito em quest˜ao. O pico de sensibilidade do LDR ocorre aproximadamente em 5100 ˆangstron (luz vermelha- alaranjada). Estando iluminado, o LDR apresenta uma resistˆencia de 1000 Ω (1K), e cortando-se essa luz o LDR demora cerca de 5 segundos para atingir a resistˆencia de 1MΩ. A resistˆencia m´axima (no escuro) de um LDR deve ficar entre 1M ohms e 10M ohms, dependendo do tipo, e a resistˆencia sob ilumina¸c˜ao ambiente tipicamente fica entre 75 e 500 Ω. Uma forma simples de se verificar essa caracter´ıstica dos LDRs ´e utilizar um mult´ımetro em escala de resistˆencia (Rx100). Os LDRS mais comuns s˜ao os de 1 cm e 2,5 cm de diˆametro, diferenciando-se principalmente pela sua capacidade de corrente, j´a que o LDR com uma superf´ıcie maior, al´em de apresentar maior sensibilidade tamb´em apresenta uma maior capacidade de dissipar calor, conseguindo controlar correntes mais intensas. Um LDR de 2,5 cm, por exemplo, pode controlar diretamente a corrente da bobina de um rel´e sens´ıvel, e at´e mesmo uma lˆampada de baixa potˆencia.

Resistores sensores de deslocamento (Strain Gauge)

S˜ao resistores que variam com o deslocamento. S˜ao usados em balan¸cas. Resistores vari´aveis - Variacs, trimpots e potenciˆometros Possuem geralmente trˆes terminais, onde o terminal do meio ´e m´ovel.

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