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CAPITULO 4 – CASOS DE ESTUDO

4.3. Turismo em Portugal

Segundo Márcio Lucca de Paula, (Diretor executivo da OMT) e de acordo com dados fornecidos pelo (Jornal i, 2014), com respeito aos resultados sobre o turismo em Portugal, o país está cotado como o 13º país com maior excedente turístico no mundo em 2013, com um resultado positivo de seis mil e 100 milhões de euros, que corresponde a 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal. Além disso, argumenta que “o turismo é uma importante atividade económica em Portugal”. O mesmo jornal relata, que segundo os dados do INE, no ano 2013, os estabelecimentos hoteleiros acolheram 14,4 milhões de hóspedes, e regist 41,7 milhões de dormidas. Na figura a seguinte podemos observar o desempenho do turismo em Portugal durante os últimos 5 anos.

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Figura 19: Desempenho do Turismo 2010-2014

Fonte: www.portugal.gov.pt

O turismo em Portugal é “uma aposta nacional” porque dispõe das “matérias-primas”, isto é as condições climatéricas, os recursos naturais e culturais que são indispensáveis à consolidação e desenvolvimento de 10 produtos turísticos estratégicos: sol e mar, Tourismo Cultural e Paisagístico, City Break, Turismo de Negócios, Turismo de Natureza, Turismo Náutico, Saúde e Bem-estar, Golfe, Resorts Integrados e Turismo Residencial, e Gastronomia e Vinhos. As características e infraestrutura de cada destino refletem-se num portefólio de produtos a potenciar para cada região, (© Turismo de Portugal, I.P, 2007). Com os produtos estratégicos Portugal visa ser um dos destinos na Europa com crescimento mais alinhado com os princípios do desenvolvimento sustentável, alavancado numa proposta de valor suportada em características distintas e inovadoras do país, (© Turismo de Portugal, I.P, 2013).

4.3.1. Importância estratégica das redes sociais na promoção de Portugal.

No relatório apresentado pelo (© Turismo de Portugal, I.P. (2013) e AICEP Portugal Global (2014), de acordo com o disposto no PENT 2013-2015, as estratégias de marketing para o desenvolvimento do turismo de Portugal, adotam 3 prioridades principais:

Realizar a Promoção e Venda: Pretende-se posicionar Portugal como destino turístico em destaque no mercado internacional das viagens e turismo, de modo a que se torne determinante

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nas opções de compra dos turistas. Isso exige uma perceção mais atenta das novas tendências e do mercado por parte das marcas e empresas, considerando os principais fatores do Destino Portugal, tais como a hospitalidade e a proximidade, enfatizando emoções e focado nas pessoas, devendo o marketing e a comunicação estarem focados em narrativas, experiências e emoções. Contudo, a comunicação do destino deverá encontrar-se focada na venda de propostas concretas de produtos e no acesso às experiências que Portugal proporciona, com maior utilização do marketing de destino (dirigido aos agentes que organizam e distribuem o produto no mercado emissor), e dos meios da Internet, tais como os conteúdos digitais e as redes sociais.

Uso das Plataformas e Canais de Distribuição: A proposta está relacionada que ver com as novas formas de apresentar o produto, de contactar e dialogar com o cliente, através da apresentação da empresa na Internet, com o desenvolvimento de conteúdos e apresentação de serviços, de modo a maximizar a visibilidade e a capacidade de interação com o cliente final, e com intermediários, numa ótica de integração e alinhamento com iniciativas internacionais. O objetivo é preparar as empresas para as redes digitais, tornando o alcance da oferta muito maior e, por outro lado, promover a utilização de plataformas tecnológicas que suportem eficazmente a gestão e a promoção.

Investimento na Inteligência de Mercado e I&DT: Pretende-se promover a procura de novos clientes ou novos parceiros através de uma melhor perceção do mercado, desde a estrutura e comportamento da procura, passando pelas estruturas de distribuição e dos seus agentes, das

media tradicionais e das redes digitais, até à oferta de destinos concorrentes. Para isso é

necessário criar uma plataforma para viabilizar a cooperação no acesso de informação crítica de mercado. Neste sentido, importa dinamizar projetos de I&DT focados no turismo, uma vez que a crescente competitividade no mercado favorece a introdução de tecnologias inovadoras que facilitem a diferenciação e reduzam os custos de operação das empresas.

