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2.1 UMA CASA QUE É UM SERVIÇO QUE É UMA CASA

No documento No litoral da Casa e do Serviço (páginas 46-58)

CAPÍTULO II – ENDEREÇO: A AVALIAÇÃO

2.1 UMA CASA QUE É UM SERVIÇO QUE É UMA CASA

No intuito de adequar o serviço às necessidades dos pacientes, as RTs

são pensadas de acordo com a particularidade de cada morador. Isso requer

um cuidado na criação de novos serviços, pois não basta ampliar o número dos

mesmos, é necessário ter em conta que ‘tipo’ de residência dentro de um

programa residencial deve ser criada. Revela-se assim a estratégia institucional

da RT, que busca apresentar aos futuros moradores condições necessárias

para iniciar sua empreitada fora da instituição psiquiátrica. Também vale

lembrar que como parte do processo de desinstitucionalização, a montagem de

novos serviços não pode se furtar à função a que foi destinada: dar suporte ao

desmonte dos hospitais psiquiátricos, e, portanto, deve se adequar a uma

agenda mais ampla.

Temos então um serviço que atende às necessidades de uma política de

assistência e que se edifica no ideal de ser uma casa para cada morador.

Configura-se assim um dispositivo que se pretende uma instituição fundada a

partir de cada morador, não podendo fugir dos contornos que cada um

necessita para ali estar. E temos ainda uma assertiva de subverter a lógica

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manicômio a partir da crítica à sua lógica. Mas em que consiste esta lógica que

não deve ser reproduzida?

Podemos afirmar, grosso modo, que devido ao emaranhado de tramas

discursivas e padronizações de procedimentos que encontramos dentro dos

ambientes manicomiais, os pacientes se enredam nos jogos de poderes e

saberes que ali se atualizam. Há, de certo modo, uma tentativa de apagamento

do que é mais subjetivo de cada um, empenhando uma forma de cuidado que

só se diferencia para cada paciente a partir da convocação pelo mesmo ou de

muito esforço da equipe. Como instituição, as regras são pensadas para

garantir o funcionamento do hospital, e cabe ao paciente internado adequar-se

(ou não) àquilo que é pensado para acolher ‘a todos’, deixando pouco espaço

para o que é próprio de cada um.

Na Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, por exemplo, ficava fácil

identificar que a lógica de cuidado era manter o mesmo ‘padrão’ para todos.

Todos deveriam tomar banho no mesmo horário, se alimentar no mesmo

horário, ter evoluções em prontuários caso houvesse alguma coisa de

‘diferente’. As rotinas eram estabelecidas para todos do mesmo modo, e só

eram discutidas e reavaliadas quando alguém quebrava uma norma, ou fazia

alguma solicitação que não estava descrita no protocolo. Não é preciso dizer

que isso acontecia o tempo todo, mas a tentativa era a de restabelecer a ordem

anterior, seguindo à risca a prerrogativa de que ‘saúde’ e seu correlato

‘normalidade’ podem ser medidos pelo silêncio ou pela constância. A despeito

das tentativas dos técnicos de subverter essa dinâmica, estabelecendo uma

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na instituição parecia apontar que ali, manter a institucionalidade, era o mais

importante.

