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3. ENQUADRAMENTO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

3.2. E NQUADRAMENTO INSTITUCIONAL DO EP

3.2.5. Turma: 11ºF

A turma atribuída foi o 11ºF, 11ºano de escolaridade do Curso Científico Humanístico de Línguas e Humanidades. Na figura 2 pode observar-se a turma do 11ºF acompanhada por nós e pelo PC. A turma foi constituída por 26 alunos, 18 do sexo feminino e 8 do sexo masculino. Uma aluna, tendo apresentado atestado médico para o efeito, não realizou ao longo do ano letivo as práticas associadas ao domínio motor.

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Figura 2 – A turma 11ºF.

Das informações constantes nos processos individuais dos alunos e seus historiais, bem como dos dados retirados do inquérito preenchido por si, o Conselho de Turma concluiu que: todos frequentaram o 11ºano do Curso Científico Humanístico de Línguas e Humanidades pela primeira vez; existiu uma aluna que frequentou o décimo ano de Línguas e Humanidades e o de Ciências e Tecnologias; os alunos provieram da mesma turma do 10ºano, com exceção de uma aluna; os alunos foram matriculados a todas as disciplinas, exceto uma aluna, que não progrediu a inglês; a idade dos alunos variava entre os 15 e 18 anos, sendo dominante a de 16; sete alunos têm problemas de visão e seis alunos têm problemas relacionados com alergias; doze alunos são subsidiados pelo ASE, sendo oito do escalão A e quatro do escalão B; cinco alunos têm pais separados e a três deles já faleceu o pai.

Quanto aos projetos académicos e profissionais: dezassete alunos afirmaram não gostar de estudar, embora vinte e dois tenham revelado pretender obter um curso superior; três alunos afirmaram querer completar, apenas o 12ºano; as profissões mais invocadas são Psicólogo, Jornalista e Fotógrafo; as disciplinas favoritas da maioria dos alunos são História (14), EF (9) e Filosofia (4); as disciplinas em que declararam ter maiores dificuldades foram o Inglês (10) e a Geografia (8), seguidas de MACS (3), Português (3) e Filosofia (1).

Nos resultados académicos, no ano letivo transato, quinze alunos não tiveram qualquer negativa, cinco alunos tiveram uma negativa, seis alunos tiveram duas negativas, sendo que um destes não progrediu a Inglês; são quatro os alunos que já passaram por retenções em anos letivos anteriores (3 três uma vez, e um duas vezes); duas alunas mudaram de curso.

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Especificando a EF, no 10ºano de escolaridade não existiu nenhuma retenção. As classificações variaram entre os 11 e os 18 valores, sendo a média da turma 14,69 valores.

Dos questionários, extrapolou-se ainda que as qualidades mais apreciadas num professor são a simpatia, seguida de sentido de humor, a competência (que ensine bem) e a paciência; as causas de insucesso mais apontadas foram, por ordem decrescente, a falta de atenção/concentração, o desinteresse pela disciplina, a falta de hábitos de estudo, a indisciplina, esquecimento rápido do que foi trabalhado, a falta de compreensão e os conteúdos difíceis e antipatia do professor; o tipo de aulas preferido foi, por ordem decrescente, recurso a materiais audiovisuais, debates e interação entre professor-aluno.

As atividades nos tempos livres mais frisadas pelos alunos foram sair com os amigos, ver televisão, dormir, ler, passear, estar no computador e ouvir música, mas também comer, praticar desporto, jogar futebol, não fazer nada, namorar, mexer no telemóvel… Como atividades extracurriculares, foram sete os alunos que responderam, privilegiando fotografia, seguida do teatro, futebol, DJ.

Em Conselho de Turma, foram definidas no Plano de Trabalho de Turma, como linhas de atuação comum: promover um comportamento conjunto (educação para a cidadania), adequado à sala de aula (faltas de atraso e material; entrada ordeira na sala de aula; proibição do uso de telemóveis e pastilhas elásticas); fomentar uma participação organizada; promover a tomada de iniciativa e a autonomia; estimular a realização de atividades de forma autónoma, responsável e criativa; verificar a realização das tarefas marcadas para casa, de forma a clarificar ao aluno a sua valorização; valorizar propostas e projetos de trabalho alternativos ou complementares, nas diferentes disciplinas; e, sensibilizar o acompanhamento e envolvimento dos encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos, através da diretora de turma.

Nos questionários iniciais, aplicados no âmbito de EF, percebemos que 12 alunos atualmente praticam desporto, fora do contexto escolar. Mais de 50%

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dos alunos não se envolve em prática desportiva, pelo que considerou-se importante intervir a este nível ao longo do ano letivo.

Numa escala de 1 a 10, os alunos demonstraram uma motivação elevada para as aulas de EF, sendo a média 7,7 pontos. Os alunos consideram, na generalidade, que esta área disciplinar é muito importante, sendo que 10 concordam que a classificação desta não seja contabilizada para a média final do Ensino Secundário.

Além do divertimento e conhecimento acerca das modalidades, os alunos referem com mais frequência que as suas motivações para as aulas se prendem com o desenvolvimento corporal, emagrecimento, e melhoramento da saúde. É visível uma clara preocupação com o corpo o que vai de encontro com Queirós (2001, p.31), que afirma que “na sociedade contemporânea o corpo assume-se como um valor fundamental”, “por conseguinte as questões da corporalidade deverão ser uma preocupação fundamental da escola”. A mesma autora refere que a EF é o elo de ligação entre sistema educativo e o corpo, atribuindo-lhe um valor educativo, sendo que a existência desta área disciplinar explicita o propósito do sistema educativo tomar participar na construção, definição e modelação do corpo ou, no mínimo, de não se abster totalmente neste processo.

Concordamos e tentámos ao longo do EP operacionalizar os princípios e entendimentos de Queirós (2001, p.34), que indica que “perder a consciência do valor intrínseco do corpo na aula de EF, é talvez mutilar gravemente os objetivos centrais desta disciplina”, sendo que “a EF na pós-modernidade tem pois um papel a desempenhar, no sentido de proporcionar aos jovens experiências corporais e ganhos ou melhorias nas competências físico- motoras, necessárias e importantes para uma vida preenchida, produtiva e feliz”. Tentámos mostrar o mundo do desporto aos nossos alunos e seduzi-los para integrá-lo nas suas vidas.

Quanto à saúde, entre os problemas respiratórios, 4 alunos têm alergias, 2 têm bronquite asmática, e 1 asma. Não existem problemas cardíacos, de epilepsia, de diabetes, e de audição. Entre problemas motores e musculares, 1 aluna apresenta escoliose, 1 aluna um problema na coluna vertebral (dor

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crónica) e num joelho, 1 aluna apresenta uma entorse no joelho que foi tratado cirurgicamente (aluna não realizou o domínio prático das aulas), e 1 aluna apresenta uma lesão no pé direito. Referente a problemas visuais, 8 alunos demonstraram problemas. Uma aluna indicou ainda que fumava (raramente).

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