• Nenhum resultado encontrado

TRABALHOS RELACIONADOS E CONTEXTUALIZAÇÃO

No documento CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA E INOVAÇÃO (páginas 36-45)

PROPOSTA PARA REDUÇÃO DE CONSUMO NO FORNECIMENTO DE ÁGUA E IMPLANTAÇÃO DE

1.3 TRABALHOS RELACIONADOS E CONTEXTUALIZAÇÃO

O

Brasil é um país rico em recursos hídricos e talvez por isso usa-se de uma cultura de utilização desses recursos ultrapassado quando compa- rado com países que já sofrem com a falta de água potável. Quando o assunto é disponibilidade de recurso hídrico no Brasil.

Segundo Pena (2014), pelo fato do Brasil ter concentrado em seu territ rio cerca de de todas as reservas de gua e istentes no mundo é considerado uma potência econômica mundial. Porém, este fato não indica que o país nunca tenha passado por uma crise de falta de água e a principal razão para este acontecimento é a questão da distribuição da água no Brasil e sua utili ação SA ESP, .

De acordo com a Sabesp (1996) a fonte utilizada para o abastecimen- to p blico vem dos mananciais, que são reservas h dricas. O tratamento da água se inicia nas próprias mananciais, pois o trabalho preventivo é funda- mental para garantir a qualidade da água e por isso precisam ser preservadas. Hoje em dia por falta de conscienti ação e preocupação com os recur- sos hídricos os níveis de desperdícios são alarmantes e tendo em vista ainda que, geram custos com o pagamento da conta de consumo com o forneci- mento da mesma, devido esses desperd cios. Alguns e emplos de desperd - cios frequentes são: Descargas de água permanente em mictório tipo gamela, utilização de bacias sanitárias com níveis de água desproporcional, banhos prolongados, vazamento no sistema hidráulico, utilização de torneiras de ros- ca e lavagem de carros com jato da mangueira. Por essas e outras ocasiões de desperdício é que se torna evidente a preocupação com a atualização dos dispositivos hidráulicos e o perfeito funcionamento do mesmo independente da conscientização dos usuários do sistema. Nesta prática indispensável, e emplificam Oliveira e onçalves O objetivo desta ação é redu ir o consumo de água independentemente da ação do usuário ou da sua disposi- ção em mudar de comportamento para economizar água.

As especificaç es técnicas dos componentes economi adores de gua devem ser realizadas em função das necessidades dos usuários, obtidas de observações de suas atividades relacionadas ao uso da água e da avaliação técnico - econômica e, ainda das condições físicas de cada sistema. Devem, também, serem consideradas as seguintes questões: pressão hidráulica dis- pon vel nos pontos de utili ação conforto do usu rio higiene atividade do usu rio risco de contaminação facilidade de manutenção facilidade de ins- talação, considerando se a adequação do sistema avaliação técnico econ - mica e vandalismo SA ESP, .

36

CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA

E INOV

AÇÃO

Uma das maneiras encontradas para economizar os recursos hídricos e consequentemente diminuir o valor da conta de consumo é a captação da gua da chuva para fins não pot vel. O volume aproveit vel da gua de chu- va depende do coeficiente de escoamento superficial da cobertura e da efici- ncia do sistema, de acordo com a A R . , que se utili a de informações como o volume de água de chuva aproveitável, precipitação média, rea de coleta, coeficiente de escoamento superficial e a efici ncia do sistema, que leva em conta o desvio do escoamento inicial, quando utilizado. Para esse sistema de coleta Goldenfum (2005) declara:

A gua da chuva é uma das mais puras fontes de gua. A pre- cipitação, na sua origem, contém muito poucas impurezas. Po- rém, ao atingir a superfície terrestre, há inúmeras oportunida- des para que minerais, bactérias, substâncias orgânicas e outras formas de contaminação atinjam a gua. A poeira e a fuligem se acumulam em telhados, contaminando as águas. Matéria orgâ- nica proveniente de resíduos vegetais e animais também trazem poluentes para as guas da chuva. Além disso, o uso altamen- te difundido de pesticidas, fertilizantes, inseticidas e produtos químicos de origem médica ou industrial também têm reduzido à qualidade da água. Mas, de uma forma geral, a água da chuva pode fornecer gua limpa e confi vel, desde que os sistemas de coleta sejam construídos e mantidos de forma adequada e a água seja tratada apropriadamente, conforme o uso previsto ( O E M, 2005).