Em Paracambi os ecos do hospício habitavam as RTs de maneira

contundente. Não era difícil reconhecer as marcas da longa internação nos

moradores. Alguns dormiam com pães dentro do pijama por medo de não

haver pão no dia seguinte. Outros dormiam com o chinelo, artigo de luxo dentro

do hospital, para que ninguém pudesse roubá-lo. Outras situações, menos

objetivas, também demonstravam que dentro da precariedade instalada

naquele hospital era necessário criar estratégias: não raro os moradores

tentavam ‘ganhar’ algo dos cuidadores (poderia ser uma autorização para levar

alguém para casa ou até um remédio que não estava prescrito) ameaçando

contar para o técnico de referência algo sobre o cuidador. Isso acontecia muito

dentro da CSDE, uma construção hierárquica de credulidade institucional, onde

o fato só tinha relevância diante do reconhecimento de um superior. Os

pacientes sabiam disso, e muitas vezes jogavam com o fato de os técnicos não

desacreditarem no que diziam. Claro que isso tudo chegava à RT dentro das

malas de cada morador. Fazer com que essas estratégias forjadas na lógica

hospitalar pudessem ser reescritas era um trabalho cotidiano, fundado no

cuidado que cada um precisava, nas regras que eram estabelecidas e

restabelecidas constantemente com todos; e também na evidente

impossibilidade de todos ficarem satisfeitos.

É uma casa, que tem como finalidade a moradia, mas habitada por

pessoas que trazem em sua história uma vida institucional e uma carreira

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fazer um almoço, por exemplo, poderia ser um grande obstáculo para grande

parte dos moradores das RTs de Paracambi. Em função disso, muitas

discussões eram feitas para determinar se a comida viria pronta de algum lugar

ou seria confeccionada nas casas. O que se constatou é que em algumas

casas era possível cozinhar, mas, em outras, isso era uma possibilidade a ser

construída, já que muitos moradores não tinham a menor ideia do que era

necessário para cozinhar. Uma vez um morador fez uma ‘sopa de sabão’ e

disse que quando via panelas fervendo sempre havia roupas dentro, logo se o

sabão era para lavar roupas, o fogão serviria somente para isso. No IMAS-JM

essa discussão era muito mais particular, já que de modo geral em todas as

casas havia algum morador que cozinhava (com ou sem auxílio de um

cuidador). A organização institucional então vai se estabelecer segundo as

necessidades de cada casa, e mais radicalmente de cada caso, restando,

ainda que de modo residual, uma instituição. (Zenoni, 1991).

Esse aparente paradoxo entre ‘casa’ e ‘serviço’ é uma fonte rica de

reflexões. “Casa ou serviço? Se for uma casa, por que pensar em termos de

terapêutica? (...) Se for uma casa, por que falar em uma ‘equipe’ responsável

por essa casa?” (Cavalcanti et al, 2006 p 84). E por outro lado, se for um

serviço, por que temos tanto trabalho em transformar esse espaço em uma

casa? O que de fato sustenta a escolha por esse tipo de investimento no

âmbito das políticas públicas?

O texto de Cavalcanti et al (2006) tenta responder essa pergunta

tecendo duas considerações, a saber: 1. A qualidade das relações que se

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esse espaço. Temos então alguns pontos que caracterizam essas

casas/serviço: o cuidado deve ser pautado na relação e não em protocolos de

assistência; e os moradores terão o poder de decidir sobre o gerenciamento do

espaço onde vivem. Some-se a isso a determinação de um número máximo de

moradores; bem como a consignação de que essas casas deverão ser

instaladas nos bairros das cidades; e teremos então o que localiza uma RT

dentro da rede de cuidados. Por isso deve ser o mais parecido com uma casa,

sem os pudores típicos dos espaços hospitalares que não permitem facas,

vidros, acesso livre à rua e aos bens de consumo que existem dentro da RT. E

quanto mais parecido com uma casa, mas o morador poderá se apropriar

daquele espaço e consequente responsabilização pelo mesmo.

O que percebemos na prática é que o que transforma um lugar em

‘casa’, em ‘lar’ ou em outra coisa que assimile o sentimento de viver em uma

casa é não é uma operação objetiva. Como afirma Estrella (2010, p15) “(...)

sentir-se parte, reconhecer um canto só para si não é automático, óbvio, mas

depende de uma operação que cada um faz a seu modo.” A autora recorre ao

Seminário 10 de Lacan para ilustrar sua afirmação: “o lugar que cada um

encontra para si no mundo, privilegia a inserção simbólica, já que para ele a

casa do homem é encontrada em um ponto situado no Outro, para além da

imagem.” (Estrella, 2010, p 16.)

