• Nenhum resultado encontrado

1 – Brasil é recordista em impostos indiretos – Denise Neumann. (Jornal O Estado de São Paulo, 14/03/99)

“A carga tributária no Brasil recai de forma bastante desigual sobre os contribuintes. Dez entre dez assalariados que recolhem Imposto de Renda são unânimes em afirmar que pagam muito imposto.

Um olhar detalhado sobre a participação de cada tributo no bolo total e a compara-ção dos dados brasileiros com outras economias mostram que o contribuinte pessoa física paga relativamente pouco imposto direto no Brasil [...] O problema está nos impos-tos indireimpos-tos embutidos nos preços dos produimpos-tos e serviços. O Brasil é um dos campeões em cobrança de impostos sobre a produção.

[...]

A carga tributária no Brasil incide de forma perversa sobre a produção e circulação de bens e serviços, apostam os economistas. Quase a metade da arrecadação [...] pro-vém de recolhimento de ICMS, IPI, Cofins e Pis/Pasep [...] O consumidor paga estes impostos e como o valor do tributo acaba embutido no preço da mercadoria, o pobre e o rico recolhem, indiretamente, o mesmo imposto,[...]

Outro recorde brasileiro é a tributação sobre operações financeiras. Em muitos países esta modalidade de tributo nem existe [...] Nesta conta entram principalmente CPMF e IOF, que juntos permitiram uma arrecadação superior a R$11 bilhões no ano passado.”

2 – Carga tributária cresceu 50% em 10 anos – Denise Neumann e Márcia de Chiara.

(Jornal O Estado de São Paulo, 14/03/99)

”O peso dos impostos no dia-a-dia das empresas e dos cidadãos cresceu quase 50% – em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) – nos últimos dez anos, sem a contrapartida da melhoria dos serviços básicos de educação, saúde, segurança pública, entre outros. Em 1988, a parcela de renda da sociedade transferida para os cofres públi-cos correspondia a 20,01% do PIB. No ano passado, já consideradas as tributações indiretas – como multas de trânsito, pedágios, Contribuição Provisória sobre a Movimen-tação Financeira (CPMF), taxas de limpeza pública etc. – a carga tributária já estava em 28,5% do PIB, segundo números da Secretaria da Receita Federal (SRF).

[...]

Proporcionalmente, entre 1988 e 1999, quem mais avançou sobre o bolso do contribuinte foram as prefeituras. A carga tributária municipal dobrou neste período. Em 1988, as prefeituras arrecadavam o equivalente a 0,62% do PIB. Hoje esta arrecadação já está em 1,21%, A parcela do governo federal cresceu de 14,93% para 19,10% do PIB e a carga dos governos estaduais saiu de 4,48% para 7,53% do PIB.”

Transposição didática: gráficos de barras e circulares, traçado de ângulos e números negativos

Seção 3

188

3 – http://jovempan.uol.com.br/jpam/

”A carga tributária brasileira aumentou em quase 300% de 1986 para cá. A maior parte desse aumento ocorreu nos chamados tributos cumulativos, com a incidência em cascata, como o PIS, a Cofins e a CPMF, que já era um absurdo e agora aumentou de 0,30% para 0,38%. São tributos que se escondem nos preços dos produtos.

[...]

As empresas e os consumidores pagam, em média, 40% de impostos nos produtos que comercializam e adquirem no Brasil. Aqui, os impostos incidem em cascata e nisso se somam a CPMF, o PIS e a Cofins [...]”

4 – Contribuintes ainda estão mal-organizados – Márcia de Chiara. (Jornal O Estado de São Paulo, 14/03/99)

“Enquanto as associações de consumidores lesados ou insatisfeitos proliferam dia a dia [...] os órgãos de defesa dos direitos do contribuinte ainda são incipientes no Brasil. Isso não ocorre em outros países, como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, por exem-plo, nos quais é comum associações de contribuintes (taxpayer), que se organizam para contestar judicialmente questões ligadas à tributação.

[...]

Não é por falta de demanda que entidades de defesa do contribuinte não têm a mesma atuação de órgãos de defesa do consumidor. Só na Internet existem 46.711 páginas que tratam da questão tributária. O site do Movimento Nacional de Defesa do Contribuinte já recebeu 4.661 visitas desde o início da sua operação.