A partir dos trabalhos citados acima e também da dissertação apre- sentada por Ma foi poss vel identificar o foco em estudar a viabi- lidade de uma forma geral, não aplicada na prática, da importância, dimen- sionamento e portabilidade da água proveniente da chuva. Por ela também foram feitas an lises na utili ação do sistema de coleta, a fins acad micos.

Este trabalho visa aplicar na prática o sistema, a partir da norma A , visuali ando a diminuição na conta de gua, melhora na utilização e conscientização das pessoas que vão utilizar o sistema de apro- veitamento da água da chuva para lavar o veículo que é utilizado na Igreja para transporte e locomoção em eventos.

Por fim, a partir do estudo de caso elaborado por asconcelos e erreira , visa parte econ mica, ecol gica e visuali a os fatores da distribuição da água no planeta, no Brasil e suas regiões, evidenciando a importância deste recurso para a população, não considerando a melhora econômica na conta de água quando há troca e manutenção dos dispositi- vos de sa da de gua das resid ncias ou edif cios j e istentes. o traba-

37 CAPÍTULO II - PROPOST A P ARA

REDUÇÃO DE CONSUMO NO FORNECIMENT

O DE ÁGUA E IMPLANT AÇÃO DE CAPT AÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL NA IGREJA EM ANCHIET A

lho que estamos propondo visa tanto o aspecto ambiental, tanto econômico, além de conscientizar as pessoas que frequentam o local da importância de economi ar gua a fim de aumentar o n mero de eventos e celebraç es na igreja estudada. endo em vista que os referidos trabalhos acima focam de um modo geral pessoas que estão diretamente ligadas a esse consumo, ou seja, pessoas ligadas ao pagamento das contas do consumo de água potável, enquanto nosso trabalho visa tratar além de outras coisas, com pessoas que não estão ligadas diretamente com a obrigação quanto à economia na conta de consumo dessa água potável fornecida.

2. DESENVOLVIMENTO

P

ara o desenvolvimento deste projeto, foi de extrema importância ler a A R , pois esta norma verte sobre pontos relevantes sobre o sistema e métodos de dimensionamento, levando em consideração também o tempo de manutenção dentre outros. ale salientar que, o projeto visa o aproveitamento de gua de chuvas em reas urbanas e para fins não pot veis e t m como refer ncias normativas A R ns- talação predial de gua fria A R nstalação predial de águas pluviais - No caso desta norma, não deve ser utilizada caixa de areia e sim cai a de inspeção A R Captação de gua de superf cie para abastecimento p blico A R Sis- tema de bombeamento de gua para abastecimento p blico A R

Reservat rio de distribuição de gua para abastecimento p bli-

co . A R .

Segundo a orma A , alguns pontos devem ser con- siderados para adequar o sistema de aproveitamento de agua da chuva. Den- tre eles:

Manutenção peri dica, sendo no m nimo, uma ve ao ano

- Não devem haver instalações cruzadas entre água potável da chuva, ou seja, o sistema de aproveitamento de água da chuva deve ser separado da água pot vel

As tubulaç es devem conter cor chamativa e avisos informando a proce- d ncia

O descarte da gua de escoamento inicial, sugere se que seja autom tico O descarte m nimo de mm da precipitação inicial

iminuir ao m imo o turbilhonamento

38

CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA

E INOV

AÇÃO

tar contaminação e proliferação de bactérias

Os reservat rios devem ser limpos ao menos uma ve por ano e desin- fetados com hipoclorito de s dio

O cloro deve ser utili ado entre , mg l e , mg l

O quadro apresenta os componentes e a frequ ncia de manutenção para o sistema de aproveitamento de agua da chuva.

uadro requ ncia de manutenção

Componente requ ncia de manutenção

Dispositivo de descarte de detritos Inspeção mensal Limpeza trimestral Dispositivo de descarte do escoa-

mento inicial

Limpeza mensal Calhas, condutores verticais e hori-

zontais

Semestral Dispositivos de desinfecção Mensal

Bombas Mensal

Reservat rio Limpeza e desinfecção anual

onte R

Segundo a norma R , é necess rio que sejam feitos estudos pluviométricos do local desejado. Para este trabalho foi identificado através de informaç es da eo Rio na Prefeitura do Rio de aneiro que a região citada, Anchieta, possui uma estação remota locali ada na Escola Municipal C ro Monteiro Rua Ant ria, igura e abela .