A casa não é dada na mudança de endereço. É necessário que o

morador construa uma forma subjetiva de habitar sua casa e a cidade,

situando-se em um lugar no Outro. O que oferecemos são outras formas de

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casa. Um local para moradia onde quem o habita pode ou não chamá-lo de

casa, mas que encontra, para além dos aspectos formais, possibilidades de

novos arranjos subjetivos.

A saída do hospital então é somente o primeiro passo, mas não é um

passo pequeno. Como já assinalamos, é necessário ter em conta a função do

SRT, sua forma de organização, cuidado e convivência quando se dispara um

processo de avaliação com a finalidade de desospitalizar os pacientes.

Desta feita, ao pensarmos nessas casas/serviço temos diversos aspectos

institucionais a considerar, sem subtrair o que de fato convoca à criação das

mais diferentes estratégias para o tratamento da loucura.

Como afirma Zenoni (1991, p 12) “La suppression dês institutions

psychiatriques ne supprime le réel qui a motivé leur création” e segue

afirmando que por mais que se construa uma instituição alternativa, ainda resta

uma instituição. É então a partir do Real que motiva a criação de ambientes

institucionais que nos sentimos convocados a pensar sobre esse novo

dispositivo. Deste modo, torna-se vantajoso, como já apontamos anteriormente,

assumir o caráter ‘institucional’ da casa, passando então a fazer um bom uso

disso para que a RT possa dar suporte aos futuros moradores. É importante

considerar que não há ‘lugar’ de tratamento ou moradia que suprima totalmente

as dificuldades da loucura, e assumir a ‘função social’ desses dispositivos pode

ser útil na medida em que esclarece seu papel junto à proposta da Reforma

Psiquiátrica.

É necessário ter em conta que se trata de uma ‘Residência Terapêutica’

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ser um facilitador para que a diferença dos moradores se coloque, refreando os

ideários de ‘normalização’ e servindo como ponto de sustentação para

construção de um lugar para cada morador. Nesse sentido, a avaliação não

visa assegurar que os futuros moradores fiquem ‘ajustados’ a um ideal de

convívio na residência ou na comunidade, mas pode funcionar como um

disparador do processo de construção de um lugar junto ao sujeito.

Como indicamos, o hospital psiquiátrico muitas vezes opera uma lógica

que tenta ‘apaziguar’ aquilo que não cessa de não se inscrever, promovendo

uma homogeneização do cuidado que reflete uma perspectiva que todos

atendam a um certo padrão. Muitas vezes, se atribui a alta hospitalar ao

ajustamento com esse padrão, sendo que quanto mais próximo se está da

norma, mais normal se está, num cálculo que se afina com um ‘tipo ideal’,

abstraindo o paciente que pode ser a única testemunha das fronteiras de sua

normalidade ou doença. (Canguilhem, 1985).

Sabemos que as concepções das doenças mentais fundadas nos

ideários racionalistas do problema/solução ou causa/efeito ou ainda

doença/cura não coadunam com a nova configuração da rede de saúde

mental, que conta com uma estrutura de rede moldada na ideia da

singularidade como ponto nodal, em detrimento a um simples ajustamento de

conduta. O que está em jogo então nessa aposta no SRT é um novo valor

sobre a loucura, onde habitar não só uma casa, mas a cidade torne-se

possível. É importante destacar esse fato, pois muitas vezes o que se espera

de uma RT é o retorno a uma normalidade que se traduz como adequação

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Retomando Lacan em seu texto “Variantes do tratamento padrão” temos

a indicação de que não cabe ao psicanalista a preocupação com critérios

terapêuticos, sob o risco de sua prática ficar pautada não em sua ética, mas

em seu ideal, “pois ele (o psicanalista) dá menos importância às apreciações

sumárias como ‘melhor’, ‘muito melhor’ e até ‘curado’, alertado que é por uma

disciplina que sabe ressaltar a pressa de concluir como um elemento em si

questionável” (Lacan, 1998 [1955] p 326). Se a proposta é a construção de um

lugar, a ‘pressa de concluir’ por si indica um tempo que não é do sujeito, assim

como os critérios terapêuticos. Deste modo, a avaliação tem que ter em conta

que não dará um destino ao sujeito, e sim uma possibilidade.