4.3.2. Marketing Digital em Portugal

Segundo os dados fornecidos pelo Instituto de (Turismo de Portugal, I.P., 2014), em 2013 a estratégia de promoção internacional do Destino Portugal foi alterada, passando a estar centrada no marketing digital e não institucional. Fizeram-se mais de 400 campanhas de promoção do Destino Portugal em 13 mercados-alvo exclusivamente on-line, adaptadas às necessidades específicas de cada mercado. Esta abordagem foi considerada mais eficaz na promoção de um

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destino turístico do que as tradicionais campanhas institucionais offline, segundo o TdP. O Instituto de Turismo de Portugal manifestou que a campanha on-line decorreu em 13 mercados e 11 idiomas em países como: Alemanha, Brasil, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Itália, Polonia, Reino Unido, Rússia, Suécia e Estados Unidos.

Os meios de divulgação são o Google (Google AdWords e Gogle Display), YouTube, Facebook e sites específicos de alguns mercados, conduzindo depois o tráfego gerado neste canais para o portal www.visitportugal.com e para as suas redes sociais. João Cotrim Figueiredo, presidente de Turismo de Portugal, citado pelo (Turismo de Portugal, I.P., 2014), acrescenta que “com as novas ferramentas online e as redes sociais, o turista torna-se num líder de opinião poderosíssimo, na medida em que passa a ser ele a dizer bem e a recomendar, ao seu círculo de influência a experiência no nosso País”. Segundo o jornal (AZUL ERICEIRA MAG, 2014), o Turismo de Portugal I.P. justifica esta aposta com a eficiência nos resultados e com o menor investimento, o que permite libertar recursos de apoio à venda junto de operadores internacionais e aumentar o número de workshops comerciais para os profissionais do setor. Em relação ao investimento o (Turismo de Portugal, I.P., 2014) relata que nos últimos anos a média anual de investimento em publicidade nas campanhas internacionais era de cerca de 10 milhões de euros. Por outro lado, a campanha de 2014 conta com um orçamento global de cerca de 5 milhões de euros.

Segundo os dados disponibilizados pelo (Euromonitor International, 2014), relata-se que:

As vendas por meio do canais online superam as vendas offline no que se refere a viagens e turismo em Portugal. A instituição salienta que as preocupações sobre compras online foram gradualmente desaparecendo, mas a indústria de viagens e turismo Português refletiu essa tendência. Beneficiando-se de preços mais baixos oferecidos pelos operadores e pelos intermediários on-line, os turistas tornaram-se muito mais recetivos a comprar produtos turísticos através da internet. Durante os anos de 2012-2013, os sites de desconto como Forretas, Groupon e Lifecooler, entre muitos outros, tornaram-se cada vez mais interessados em vender produtos de viagens e turismo e este fato ajudou a aumentar a penetração de vendas on-line.

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4.3.3. Viagens e Turismo Low-cost em Portugal

O “modelo económico” do low-cost “baseia-se no preço competitivo e na eficiência dos serviços” (Bastos, 2012).

O (Euromonitor International, 2014) reconhece Portugal como um todo e particularmente algumas cidades como Lisboa, Faro e Porto, como cidades de baixo custo e como lugares para onde viajar é relativamente barato. A excelente penetração das transportadoras de baixo custos que fornecem aos turistas ligações aéreas muito acessíveis e o crescimento das pousadas na moda permitiram o desenvolvimento de ofertas de baixo custo. Na verdade, mesmo o turismo de luxo em Portugal é considerado acessível devido aos preços baixos oferecidos pelos hotéis de 4 e 5 estrelas; Existe no entanto, uma potencial ameaça de depreciação da indústria, caso a qualidade dos serviços não seja mantida com os preços baixos oferecidos.

Segundo (Bastos, 2012), “o modelo low-cost teve início a partir da crise financeira que se vive mundialmente. Isso impulsionou o aparecimento de serviços low-cost como consequência do aumento da procura de preços mais económicos e da necessidade das empresas aumentarem a sua eficiência e competitividade”. Neste contexto as low-cost irão contribuir para mudar a imagem dos destinos que ainda tenha a perceção como destino caro em comparação com outros destinos concorrentes com modelos de baixo custo.

(Turismo de Portugal, I.P., 2015) o modelo low cost tem vindo ganhar quota no tráfego comercial, num contexto de quebra global do setor. O aumento de importância das companhias aéreas low cost no setor do turismo teve diversos impactos estruturantes, destacando-se:

Potenciação de short breaks – ao facilitarem a ligação dos principais aeroportos europeus a Portugal e reduzirem em simultâneo o seu preço, os voos low-cost potenciam o crescimento da captação de novos segmentos de mercado, quer geográficos quer socioeconómicos, suportando o desenvolvimento de produtos do tipo city e short breaks. A instalação de bases low-cost em Portugal veio dinamizar e alterar o contexto competitivo das suas regiões circundantes, dando-lhes acesso a mercados / regiões pouco explorados pelos destinos concorrentes.

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