[...]

Contribuinte – “No ano passado, eu paguei mais impostos ao governo do que gastei com as minhas três filhas”, diz o advogado tributarista Raul Haidar. Na sua análise, os motivos que, em qualquer sociedade, levam o cidadão a pagar impostos para manter o Estado, como garantir justiça e segurança pública, hoje no Brasil são precariamente cumpridos”.

Sugestões para coleta pessoal de dados pelos alunos e apresentação em tabelas e gráficos circulares ou de barras.

Análise e conclusões a partir do material organizado (inferência de conceitos e processos matemáticos).

A interpretação de valores negativos, em gráfico de colunas.

A construção cuidadosa dos gráficos de setores, usando-se proporções e traçado de ângulos.Novas interpretações para o sinal do produto nos números inteiros.

Considerações sobre a aquisição do conhecimento como processo significativo e integrado.Uma iniciação dos alunos à educação tributária.

Um exemplo de uso da Teoria dos Quadros no ensino e na aprendizagem dos números negativos.

Unidade 4

189

Leituras sugeridas

LOPES, Maria Laura Mousinho Leite. (org.). Tratamento da Informação. Rio de Janeiro:

UFRJ/Instituto de Matemática/Projeto Fundão, 1998.

O livro inclui atividades destinadas a todo o ensino básico – das séries iniciais ao ensino médio, que foram aplicadas em salas de aula. Traz comentários sobre essas aplicações e as dificuldades apresentadas pelos alunos.

IMENES, Luís Márcio; JAKUBO, José; e LELLIS, Marcelo. Ângulos. Coleção Pra que serve

Matemática? São Paulo: Atual, 1992.

Trata-se de um livro paradidático, útil ao professor e ao aluno. É um texto curto, que oferece atividades, sugestões e idéias criativas para a exploração do tema Ângulos, de forma leve e prazerosa.

IMENES, Luís Márcio; JAKUBO, José; e LELLIS, Marcelo. Números Negativos. Coleção

Pra que serve Matemática? São Paulo: Atual, 1992.

Este também é um livro paradidático, curto, nos moldes do anterior, tratando do tema Números Negativos. O professor pode contar com ele como auxílio às suas aulas. Ou então sugerir sua leitura aos alunos e depois organizar uma atividade de relatos e comentários.

190

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Mate-mática – 5a a 8a série. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FREMONT, Herbert . Teaching Secondary Mathematics through applications. 2.ed.

Bos-ton: Prindle, Weber & Schmidt, 1979. p. 342.

LINDQUIST, Mary Montgomery e SHULTE, Albert P. (org). Aprendendo e Ensinando

Geometria. São Paulo: Atual, 1994. p. 308.

OYAMA, Thaís. O predador. In: Revista VEJA, 176. Ano 35, n.34, p. 76-82.

NEUMANN, Denise. Brasil é recordista em impostos indiretos. In: Jornal O Estado de

São Paulo, 14/03/99.

____ .Carga tributária cresceu 50% em 10 anos. In: Jornal O Estado de São Paulo, 14/

03/99.

DE CHIARA, Márcia. Contribuintes ainda estão mal-organizados. In: Jornal O Estado de

São Paulo, 14/03/99. Sites Utilizados <http://www.fiema.org.br/iof.asp> <http://www.bandeirante.com.br/dúvida10.htm> <http://www.fazenda.sp.gov.br/oquee/oq_icms.asp> <http://www.defenda-se.int.br/cgi-j...> <http://www.bol.com.br/serviços/imposto/ipva-taq.html> <http://www.estado.estadao.com.br/edicao/pano/99/03/13/eco809.html> <http://www.estado.estadao.com.br/edicao/pano/99/03/13/eco799.html> <http://www.estado.estadao.com.br/edicao/pano/99/03/13/eco803.html> <http://jovempan.uol.com.br/jpam/> <http://www.tributarista.org.br/content/estudos/reforma.html> <http://www.estado.estadao.com.br/jornal/03/03/13/news164.html>

Bibliografia

Unidade 4

191

Texto de referência

Transposição Didática: O professor

No documento Matemática na Alimentação e nos Impostos (páginas 189-193)