E esse mandato se atualiza a cada avaliação. Os casos nos mostram

que por mais inventários, entrevistas, cálculos e considerações que os

avaliadores façam, há sempre um ponto de impossível colocado, um ponto

onde o morador vai responder a partir do que Lacan (1999 [1957]), denominou

de “posição subjetiva do ser”.

Neste ponto, vale afirmar que não restam dúvidas que os pacientes

ampliam seu leque de possibilidades vivendo em uma RT. Podemos creditar

isso a vários fatores: o cuidado mais próximo, a sustentação do tratamento por

parte da equipe quando o paciente não o faz sozinho, a ampliação da rede

social, enfim, diversas são as variáveis que corroboram com a proposta de que

o ‘morar’ em uma casa ao invés do hospital produz efeitos sobre os pacientes.

Porém, é necessário despir-se de um ideal inatingível para que a avaliação, o

encaminhamento e seus destinos, ou seja, que a sustentação da empreitada

54 2.2 - O PROCESSO

Em geral, quando se pensa na avaliação, a formalização de critérios

aparece como tarefa inaugural. De forma geral, no momento em que os

pacientes são encaminhados para avaliação um inventário de habilidades é

instalado. Inventário de habilidades, critérios diagnósticos, e mesmo

demarcações sobre a autonomia que são feitos com muito cuidado para tentar

identificar a melhor casa para cada paciente. Tais instrumentos têm seu valor,

e devem ser utilizados de forma criteriosa e delicada. Essa formalização de

critérios pode ser útil, mas não no sentido de estabelecer um crivo para o

avaliador e para o paciente. O estabelecimento de critérios pode estar a serviço

da avaliação, mas não pode obstruir as tentativas de resgatar o que há de

subjetivo e único de cada paciente. Lacan, em “Variantes” fala da necessidade

de uma formalização teórica que se faz necessária frente ao rigor ético

postulado pela psicanálise. Indica tal necessidade dizendo que não pode ser

confundida com um formalismo prático, ou seja, “com aquilo que se faz ou que

não se faz” (Lacan, 1998 [1955] p 326). Essa indicação nos convoca a localizar

quais são os critérios e fundamentos que sustentam o processo de

encaminhamento de pacientes. Circunscrever tais balizas nos auxilia a fazer

uma formulação sobre o trabalho, mas não encerra a questão. Afinal, não se

trata de saber o que deve ou não ser feito, mas estar advertidos de como todos

operadores orbitam em torno daquilo que é mais singular do sujeito. As

formalizações da prática não substituem a posição de quem pretende avaliar. A

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cessando diante das diferentes demandas. Por isso temos que ter noção de

que a avaliação não é uma fórmula, mas um processo.

É importante ressaltar que cada município possui uma história muito

peculiar na constituição desses serviços. Como já explicitado neste estudo, nos

remetemos a dois contextos diferentes onde foi aplicada a avaliação de

pacientes para RT: 1. O processo de desinstitucionalização da Casa de Saúde

Dr. Eiras de Paracambi, onde o trabalho de retirada dos pacientes se fazia

urgente, já que o hospital deveria ser logo desativado e 2. O IMAS Juliano

Moreira, que contava com RTs que serviam tanto à desinstitucionalização do

próprio Instituto quanto ao fechamento de leitos no município do Rio de Janeiro

como um todo.