igura ocali ação das Estaç es elepluviométricas

39 CAPÍTULO II - PROPOST A P ARA

REDUÇÃO DE CONSUMO NO FORNECIMENT

O DE ÁGUA E IMPLANT AÇÃO DE CAPT AÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL NA IGREJA EM ANCHIET A

abela ocali ação das Estaç es elepluviométricas

onte eoRio

Segundo o site da Prefeitura do Rio de aneiro e iste uma iniciativa muito positiva com relação ao aproveitamento da água da chuva. Dentro do site é possível incluir o endereço proposto e conseguir visualizar o potencial de cada resid ncia. Optamos em utili ar o site a fim de obter fidelidade no c lculo a partir de um rgão que comp e a eoRio. Segue abai o as infor- mações obtidas e respectivos cálculos.

Cálculo de potencial de economia com o reuso:

Onde , fator de perda, que inclui gua de descarte, escoamento superficial e evaporação e

, fator médio para o consumo não pot vel de uma resid ncia O resultado dar em porcentagem o potencial que sua casa ou seu edifício tem em economizar água com a chuva, considerando o uso não pot vel igura PRE E RA O R O E A E RO,

40

CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA

E INOV

AÇÃO

igura Mapeamento do uso de gua de chuva no Rio de aneiro

onte Prefeitura do Rio de aneiro

A partir do site obtém se os seguintes resultados rea do telhado m e emplo

Potencial de uso guas pluviais entre . . cor a partir do endereço desejado

Chuva total durante o ano (entre os anos de 2010 a 2015): 100.042 litros igura

igura Média mensal de chuva sinali ado em c rculos

onte Prefeitura do Rio de aneiro

Para a implantação do sistema, de forma resumida, apresentado abai o na igura .

41 CAPÍTULO II - PROPOST A P ARA

REDUÇÃO DE CONSUMO NO FORNECIMENT

O DE ÁGUA E IMPLANT AÇÃO DE CAPT AÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL NA IGREJA EM ANCHIET A

igura Resumo da tili ação da captação da gua da chuva

onte Prefeitura do Rio de aneiro

Para a implantação do sistema levando em consideração 91 m² de telhado, obtemos apro imadamente , de economia h drica em um ano, a partir do cálculo:

Utilizaremos as calhas já existentes na fachada (aprox. 14 m de tu- bos , reali ando a filtração através de ralo abaca i e filtragem com tela mos- quiteiro de abertura fina igura .

igura iltro auto limpante para gua de chuva

42

CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA

E INOV

AÇÃO

Para coleta e descarte de água da primeira chuva serão utilizados (91 m l de gua litros de descarte , podendo ser reali ado de duas for- mas, com reservat rio e bolinha utuante igura e , que se diferenciam entre espaço e praticidade.

igura Reservat rio com bolinha utuante

onte Prefeitura do Rio de aneiro igura Reservat rio de tubos

onte Prefeitura do Rio de aneiro

Além disso, levando em consideração a média das va es sobre o n mero de meses, obtemos o reservat rio com a partir de . litros ou m para reservar a gua e para estar de acordo com a norma utili aremos um cesto com pastilha de cloro, utilizada também para manter a água de piscinas em condições de utilização.

43 CAPÍTULO II - PROPOST A P ARA

REDUÇÃO DE CONSUMO NO FORNECIMENT

O DE ÁGUA E IMPLANT AÇÃO DE CAPT AÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL NA IGREJA EM ANCHIET A

jan . fev . mar . abr . mai . jun . jul . ago set . out . nov . de .

ogo, . . litros, ou seja, uma cai a d gua a partir de m de gua, sendo utili ados apenas devido ao descarte, obtemos então . litros apro imadamente.

Segundo a norma A , as instalaç es e tubulaç es aparentes, assim como os registros, devem ter cor diferenciada respaldada a

orma R .

A igura apresenta as cores de identificação das tubulaç es, evi- tando futuras conexões cruzadas e facilitando a visualização.

igura Cores de dentificação das tubulaç es

onte CA A

A igura apresenta modelo de placa indicativa informando a ori- gem da água que será utilizada.

igura E emplos de sinali ação adequada

44

CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA

E INOV

AÇÃO

No documento CONSTRUÇÃO CIVIL: ENGENHARIA E INOVAÇÃO (páginas 36-45)