A diferença na avaliação para RTs que se destinam a um hospital que

irá ser fechado imediatamente incide sobre fatores como o ‘tempo’ e a forma de

organizar ‘de onde’ e ‘para onde’ vão os pacientes. Temos que ter em conta

que os pacientes da CSDE possuem origens bastante diversificadas. Muitos

municípios que internaram seus pacientes nesse hospital ainda não possuíam

rede para acolhê-los quando ficou definido o fechamento do mesmo. Muitas

pessoas não tinham nenhuma referência de seu lugar de origem e outros já

vinham de outras instituições, o que não conferia de imediato uma ‘cidade de

origem’. Essa concepção de ‘retorno’ então deve ser colocada em questão

desde o princípio.

Já no IMAS-JM temos uma situação diferente. Como já apontado, esse

SRT serve à desinstitucionalização dos pacientes do Instituto – o que está

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mas não há um descredenciamento imposto pela justiça como no caso de

Paracambi. Quando acontece do SRT ter que receber pacientes oriundos de

leitos que foram fechados com urgência, em geral são acolhidos CRIS, que

atualmente se configura como uma espécie de ‘casa de passagem’ onde o

trabalho de ida para as RTs é feito. Assim, o fator tempo não se torna tão

determinante quanto os demais fatores, mas se presentifica na concepção de

que a desinstitucionalização deve ser feita.

As implicações da incidência do tempo e da origem dos pacientes serão

debatidas melhor na discussão sobre os critérios da avaliação, mas, mesmo

contando com diferenças intrínsecas aos processos locais, há balizas que

indicam um caminho nesse delicado processo de ‘achar a melhor casa para

cada um’.

A ideia de que daremos o que cada paciente precisa para sustentar uma

vida na cidade pode também ter nuances de um ideal. A casa ‘ideal’, as horas

de cuidado ‘preconizadas para esse paciente’ e ‘os cuidados necessários’ são

balizadores da avaliação, que parte do olhar de um técnico sobre um paciente;

a tentativa de assegurar-se ao máximo sobre as implicações de um

encaminhamento antes que ele aconteça.

Há uma espécie de subversão que propomos então: a avaliação não tem

como dar as garantias que encontraremos, a partir de nossos critérios, uma

casa ideal para cada morador. Podemos propor assim que a avaliação se dê

como disparador de um processo que possibilite a saída dos pacientes do

ambiente hospitalar. Pois se o esperado é que para viver na cidade o paciente

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chegamos a um ponto de impossível. É impossível que as coisas saiam como o

esperado, quando o que se espera é que a vida na cidade seja sustentada sem

a plasticidade da loucura. O que está em pauta então é um impossível, o que

não cessa de não se inscrever, que contraria muitas vezes as expectativas

depositadas na mudança de endereço. Se a construção da moradia no caso

dos psicóticos coaduna com o estilo próprio de entrada na linguagem, não há

forma de tratamento ou cuidado que possa excluir a ideia de que nas psicoses

a exceção e certo empuxo a ela, delineiam a forma de se estar no mundo.

(Guerra e Generoso, 2009)

Assumir que é a partir da diferença que um trabalho se sustenta é

subverter a ideia de perfil ou mesmo de ‘garantia’ geralmente presentes em

uma avaliação.

Considerando então que a mudança de endereço é um processo que é

desencadeado na avaliação, mantemos os quatro critérios já utilizados formal

ou informalmente na avaliação, a saber: territorialidade, atividades de vida

diária (AVD), autonomia, e psicodiagnóstico.

A esses quatro elementos já consagrados como critérios, propomos

mais um: a localização do sujeito. A partir dos casos, seguindo a orientação da

psicanálise, vamos tentar demonstrar como operadores da psicanálise no

processo podem resituar os critérios anteriores, dando uma direção outra para

os sentidos construídos até então. Para tanto, vamos, num primeiro tempo,

cernir os critérios que se fazem presentes em uma avaliação e tomá-los dentro

da lógica dos serviços que irão receber pacientes. Partindo de instrumentos e

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aposta. Num segundo tempo, vamos resituar a eleição de tais critérios a partir

dos casos.

No documento No litoral da Casa e do Serviço (páginas 46-58)

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